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INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS | ||||||||
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< < | Antônio Cecilio <ceciliomoral@yahoo.com.br> escreveu:
a-feira, 26 de Novembro de 2002 às 15:14 h
nome: Rita Maria da Silva Campos- Diretoria de Ensino
de Itapevi- Educação para o futuro
Resposta ao questionamento da professora Shirley
Batista,feito em 19/11/2002
1- É importante a elaboração conjunta do projeto
pedagógico da escola, através de uma reflexão
conjunta, para que a escola possa nortear seu trabalho
e, assim, cumprir suas finalidades. O projeto
pedagógico deve ser flexível sempre para que a escola
possa cumprir seus propósitos e sua itencionalidade.
2- É preciso que os gestores tenham consciência de que
a as relações humanas dentro da escola devem visar
sempre o bem estar de todos os envolvidos no processo
ensino-aprendizagem, para garantir um ensino com
qualidade. Quando isto não ocorre o processo fica
prejudicado, colaborando assim para que a escola não
alcance as finalidades pretendidas .
3- Muito se fala sobre a participação ativa da
comunidade dentro do ambiente escolar, porém na
prática não é esta a realidade da maioria das escolas,
muitos pais se quer participam das reuniões de pais
para saberem o aproveitamento de seus filhos. Quando
os pais participam de atividades desenvolvidas na
escola, estão com certeza colaborando para o
desenvolvimento e a formação de seus filhos.
4.É um processo complicado, já que o acesso as
tecnologias estão presentes no nosso dia-a-dia, e que
ainda hoje existam analfabetos neste país
5- O ato de avaliar não pode implicar somente na
aprovação ou reprovação do educando, mas sim
orientação permanente para o seu desenvolvimento tendo
em vista tornar-se o que o seu SER pede. A avaliação
deve ser diagnóstica e formativa. O educando deve ser
avaliado em sua totalidade, sempre.
6- É preciso que o professor tenha cada vez mais
acesso em como utilizar novas tecnologias no seu dia-
a-dia, para que se sinta seguro transmitindo aos
alunos confiança e fazendo com que todos participem
ativamente das aulas com atividades em grupo, se não
houver equipamentos para todos.
Terça-feira, 26 de Novembro de 2002 às 13:13 h
nome: Helena Maria Silva Dias
terça 26 de novembro de 2002.
resposta ao questionamento feito pela colega Shirley
Batista,feito em 19/11/2002. da escola EE.Mal Candido
Rondon.
1- Um pouco dificil,pois nem o que planejam eles
cumprem, mesmo você dando idéias sugerindos atividades
diferentes, mas tenho esperança qu esse quadro se
reverte.
2-Um tanto defitaria,pois tenho problemas com osmeus
e-mail, pois estou tentando sanar minhas dificuldades.
3-deveria sr melhor em todos os aspectos,não só quando
temos atividades nas escolas, mas quando enfrentando
problemas.
4.poderia ter mais espaço e condições para quem não
sabe ter condições de aprender.
5-o tempo não existe é um processo continuo.
6-o professor tem que estar mais capacitado para
trabalhar diante das tecologias.
É preciso que as pessoas que comentam tenham
consciência de que as relações humanas dentro da
tecnologia devem visar sempre o bem estar de todos os
envolvidos no processo de colaboração.
ensino-aprendizagem, para garantir um ensino com
qualidade. Quando isto não ocorre o processo fica
prejudicado, colaborando assim para que a escola não
alcance as finalidades pretendidas .
3a-feira, 26 de Novembro de 2002 às 15:14 h
nome: Rita Maria da Silva Campos- Diretoria de Ensino
de Itapevi- Educação para o futuro
Resposta ao questionamento da professora Shirley
Batista,feito em 19/11/2002
1- É importante a elaboração conjunta do projeto
pedagógico da escola, através de uma reflexão
conjunta, para que a escola possa nortear seu trabalho
e, assim, cumprir suas finalidades. O projeto
pedagógico deve ser flexível sempre para que a escola
possa cumprir seus propósitos e sua itencionalidade.
2- É preciso que os gestores tenham consciência de que
a as relações humanas dentro da escola devem visar
sempre o bem estar de todos os envolvidos no processo
ensino-aprendizagem, para garantir um ensino com
qualidade. Quando isto não ocorre o processo fica
prejudicado, colaborando assim para que a escola não
alcance as finalidades pretendidas .
3- Muito se fala sobre a participação ativa da
comunidade dentro do ambiente escolar, porém na
prática não é esta a realidade da maioria das escolas,
muitos pais se quer participam das reuniões de pais
para saberem o aproveitamento de seus filhos. Quando
os pais participam de atividades desenvolvidas na
escola, estão com certeza colaborando para o
desenvolvimento e a formação de seus filhos.
4.É um processo complicado, já que o acesso as
tecnologias estão presentes no nosso dia-a-dia, e que
ainda hoje existam analfabetos neste país
5- O ato de avaliar não pode implicar somente na
aprovação ou reprovação do educando, mas sim
orientação permanente para o seu desenvolvimento tendo
em vista tornar-se o que o seu SER pede. A avaliação
deve ser diagnóstica e formativa. O educando deve ser
avaliado em sua totalidade, sempre.
