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Revision 226 Jul 2006 - CecilioSantos

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Diário De Ciclo V

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UFBA - Universidade Federal da Bahia FACED - Faculdade de Educação CURSO - Licenciatura em pedagogia CICLO CINCO ATIVIDADE - 562 = Diário de Ciclo PROFESSOR - Coordenação da UFBA ALUNO - Antônio Cecílio GRUPO DE ORIENTAÇÃO - 04 = Margareth Dourado

UFBA - Universidade Federal da Bahia FACED - Faculdade de Educação CURSO - Licenciatura em pedagogia CICLO CINCO ATIVIDADE - 562 = Diário de Ciclo PROFESSOR - Coordenação da UFBA ALUNO - Antônio Cecílio GRUPO DE ORIENTAÇÃO - 04 = Margareth Dourado

DIÁRIO DE CICLO V

UFBA / IRECÊ-BA

CONDIÇÕES BÁSICAS

As análises feitas neste diário vão demonstrar pontos que sinalizam que eu vivo em um ambiente de trabalho ocupado com a realização de inúmeras tarefas exigidas pela escola e pela própria instituição de ensino, no caso a UFBA. Logo a proposta de elaboração foi encarada como mais uma tarefa a ser cumprida. Se assim continuar ou proceder, a preocupação com mais tarefas se relaciona com um outro aspecto também mencionado pelos cursistas, ou seja, a falta de tempo para sua realização. A predominância de produções referentes ao cumprimento de mais uma atividade a ser feita e a falta de tempo para executá-la, são fatores constrangedores. Alguns com conotação negativa, que têm provocado reações de medo e insegurança, principalmente, com aqueles que deparam com a elaboração de registros não apenas descritivos, mas analíticos sobre o próprio trabalho. Ao revelar medo de ver minha franqueza registrada, ou o que resultar de minhas produções escritas, ou ainda, que elaborar seria “algo difícil”, os professores/orientadores sinalizavam se estava pautado na reflexão sobre o que faço em sala de aula. A idéia de fiscalização que se criou pode estar relacionada ao clima de controle no ambiente de trabalho dessa faculdade. Por conta disso, a reação permeada por sentimentos de insegurança, dúvida, medo e preocupação com a disponibilidade de tempo para realizar esse tipo de registro. Transcorrido cinco ciclos desde a proposta inicial de elaboração dos diários, sempre me posicionei; a respeito da prática de registrar minhas impressões e avaliações sobre o cotidiano. Das análises realizadas até o momento, merece destaque a constatação de que duas das professoras envolvidas no projeto, manifestaram alteração de visão, tanto acerca do exercício sobre o próprio trabalho, quanto a respeito da própria tomada de decisão diante de seus superiores e de seus subordinados. Essas professoras são Márcia Sales e Margareth Dourado. O interessante foi que ao elaborar meu diário, eu percebi essas características das pessoas citadas. Elas demonstraram prática como facilitadora do exercício, não no sentido de indicar meios prontos para conseguir algo, mas como resolver a complexidade, transformando-a num processo simples. As orientadoras aplicaram recursos de como tomar distância ou ver de fora o próprio trabalho no que se refere os problemas a serem enfrentadas, erros e acertos na minha execução, pontos frágeis no próprio desempenho, relação entre o planejado e executado, percepção de detalhes do cotidiano das aulas, atuações diferenciadas, busca de soluções e saídas para as atividades e a possibilidade de refazê-las.

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS

As atividades a que se refere este diário, tratam-se dos resultados de investigação num âmbito de um projeto de formação para professores de séries iniciais, envolvendo teorização, costumes, hábitos e praticidades na trajetória do ciclo cinco, no curso de Pedagogia da UFBA/IRECÊ. Entretanto, aponta meu desenvolvimento pessoal e profissional, bem como o papel da educação para a transformação da escola pública. Visa, também, viabilizar a construção de projetos pedagógicos ou planos de ação para o ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino de Irecê. No entanto, destacarei algumas atividades, das quais participei. Tais como:

