Difference: F1Reitoria ( vs. 1)

Revision 103 Jul 2010 - ThiagoFreire

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Um novo Reitorado na UFBA

Em clima de ano eleitoral, a UFBA, além das eleições para o Diretório Central dos estudantes, protagonizou as eleições para reitor/a e vice.

Com um período de formação de chapa, onde várias possibilidades de composição eram avaliadas, a configuração do cenário final ficou na disputa entre três chapas, que infelizmente não apresentavam projetos de universidade que atendessem as demandas do movimento estudantil.

As três chapas que concorriam ao pleito foram unânimes em elencar bandeiras históricas dos estudantes, professores e técnicos-administrativos, porém não passaram do jargão em muitos momentos, se furtaram de alguns debates, a exemplo: Bacharelados interdisciplinares e a Assistência Estudantil. Nos debates ficava nítida a posição sempre oportunista ao dizerem em coro “aquilo que queríamos ouvir”, mas sem muito compromisso no cumprimento das propostas. Ao final, com 4.463 votos, a Professora da FACED, Dora Leal, e o Diretor do IGEO, Luiz Rogério, venceram o pleito respectivamente reitora e vice, com um slogan “continuidade sem continuísmo”. A vitória desta chapa, que tem fortes ligações com a antiga gestão, apresenta um projeto de continuidade das ações do último reitorado quase como uma versão “reload”, se comprometendo a prosseguir principalmente com o projeto de expansão que foi iniciado durante o reitorado de Naomar.

Para o ME, o esvaziamento político com o qual essa eleição foi pautada é fruto da falta de priorização do diálogo entre os diversos setores da universidade e a administração central. Nessas eleições percebemos como a situação dos estudantes e a sua importância pouco foram levadas em consideração, vide a paridade dos três setores, com o denominador que inviabiliza a participação estudantil na escolha efetiva. A conjuntura de mudanças que vivenciamos na UFBA também contribuiu significamente para esse processo, afinal essa foi a primeira vez que muitas e muitos estudantes viram tão de perto os candidatos a dirigentes da universidade passando em sala, evidenciando que essa mudança pode ser bem-vinda, mas acontece tardiamente, pois necessitamos que essa horizontalidade se reverbere não apenas no período eleitoral, mas nos espaços de deliberação e poder que no último período foi marcado por “tratores ligados” às intenções pacíficas de reivindicações.

Por fim apresentamos um conjunto de pautas a serem desenvolvidas e implementadas pela nova administração central, a fim de democratizar os espaços da universidade e torná-la democrática e popular. É necessário que a nova administração central priorize como política estrutural da universidade a permanência das e dos estudantes sem condições financeiras de se manter estudando. A assistência estudantil se torna necessária na medida em que o perfil do e da estudante muda com a ampliação do acesso, logo devemos banir de nosso presente, por exemplo, um restaurante universitário com o título de um dos mais caros do país, assim com as péssimas instalações das residências universitárias, a falta de bolsas permanência e a não priorização da implementação de ações afirmativas por inteiro. Além disso, também queremos mais transparência nos investimentos financeiros da UFBA. Até hoje não temos informações de onde e como são destinados os recursos que vem do governo federal e dos financiamentos públicos e privados que adentram na universidade. Torna-se necessário um Orçamento Universitário Participativo, para que os três setores desta instituição possam intervir no destino destes recursos a fim de democratizar a gerencia desta máquina federal. E no que tange a democratização dos espaços, romper as grades da universidade é fundamental no sentido de integrá-la as comunidades e movimentos sociais. A UFBA em períodos anteriores debateu segurança, por exemplo, na perspectiva de se fechar para garantir comodidade e segurança aos estudantes, mas se esqueceu de que com essa manobra a violência é ainda maior, pois descaracterizar este espaço e barrar a sociedade de seu acesso é mais um modo de separar a academia do cotidiano da cidade. É necessário produzir conhecimento com os diversos extratos sociais, e não é cercando a universidade nem fechando suas portas que faremos isso!Em clima de ano eleitoral, a UFBA, além das eleições para o Diretório Central dos estudantes, protagonizou as eleições para reitor/a e vice.