6- É preciso que o professor tenha cada vez mais
acesso em como utilizar novas tecnologias no seu dia-
a-dia, para que se sinta seguro transmitindo aos
alunos confiança e fazendo com que todos participem
ativamente das aulas com atividades em grupo, se não
houver equipamentos para todos.
Terça-feira, 26 de Novembro de 2002 às 13:13 h
nome: Helena Maria Silva Dias
terça 26 de novembro de 2002.
resposta ao questionamento feito pela colega Shirley
Batista,feito em 19/11/2002. da escola EE.Mal Candido
Rondon.
1- Um pouco dificil,pois nem o que planejam eles
cumprem, mesmo você dando idéias sugerindos atividades
diferentes, mas tenho esperança qu esse quadro se
reverte.
2-Um tanto defitaria,pois tenho problemas com osmeus
e-mail, pois estou tentando sanar minhas dificuldades.
3-deveria sr melhor em todos os aspectos,não só quando
temos atividades nas escolas, mas quando enfrentando
problemas.
4.poderia ter mais espaço e condições para quem não
sabe ter condições de aprender.
5-o tempo não existe é um processo continuo.
6-o professor tem que estar mais capacitado para
trabalhar diante das tecologias.
É preciso que as pessoas que comentam tenham
consciência de que as relações humanas dentro da
tecnologia devem visar sempre o bem estar de todos os
envolvidos no processo de colaboração.
ensino-aprendizagem, para garantir um ensino com
qualidade. Quando isto não ocorre o processo fica
prejudicado, colaborando assim para que a escola não
alcance as finalidades pretendidas .
3
PLANO DE AULAS
Tempo previsto =>
Tema(s) a ser(em) trabalhado(s) =>
Finalidade =>
Situações possíveis de estratégias no tempo previsto =>
1º Momento –
2º Momento –
3º Momento –
4º Momento-
Materiais necessários =>
Aspecto(s) a ser(em) considerado(s) na avaliação=>
COMPLEXO EDUC. REV. JOSIAS DA SILVA PRIMO
Aluno(a):_______________________________ Série: _ Turma: __
Profª: ________________________________________________________
Disciplina: _______________________ Data: _____/_____/06
AVALIAÇÃO DE MATEMÁTICA
1 – Pedro recebeu seu salário do mês de Abriu em duas notas de 100 reais, cinco notas de 10 reais e uma nota de 1 real. Quantos reais ele recebeu nesse mês?
2-O aluguel da casa de Joana é de 136 reais por mês. No mês de Junho ela pagou o aluguel com notas de 100 reais e de 1 real, O professor perguntou aos alunos quantas notas de cada valor Joana usou para pagar o aluguel?
a) Mario resolveu o problema e disse que foram: 1 nota de 100reais, 3 de 10 reais e 6 de 1 real. Ele esta certo? Faça as contas que ele fez para dar uma resposta.
b)Celso disse que foram: 1 nota de 10 reais, 2 de 10 e 16 de 1 real. O professor disse que ele também esta certo. Você concorda? Faça as contas para explicar.
c)Tente dar outras respostas certas para este problema.
3-Na terça-feira, ao fechar o caixa do armazém onde trabalha, Marcos contou 10 notas de 100 reais, cinco notas de 10 reais e três notas de 1 real. Quantos reais havia no caixa nesse dia?
4-Marizete trabalha no caixa de um banco. A cada dia, para começar o seu trabalho, ela recebe de seu chefe três pacotes de 10 notas de 100 reais, 8 pacotes de 10 notas de 10 reais 5 pacotes de 10 notas de 1 real. Quantos reais Marizete recebe por dia, para abrir o caixa?
5-Uma fabrica produziu, em determinado dia 84.294 peças. Elas serão colocadas em embalagens com 14 peças. Quantas dessas embalagens serão necessárias para isso?
6-Em um supermercado existem teres tipos de arroz: 3.600kg de cada tipo. Eles foram colocados em sacos diferentes :
- Primeiro tipo: sacos de 10 kg
-Segundo tipo: sacos 16 kg
-Terceiro tipo: sacos 152 kg
Calcule quantos sacos foram necessários para ensacar cada um dos três tipos de arroz?
COMPLEXO EDUC. REV. JOSIAS DA SILVA PRIMO
Aluno(a):_______________________________ Série: _ Turma: __
Profª: ________________________________________________________
Disciplina: _______________________ Data: _____/_____/06
ATIVIDADE SISTMÁTICA
I UNIDADE
1 – A diferença entre o número cento e vinte mil e o número trinta mil e dois é:
a) 89.998 b) 80.098 c) 90.098 d) 90.002
2 – A soma de três mil e dezesseis com doze mil e quatro é:
a) 15.020 b) 15.056 c) 15.416 d) 15.560
3 – A soma do antecessor de 49 com o sucessor de 86 é:
a) 133 b) 134 c) 135 d) 136
4 – O Mauro completou a conta com os números que faltavam. Ele cometeu um erro na coluna de:
a) unidades b) dezenas c) centenas d) milhares
5 – Veja a representação de uma adição em que os algarismos A, B e C são desconhecidos. Qual o valor da soma A + B + C?
a) 165 b) 19 c) 21 d) 26
6 – Abaixo está representada uma subtração.