  • SEMINÁRIO DE ABERTURA conversando sobre o ciclo cinco
  • ESTUDO LITERÁRIO - DOM QUIXOTE DE LA MANCHA a sátira numa perspectiva de articulação e relação humana
  • TECNOLOGIA II construindo ambientes de aprendizagens digitais colaborativos
  • PORTUGUÊS BRASILEIRO EM DEBATE discussão das normas lingüistas no ensino atual da língua portuguesa
  • LEITURAS, LITERATURA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES repertório de leituras interativas com questão da profissionalidade docente
  • UM ENCONTRO COM A MATEMÁTICA I a importância para o desenvolvimento do raciocínio lógico
  • OBJETOS DE APRENDIZAGENS mostra de objetos digitais de aprendizagem
  • HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DA BAHIA viajando no tempo através de uma mulher genial
  • POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO NACIONAL as cotas sempre existiram, nós que não sabíamos
  • GRUPO (04) DE ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA a metodologia não é algo didático - é fonte de informação
  • PRODUÇÃO LIVRE a não-linearidade seguindo a linearidade! entendeu?!

ATIVIDADE 501 SEMINÁRIO DE ABERTURA

Foi com grande satisfação que participei do Seminário de abertura do ciclo cinco, pois ele tem contribuído enormemente na escolha e para o cumprimento de minhas atividades. A educação profissional na área de pedagogia busca o aumento da qualidade, da dignidade e da humanização do indivíduo à população, devendo ser vista não apenas como um curso superior s, mas também como uma profissão digna. Para proferir a conferência de abertura foi convidada a professora doutora Inez Carvalho, que defendeu a implantação de um currículo integrado numa perspectiva interdisciplinar. "O compromisso social dos cursos universitários leva a uma ruptura com velhos paradigmas teóricos e permite uma nova definição das atividades de ensino, pesquisa e extensão", a conferencista. Na opinião da professora Inez Carvalho, a flexibilização curricular pode ser a solução para essas e muitas outras deficiências do ensino universitário. "A flexibilização permite ao aluno construir o seu próprio projeto de estudo. Apesar de existir uma diversificação na universidade, o aluno poderá montar o seu projeto de estudo que será concluído com a elaboração do pórtifólio", afirmou. A inserção de profissionais no mercado de trabalho depende da qualificação e da capacidade de adaptação desses trabalhadores às transformações contínuas. As novas tecnologias, entre outros fatores, contribuem e ajudam a melhoria da qualidade dos recursos humanos, tornando necessária à implementação de políticas públicas que assegurem condições de aquisição e renovação dos conhecimentos. E isso eu vir perceber depois de muito tempo. No Seminário realizado neste ciclo, fomos convocados, especialmente, para discutir as novas tendências da educação técnica e profissional. Ficou claro que o século XXI será palco das políticas públicas afirmativas. Temos que nos adaptar ,cada vez mais à constante evolução das políticas tecnológicas, à revolução da informação e da comunicação. A UFBA, com base no saber proveniente dessas mudanças ofereceu novas modalidades e opções para a formação e a educação. Além disso, requer-se cada vez mais uma educação permanente ao longo da vida. Estou seguro que o Projeto/Irecê se insere nessas novas tendências. Com esta parceria, dezenas de trabalhadores têm a oportunidade de concluir a escolaridade necessária à legalização profissional. Considero alguns pontos relevantes e de destaque sob o ponto de vista educacional. O primeiro seria a preocupação com a formação dos professores que atuam no curso com a criação do curso de formação pedagógica, em nível de especialização, realizado por meio de educação a distância ou semi presencial. Além de ser um grande estímulo para os professores dos cursos, esta formação garante a atualização de conhecimentos desses profissionais.