Com um período de formação de chapa, onde várias possibilidades de composição eram avaliadas, a configuração do cenário final ficou na disputa entre três chapas, que infelizmente não apresentavam projetos de universidade que atendessem as demandas do movimento estudantil.

As três chapas que concorriam ao pleito foram unânimes em elencar bandeiras históricas dos estudantes, professores e técnicos-administrativos, porém não passaram do jargão em muitos momentos, se furtaram de alguns debates, a exemplo: Bacharelados interdisciplinares e a Assistência Estudantil. Nos debates ficava nítida a posição sempre oportunista ao dizerem em coro “aquilo que queríamos ouvir”, mas sem muito compromisso no cumprimento das propostas. Ao final, com 4.463 votos, a Professora da FACED, Dora Leal, e o Diretor do IGEO, Luiz Rogério, venceram o pleito respectivamente reitora e vice, com um slogan “continuidade sem continuísmo”. A vitória desta chapa, que tem fortes ligações com a antiga gestão, apresenta um projeto de continuidade das ações do último reitorado quase como uma versão “reload”, se comprometendo a prosseguir principalmente com o projeto de expansão que foi iniciado durante o reitorado de Naomar.

Para o ME, o esvaziamento político com o qual essa eleição foi pautada é fruto da falta de priorização do diálogo entre os diversos setores da universidade e a administração central. Nessas eleições percebemos como a situação dos estudantes e a sua importância pouco foram levadas em consideração, vide a paridade dos três setores, com o denominador que inviabiliza a participação estudantil na escolha efetiva. A conjuntura de mudanças que vivenciamos na UFBA também contribuiu significamente para esse processo, afinal essa foi a primeira vez que muitas e muitos estudantes viram tão de perto os candidatos a dirigentes da universidade passando em sala, evidenciando que essa mudança pode ser bem-vinda, mas acontece tardiamente, pois necessitamos que essa horizontalidade se reverbere não apenas no período eleitoral, mas nos espaços de deliberação e poder que no último período foi marcado por “tratores ligados” às intenções pacíficas de reivindicações.

Por fim apresentamos um conjunto de pautas a serem desenvolvidas e implementadas pela nova administração central, a fim de democratizar os espaços da universidade e torná-la democrática e popular. É necessário que a nova administração central priorize como política estrutural da universidade a permanência das e dos estudantes sem condições financeiras de se manter estudando. A assistência estudantil se torna necessária na medida em que o perfil do e da estudante muda com a ampliação do acesso, logo devemos banir de nosso presente, por exemplo, um restaurante universitário com o título de um dos mais caros do país, assim com as péssimas instalações das residências universitárias, a falta de bolsas permanência e a não priorização da implementação de ações afirmativas por inteiro. Além disso, também queremos mais transparência nos investimentos financeiros da UFBA. Até hoje não temos informações de onde e como são destinados os recursos que vem do governo federal e dos financiamentos públicos e privados que adentram na universidade. Torna-se necessário um Orçamento Universitário Participativo, para que os três setores desta instituição possam intervir no destino destes recursos a fim de democratizar a gerencia desta máquina federal. E no que tange a democratização dos espaços, romper as grades da universidade é fundamental no sentido de integrá-la as comunidades e movimentos sociais. A UFBA em períodos anteriores debateu segurança, por exemplo, na perspectiva de se fechar para garantir comodidade e segurança aos estudantes, mas se esqueceu de que com essa manobra a violência é ainda maior, pois descaracterizar este espaço e barrar a sociedade de seu acesso é mais um modo de separar a academia do cotidiano da cidade. É necessário produzir conhecimento com os diversos extratos sociais, e não é cercando a universidade nem fechando suas portas que faremos isso!

 
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