Os algarismos A, B C e D são, respectivamente:
a) 2, 5, 9, 8 b) 4, 5, 8, 9 c) 4, 5, 1, 8 d) 4, 5, 9, 8
7 – A diferença entre o maior número de 3 algarismo diferentes e o menor número também de 03 algarismos diferentes é:
a) 864 b) 885 c) 887 d)899
8 – Um pai tem 35 anos e seus filhos, 6, 7, e 9 anos. Daqui a 8 anos, a soma das idades dos três filhos menos a idade do pai será de:
a) 2 anos b) 3 anos c) 11 anos d) 13 anos
9 - A portaria de um clube registra o seguinte movimento em um domingo:
Ø Manhã: 347 pessoas entraram e 205 pessoas saíram;
Ø Tarde: 151 pessoas entraram e 234 pessoas saíram.
Quando foi feita a última avaliação, o número de pessoas que havia no clube, nesse domingo, era de:
a) 59 b) 61 c) 69 d) 71
10 – Um número tem três algarismos. O algarismo das centenas é 2 e o das unidades é 5. Trocando 0 2 e o 5 de lugar, obtemos um novo número que é maior que o anterior em:
a) 297 unidades
b) 303 unidades
c) 197 unidades
d) 203 unidades
ESCOLA LUCAS CARDOSO COSTA
Aluno(a):_______________________________ Série: _ Turma: __
Profª:_____________________________________________________
Disciplina: _______________________ Data: _____/_____/06
AVALIAÇÃO DE MATEMÁTICA
1 representa a razão dos números: | |||||||
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INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS | ||||||||
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> > | Antônio Cecilio <ceciliomoral@yahoo.com.br> escreveu:
a-feira, 26 de Novembro de 2002 às 15:14 h
nome: Rita Maria da Silva Campos- Diretoria de Ensino
de Itapevi- Educação para o futuro
Resposta ao questionamento da professora Shirley
Batista,feito em 19/11/2002
1- É importante a elaboração conjunta do projeto
pedagógico da escola, através de uma reflexão
conjunta, para que a escola possa nortear seu trabalho
e, assim, cumprir suas finalidades. O projeto
pedagógico deve ser flexível sempre para que a escola
possa cumprir seus propósitos e sua itencionalidade.
2- É preciso que os gestores tenham consciência de que
a as relações humanas dentro da escola devem visar
sempre o bem estar de todos os envolvidos no processo
ensino-aprendizagem, para garantir um ensino com
qualidade. Quando isto não ocorre o processo fica
prejudicado, colaborando assim para que a escola não
alcance as finalidades pretendidas .
3- Muito se fala sobre a participação ativa da
comunidade dentro do ambiente escolar, porém na
prática não é esta a realidade da maioria das escolas,
muitos pais se quer participam das reuniões de pais
para saberem o aproveitamento de seus filhos. Quando
os pais participam de atividades desenvolvidas na
escola, estão com certeza colaborando para o
desenvolvimento e a formação de seus filhos.
4.É um processo complicado, já que o acesso as
tecnologias estão presentes no nosso dia-a-dia, e que
ainda hoje existam analfabetos neste país
5- O ato de avaliar não pode implicar somente na
aprovação ou reprovação do educando, mas sim
orientação permanente para o seu desenvolvimento tendo
em vista tornar-se o que o seu SER pede. A avaliação
deve ser diagnóstica e formativa. O educando deve ser
avaliado em sua totalidade, sempre.
6- É preciso que o professor tenha cada vez mais
acesso em como utilizar novas tecnologias no seu dia-
a-dia, para que se sinta seguro transmitindo aos
alunos confiança e fazendo com que todos participem
ativamente das aulas com atividades em grupo, se não
houver equipamentos para todos.
Terça-feira, 26 de Novembro de 2002 às 13:13 h
nome: Helena Maria Silva Dias
terça 26 de novembro de 2002.
resposta ao questionamento feito pela colega Shirley
Batista,feito em 19/11/2002. da escola EE.Mal Candido
Rondon.
1- Um pouco dificil,pois nem o que planejam eles
cumprem, mesmo você dando idéias sugerindos atividades
diferentes, mas tenho esperança qu esse quadro se
reverte.
2-Um tanto defitaria,pois tenho problemas com osmeus
e-mail, pois estou tentando sanar minhas dificuldades.
3-deveria sr melhor em todos os aspectos,não só quando
temos atividades nas escolas, mas quando enfrentando
problemas.
4.poderia ter mais espaço e condições para quem não
sabe ter condições de aprender.
5-o tempo não existe é um processo continuo.
6-o professor tem que estar mais capacitado para
trabalhar diante das tecologias.
É preciso que as pessoas que comentam tenham
consciência de que as relações humanas dentro da
tecnologia devem visar sempre o bem estar de todos os
envolvidos no processo de colaboração.
ensino-aprendizagem, para garantir um ensino com
qualidade. Quando isto não ocorre o processo fica
prejudicado, colaborando assim para que a escola não
alcance as finalidades pretendidas .
3a-feira, 26 de Novembro de 2002 às 15:14 h
nome: Rita Maria da Silva Campos- Diretoria de Ensino
de Itapevi- Educação para o futuro
Resposta ao questionamento da professora Shirley
Batista,feito em 19/11/2002
1- É importante a elaboração conjunta do projeto
pedagógico da escola, através de uma reflexão
conjunta, para que a escola possa nortear seu trabalho
e, assim, cumprir suas finalidades. O projeto
pedagógico deve ser flexível sempre para que a escola
possa cumprir seus propósitos e sua itencionalidade.
