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Revision 725 May 2006 - CrisTourinho

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História da Educação Musical no Brasil

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  A fase jesuítica da escolarização colonial
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Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil em 1549, junto com Tomé de Souza, decididos a catequizar os índios. A política vigente era de que a colônia (Brasil) deveria prover recursos para a metrópole (Portugal). Por este motivo a pequena nobreza veio organizar a “empresa colonial”. Segundo Ribeiro, Começando pelo aprendizado do português, incluía o ensino da doutrina cristã, a escola de ler e escrever. Daí em diante, continua, em caráter opcional, o ensino de canto orfeônico e música instrumental, e uma bifurcação tendo em um dos lados o aprendizado profissional e agrícola, de outro, aula de gramática e viagem de estudos à Europa. (2003: 21-2) Logo ficou evidente que os índios não se submeteriam às instruções religiosas, e estes foram preteridos em função dos filhos dos colonos. A fase jesuítica da escolarização colonial Sabemos que os jesuítas foram os primeiros professores de música européia no Brasil o que não significa que esta afirmação, implique na definição da configuração musical do Brasil, pois, como afirma Kiefer (1977, p. 11): A ação dos jesuítas no campo da música tinha uma finalidade eminentemente catequética e visava, sobretudo, os indígenas. Acontece, porém, que a conseqüente ‘deculturação’ do índio foi tão radical que, praticamente, não ficaram vestígios na música brasileira. Portanto, o ensino da música pelos jesuítas não pode ser considerado como coluna mestra do desenvolvimento da nossa música brasileira. Muito mais importante, neste sentido, foi a ação dos mestres de capela que vieram de Portugal ou que se criaram aqui – padres e leigos – e que teve início já no primeiro governo geral na Bahia e, logo depois, em Pernambuco e outros centros. Além disto, é preciso não perder de vista que os portugueses trouxeram para cá as suas danças e seus cantares.” (KIEFER, 1977, p.12).
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Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil em 1549, junto com Tomé de Souza, decididos a catequizar os índios. A política vigente era de que a colônia (Brasil) deveria prover recursos para a metrópole (Portugal). Por este motivo a pequena nobreza veio organizar a “empresa colonial”. Segundo Ribeiro, a catequese incluia o aprendizado do português, a doutrina cristã, e o que se chamava "a escola de ler e escrever". Quanto ao idioma que os jesuítas utilizavam para a catequese, Bruno kiefer (1977, p.12) menciona “é sabido que os jesuítas adaptavam o cantochão ao idioma dos indígenas e, ao mesmo tempo, ensinavam-lhes instrumentos europeus.Em caráter opcional, prosseguia com o ensino de canto orfeônico e música instrumental para os filhos dos portugueses com possibilidade de aprendizado profissional e agrícola, e de outro, aulas de gramática e viagem de estudos à Europa. (2003: 21-2) Logo ficou evidente que os índios não se submeteriam às instruções religiosas, e estes foram preteridos em função dos filhos dos colonos. Sabemos que os jesuítas foram os primeiros professores de música européia no Brasil, como afirma Kiefer (1977, p. 11): A ação dos jesuítas no campo da música tinha uma finalidade eminentemente catequética e visava, sobretudo, os indígenas. Muito mais importante, neste sentido, foi a ação dos mestres de capela que vieram de Portugal ou que se criaram aqui – padres e leigos – e que teve início já no primeiro governo geral na Bahia e, logo depois, em Pernambuco e outros centros. Além disto, é preciso não perder de vista que os portugueses trouxeram para cá as suas danças e seus cantares.” (KIEFER, 1977, p.12).
 
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Quanto ao idioma que os jesuítas utilizavam para a catequese, Bruno kiefer (1977, p.12) menciona “é sabido que os jesuítas adaptavam o cantochão ao idioma dos indígenas e, ao mesmo tempo, ensinavam-lhes instrumentos europeu. A título de exemplo, a introdução do cravo (precursor do piano, junto com o clavicórdio).” Segundo Fonterrada (1992, p.70), “durante todo período colonial, a educação musical continuou vinculada à Igreja e, portanto, muito ligada às forças européias.” Assim, desde o período da colonização do Brasil, vemos o interesse sócio- político quanto ao ensino da música, de forma a favorecer a classe econômica mais favorecida, como nos mostra Neide Espiridião (2002, p. 70) No Brasil Colonial, inicialmente com os jesuítas, o aprendizado musical destinava-se à classe menos favorecida – índios, com a finalidade da catequese, e negros, para compor os conjuntos musicais nas festividades solenes e religiosas, o que podemos aludir a uma espécie de mão-de-obra barata. O repertório utilizado era essencialmente europeu, prevalecendo a tradição e o gosto da classe dominante. Com a expulsão dos jesuítas, o ensino musical profissionalizante é transferido para os mestres de capela, os quais não eram necessariamente religiosos, organizados em Irmandades e Confrarias e também por iniciativas particulares.” (ESPIRIDIÃO, 2002, p.70).
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Segundo Fonterrada (1992, p.70), “durante todo período colonial, a educação musical continuou vinculada à Igreja e, portanto, muito ligada às forças européias.” Assim, desde o período da colonização do Brasil, vemos o interesse sócio-político para o ensino da música voltado para a classe econômica mais favorecida, como fala Espiridião. (2002, p. 70) Inicialmente no Brasil Colonial, os jesuítas se dedicavam aos menos favorecidos, índios, com a finalidade da catequese, e negros, para compor os conjuntos musicais nas festividades solenes e religiosas, uma espécie de mão-de-obra barata. O repertório era essencialmente europeu, tradição e gosto da classe dominante. Com a expulsão dos jesuítas, o ensino musical profissionalizante é transferido para os mestres de capela, os quais não eram necessariamente religiosos, organizados em Irmandades e Confrarias e também por iniciativas particulares.(ESPIRIDIÃO, 2002, p.70).
 
