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Revision 122 Feb 2010 - PaulaBoaventura

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A internet como fonte de informação sem limites, também se caracteriza pelo mercado virtual para troca de bens e serviços.

Segundo o Observatório Europeu sobre drogas, o mercado de venda de substâncias psicoativas através da internet vem crescendo nos últimos anos e vem trazendo uma vasta gama de produtos a base de plantes, em especial misturas herbáceas, bem como artigos que contem compostos sintéticos. Entre as substâncias que aparecem no mercado virtual encontram-se desde drogas tradicionalmente usadas em regiões do mundo até substâncias químicas experimentais sintetizadas em laboratório e que não foram testadas em seres humanos. As inovações consistem em marcas e embalagens atrativas. Um exemplo são as misturas herbáceas comercializadas desde 2006 com o nome de Spice.

Foram encontradas diversas marcas de Spice em diferentes embalagens e diversas listas de ingredientes. Análises feitas pela polícia científica não conseguiu detectar, em muitos casos, as substâncias citadas na embalagem, embora tenha identificado em algumas amostras o canabinóide sintético JWH-018. Em animais experimentais essa substância produz efeitos iguais aos do THC e segundo relatórios tem potência superior. Essas substâncias não foram citadas na embalagem sendo então consumidas inadvertidamente.

As embalagens do produto informam a presença de 14 ingredientes de origem vegetal. Pouco se sabe sobre a farmacologia e toxicologia das matérias vegetais supostamente contidas no produto Spice. Não é possível fazer afirmações sobre os riscos para a saúde nem sobre seus efeitos psicoativos. Esses produtos podem ser encontrados em lojas virtuais bem como nos chamados Head, que vendem drogas legais em países como Áustria, Alemanha, Portugal, Reino Unido, República Checa, Letônia, Lituânia, Luxemburgo e Polônia.

A proibição de muitos dos produtos usados nas misturas do Spice levou ao surgimento de substâncias alternativas para serem usadas. O rápido surgimento de produtos alternativos ao Spice demonstra que existe grande capacidade deste mercado em responder às mudanças de estatuto jurídico das substâncias psicoativas e a colocação de novas drogas no mercado.

Através da internet o público encontra possibilidade de comprar substâncias alternativas às drogas controladas, sendo esta monitorização importante para conhecermos as novas tendências no consumo de drogas. É importante prestarmos atenção aos riscos associados a essas novas substâncias. São necessárias informações sobre os novos produtos e é importante alertar que algumas das novas substâncias sintéticas não foram ainda testadas em humanos.

O ecstasy, por exemplo, havia sido usado em psiquiatria nos anos 60, além de estudos científicos sobre os mecanismos cerebrais. No entanto, nenhum estudo ou pesquisa farmacológica ou toxicológica vem sendo feito na maioria dos novos produtos químicos que surgem. Toda informação vem descrita por experiências pessoas através da internet.

A revista britanica Mixmag (http://www.mixmag.net/) realizou uma das maiores pesquisas sobre consumo de drogas em casas noturnas do mundo e identificou o uso de nova substância sintética chamada Mephredone, cujos efeitos podem ser comparados aos da cocaína. O que chama atenção é o fato dessa droga ser amplamente comprada através da internet por ser uma substância lícita (um fertilizante). Isso demonstra que a internet vem modificando a forma de se consumir drogas, além da circulação com variedade de produtos.

No Brasil a venda de substâncias ilícitas na internet já é conhecida. O jornal A Tarde realizou denuncia em 2005 revelando como é feita a negociação de lança perfume no estado da Bahia, através do maior site de relacionamentos da internet, o orkut. A Polícia Federal da Bahia nesta época investigou uma rede de 29 mil usuários do orkut que negociavam maconha, ecstasy e lança-perfume.

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FORM FIELD Título Ttulo Internet e Comercialização de Novas Drogas
 
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