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Revision 924 Mar 2010 - DanielPinheiro

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  Para concluir, Carolina Rossini trabalha a questão dos direitos/licenças e como elas seriam aplicadas aos OER.
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Observações a cerca do artigo "Saber comum: produção de materiais educacionais entre pares. De Yochai Benkler"

1) O autor aponta como, a princípio, era negado a possibilidade de se estabelecerem redes no formato commons. E como em seguida esta desconfiança foi caindo e chegando aos nossos dias onde já é um fato consolidado e disseminado abrangendo diversas temáticas.

2) Distingue os usos que podem ser atribuídos ao formato commons em uma rede - o usado pelos desenvolvedores de software, estilo fóruns de discussão, e os demais que aparentam ser mais viáveis para os professores, como segue - "Para muitos objetos digitais de aprendizagem, um espaço de busca, em que os indivíduos se limitem a produzir objetos e a torná-los disponíveis gratuitamente, já será suficiente para gerar uma abundância de componentes que os professores possam remixar e recombinar para criar sua própria coleção." (PÁGINA 6) Este ponto é o seu segundo motivo citado pelo autor para redigir o artigo.

3) Importante:

"Se a produção por pares for necessária, é provável que ela se concentre na filtragem e na validação do universo de objetos criados e acrescidos à rede em seu conjunto. Decidir qual desses objetos é de alta qualidade, ou mapear quais deles são bons, e para quais atividades educacionais, são os tipos de atividade que irão exigir a produção por pares – os esforços coletivos de um grupo grande de usuários dispostos a examinar, experimentar e informar sobre a qualidade de vários objetos. Por outro lado, materiais educacionais mais abrangentes, como jogos imersivos sofisticados ou livros didáticos, deverão provavelmente exigir esforços em grande escala e, portanto, cooperação em grande escala, caso se espere que sejam produzidos fora do sistema proprietário de mercado. É aqui então que começa a ser importante entender a anatomia da produção entre pares, como esses projetos se organizam, quais são suas armadilhas e soluções características." (PÁGINAS 6 e 7)

4) Munidos de seus computadores, professores em qualquer parte do mundo podem lançar mão da utilização de objetos discretos de aprendizagem (desde uma imagem disponibilizada na internet até jogos que trabalham coordenação motora..etc) para enriquecer suas aulas a um custo baixíssimo em relação ao que fariam no período pré-internet.

5) Quando a economia da produção industrial exige altos custos totais e baixos custos marginais, os produtores devem se concentrar na produção de algumas superestrelas e assegurar-se de que todos vão querer vê-las e ouvi-las. Isso exige que eles se concentrem na busca do que na média os consumidores vão querer comprar. Dado o alto custo de produzir música ou o noticiário da noite, haverá poucos concorrentes aos primeiros lugares, e o sistema de estrelas tem condições de operar – seja inventando Britney Spears, os jornais das oito ou produzindo os livros didáticos usados por todo o país. Mas quando toda pessoa no planeta, ou mesmo apenas toda pessoa que vive num país rico e dez ou vinte por cento dos que vivem nos países mais pobres, pode facilmente falar aos amigos e compatriotas, a concorrência fica mais dura. (PÁGINA 9)

6) Em termos práticos, esta observação sugere que objetos de aprendizagem podem ser produzidos de maneira coordenada na rede. O tamanho do grupo de desenvolvedores e a singularidade dos objetos sugerem que haverá um fluxo constante e um crescimento no número de objetos de aprendizagem, e dentre eles os que serão liberados sob uma ou outra forma de licença aberta e poderão ser melhorados por novas contribuições incrementais ao longo do tempo. A longo prazo, a ameaça de fracasso no desenvolvimento de objetos de aprendizagem não será resultado da falta de objetos, mas da falta das funções de pesquisa e de integração a serem aplicadas a um universo crescente de objetos discretos. Aqui, a experiência da produção de relevância e validação entre pares oferece vários modelos de solução. (PÁGINA 10)

7) autoria cooperativa de recursos educacionais de ordem superior (PÁGINA 18)

8) Os livros didáticos apresentam uma singularidade importante em relação às demais produções colaborativas em especial as enciclopédias. eles precisam também ser modularizados mas com uma coerência tal que mantenham a compreensão do leitor/estudante, sendo assim precisam de revisores específicos que não entendam somente do conteúdo mas também do estilo e foco que se pretende em cada módulo/capítulo. Esta especificidade é vista como contribuinte para o não avanço significativo desta experiência de produção colaborativa. (PÁGINA 22)

