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< < | Relatório Final - PIBIC | ||||||||||||||||
> > | RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES – PIBIC
1. Resumo (Objetivos e justificativa do projeto em termos de relevância para a pesquisa cientifica e do estado da arte.) Nos últimos anos, presenciamos as ações do governo para inserção das TIC no espaço escolar, através das políticas públicas de inclusão digital, no entanto estas são realizadas sem articulação umas com as outras e com ações incipientes. Nesse contexto, esta pesquisa Inclusão Digital nas Escolas: as políticas do MEC, buscou compreender os interesses, as articulações e os desdobramentos dos programas realizado pelo MEC para promoção da inclusão digital dentro do espaço escolar, sendo este relatório responsável pelas análises do Proinfo e do Banda Largas nas Escolas. Utilizamos como metodologia, levantamento e coleta da documentação produzida no âmbito dos programas, via internet, em sites do governo, das instituições envolvidas entre outros. As análises e cruzamento dessas informações permitiram a compreensão das dinâmicas que envolvem os mesmos, assim como material para produção de um artigo e Monografia de final de curso envolvendo a temática, além da alimentação do banco de dados do Grupo de Pesquisa Educação Comunicação e Tecnologias -GEC. Percebemos o quanto essas políticas ainda persistem em realizar suas ações desarticuladas uma das outras e o quanto poderia ser lucrativo e proveitoso se essas trabalhassem integradas entre si, assim como as potencialidades dessas ações quando desenvolvidas de maneira coerente, respeitando os profissionais que irão utilizálas, através de formações mais amplas, repasse das verbas em tempo hábil, o que impediria a inércia dessas, bem como ampliaria sua abrangência para inclusão digital dos nossos cidadãos 2. Introdução e objetivos do projeto (Descrição da maneira como serão desenvolvidas as atividades para se chegar aos objetivos propostos. Indicar os materiais e métodos que serão usados.) A pesquisa Inclusão digital nas escolas: as políticas do MEC, buscou aprofundar as investigações sobre as potencialidades e limites das políticas desenvolvidas pelo Governo como forma de inserção dos indivíduos na denominada “Sociedade da Informação”, através de programas realizados dentro do espaço escolar. São eles, o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), o Banda Larga nas Escolas, Um computador por aluno (UCA) e Computador Portátil para o Professor, todos vinculados ao MEC, com o intuito de promover o acesso da população à internet e aos recursos tecnológicos. A pesquisa foi dividida em dois programas por bolsista, cabendo a este relatório as pesquisas relacionadas ao ProInfo e o Banda Larga nas Escolas, buscando compreender os interesses, as articulações e os desdobramentos que estão atrelados a estes programas, conforme o plano de trabalho intitulado As potencialidades do Proinfo e do Banda larga nas escolas para a promoção da inclusão digital nas escolas públicas. Tendo em vista a rapidez com que as tecnologias passaram a estar presentes no cotidiano da nossa sociedade, tornou-se indispensável a presença dessas nas escolas, instituições que exercem o papel de formadoras dos futuros cidadãos. Para tanto, o governo Brasileiro desde a década de 80 e 90, vem realizando movimentações para informatização das escolas com o intuito de formar uma força de trabalho qualificada em eletrônica atendendo as necessidades da sociedade informatizada. Essas ações estão, na maioria, destinadas a população de baixo poder aquisitivo, com cursos em informática direcionados à profissionalização, tendo em vista que o conhecimento adquirido através desses cursos habilita o individuo apenas à instrumentalização para vagas de emprego. Conforme traz Pretto e Bonilla: “É uma política para as populações carentes, com programas de baixo custo, a nível de ensino fundamental, que respondam às necessidades de instrução elementar e ofereçam ao aluno o preparo profissional necessário a transformar o produto de seu trabalho em renda; para uma minoria, localizada em centros urbanos, ensino médio e superior, devendo-se levar em consideração a capacidade de absorção de mão-de-obra do setor moderno da economia e as demandas de técnicos para os setores privados. (PRETTO E BONILLA, 2000)” A educação estava responsável pela capacitação em informática da mão de obra destinada ao mercado de trabalho, seus objetivos estavam destinados ao desenvolvimento econômico do país como espaço estratégico para a realização essas ações. O governo investia em aparelhagem tecnológica e técnicos, sem levar em conta a necessidade de formação da comunidade escolar que iria trabalhar com essas tecnologias, além das mudanças necessárias ao currículo escolar. Após longos anos de realização dessas ações pelo governo, uma grande parcela da população ainda permanecia à margem do acesso as tecnologias. Essas ações chegavam a um número pequeno de indivíduos devido à precariedade dos seus serviços, que eram realizados de maneira desorganizada, sem contemplar a formação que se desejava, sem infra-estrutura e muitas vezes com aparelhagem tecnológica defasada. Nesse contexto, em 2000, é lançado no Brasil o Programa Sociedade da Informação, que já era realizado em diversos países com o intuito de elaborar políticas públicas para inserção da sociedade no mundo das tecnologias. Coordenado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, o Brasil lançou o Livro Verde1, em 2000, contendo as metas e objetivos da sociedade