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Por Da Redação, em 22 de agosto de 2012

Três adolescentes e um jovem, mortos a tiros, no bairro do Lobato, subúrbio de Salvador. Infelizmente, este é o tipo de notícia que parece não impactar tanto a população soteropolitana nos dias de hoje.

Há 19 anos atrás, no entanto, o fato, ocorrido no dia 26 de agosto de 1993, chocou Salvador, na época em que ainda era uma das capitais mais tranquilas do país.

O episódio ficou conhecido como Chacina do Lobato e, em homenagem aos quatro jovens - assassinados por um policial militar e um agente ferroviário -, a trágica data transformou-se, em 2005, no Dia Estadual de Enfrentamento e Combate aos Homicídios e à Impunidade.

Ato Público e Seminário

A data é lembrada já há seis anos por grupos defensores dos direitos humanos, entre eles o CEDECA, e, neste ano, será marcada com um ato público no Farol da Barra, às 09 horas e com o seminário "A quem cabe a culpa", no dia seguinte (27), às 13 horas, na Câmara dos Vereadores.

Em 2012, não há avanços a serem comemorados. De acordo com o Mapa da Violência 2012 – Crianças e Adolescentes do Brasil, organizado pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO), a Bahia é considerada hoje o terceiro estado com maior índice de homicídios de crianças e adolescentes no país, com 1.172 assassinatos em 2010.

Municípios mais violentos do país

Ainda que em todo país, o índice tenha diminuído em 11,1%, em comparação com os dados registrados no ano 2000, esta taxa aumentou em sete vezes, com um aumento de 576,7%.

O estado também abriga os dois municípios mais violentos neste segmento de público em todo o país: Simões Filho, com uma taxa de homicídios de 134,4%, e Lauro de Freitas, com 94,6%.

Entre as capitais, Salvador pulou do vinte posições no ranking de cidade mais violenta para crianças e adolescentes em 20 anos (2000-2010), perdendo apenas para Maceió (AL), Vitória (ES) e João Pessoa (PB).