9) Se uma maior modularização exige controles técnicos mais rígidos sobre as contribuições para manter a coerência, ou se, na verdade, quanto maior a modularização menores as barreiras necessárias, porque nenhum colaborador terá possibilidade de cometer um erro muito grande, e porque são necessárias contribuições de muitos para fazer o projeto avançar em pedaços menores, é uma questão crucial de projeto para a fase seguinte do desenvolvimento do livro didático aberto. (PÁGINA 24)

10) a probabilidade de que a pessoa com conhecimentos, motivação e tempo certos esteja disponível para o trabalho é inversamente proporcional à granularidade do módulo. (PÁGINA 24)

11) granularidade é determinada pelo custo de integração – não se podem usar módulos tão finos que o custo de integrá-los seja maior que o valor do módulo. (PÁGINA 24)

12) Open Courseware (OCW) Initiative

Esta iniciativa do MIT consiste na disponibilização de notas de aula, gráficos e materiais diversos utilizados durante as aulas ministradas no Instituto numa plataforma acessível via rede. Não geram trabalhos à mais caso os professores tenham suas aulas preparadas já pensando na disposição destes materiais. Todos os que fazem seu plano de aula não teriam acréscimo de trabalho. (PÁGINA 25) "..Uma entidade grande sem fins lucrativos, com bom financiamento, oferece um bem público importante por meio do trabalho de uma equipe em tempo integral com objetivos outros que não a maximização de riqueza. Aqui, o ponto crítico é o afastamento radical do MIT da cultura prevalente e crescente das décadas de 1980 e 1990 no meio acadêmico americano – ganhar dinheiro de todas as formas possíveis. Enquanto outras universidades pensavam em “educação a distância” como a venda do acesso a aulas gravadas e a outros materiais para levantar receitas novas, o MIT considerou ser sua atribuição básica o progresso do conhecimento e da educação de estudantes em um ambiente de rede. A resposta foi dar a qualquer um, em qualquer lugar, acesso aos materiais de ensino das mentes mais brilhantes do mundo."

13) Um tipo diferente de instrumento de aprendizagem de ordem superior ou de conjunto de materiais são os ambientes imersivos – como os jogos on-line para muitos jogadores – que podem ser usados como plataformas educacionais imersivas ou de treinamento. Esta parte da discussão é, neste estágio, mais especulativa, porque ainda não surgiu uma plataforma aberta como plataforma comum para desenvolvimento. A ideia básica é que existem oportunidades de usos educacionais de ambientes colaborativos imersivos em 3D.

14) A questão é se um novo tipo de interface, em que uma granulação mais fina do material, compensada por edição e uniformização relativamente fáceis, poderia tomar o lugar do modelo atual, em que livros didáticos são, em sua maioria, redigidos por indivíduos ou, no caso do FHSST, por um grupo de estudantes de pós-graduação idealistas e dedicados. Por outro lado, os exemplos do outro tipo de projeto de desenvolvimento coerente de recursos educacionais em grande escala – plataformas colaborativas multiusuários – parecem ter características semelhantes às do desenvolvimento de software, e deveriam ser suscetíveis à produção entre pares. Uma vez que o sejam, os objetos contidos neles têm características semelhantes às dos objetos na internet e, portanto, se adaptam bem à produção coordenada e cooperativa entre pares. (PÁGINA 29-30)

15) A produção descentralizada de livros didáticos, como permite- em teoria, o modelo peer-to-peer, permitiria uma maior diversidade no material didático já que professores também de origem diversa teriam a chance de investir seu tempo na preparação de seus materiais específicos. Estes materiais por sua vez poderiam também ser integrantes de outros mais completos à gosto dos participantes da rede.

16) Da perspectiva do desenvolvimento global e da educação, as abordagens abertas de criação de recursos educacionais, em particular os que se mostrassem adequados para uso em áreas mais pobres, se beneficiariam no mínimo do influxo de colaboradores criativos e bem informados que não exigem exclusividade sobre seus produtos, e que não focam, necessariamente, os seus esforços em mercados capazes de pagar mais. (PÁGINA 30)

17) Ambientes de aprendizagem com maior autonomia do professor e do estudante vão se beneficiar mais dos tipos de materiais que possam ser gerados por uma rede colaborativa, do que os ambientes de aprendizagem submetidos a um controle mais rígido, onde se exige que os materiais tenham coerência com uma estrutura predefinida por alguém que não os desenvolvedores nem os professores⁄estudantes. (Página 31)

 
 
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