2- É preciso que os gestores tenham consciência de que
a as relações humanas dentro da escola devem visar
sempre o bem estar de todos os envolvidos no processo
ensino-aprendizagem, para garantir um ensino com
qualidade. Quando isto não ocorre o processo fica
prejudicado, colaborando assim para que a escola não
alcance as finalidades pretendidas .
3- Muito se fala sobre a participação ativa da
comunidade dentro do ambiente escolar, porém na
prática não é esta a realidade da maioria das escolas,
muitos pais se quer participam das reuniões de pais
para saberem o aproveitamento de seus filhos. Quando
os pais participam de atividades desenvolvidas na
escola, estão com certeza colaborando para o
desenvolvimento e a formação de seus filhos.
4.É um processo complicado, já que o acesso as
tecnologias estão presentes no nosso dia-a-dia, e que
ainda hoje existam analfabetos neste país
5- O ato de avaliar não pode implicar somente na
aprovação ou reprovação do educando, mas sim
orientação permanente para o seu desenvolvimento tendo
em vista tornar-se o que o seu SER pede. A avaliação
deve ser diagnóstica e formativa. O educando deve ser
avaliado em sua totalidade, sempre.
6- É preciso que o professor tenha cada vez mais
acesso em como utilizar novas tecnologias no seu dia-
a-dia, para que se sinta seguro transmitindo aos
alunos confiança e fazendo com que todos participem
ativamente das aulas com atividades em grupo, se não
houver equipamentos para todos.
Terça-feira, 26 de Novembro de 2002 às 13:13 h
nome: Helena Maria Silva Dias
terça 26 de novembro de 2002.
resposta ao questionamento feito pela colega Shirley
Batista,feito em 19/11/2002. da escola EE.Mal Candido
Rondon.
1- Um pouco dificil,pois nem o que planejam eles
cumprem, mesmo você dando idéias sugerindos atividades
diferentes, mas tenho esperança qu esse quadro se
reverte.
2-Um tanto defitaria,pois tenho problemas com osmeus
e-mail, pois estou tentando sanar minhas dificuldades.
3-deveria sr melhor em todos os aspectos,não só quando
temos atividades nas escolas, mas quando enfrentando
problemas.
4.poderia ter mais espaço e condições para quem não
sabe ter condições de aprender.
5-o tempo não existe é um processo continuo.
6-o professor tem que estar mais capacitado para
trabalhar diante das tecologias.
É preciso que as pessoas que comentam tenham
consciência de que as relações humanas dentro da
tecnologia devem visar sempre o bem estar de todos os
envolvidos no processo de colaboração.
ensino-aprendizagem, para garantir um ensino com
qualidade. Quando isto não ocorre o processo fica
prejudicado, colaborando assim para que a escola não
alcance as finalidades pretendidas .
3
PLANO DE AULAS
Tempo previsto =>
Tema(s) a ser(em) trabalhado(s) =>
Finalidade =>
Situações possíveis de estratégias no tempo previsto =>
1º Momento –
2º Momento –
3º Momento –
4º Momento-
Materiais necessários =>
Aspecto(s) a ser(em) considerado(s) na avaliação=>
COMPLEXO EDUC. REV. JOSIAS DA SILVA PRIMO
Aluno(a):_______________________________ Série: _ Turma: __
Profª: ________________________________________________________
Disciplina: _______________________ Data: _____/_____/06
AVALIAÇÃO DE MATEMÁTICA
1 – Pedro recebeu seu salário do mês de Abriu em duas notas de 100 reais, cinco notas de 10 reais e uma nota de 1 real. Quantos reais ele recebeu nesse mês?
2-O aluguel da casa de Joana é de 136 reais por mês. No mês de Junho ela pagou o aluguel com notas de 100 reais e de 1 real, O professor perguntou aos alunos quantas notas de cada valor Joana usou para pagar o aluguel?
a) Mario resolveu o problema e disse que foram: 1 nota de 100reais, 3 de 10 reais e 6 de 1 real. Ele esta certo? Faça as contas que ele fez para dar uma resposta.
b)Celso disse que foram: 1 nota de 10 reais, 2 de 10 e 16 de 1 real. O professor disse que ele também esta certo. Você concorda? Faça as contas para explicar.
c)Tente dar outras respostas certas para este problema.
3-Na terça-feira, ao fechar o caixa do armazém onde trabalha, Marcos contou 10 notas de 100 reais, cinco notas de 10 reais e três notas de 1 real. Quantos reais havia no caixa nesse dia?
4-Marizete trabalha no caixa de um banco. A cada dia, para começar o seu trabalho, ela recebe de seu chefe três pacotes de 10 notas de 100 reais, 8 pacotes de 10 notas de 10 reais 5 pacotes de 10 notas de 1 real. Quantos reais Marizete recebe por dia, para abrir o caixa?
5-Uma fabrica produziu, em determinado dia 84.294 peças. Elas serão colocadas em embalagens com 14 peças. Quantas dessas embalagens serão necessárias para isso?
6-Em um supermercado existem teres tipos de arroz: 3.600kg de cada tipo. Eles foram colocados em sacos diferentes :
- Primeiro tipo: sacos de 10 kg
-Segundo tipo: sacos 16 kg
-Terceiro tipo: sacos 152 kg
Calcule quantos sacos foram necessários para ensacar cada um dos três tipos de arroz?