da Informação. Com isso inicia-se uma busca para incluir a parcela da população considerada excluída das tecnologias. Adotam-se medidas para diminuir esses índices e com elas o movimento de inclusão digital. Para o programa, inclusão no mundo digital está associada às habilidades básicas para os indivíduos poderem usar as tecnologias numa perspectiva de usuário consumidor (Bonilla, 2005, p.42). O Programa Sociedade da Informação, no Brasil, tem suas concepções voltadas para o mercado. Segundo os ideais do programa, a universalização das tecnologias vai oferecer infra-estrutura para o desenvolvimento da economia e posteriormente ao desenvolvimento da sociedade, através da preparação dos indivíduos para fazerem uso das TIC. 1 Livro Verde da Sociedade da Informação no Brasil aponta uma proposta inicial de ações concretas, composta de planejamento, orçamento, execução e acompanhamento específicos do Programa Sociedade da Informação. Está disponível em http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/18878.html. Acesso em 10/08/2009 Contudo, entendemos que as ações voltadas para inclusão digital da população não se constituem apenas na aquisição de aparelhos tecnológicos, mas também na formação e capacitação dos indivíduos para o uso das TIC, não apenas como ferramentas no processo ensino aprendizagem, mais sim como potencializadoras deste processo, de forma que os indivíduos sejam capazes de produzir, transformar, criar uma consciência crítica e prover produtos dos seus conhecimentos para as suas relações cotidianas, dentro da sociedade, conforme o conceito de inclusão de André Lemos: “Entendo inclusão como habilidade cognitiva para dominar, mudar, desconstruir discursos e alterar as rotas dos produtos prêt-à-porter das fábricas de ilusões.” (LEMOS, 2003). Tendo em vista a importância dessas ações, voltadas para o ensino público, esta pesquisa procurou compreender os interesses e estratégias articuladas as políticas do ProInfo e do Banda Larga, assim como as características, potencialidades e limites das mesmas para a promoção da inclusão digital da população, bem como as perspectivas que apresentam para constituírem-se como ações significativas da área. Para atender aos objetivos propostos, de início, foram feitos estudos relacionados aos temas: inclusão digital, políticas públicas, tecnologia educacional e formação de professores, além de grupo de estudo para discussões sobre esses temas. Foram feitos levantamento e coleta de documentos relacionados aos programas ProInfo e Banda Larga nas Escolas, via Internet, em sites do MEC, CAPES, Domínio Público, escolas participantes dos projetos, pesquisadores e professores envolvidos e/ou interessados nos Programas, entre outros, tendo em vista que todo material documental encontra-se disponível em rede. Após coleta e seleção dos documentos necessários à pesquisa, esses foram subdivididos em categorias, facilitando as análises sobre as suas dinâmicas de operacionalização, as quais foram realizadas com base nos aportes teóricos estudados anteriormente, sendo esses documentos e categorias disponibilizados no banco de dados do GEC. Em um terceiro momento foram mapeados coordenadores e professores que participam dos projetos, para a realização de entrevistas semiestruturadas, construídas pela bolsista, com auxílio da orientadora, afim de entender as dinâmicas que perpassam o cotidiano dos programas. As entrevistas foram on-line, devido a distância entre os envolvidos, e pela facilidade e comodidade para se realizar uma comunicação em rede nos dias atuais. Estas foram organizadas por categorias e realizadas análises que contribuíram para o cruzamento de todas as informações coletadas, oferecendo subsídios para compreensão dos interesses e estratégias de cada projeto. Os sujeitos foram selecionados para as entrevistas relacionadas ao ProInfo, de acordo com o critério da participação direta nos NTE, tendo em vista que nossas maiores dúvidas estavam na organização e desenvolvimento das atividades nestes espaços. Localizamos 10 professores multiplicadores e 10 professores que receberam capacitação nos NTE, através dos blogs criados durante as formações. Tivemos um pouco de dificuldade pois grande parte desses blogs, após os cursos ficam desatualizados, por falta de apropriação dos professores destes espaços. Tentamos contato com esse professores e multiplicadores por email, não tivemos respostas de nenhum desses. Além dos professores, também foram selecionados os coordenadores Estaduais e Municipais do ProInfo. Dos 27 coordenadores Estaduais 5 responderam a entrevista e dos 27 coordenadores Municipais apenas 2 nos deram retorno. Para o Programa Banda Larga nas Escolas, selecionamos 28 escolas, de várias regiões, que segundo o site do Ministério das Comunicações2 já tinham recebido o serviço ou estavam cadastradas à espera das instalações. No entanto, não tivemos resposta dessas escolas. É importante ressaltar que, durante as atividades mencionadas acima, outras foram realizadas, tais como: participação em eventos que envolvem a temática, produção de um artigo e projeto de monografia de final de curso sobre o tema, alimentação do banco de dados do GEC, reuniões do grupo de pesquisa e monitoria nas disciplinas EDC287 - Educação e Tecnologias Contemporâneas e EDC 266 – Introdução à Informática na Educação. 2 Ministério das Comunicações. Sistema Unificado de Informações sobre Telecomunicações – SUITE. Disponível em: http://suite.mc.gov.br/index.asp Capturado em 05 de Agosto de 2009.
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