ATIVIDADE 506 ESTUDO LITERÁRIO: DOM QUIXOTE DE LA MANCHA A obra de Miguel de Cervante - “Dom Quixote” - ainda é um clássico atual, que ressalta o lado da cavalaria, por entender que uma pessoa pode se tornar herói ao lutar contra as injustiças cometidas aos menos favorecidos, enquadrando-se facilmente em esquemas simplistas. Outro aspecto que eu destaquei, foi o elevado discurso que elogia o idealismo, e anseio de justiça através de sonhos e fantasias. Nesse mesmo contexto, eu relacionei com a obra de Dom Quixote, figuras históricas que lutaram ou ainda lutam em defesa de determinados valores humanitários e de causas mais justas em prol da vida. Tais como: Nelson Mandela, Luis Inácio Lula da Silva, Lampião, Che Guevara, Beto Lélis. Levando para o lado político-social, posso afirmar que as pessoas que praticam este tipo de loucura, têm coragem de enfrentar o sistema, por mais cruel que seja, baseando-se num conjunto específico de doutrinas. Essa loucura deixa essas pessoas numa situação de vida tão árdua, e ao mesmo tempo louvável. Por outro lado, eu percebi que a intenção do autor foi de fazer um livro que abarcasse leitores das mais variadas espécies, e pessoas com personalidades fracas, fortes, independentes do seu grau de instrução. Foi um livro feito para todo tipo de pessoas de todas as idades, crianças, jovens, adultos e velhos. Não posso aqui, esquecer de apresentar a obra. Miguel de Cervantes Saavedra, autor; Carlos Nouguê e José Luis Sanches, tradutores; Dom Quixote, personagem principal; Sancho Pança, coadjuvante, Record, a editora. No caso específico dessa obra, ela me criou uma ilusão no pertencer do mundo dito real. Pois o autor queria transformar, ou transformou o personagem num cavaleiro andante, em diálogo consigo mesmo. Ao longo do estudo, fui surpreendido de formas diferentes pelas interferências dos colegas que me confundiram quanto à realidade eficção. Em outros termos, o que até então se limita ao campo da ficção, a partir dos comentários dos colegas, parece integrar no domínio da obra em que a própria personagem conversa com seus leitores. A força de tanto ler e imaginar, foi se distanciando da realidade a ponto de já não poder diferenciar em que dimensão eu observava os fatos aventureiros.

ATIVIDADE 516 TECNOLOGIA – II

ATIVIDADE 526 - OBJETOS DE APRENDIZAGEM Estas atividades trataram do uso das tecnologias na educação, a partir da construção dos processos de ambientes de aprendizagem digitais colaborativos, mostrando os objetos digitais através de vários modelos. O SCORM, por exemplo, foi um deles. Ao longo dessas aplicações pedagógicas, eu participei de chat, operei no twiki, no moodle, elaborei um plano de ação chamado “Ambientes Colaborativos”,e também fiz a leitura do texto de Nelson Preto, no qual eu percebi a abordagem apresentada por alguns sucessos no desenvolvimento das aprendizagens em termos individuais, revelando fatores externistas que levavam a sentir-me frágil no domínio das aprendizagens colaborativas. Porém, dentro das perspectivas de trabalho desenvolvido nesta atividade, que tem demonstrado integração nos processos colaborativos, procurei entender as condições fundamentais da tecnologia, baseando-me no estudo do texto de Paulo Dias - Desenvolvimento de Objetos de Aprendizagem Para Plataformas Colaborativas. Nestas concepções fundamentais, eu aprendi a utilizar os ambientes on-lines, a ter domínio com as atitudes, estratégias e habilidades nos conceitos virtuais. A respeito desse tema estudado, percebi que corresponder em rede, forma vários pontos de vista de uma das mais intensas mudanças em qualquer rede, principalmente pro processo de introduzir novidades nos conceitos de tecnologia na formação de professores. No que diz respeito a minha participação no ambiente moodle, colaborei de forma mais ativa, com opiniões próprias, destacando a importância do comprometimento, tendo como suporte humano a professora Bonila e o professor Antônio Carlos. Nesse mesmo contexto, interagir por meio de comentários nos fóruns do grupo a que pertenci, e do outros grupos também. Reforço e reflexão sobre as questões propostas de cada fórum para serem resolvidas nas novas abordagens do curso, especialmente no ponto de vista pedagógico. E foi ali que eu me senti neutralizado, sem saber como inserir meus alunos num processo de conhecimento das tecnologias. Mas, visando a facilidade de procedimento e a transmissão de aprendizagem utilizada em novos campos, pensei em criar e-mails para eles. Só depois daí, os coloquei em contato com as informações apropriadas referentes ao objeto de estudo. No nosso caso, a matéria de história. Vale salientar que dentro desse projeto, o primeiro aspecto diz respeito ao fato da simples navegação, num universo de conhecimento com o micro, o mouse, e com outras ferramentas. Confesso que não foi preciso uma aprendizagem efetiva por parte dos alunos, fazendo-se necessário da parte deles um envolvimento nas atividades e tarefas. O segundo aspecto se refere ao domínio pela parte dos alunos dentro dos ambientes colaborativos, colocando suas estratégias de aprendizagem a partir da capacidade de aprender a aprender, através de pesquisas, da interação e construção partilhada e conjunta do conhecimento. Para a construção de projeto, dentro das novas tecnologias, nem tudo ocorrem às mil maravilhas. Alguns fatores dificultaram o processo. O transporte por exemplo, foi o fator que nós (alunos e professores) sentimos mais resistência em adquirir. A Secretaria de Educação não o disponibilizou nenhuma vez, inviabilizando a nossa trajetória para o Tabuleiro Digital. Mesmo assim, fomos a pé, demonstrando vontade de dar abertura àquele plano em ação. Ai poderia surgir a seguinte pergunta: O que você fez para superar essa dificuldade? De início, enviei ofício a direção da escola, solicitando o transporte escolar, esta por sua vez, envia ofício à Secretaria Municipal de Educação, e esta por sua vez, envia o ofício à Secretaria de Transporte, também pedindo o referido. Mas devido a burocracia, nada foi conseguido. Diante disso, fico preocupado, e ao mesmo tempo com medo que esse plano de ação de esfrie, por conta da falta de apoio que não estou tendo por parte dos meus superiores, e caia no esquecimento, na desilusão, vendo depois, acabar tudo aquilo que foi feito com intuito de reforçar as técnicas virtuais. Todavia, não posso deixar de destacar o domínio dos professores responsáveis por estas atividades. A forma de relacionar os recursos tecnológicos com os conteúdos pedagógicos cria novos percursos e situações de aprendizagem em função da nossa necessidade. No entanto, como se apresentou individualmente, cada orientador se organizou sob a forma de contextualizar os ambientes de aprendizagem. Neste sentido, considero que o trabalho deles constituiu um desenvolvimento significativo para a concepção dos objetos, a integração das atividades ou oficinas, a colaboração nos ambientes on-line e participação mais ativa dos cursistas.