COMPLEXO EDUC. REV. JOSIAS DA SILVA PRIMO
Aluno(a):_______________________________ Série: _ Turma: __
Profª: ________________________________________________________
Disciplina: _______________________ Data: _____/_____/06
ATIVIDADE SISTMÁTICA
I UNIDADE
1 – A diferença entre o número cento e vinte mil e o número trinta mil e dois é:
a) 89.998 b) 80.098 c) 90.098 d) 90.002
2 – A soma de três mil e dezesseis com doze mil e quatro é:
a) 15.020 b) 15.056 c) 15.416 d) 15.560
3 – A soma do antecessor de 49 com o sucessor de 86 é:
a) 133 b) 134 c) 135 d) 136
4 – O Mauro completou a conta com os números que faltavam. Ele cometeu um erro na coluna de:
a) unidades b) dezenas c) centenas d) milhares
5 – Veja a representação de uma adição em que os algarismos A, B e C são desconhecidos. Qual o valor da soma A + B + C?
a) 165 b) 19 c) 21 d) 26
6 – Abaixo está representada uma subtração.
Os algarismos A, B C e D são, respectivamente:
a) 2, 5, 9, 8 b) 4, 5, 8, 9 c) 4, 5, 1, 8 d) 4, 5, 9, 8
7 – A diferença entre o maior número de 3 algarismo diferentes e o menor número também de 03 algarismos diferentes é:
a) 864 b) 885 c) 887 d)899
8 – Um pai tem 35 anos e seus filhos, 6, 7, e 9 anos. Daqui a 8 anos, a soma das idades dos três filhos menos a idade do pai será de:
a) 2 anos b) 3 anos c) 11 anos d) 13 anos
9 - A portaria de um clube registra o seguinte movimento em um domingo:
Ø Manhã: 347 pessoas entraram e 205 pessoas saíram;
Ø Tarde: 151 pessoas entraram e 234 pessoas saíram.
Quando foi feita a última avaliação, o número de pessoas que havia no clube, nesse domingo, era de:
a) 59 b) 61 c) 69 d) 71
10 – Um número tem três algarismos. O algarismo das centenas é 2 e o das unidades é 5. Trocando 0 2 e o 5 de lugar, obtemos um novo número que é maior que o anterior em:
a) 297 unidades
b) 303 unidades
c) 197 unidades
d) 203 unidades
ESCOLA LUCAS CARDOSO COSTA
Aluno(a):_______________________________ Série: _ Turma: __
Profª:_____________________________________________________
Disciplina: _______________________ Data: _____/_____/06
AVALIAÇÃO DE MATEMÁTICA
1 representa a razão dos números: | |||||||
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< < | ATENÇÃO, MUITA ATENÇÃO!!! “DOM QUIXOTE NO PONTO DE CULTURA” Venha participar desse momento tão rico:Estudo Literário No Ensino Fundamental - "Dom Quixote Caiu Na Rede"- sob orientação dos cursistas Ariston Eduão e Antônio Cecílio, com adaptações da obra para crianças e adolescentes. INSCRIÇÕES ABERTAS ATÉ O DIA 30 DE SETEMBRO INTERESSADOS PROCURAR: ARISTON EDUÃO (NO PONTO DE CULTURA) ANTÔNIO CECÍLIO (NA UFBA) VAGAS LIMITADAS EU ALUNO – RELAÇÕES TUMULTUADAS O Centro Educacional Cenecista Antônio Matos Filho foi o nome de um colégio de Aguada Nova, município de Lapão-Ba, onde estudei durante oito anos. Muitos anos depois, já adulto, resolvi por no papel algumas lembranças desse período. Os fatos ocorreram num ambiente aberto do colégio, no qual convivem crianças, adolescentes, professores e empregados. As recordações e impressões que marcam minha vida neste local não são reproduções exatas de certa realidade, mas o resultado de uma experiência em termos de fatos gerais. Desse modo, a instituição, os colegas, professores foram representados em função do meu relacionamento tumultuado, mas bem simpático por natureza. Os companheiros de classe eram cerca de vinte e cinco, uma variedade de pessoas que me divertiam. O Edivan, pequeno, magrinho, cabelos baixos, cheio de histórias absurdas, como dizia o professor Claudiney, era o mais palhaço; o Dilton, galego, cabelos meio ruivo; o Derlean, playboizinho da turma, namorava quase todas as meninas; o Alberlan Pires, o niquinho, bancava toda despesa dos colegas, para se amostrar diante das meninas. Ah! Não posso esquecer de citar o mais irreverente, eu, Antônio Cecílio, rosto cinzento por falta de creme, o mais leve por carregar a responsabilidade dos estudos, fortíssimo em tabuada, cinco vezes três, vezes dois, noves fora, lá estava eu nervoso, trêmulo, mas sacudindo no ar o dedinho esperto. Na verdade, esta era a “turma do fundão”. O resto, uma cambadinha indistintas de “patricinhas” e “mauricinhos”, adormentados nos primeiros lugares, sempre fazia abaixo-assinado para tirar a gente daquela sala. Durante o primeiro mês de colégio, um pensamento de um feriado causava em mim uma ansiedade de um ideal fabuloso. Quando tornei a vida de à-toa, entrei em casa desfeito em vaidade, em exuberância de um dia ou uma semana de folga. De volta às aulas, houve o grêmio estudantil, o verdadeiro teatro dos soberbos alcances na vida de alguns alunos. Duas vezes por semana, organizavam-se os amigos do esporte, numa das salas ao canto. Às suas reuniões aparecia eu, timidamente, para nada mais que simplesmente abusar, por excesso consome de um direito do estatuto. Assistente infalível, saia cheio com uma linguagem elevada, pensando no dicionário, conserva de espírito, relíquia inapreciável do Belo. DISPUTAS CIVICAS A dificuldade que um estudante encontrava para ter o privilégio de participar de um grêmio fazia-me mais