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A influência dos escravos africanos “A vinda de escravos da África ajudou a desenvolver um tipo afrobrasileiro de música popular que era, no entanto, condenado pela Igreja, a qual considerava eróticos alguns dos elementos que continha. A expressão musical, porém, com exceção da modinha, precisou aguardar até o século XIX, para que elementos populares se incorporassem aos europeus, dando origem a manifestações de caráter nacionalista.” (FONTERRADA, 1992, p. 71). “[...] o grosso da atividade musical, sobretudo no plano da interpretação instrumental, era realizado por negros e mestiços, muitos deles ainda escravos. Estes escravos-músicos eram altamente qualificados e suas atividades diárias se concentravam no aperfeiçoamento da sua técnica. É notória, mas ainda pouco estudada, a importância da Real Fazenda de Santa Cruz, um verdadeiro conservatório só para escravos, cuja tarefa era a de divertir a corte imperial. Criou-se, entre negros e mestiços da corte e das principais vilas e cidades, escravos e libertos, uma tradição musical complexa e plural, que trazia elementos diversos enraizados do século XVIII e início do XIX (música sacra, danças profanas, modinhas e lundus), reminiscências de danças profanas, modinhas e lundus), reminiscências de danças e cantos dramáticos (jongo, por exemplo), estilos e modas musicais européias “sérias” (neste campo, o barroco foi dominante) e ligeiras, como a polca e a valsa.” (NAPOLITANO, 2002, p. 43).
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A vinda de escravos da África ajudou a desenvolver um tipo afrobrasileiro de música popular que era, no entanto, condenado pela Igreja, a qual considerava eróticos alguns dos elementos que continha. A expressão musical, porém, com exceção da modinha, precisou aguardar até o século XIX, para que elementos populares se incorporassem aos europeus, dando origem a manifestações de caráter nacionalista.” (FONTERRADA, 1992, p. 71). “[...] o grosso da atividade musical, sobretudo no plano da interpretação instrumental, era realizado por negros e mestiços, muitos deles ainda escravos. Estes escravos-músicos eram altamente qualificados e suas atividades diárias se concentravam no aperfeiçoamento da sua técnica. É notória, mas ainda pouco estudada, a importância da Real Fazenda de Santa Cruz, um verdadeiro conservatório só para escravos, cuja tarefa era a de divertir a corte imperial. Criou-se, entre negros e mestiços da corte e das principais vilas e cidades, escravos e libertos, uma tradição musical complexa e plural, que trazia elementos diversos enraizados do século XVIII e início do XIX (música sacra, danças profanas, modinhas e lundus), reminiscências de danças profanas, modinhas e lundus), reminiscências de danças e cantos dramáticos (jongo, por exemplo), estilos e modas musicais européias “sérias” (neste campo, o barroco foi dominante) e ligeiras, como a polca e a valsa.” (NAPOLITANO, 2002, p. 43).
  A fase joanina A chegada da família real ao Brasil, em 1808, trouxe contribuições significativas no âmbito das atividades musicais, como podemos observar o que diz Fonterrada (1992, p. 71) Teve início um processo que ocasionou grandes transformações na cidade do Rio de Janeiro, alterando profundamente seus hábitos e vida social. D. João VI, que provinha de linhagem que incentivava o exercício das artes, continuou aqui a tradição de sua família, patrocinando em particular a música. Criou a Capela Real, cuja orquestra contava com grande número de músicos europeus, trazidos especialmente para reforçá-la. Além de instrumentistas, vieram também compositores estrangeiros – Marcos Portugal e Sigismund Neukomm – que exerceram grande influência na formação de músicos brasileiros.”(FONTERRADA, 1992, p.71).
 
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