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Essas questões em torno da migração para o digital surgem num momento em que o Irdeb decide construir um posicionamento enquanto TV estatal, buscando reorganizar-se estruturalmente e preparar-se para oferecer a seu público acesso a conteúdo digital de qualidade. O grupo elencou durante as discussões nove pontos que envolvem o debate da migração da TV Pública para TV Digital que serão tratados a seguir: 1 - Migração tecnológica: o que que acontece do ponto de vista tecnológico com a televisão e com o rádio do ponto de vista de possibilidades de digitalização de sinal. | ||||||||
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< < | xxx É de se alertar de que se abre uma massa crítica e que, oficialmente, o Irdeb não entrou. Antes do seminário cada câmara técnica reuniu-se 3 vezes e avançou na discussão e gerou massa crítica que será apresentada no próximo fórum. A Bahia ficou fora desse processo até agora. Ficamos defasados em relação à discussão nacional e agora é o momento que a gente está se aproximando, preparando-se para o próximo fórum e a partir do próximo fórum poder desencadear um processo de discussão mais formado. Vai ocorrer o primeiro fórum nacional de tvs públicas. O caderno é preparatório para o fórum. Este foi um diagnóstico feito por todas as associações (ABTU, ABEPEC etc, etc) que gerou esse caderno junto com a Bete Carmona, Petrick, o próprio ministro e a .... e foram criados grupos de trabalho em cada um dos oito eixos temáticos que são: marco legislatório, regulação, migração, plataforma digital, .. É claro que a parte jurídica interessa. Cada uma dessas instituições tem um perfil jurídico-institucional. O que a gente está avançando – é claro que a gente avançou mais em alguns itens – o seminário especificamente daqui vai girar em cima desses dois temas: gestão e tecnologia, público x estatal. A parte de legislação é uma reunião paralela que vai fazer parte desses grupos. Xxx | |||||||
> > | xxx É de se alertar de que se abre uma massa crítica e que, oficialmente, o Irdeb não entrou. Antes do seminário cada câmara técnica reuniu-se 3 vezes e avançou na discussão e gerou massa crítica que será apresentada no próximo fórum. A Bahia ficou fora desse processo até agora. Ficamos defasados em relação à discussão nacional e agora é o momento que a gente está se aproximando, preparando-se para o próximo fórum e a partir do próximo fórum poder desencadear um processo de discussão mais formado. Vai ocorrer o primeiro fórum nacional de tvs públicas. O caderno é preparatório para o fórum. Este foi um diagnóstico feito por todas as associações (ABTU, ABEPEC etc, etc) que gerou esse caderno junto com a Bete Carmona, Petrick, o próprio ministro e a .... e foram criados grupos de trabalho em cada um dos oito eixos temáticos que são: marco legislatório, regulação, migração, plataforma digital, .. É claro que a parte jurídica interessa. Cada uma dessas instituições tem um perfil jurídico-institucional. O que a gente está avançando – é claro que a gente avançou mais em alguns itens – o seminário especificamente daqui vai girar em cima desses dois temas: gestão e tecnologia, público x estatal. A parte de legislação é uma reunião paralela que vai fazer parte desses grupos. Xxx | |||||||
Nós não vamos tirar a carta de Salvador, diretrizes e políticas etc., inclusive porque isso nos deixa muito mais soltos de pensar a maluquice que a gente quiser pensar sobre isso. É o estado quem vai definir como se apropriar dessas idéias e a depender de como se apropriar muito concretamente nós vamos estar do lado deles, de forma que não há necessidade de a gente fazer um esforço de síntese. O importante mesmo são as diversas vertentes porque como é um tema relativamente novo, extremamente polêmico e com influências políticas muito fortes – econômicas nem se fala...