a fundo vulnerável. O colega do terceiro ano, não teve o menor embaraço; entrou para o estabelecimento muito adiantado. Foi mediatamente proposto, aceito e empossado. Na primeira sessão, depois dos discursos elevados, tive ocasião de apreciá-los com a beleza dos verbos. Debatíamos alguns problemas, dos inesgotáveis da agremiação. E ai ficou a pergunta: Quem foi o maior, Cecílio ou o colega do 3. º ano? Indagação histórica, difícil e evidente de levar a público. O Vinicius falou durante hora e meia com uma influência que lhe angariava para sempre um palavra de qualidade. Eu, que nada tinha de artista, só falava causos que as pessoas não entendiam. Com certeza, eu não podia contar com vetos do bom povo, pois estive a fazer bobagens. Diante disso, o colega foi proclamado o magno dos magnos. Por esse memorável dia, todos que foram matriculados naquele colégio, não podiam esquecer que o presidente do grêmio não podia dar um passo a não ser que fosse com seriedade firmada e jurada diante de todos. Por não destoar da percorrida fama, ele ficou envolvido com direitos e deveres dos alunos, e com muito orgulho, diga-se de passagem. No grupo, tinha poetas, jornalistas, polemistas, romancistas, críticos, etc. Os alunos já tinham seu órgão. No movimento geral da existência do grêmio, eu observava caprichosamente os fatos, sem saber de nada de modo encantador e fraternal. O presidente conservava com os mais jovens, falava da família, falava dele, dos tempos passados. O estatuto do nosso órgão representante me marcava em duas ocasiões de sobriedades: festas anuais de abertura e de encerramento dos trabalhos. Além destas, as sessões comemorativas do colégio. Para as festas culturais, nós levávamos o pátio, colocava-mos alguns meses para a diretoria, sob um rico pano de cor vinho, de ramagens negras que davam um tom de agouro. O aborrecimento é a grande doença na /da escola. Uma aborrecimento que gerava monotonia no trabalho dos professores. Mas quando se aproximava a época da férias do meio do ano, a nossa turma já ia logo inventar algumas brincadeiras: a peteca subia como foguete, palmeada em nossas mãos; inventávamos as bolas de gudes; vinham os jogos de salto sobre um tecido de linho; a amarelinha entrava em sena; vinha depois o jogo de corrida entre aqueles que gostavam do “chicotinho queimado”. Vivíamos os aspectos de narração; o pátio se animava com o revoar de penas, com o estalar das bolas passando como pedras e atingindo a vidraça das janelas. Já na semana anterior às férias, eu mesmo combinava com a galera toda, um lugar de encontro para todas essas brincadeiras. Havia também os jogos de parada, em que circulavam como preço os selos postais, as carteiras de cigarro. Com a proximidade das férias de fim de ano, tudo desaparecia. Os colegas saiam para as roças e o aborrecimento imperava. A impaciência da expectativa de livramento daquela monotonia fazia maior a prisão dos últimos dias. Eu solitário, ia e vinha do colégio, percorrendo o pátio, reclamando o prazo da impaciência, vendo pairar pelo pátio, o momento de recreio que tanto, nós aproveitávamos. Ali, eu lembrava dos minutos demorados dos recreios, nos quais eu e meus amigos organizávamos a exposição dos trabalhos de sala de aula. Por falar em recreio, as provocações nesse momento eram freqüentes provimentos de brigas. Os inspetores precisavam interferir nos conflitos, a galera andava em busca de sucessos, e por isso, procurava a sarna das importunações. Essas provocações eram além de tudo, inverdades. MOMENTOS DE IRREVERÊNCIAS Havia na CNEC (Campanha Nacional das Escolas da Comunidade), fora desta regra, alunos dóceis, criaturas escolhidas a dedo para o papel de complemento objetivo de caridade, tímidos como se os abatesse o peso de benefício. E nós, a “turma do fundão”, com todos os deveres, nenhum direito, nem mesmo o de prestar atenção a nada, tínhamos que fazer alguma atividade para brilharmos diante dos mestres. Em retorno, os professores tinham a obrigação de nos fazer brilhar, por que caridade que não brilha é caridade em pura perda. E os professores já sabiam que se nós fossemos contrariados, a bagunça tava feita. Esse processo funcionava como uma espécie de chantagem. Vale salientar que em meio a tudo, isso já era o ensino fundamental. Na primeira semana do mês de setembro de 92, quando estávamos no pátio, ensaiando a entoação do Hino de Lapão, Nacional e da Pátria, houve certo desentendimento entre Edimário Novais e Gilderlan Rosendo, ambos da “turma do fundão”. Consta que houve mesmo agressão física. Os condenados negaram depois. Em todo caso era de efeito simples, engrandecido pela espalhação do boato. Concluída a chamada dos indiciados, a sala toda respirou tranquilamente. No recreio a rapaziada dispersou-se com os gritos festivos. Edimário, sobretudo, estava de um descontentamento nunca visto. Casualmente em liberdade, sem suspensão nenhuma, e também por não ter havido informações aos pais, o Gilderlan rosendo fazia da circunstância uma pura pirraça contra o Edimário. ”Eu é que sou mau”, repetia andando na