ATIVIDADE – 523 PORTUGUÊS BRASILEIRO EM DEBATE: QUESTÕES ATUAIS. Diante das explicações desta atividade que foi trabalhada numa orientação de pesquisa no campo do português brasileiro, percebi que o principal objetivo foi de favorecer e entusiasmo a conversação entre universidades, escolas públicas e particulares, tendo como base a língua portuguesa. Dentro deste eixo temático, o conhecimento e o ensino são a relações necessárias no que dizem respeito ao complemento de uma abordagem da língua como recurso de identificar os novos assuntos. Contudo, há de se favorecer um ambiente agradável para socializar e expor com precisão a finalidade desse tema. Em cada momento, a professora Karine Silveira colocou a história cultural do nosso idioma, aprofundando-se nas ligações existentes da gramática, como norma culta, e dos gramáticos contemporâneos, enquanto estimuladores de uma linguagem utilizada por indivíduos, grupos, etc. Com este curso e com base nas leituras que realizei, notei que para melhorar o meu trabalho em sala de aula, tanto no ensino da Língua Portuguesa como já fiz quanto em outra matéria qualquer, é necessário: comunicação, busca da identidade, resposta coerente aos questionamentos feitos pelos alunos. Como em outros textos que analisei, inteirando-me do conteúdo, considero que a questão da ‘Língua’ no Brasil, está no encontro violento entre a norma padrão, conhecida como a tradicional; as normas cultas, feitas somente para os intelectuais; e as normas regionais, os chamados dialetos. No que se refere à situação fundamental desta explanação, afirmo que os recursos pedagógicos para esta matéria, precisam ser construídos pelos próprios professores que lidam no dia-a-dia, pensando na organização principal, a fim de se tornarem mais conscientes e transmitirem essa consciência aos seus estudantes. Entretanto, todos concordamos com a presença e benefícios da língua-padrão, mas poucos de nós são capazes de produzir com tanta exatidão. Porém, a meu ver, a primeira atitude de uma pessoa, enquanto professor de português é identificar quais são as preocupações da turma. Apatia dos adolescentes; dificuldades diante da vida; conflitos afetivos e até mesmo os problemas nas aulas de outras disciplinas acabam virando temas de aula e se transformam, depois de muita pesquisa e discussão em redações. Foi dessa maneira que eu consegui ter uma sala de alunos fixos ao meu trabalho, e os alunos é que se revezaram. E a cada turma é uma nova experiência que se realiza.

