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Leituras do GEC

Folha On Line

05/07/2005 - 12h11

Programa de inclusão digital tem foco equivocado, diz especialista

por, JULIANA CARPANEZ, da da Folha Online

"Um programa de inclusão digital com foco na redução de preços favorece mais a indústria do que os usuários. Dizer que preços baixos podem ajudar na resolução do problema é como afirmar que um indivíduo estará alfabetizado quando ganhar uma caneta. Será que uma questão tão abrangente pode ser resolvida com micros mais baratos?"

As afirmações e indagação referentes ao programa governamental de inclusão digital "Computador Para Todos" são feitas pelo espanhol Roberto Aparici, diretor de mestrado de novas tecnologias da informação e comunicação da Uned (Universidade Nacional de Educação a Distância) e professor colaborador do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).

No Brasil há cinco meses, onde trabalha como professor visitante da UFBA (Universidade Federal da Bahia), Aparici defende a inclusão com foco na alfabetização digital --só assim, as pessoas saberão como tirar o melhor proveito da tecnologia.

"A informática, por si só, não transforma vidas. É necessário que as pessoas vejam a internet como uma ferramenta que melhore seu trabalho, sua vida pessoal. Para isso, elas precisam ser ensinadas com uma metodologia que inclua processos mais complexos do que o uso do teclado e do mouse", diz.

Ele também afirma que o programa foi desenvolvido para as classes C e D, deixando as demais classes fora do projeto. De acordo com Aparici, a inclusão digital tem de ser um processo sem fronteiras de classe, que não exclua ainda mais os excluídos, tornando acessível a essas pessoas uma ferramenta de mudança em suas próprias vidas.

A principal crítica do especialista ao "Computador Para Todos" é o fato de o programa não ter qualquer iniciativa voltada para alfabetização digital. O projeto está totalmente focado em custos: prevê isenção de tributos para máquinas de até R$ 2.500, facilidades no financiamento de micros de R$ 1.400 com configuração pré-determinada e acesso subsidiado à internet.

"O programa pode facilitar o acesso das pessoas atualmente excluídas, mas a questão é: para quê? Se não souberem como usar a ferramenta para obter benefícios, ela servirá apenas para bater-papo, mandar e-mails, paquerar. Estamos na era do conhecimento, em que o valor está nas informações de qualidade."

A única ressalva ao "Computador Para Todos" fica por conta do incentivo ao uso do software livre --sistema operacional obrigatório nas máquinas de até R$ 1.400, com facilidades no financiamento.

Para Aparici, esse tipo de plataforma deve ser adotado em países em desenvolvimento, pois ele vai contra os monopólios. "O software livre está relacionado à idéia de democracia e justiça social. Ele não é só grátis, mas representa também o uso para todos, quebrando a fronteira da exclusão digital."

1 milhão

O governo espera que os consumidores comprem, a cada ano, 1 milhão de micros de até R$ 1.400. Eles poderão ser pagos em 24 prestações de R$ 70, além dos juros reduzidos (possibilitados por uma parceria entre BNDES e varejo).

O público alvo dessa máquinas são pessoas que ainda não têm computadores em suas casas e, sem as facilidades de preço e financiamento, não teriam condições de comprá-los.

As operadoras de telefonia fixa prevêem que 90% desses novos usuários conectem-se à internet. Os assinantes de novas linhas ou aqueles que não acessaram a web nos últimos seis meses poderão pagar cerca de R$ 7,50 mensais por 15 horas de conexão.

Por enquanto, esses dois benefícios --financiamento micros e acesso subsidiados-- ainda não estão disponíveis, pois passam por ajustes finais. A única frente do "Computador Para Todos" já encontrada pelos usuários é a isenção de PIS/Pasep e Cofins nas máquinas de até R$ 2.500.

Leia mais na Folha

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