sala, “eu é que sou o bandalho, a peste do colégio! O mal sou eu.” Edimário foi gradualmente perdendo a paciência. Atirou-se por fim ao Gilderlan, desesperado, lançou-o ao piso, meteu-lhe os pés. Mas nós separamos daquele conflito. No outro dia, em nome do diretor, foram convocados os responsáveis, e mais ou menos uma dez testemunhas, e eu no meio. Fomos alinhados no corredor que partia para a sala do diretor. Na qualidade de presos escolares, vítimas da desconfiança do diretor, não nos envergonhavam de pedir perdão. Uns conversavam gracejando, outros se sentaram no sofá. Junto de mim ficava um armário dos materiais escolares, revestido-se a vidraça de uma tela protetora de metal. Por trás do armário, havia uma porta. Os responsáveis conversavam do outro lado com o diretor. Eu ouvir algumas palavras perdidas... De boa família, um descrédito! Vão pensar... Expulsar não é corrigir... Isto é o menos... Não há gratuitas... Sim, sim. Quanto a mim... Beleza. Decididamente, foi um dia sinistro. Da sala, ouvimos enorme barulho no pátio. Recomeçavam as vaias. Era um tumulto espantoso, gritos dos jovens em revolta por causa da fila da merenda. Os inspetores chegaram aterrorizados, procurando o diretor e mostrando a cara dos alunos que estavam empurrando os outros na fila. Adivinha logo. Essa bagunça é por causa do corte da fila por parte dos filhos das merendeiras e também dos filhos dos outros empregados do colégio. Uma velha queixa. A comida do CNEC não era péssima. O razoável para algumas centenas de alunos. Mas o que aborrecia era a impertinência investida daqueles “furadores” de fila. Diante dessa revolução, o diretor indagou: Mas porque, meus amigos, não formularam uma representação? Alguns alunos responderam: - A representação é o motim reduzido à expressão desordeira. Logo o diretor refutou: - Qual a necessidade da representação por arruaças? Têm toda a razão... Perdão a todos. Porém sou tão enganado, igualmente a vocês. Mas voltando ao caso de Edimário e Gilderlan, o diretor torturava-os ainda em cima do ser ou não serem expulsos. A situação deles era complicada, pois já eram reincidentes. Moralidade, disciplina, tudo junto, era demais! Era demais! Esbravejava o diretor. Neste momento entrava-lhe a justiça pelos bolsos como um desastre. O melhor a fazer (pensamento do diretor) era suspender os principais responsáveis por três dias letivos. Eu que tinha um “pé atrás” com o diretor, percebi naquele instante que a justiça foi completa. No entanto, algumas palavras com ar de ternura e de todo ressentimento ficavam transparentes, e nós saudávamos o diretor. UMA PAQUERA SURGIU Nesse mesmo tempo, surgiu uma paquera. No momento dos exercícios físicos, à tarde, andávamos juntos, voltas sem fim, em palestra sem assunto, por frases soltas, o frio sobre as doçuras de um bem estar mútuo. Falávamos baixo, bondosamente, como temendo espertar com a entonação mais alta, mais áspera, o favor de um cupido benigno que estendia sobre nós a paixão invisível. O amor era um só. Quando nos tornávamos a ver no outro dia, nenhum teve para o outro a mínima palavra, ficamos a um banco, lado a lado, em expansivo silêncio. E nunca, depois, nos referimos diretamente ao feito de namorar. Coincidência instintiva de um respeito recíproco, algo talvez comum de uma recordação amistosa. Em paralelo a isso, acontecia a semana da prova. Aliás, essa estréia nos exames sistemáticos foi de dar febre. Três dias antes me pulavam as palpitações; o apetite desapareceu, o sono depois do apetite; na manhã do ato, as noções mais elementares das matérias com o apetite e com o sono. Memória em branco. O professor Claudinez Ribeiro me animava, mais quando eu lembrava do perigo, assustava mais. Esmagava-me por antecipação o peso enorme das perguntas das avaliações. Ali na sala, estive não sei, que tempo, como um condenado, rodeado de professores, morrendo de palidez. De repente abriu-se uma porta, entrava mais um professor com a lista de alguns alunos que estavam “colando”. Um nome, outro, ainda não era o meu. Afinal, não houve nem tempo para um desmaio. Quando me acalmei um pouco, o meu vizinho de cadeira de trás pediu socorro: “Valha-me que estou perdido”, não lembro da ordem direta. O ruído desta frase prenunciada emitiu som forte a ponto de atrair a atenção dos professores. Atirei-lhe a oração principal, mas tive medo de socorrê-lo inteiramente. Além disso, eu precisava cuidar do próprio interesse. Deixe o pobre colega entregue ao desespero de uma folha deserta. De vez em quando, o infeliz me espetava as costas com a caneta. Para a prova oral fui mais animado, pois a nota da escrita foi tranqüilizadora. Daí em diante eu pensei o seguinte: ilustrar o espírito é pouco; temperar o caráter é tudo. É preciso que chegue um dia a desilusão do carinho doméstico ou escolar, para que toda a vantagem se realize o mais cedo possível. A educação não faz almas, exercita-as. E o exercício moral não vem das belas palavras de virtude, mas do atrito com as circunstâncias. A energia para afrontá-las é a herança de sangue dos capazes da