Outro ponto que me chamou a atenção foi o reconhecimento quase que unânime dos professores que experimentaram mudar o modelo tradicional, de que não existe uma receita mágica para conseguir que os alunos se desenvolvam. Isso faz com que nós já trabalhamos, ou ainda trabalhamos, busquemos no dia-a-dia do aluno o assunto da redação e dar liberdade para que ele pergunte “qualquer coisa”. Analisar cientificamente uma língua não é nada fácil. As pessoas que são profissionais nesta área sabem disso muito bem; porque depararam o tempo todo com dificuldades nas estruturas e funcionalidade da língua. Há um dizer clássico entre esses profissionais que resume bem essa propriedade: a língua faz o uso infinito de meios finitos; ou seja, até onde vai nosso conhecimento, nenhuma outra espécie animal dispõe de um plano de significados infinitos como nós humanos. Trata-se aqui, por exemplo, de variedades geográficas os chamados dialetos – acrescentando a toda essa idéia de variedade as particularidades de fala e escrita de cada um dos falantes, afinal de contas, não há duas pessoas que falam ou escrevam exatamente do mesmo modo, e, ai começa a ter uma idéia da imensidão da língua. Apesar de tudo que eu apontei até aqui, sinto que há quem não perceba a enormidade e a dinâmica da língua e acredite que ela pode ser reduzida a meia dúzia de regrinhas. E isto não significa que devemos desistir de estudá-la cientificamente. Quanto mais a compreendemos, mais entenderemos a nós mesmos, seres de linguagem que somos. Temos, no entanto, de estar cientes de que a língua sempre nos escapa. E nos maravilhamos com isso. Com a divulgação do rádio, de televisão, da internet, criou-se uma situação nova: o som e a imagem correndo com a palavra escrita. Através as maiorias, que passam a consumir o produto da chamada indústria culturais. Mas a palavra escrita, na sua forma tradicional não faz parte dessa indústria.

ATIVIDADE 524 LEITURAS, LITERATURA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES.

O QUE É PERMITIDO AO JOVEM LER? Deu-me uma vontade enorme de indagar o que na realidade, e como se faz para apresentar uma análise da prática de leitura literária. Posso até utilizar trechos de músicas mais tocadas nas rádios, ou realizar leituras autônomas com o intuito de demonstrar um tipo de entendimento dos livros fora da escola. Os alunos estão lendo, simplesmente, para agradar ao professor. Professores mais sensíveis e atentos podem até aumentar esta lista, mas convém destacar a apatia dos alunos frente aos textos que não têm emoção, sentimentos; e eles se negam a ler porque não são valorizados os seus pensamentos e vivências. E como no famoso momento de leitura não há escapatória, é preciso ler, acaba parecendo outro problema, além dos convencionais, a mesmice. Não se lê mais nem carta de amor! O aluno acha que para ter boas notas deve usar uma linguagem que não é dele, expondo idéias e características que não são suas. Por isso quando ler, não faz a pontuação correta, sem entonação adequada do texto. Foi a escola que passa isso, essa falsa idéias do que seja pronunciar em voz alta o que está escrito. A escola não soube acompanhar essa mudança. Antes ela apenas tinha que fornecer alguns instrumentos para que o aluno fizesse bem o que todos já faziam. O ato quase natural de ler. Agora ela tem que ensinar uma linguagem que não é predominante na sociedade e cobrar um resultado que nada tem a ver com o jovem. Os professores que tem experimentado mudar o modelo tradicional de aulas que força o aluno a pronunciar em voz alta, são unânimes em reconhecer que não existe uma receita mágica para conseguir que os alunos se desenvolvam. Porém, o que há, são alguns aspectos que podem abrir novos comandos: buscar no dia-a-dia do jovem a matéria-prima das leituras e dar liberdade pra que pergunte qualquer coisa, dar liberdade a esse jovem para tentar, arriscar, expor idéias, dar oportunidade ao jovem tanto para ler como se expressar, com histórias em quadrinhos, poemas, cordéis, letra de músicas, evitando atitude preconceituosa contra aquilo que não se enquadra na literatura tradicional.