- são muitos interesses por detrás e seria muito difícil a gente aqui tirar alguma posição. Pelo que a gente tirou da primeira reunião e do que a gente conhece da perspectiva do governo Wagner em termos de comunicação, nós temos algumas sintonias. A TV pública tem que ser pública e a serviço do público e não da privatização e dos interesses privados. É óbvio que nós aqui da Bahia defendamos uma produção descentralizada do eixo Rio-São Paulo, ou seja, de um forte vínculo; é óbvio que temos sintonia com a Secti, com a inclusão no campo sócio-digital – temos que nos apropriar da tecnologia disponível na digitalização da televisão e do rádio pra servir como mecanismo de inclusão sócio-digital -, enfim, acredito que tenhamos uma série de questões com pontos relativamente em comuns que nos fariam avançar bastante em alguns pontos indicativos para o Irdeb. Num segundo e terceiro momentos é aperfeiçoar esses pontos. E o final disso é mais ou menos o Fórum Nacional, em Brasília. A TVE vai participar a partir de transmissão da Radiobrás, dando oportunidade para intervenções da Bahia no seminário. | ||||||||
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< < | Xxx O que a gente tem percebido é que as forças do governo federal – governo estadual tem pouco poder para regulamentar a questão da radiodifusão e das tvs – como já foi dito aqui, o ministro Hélio Costa intervém bastante, mesmo que a gente avance aqui sobre questões tecnológicas. A gente sabe que o poder político e econômico é tão grande que eles vão realmente se apropriar disso pra se beneficiar. É importante que nesses espaços a gente não esqueça de discutir sobre o direito à comunicação porque essa é uma luta de toda a sociedade. Temos que reunir outros segmentos para compreender que de alguma forma o poder aumentou. As rádios comunitárias foram mais fechadas durante o governo Hélio Costa; não houve renovação nacional sobre a discussão dos contratos de tvs estatais, das concessões. É essa contribuição que a gente pode dar, como estudante e em conjunto com outros movimentos, de fortalecer essa discussão do estado. Xxx Se a corda apertar, o Irdeb não vai ter condições de segurar isso pq ele é governo. Esse nosso papel aqui é importante pq nós não podemos nos constituir como um grupo formal. Por isso o Irdeb nos chamou para que eu fizesse um pouco essa mediação, essa coordenação, pq nós somos Universidade, soc. civil, sociedade organizada, governo, outras secretarias e Irdeb. Nós ficamos à vontade de propor todas essas questões, que vão ser seguramente complicadas; o Irdeb vai apreender e vai tomar a decisão política que ele achar que deve. Das coisas que nós vamos conversar aqui, nós da Universidade e do coletivo organizado, vamos ter um nível de atuação e um nível de intervenção na sociedade, que vai inclusive cobrar coisas do Irdeb. E é normal e está de parabéns o Irdeb em querer nos ouvir. Essa discussão não tem em nenhum momento um caráter puramente técnico. O trabalho está o tempo inteiro impregnado dessas questões políticas. É uma lástima ver que aumentou muito o número de rádios comunitárias fechadas no governo Lula. Por isso que é importante ver absolutamente tudo, estar nesse nosso relatório e apontar essas coisas. E a partir daí o que isso for de produção, cada um de nós vai usar para o caminhar de cada um. Nós da Universidade, vocês das secretarias de Cultura, Ciência e Tecnologia, Comunicação – a AGcom precisa estar atenta a esse tipo de coisas – e outros movimentos sociais. Xxx É muito importante que a gente tenha em vista o porque se está fazendo essa discussão, do momento de reconfiguração do Irdeb. O governador e o secretário de Cultura pretendem que o audiovisual e a radiodifusão na Bahia estejam sob a mesma instituição que seria esse novo Irdeb. Então, nesse momento está em discussão de que forma teria essa entidade pra agregar o audiovisual – com toda as suas formas, o rádio e a televisão e o cinema. Aí englobaria mais ou menos sete setores: web, tv – digital ou não – da rádio, do filme turístico da Bahiatursa vindo para o Irdeb; uma cinemateca, com o Dimas –Diretoria de Audiovisual – multimeios de audiovisual e as salas de teatro que têm a Dimas, o Irdeb – com a videoteca – que agregaria esse tipo de coisas. Essa realidade passa também pela discussão do público e estatal. O entendimento do que seria público e estatal é que vai dar o norte dessa