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"O crack tem solução" - A revista Época, em sua última edição de 2010, publicou um encarte especial sobre o psicoativo crack - atualmente, uma das drogas mais comentadas e discutidas publicamente no país -, e traz informações atuais quanto a iniciativas em atenção e tratamento de usuários, aos efeitos biopsíquicos da substância e uma entrevista com a atual secretária nacional de políticas sobre drogas, no período ainda como secretária adjunta desta pasta.

Experiências como o Consultório de Rua, da Universidade Federal da Bahia, e o projeto Quixote, em São Paulo, certamente nortearam o título da publicação (O crack tem solução, Revista Época, edição 658), que trouxe relatos de especialistas como Auro Lescher (Projeto Quixote), Antonio Nery Filho (Consultório de Rua) e Raquel Barros (Lua Nova), enquanto idealizadores de projetos que tem sido reconhecidos pelos resultados obtidos junto ao público de usuários de crack.

Em entrevista para o encarte, Auro Lescher afirmou que essas iniciativas entre tantas outras, "funcionam desde que consigam promover uma aproximação com esses seres humanos em frangalhos emocional e psiquicamente. O que não podemos é criminalizar uma questão que é médica e de saúde e enxergar o usuário como o lixo ou a escória da sociedade".

"Enfrentando o crack" - Em resposta à demanda de informações esclarecedoras sobre o crack, seus efeitos e ações do governo, a gestão federal lançou também no final do mês de dezembro um portal multimídia exclusivamente voltado para temas relacionados a esta droga.

Vídeos, áudio, imagens e textos compõem a publicação que traz relatos de superação de usuários, informações sobre a origem do crack, os efeitos físicos, neurológicos e psicossociais da substância no indivíduo, a legislação específica e projetos considerados exitosos pelo governo, como o Lua Nova, o Consultório de Rua e o padre Haroldo.

Para Paulina Duarte, informação é uma ferramenta muito poderosa para a o enfrentamento dos problemas associados ao uso e comércio do crack. "É preciso disseminar cada vez mais os conhecimentos sobre o crack e suas consequências. Somente desta maneira será possível uma discussão qualificada sobre o tema na sociedade e o enfrentamento efetivo da droga", justifica a secretária.