ATIVIDADE 525 UM ENCONTRO COM A MATEMÁTICA - II Vou começar por lembrar que o processo ensino-aprendizagem exige um processo de comunicação, e que, ao lado de outros veículos, o livro didático torna-se um meio de comunicação, através do qual o aluno recebe a mensagem escolar. Por essa razão, penso em questões, do tipo: qual é o sentido do uso do material didático para o processo de ensino e aprendizagem? Ele é válido? É necessário ou plenamente dispensável? Para que seja significativo, como deve estar constituído e em que perspectiva deverá ser utilizado? Eu sei que o processo de comunicação implica em um emissor, um receptor, uma mensagem e um veículo de comunicação. O emissor, no caso da sala de aula, é o professor; mas, no caso do livro didático, é o autor daquele material; o receptor é o educando; a mensagem é o conteúdo transmitido; e o veículo, nesta situação, é o próprio livro didático. No ensino escolar, eu não sou o autor principal, mas sou o responsável pela transmissão de um determinado conteúdo a uma determinada turma de alunos. Todavia, au faço o uso do livro didático para me auxiliar nesse processo de comunicação de mensagens. Por vezes, chego a fazer do conteúdo dos livros didáticos o meu próprio conteúdo, desde que eu concorde com tudo o que está escrito e orienta os educandos para que sempre se apropriem daqueles conteúdos. Porém há mesmo professores que nem dão aulas, orientando os alunos para que estudem exatamente o que está no livro, admitindo que o que está ali exposto é tudo o que querem transmitir. Vejo isto como uma forma de fazer da mensagem do livro a sua própria mensagem e assumir, como posição e entendimentos próprios, aqueles que estão nas páginas do livro. Neste caso, o autor do livro assume o papel de emissor principal do conteúdo escolar e o professor, por tabela, assume aquela mensagem como sua. Eu, por exemplo, fui um professor que, religiosamente, tomava o livro didático como um material exclusivamente auxiliar ao meu processo de ensino, assumindo uma posição como se fosse crítica frente aos conteúdos ali expostos, pensando que despertava nos meus alunos, o senso crítico necessário. Muitas vezes esses conteúdos eram abordados com perspectiva metodológica que não me interessava, e muito menos aos alunos. Vale lembrar que nem sempre os conteúdos dos livros escolares são os mais recomendáveis; daí decorre a necessidade de que cada professor selecione criteriosamente o livro didático que vai adotar, mantendo sempre sobre ele uma posição crítica.