instituição. O estabelecimento dessa diferenciação, que deve ser uma etapa intermediária dessa transformação para a televisão digital. Tem um momento muito rico que está acontecendo com o fórum em Brasília das Tvs públicas; aqui houve essa divisão de secretaria da Cultura e secretaria do Turismo – o Irdeb pertence à secretaria da Cultura e vai agregar todo o audiovisual baiano - , dentro de uma nova figura jurídica aí que está se discutindo. Isso tem que ter uma participação bem maior do que simplesmente um decreto de alguém que pensa: bem, é tudo estatal mesmo, está na secretaria de Cultura e vamos continuar. Não vai dar certo porque tem que ter uma participação ampla dos diversos atores nessas área. Já que se vai fazer a coisa, que se faça com uma maior consistência política. Isso atendendo à situação de que o governo estadual tem uma atuação imediata em cima disso. Se vai erguer uma fundação do audiovisual. Então, não só pelo federal, mas pelo estadual também. Eu acho que vai ter uma consonância. O que não é uma coisa simples também. Quando o sistema, antiga Funtevê do RJ deixa de ser MEC e passa pra Casa Civil, volta pra MEC, vira fundação e depois vira Ocip, houve pouca discussão. Hoje existem 17 configurações. Aqui são mais as públicas, a Educativa, do RJ; a Radiobrás, que é estatal, mas está tentando – não sei se vai tomar um golpe. O próprio Helio Costa declaradamente diz que elas não cumprem a função de televisão estatal. Tem uma coisa que estava vindo liderando o processo: à medida que isso começou a interferir em interesses, o próprio Ministério das Comunicações chamou de volta e quer refundar a questão da televisão estatal, que é a TV Executiva. O público que vira estatal de fato vai cumprir alguma coisa que se estabelece ali, mas a fatia de negócio fica com o setor privado com as suas configurações não lucrativas. Então fica a Globo, com a questão comercial; a Fundação Roberto Marinho, com a TV Futura fazendo toda a parte educacional, cidadã. E as tvs públicas elas ficam aí com o pessoal etc. Eu não vejo condições de imaginar que num grupo heterogêneo como esse, por uma falta de continuidade, a gente teria que deixar sair essas idéias. E eu pensei que daqui até a semana que vem. O que a gente deseje que o Irdeb faça nessa migração agora para tv digital? Que serviços se pode agregar? Qual o público que se pode atingir? O que o governo do estado quer inserir em termos de serviços, cidadania, educação? | |||||||
> > | Xxx O que a gente tem percebido é que as forças do governo federal – governo estadual tem pouco poder para regulamentar a questão da radiodifusão e das tvs – como já foi dito aqui, o ministro Hélio Costa intervém bastante, mesmo que a gente avance aqui sobre questões tecnológicas. A gente sabe que o poder político e econômico é tão grande que eles vão realmente se apropriar disso pra se beneficiar. É importante que nesses espaços a gente não esqueça de discutir sobre o direito à comunicação porque essa é uma luta de toda a sociedade. Temos que reunir outros segmentos para compreender que de alguma forma o poder aumentou. As rádios comunitárias foram mais fechadas durante o governo Hélio Costa; não houve renovação nacional sobre a discussão dos contratos de tvs estatais, das concessões. É essa contribuição que a gente pode dar, como estudante e em conjunto com outros movimentos, de fortalecer essa discussão do estado. Xxx Se a corda apertar, o Irdeb não vai ter condições de segurar isso pq ele é governo. Esse nosso papel aqui é importante pq nós não podemos nos constituir como um grupo formal. Por isso o Irdeb nos chamou para que eu fizesse um pouco essa mediação, essa coordenação, pq nós somos Universidade, soc. civil, sociedade organizada, governo, outras secretarias e Irdeb. Nós ficamos à vontade de propor todas essas questões, que vão ser seguramente complicadas; o Irdeb vai apreender e vai tomar a decisão política que ele achar que deve. Das coisas que nós vamos conversar aqui, nós da Universidade e do coletivo organizado, vamos ter um nível de atuação e um nível de intervenção na sociedade, que vai inclusive cobrar coisas do Irdeb. E é normal e está de parabéns o Irdeb em querer nos ouvir. Essa discussão não tem em nenhum momento um caráter puramente técnico. O trabalho está o tempo inteiro impregnado dessas questões políticas. É uma lástima ver que aumentou muito o número de rádios comunitárias fechadas no governo Lula. Por isso que é importante ver absolutamente tudo, estar nesse nosso relatório e apontar essas coisas. E a partir daí o que isso for de produção, cada um de nós vai usar para o caminhar de cada um. Nós da Universidade, vocês das secretarias de Cultura, Ciência e Tecnologia, Comunicação – a AGcom precisa estar atenta a esse tipo de coisas – e outros movimentos sociais. Xxx É muito importante que a gente tenha em vista o porque se está fazendo essa discussão, do momento de reconfiguração do Irdeb. O governador e o secretário de Cultura pretendem que o audiovisual e a radiodifusão na Bahia estejam sob a mesma instituição que seria esse novo Irdeb. Então, nesse momento está em discussão de que forma teria essa entidade pra agregar o audiovisual – com toda as suas formas, o rádio e a televisão e o cinema. Aí englobaria mais ou menos sete setores: web, tv – digital ou não – da rádio, do filme turístico da Bahiatursa vindo para o Irdeb; uma cinemateca, com o Dimas –Diretoria de Audiovisual – multimeios de audiovisual e as salas de teatro que têm a Dimas, o Irdeb – com a videoteca – que agregaria esse tipo de coisas. Essa realidade passa também pela discussão do público e estatal. O entendimento do que seria público e estatal é que vai dar o norte dessa instituição. O estabelecimento dessa diferenciação, que deve ser uma etapa intermediária dessa transformação para a televisão digital. Tem um momento muito rico que está acontecendo com o fórum em Brasília das Tvs públicas; aqui houve essa divisão de secretaria da Cultura e secretaria do Turismo – o Irdeb pertence à secretaria da Cultura e vai agregar todo o audiovisual baiano - , dentro de uma nova figura jurídica aí que está se discutindo. Isso tem que ter uma participação bem maior do que simplesmente um decreto de alguém que pensa: bem, é tudo estatal mesmo, está na secretaria de Cultura e vamos continuar. Não vai dar certo porque tem que ter uma participação ampla dos diversos atores nessas área. Já que se vai fazer a coisa, que se faça com uma maior consistência política. Isso atendendo à situação de que o governo estadual tem uma atuação imediata em cima disso. Se vai erguer uma fundação do audiovisual. Então, não só pelo federal, mas pelo estadual também. Eu acho que vai ter uma consonância. O que não é uma coisa simples também. Quando o sistema, antiga Funtevê do RJ deixa de ser MEC e passa pra Casa Civil, volta pra MEC, vira fundação e depois vira Ocip, houve pouca discussão. Hoje existem 17 configurações. Aqui são mais as públicas, a Educativa, do RJ; a Radiobrás, que é estatal, mas está tentando – não sei se vai tomar um golpe. O próprio Helio Costa declaradamente diz que elas não cumprem a função de televisão estatal. Tem uma coisa que estava vindo liderando o processo: à medida que isso começou a interferir em interesses, o próprio Ministério das Comunicações chamou de volta e quer refundar a questão da televisão estatal, que é a TV Executiva. O público que vira estatal de fato vai cumprir alguma coisa que se estabelece ali, mas a fatia de negócio fica com o setor privado com as suas configurações não lucrativas. Então fica a Globo, com a questão comercial; a Fundação Roberto Marinho, com a TV Futura fazendo toda a parte educacional, cidadã. E as tvs públicas elas ficam aí com o pessoal etc. Eu não vejo condições de imaginar que num grupo heterogêneo como esse, por uma falta de continuidade, a gente teria que deixar sair essas idéias. E eu pensei que daqui até a semana que vem. O que a gente deseje que o Irdeb faça nessa migração agora para tv digital? Que serviços se pode agregar? Qual o público que se pode atingir? O que o governo do estado quer inserir em termos de serviços, cidadania, educação? | |||||||
2 – Convergência Tecnológica e mídia: internet, tvs, rádio, impresso |
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