ATIVIDADE 538 POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO NACIONAL

O longa-metragem “Sarafina – o Som de liberdade”, exibido nesta atividade retratou a necessidade de se lograr cada vez mais a participação e o envolvimento da sociedade nas atividades escolares, seja na gestão escolar, sejam no processo de eleição de pais para a direção. Vejo então, que a participação das famílias, da sociedade pode ter resultados positivos na eficiência e na qualidade da instituição. Para tanto se faz necessário à definição de uma política de financiamento e fiscalização clara para diminuir os riscos de posições já apontadas e tornar a gestão mais transparente. Através do filme, eu cheguei à conclusão que as políticas educacionais atuais do governo têm incorporado as pretensões das entidades não-lucraticas em suas políticas. Diante disso, nos perguntamos qual o critério utilizado historicamente para atender às reivindicações de determinados segmentos da sociedade no campo educacional. Claro que estamos questionando a equidade e a justiça da oferta educacional e, portanto, a ação pública que prevalecia em cada época ou em cada governo. A sociedade tem que ver a educação como algo contínuo, cujos resultados aparecem em longo prazo. Daí a importância da existência de fontes de recursos firmes que financiem com esforço a generalização do ensino e o aprimoramento de sua qualidade. Caso contrário,a educação passa a ser vista como uma entrada de capitais aos cofres dos paises desenvolvidos. Isso porque o Banco Mundial só está preocupado ao lucro, ou seja, usar o dinheiro para a obtenção de mais dinheiro. Ao reconhecer a educação como direito e investimento, a legislação, a partir da Constituição Federal, procura dar os investimentos para garanti-la, pois se o fundamento da obrigação do Poder Público é o direito do indivíduo, o cumprimento de seu dever trará, também, conseqüências benéficas. É claro que a educação constitui investimento, havendo uma relação mútua entre os níveis educacionais. Dessa forma, percebo que mais educação, vira sinônimo de qualidade de vida; mais cuidado com a saúde; menos criminalidade; melhor possibilidade de obtenção de emprego ; permanência no mercado, bem como dinamização do consumo. O dever do Estado de garantir o acesso à educação se justifica por ser o ensino um elemento especial do exercício pleno de cidadania. Há uma correlação entre a escolaridade da população e desenvolvimento. Do ponto de vista especial, a educação melhora a qualidade de vida, ao acesso de trabalho, constitui instrumentos da ascensão social. Uma boa orientação dos investimentos, de formar e melhorar a capacidade do sistema educacional pode representar uma significativa economia de recursos. E ai surge um questionamento de como se fazer isto. É simples: basta que os recursos sejam deslocados para o atendimento do padrão de qualidade a que se refere à LDB. Pois o principal objetivo refere-se à eficiência a partir da melhoria de qualificação, promovendo a correção do fluxo escolar com a redução de repetência e evasão; reorientando o foco da escola para o aluno, o sistema, além de melhorar a qualidade, fica mais econômico.

ATIVIDADE 563 PRODUÇÕES LIVRES

A produção das produções:

As produções livres realizadas , revelaram que, na educação brasileira, a leitura ainda é um problema a ser resolvido. Embora se conheça o teor de tais avaliações, os resultados apresentados são preocupantes e, recomendo que, no mínimo, reflitam-se sobre o caso. Por outro lado, sabe-se que as dificuldades de produções apresentadas pelos alunos têm sua origem em fatores de diferentes ordens de natureza social, econômica, política e educacional; e que o caminho para solucionar o problema consiste em desenvolver ações e pesquisas sobre esses fatores. Em algumas produções realizadas, percebi que alguns estudantes procuraram centrar a atenção em questões educacionais, mais especificamente sobre a formação de conceitos de leitura de acadêmicos em formação profissional. Nestes trabalhos, desenvolveram-se uma experiência pedagógica com o objetivo de investigar e descrever os processos de aprendizagem e eventuais evoluções na organização de conceitos de leitura de acadêmicos-estagiários do Curso de Pedagogia da UFBA/IRECÊ a partir de registros retrospectivos e prospectivos revelados em diários. No primeiro ciclo, eu relatei os principais aspectos de resolução de problemas que surgiam, naturalmente, dentro do espaço UFBA. pretendi descrever as ações realizadas no estudo e os resultados obtidos. Inicialmente, relacionei as questões problematizadoras que nortearam as ações dos cursistas e os objetivos específicos decorrentes destes problemas; em seguida, descrevi as etapas vivenciadas no estudo e, logo depois, as considerações e conclusões a que eu cheguei diante dos resultados obtidos. No segundo ciclo, fiz um acróstico, destacando os passos marcantes com a chegada da UFBA. Confesso que foi uma produção que não me trouxe reflexões profundas acerca das questões políticas, e até mesmo de outras contextualizações. Nestes dois ciclos iniciais, surgiram algumas dúvidas que iam me tirando do sério:

  • Como organizar uma proposta de trabalho em que todos os envolvidos no contexto de aprendizagem se sintam engajados e livres para manifestar seus conceitos, suas crenças?
* Como identificar e interpretar os processos de avanços desenvolvidos por um professor/aluno na formação de conceitos de leitura e suas eventuais maturações políticas? * Quais os modelos teóricos que sustentam as concepções de minhas produçõeslivres? Estas dúvidas, por sua vez, deram origem a três objetivos específicos. Com relação à primeira, tive como meta, implementar, experimentalmente, uma postura no curso que favoreceu a reflexão de concepções e crenças; a construção de novas possibilidades de aulas a partir de problemas reais experimentados no contato com alunos do ensino fundamental. Em decorrência das outras duas dúvidas, tive como finalidade, analisar, descrever e interpretar os processos de produção textual. Para atingir os objetivos e tentar encontrar respostas para as dúvidas que me surgiam, desenvolvi, em um primeiro momento, estudos bibliográficos, em seguida, implementei uma experiência pedagógica e por último realizei um estudo de caso. Nesta etapa do trabalho, busquei estudos e referências teóricas, metodologias adotadas nos cursos de formação de professores e modelos usados para analisar e interpretar os conceitos de leitura apresentados pelos acadêmicos. Esta experiência foi desenvolvida de Fevereiro a Dezembro de 2004, tendo como sujeito ativo das produções o curista Antônio Cecílio. Nesse período, foram organizados dois textos, e em cada um foi desenvolvido um projeto de pesquisa-ação. Assim, produção por produção sistematizei um relatório das etapas concluídas. Já no terceiro ciclo, optei por abençoar os participantes do projeto,tendo em vista que alguns não tinham nenhuma experiência quanto purificação dos seus devidos trabalhos de faculdade ou de sala de aula, como professores. Neste mesmo instante, canonizei a irmã Rúbia Margareth como Santa Margô que oirentou nossos trabalhos, colocando-nos como responsáveis da prática em todos os momentos e em cada uma das atividades; ampliando gradualmente a participação no projeto para incluir os outros afetados pela prática, e mantendo um controle colaborativo do processo. Burns, contrapondo-se, em alguns aspectos, às idéias de Carr & Kemmis, afirma que a pesquisa-ação não se processa em um ciclo, ou em uma seqüência de ciclos, mas em uma série de experiências inter-relacionadas que auxiliam os envolvidos a refletir, retrospectiva e prospectivamente, sobre suas ações em face de problemas vivenciados em contexto real. Desse modo, percebo que as produções passam a ser concebidas como abordagem de trabalho, ou seja, como um conjunto de procedimentos usados para gerar as satisfações ou insatisfações de cada ciclo, desenvolvendo ações e reflexões sobre as dinâmicas do curso e de planejamento de fatos possíveis de serem desenvolvidos em uma nova prática pedagógica. Não posso esquecer que a orientadora Margareth Dourado desenvolveu várias estratégias que possibilitaram o levantamento de hipóteses e especulações sobre o tema de estudo, visando produzir atividades didáticas a partir de reflexões levadas a efeito sobre os contextos educativos, musicais, religiosos e amorosos. Posso, até, destacar algumas estratégias: Projeto de estudo em grupo; relato individual e oral; formação de grupos de ação por tema de interesse ou por sorteio; levantamento de questionamentos e certezas sobre o tema; busca cooperativa de informações; produção autônoma ; ações colaborativas; produção em grupo. No quarto ciclo, participei de duas produções livres. Na primeira, congelei-me aos toques da música de Chico Buarque de Hollanda - A Banda. Ali, eu não estava apenas como coadjuvantes, fui um dos protagonistas, e diga-se de passagem, foi a primeira vez que fui ator principal dentro de um processo elitista teatral. Com relação à segunda, fui em busca da auto-avaliação do desenvolvimento cognitivo, considerando os diferentes percursos trilhados, avanços conceituais obtidos. Quis também conversar com Deus, pedindo-lhe uma ''força'' para superação dos obstáculos. A parte final desa conversa, composta por dois sujeitos, denominados Antônio Cecílio e Jardel Andrade, envolveu a entrevista com Deus, análisando os diários de ciclo, relatórios, memorial. Porém, identificou as pessoas santificadas do projeto; quais as produções dotadas de singularidades, surpreendentes quanto as crenças e conceitos de leitura. Durante a apresentação da entrevista com Deus, não tive como intenção criar modelos genéricos de professores, nem tampouco rotular a dupla de aprendizes. Mas sim, descobrir como reconstruir modelos mentais e interpretá-los para iluminar outros contextos de estudos e para melhor compreender os processos de raciocínio, investigação, formação de conceitos, dentre outros.

Revision 130 Jun 2006 - CecilioSantos

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Diário De Ciclo V

 
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