moralidade, felizes na loteria do destino. EU NO PROGRAMA DE FORMAÇÃO DA UFBA – APRENDIZAGENS SISTEMÁTICAS Expresso sob a forma de reter impressões e conhecimentos adquiridos que tive o tempo todo como desafiante companhia. Eu estava sempre dialogando com um possível e oculto leitor que se escondia por trás das minhas angústias. Em presença tanto mais exigente isso me contemplava num diálogo de cidadania, diálogo politizado e ético á medida que se fazem explícitas minhas instituições. Foi muito gratificante pensar o tempo todo em fatos reflexivos no meu memorial, se bem que o leitor/orientador apresentou formas diversas, com as quais tenho dialogado em meus escritos anteriores dirigidos. A eles tenho afirmado que ser professor é a mais prazerosa, e no mesmo tempo a mais dolente das profissões. Isso porque nos coloca o tempo todo um contato com jovens revoltados, um contato que no leva a aprender sempre de novo, voltados para o futuro, mas também com as mazelas e desrespeito por parte daqueles a quem dedicamos nossas vidas. Meu estilo já marcado por um incorrigível otimismo e pela esperança de um mundo melhor que já estou ajudando a construir tem acentuado essas características. Pois, às vezes, me dirijo a jovens que não se sentem responsáveis pelo mundo que herdaram e pelos desvios deles, pelo mundo com que sonham e que certamente saberão construir. Em meio a tudo isso, percebi que democracia, política e ética se fazem cada vez mais palavras inscritas de maneira criativa no imaginário de nossos sonhos e perspectiva de vida solidária e sensível a tudo que é humano. Dentro desse contexto de universidade, tenho a sofrida demais cursistas. Ouvir e falar não depende somente de manejo de certo vocabulário comum. Dependem também das vivências co-participadas em determinadas contextos e das experiências do viver juntos. Apesar dos meus esforços por me expressar em linguagem acessível a um universitário, sei de minhas serias limitações a esse respeito. Peço por isso desculpas por solicitar a vocês o esforço adicional requerido pelas leituras de meus textos. É oportuno entendermos sobre a proposta do projeto Irecê inserida nos Parâmetros Curriculares Nacionais do MEC, com o objetivo de superar o isolamento das disciplinas do ensino e levar a reflexão sobre a realidade vivida, assim como há mais tempo buscar o fazer através de denominações diversas, tais as de “centro de interesse”, “temas geradores”, “aula integrada”. O que mais me importa em tais propostas é a constante atenção ética e desimpedida comunicação que se estabelece no diálogo interno à instituição, entre alunos, professores e funcionários, e no diálogo externo com os familiares e com a cultura ambiente das comunidades locais ampliadas nos níveis da região do estado e do país. Para além da necessária inteireza das ciências, vale dizer das várias articulações dos conteúdos curriculares, devem à educação escolar tematizar de maneira organizada as práticas culturais e a vida e inserindo o dia-a-dia da escola nas práticas culturais de seu tempo com suas dimensões éticas, exigentes das amplas discussões críticas. Em minha opção pelas propostas curriculares do projeto, além de considerá-las optas a articular áreas distintas de saber na ação conjugada de uma equipe de educadores, me sentir privilegiado no modelo ético, político e democrático dos valores que se fizeram presentes nas relações pedagógicas, nas atitudes e nos comportamentos, entre duas pessoas ou mais. No entanto, busco separar o moralismo das relações pedagógicas através de normas e regras, códigos de conduta, direitos e deveres pré-estabelecidos, que apenas sustentam as ações repressoras e legítimas a exclusão social. E busco, também, superar as distâncias das disciplinas escolares entre si e delas com o mundo da vida e com os processos que levam às aprendizagens das competências indispensáveis ao viver juntos numa sociedade de iguais na condição de sujeitos especialmente autônomos e socialmente capazes. EU PROFESSOR – PCN PORTUGUÊS Logo no início do meu trabalho nas escolas de Irecê, tive que do grupo de estudos do PCN de português. No início não entendia muito bem como funcionava e não sabia o porquê de tantas reuniões. Depois de três encontros comecei a entender: existia o coordenador e todas as pessoas deveriam se envolver de um jeito ou de outro nos trabalhos dessa equipe. Na primeira semana eu quase desisti, mas comecei a pensar que os outros grupos estavam também difíceis. Nesses primeiros encontros veio uma discussão para os professores escolherem uma pessoa para fazer o relatório do encontro. Levantaram o meu nome e eu aceitei. Isso até me ajudou um pouco na construção desse memorial. Naquele momento, me senti um sujeito capaz de transmitir o que a escola e a vida haviam já ensinado, além de aprender com os colegas presentes. Para que estivéssemos mais bem preparados para trabalhador com a educação, nos fomos participar de um curso na Igreja Paulo Freire com Vasco Moreto. Eu aprendi nesse curso uma coisa que ainda hoje está na minha mente: a gente alfabetiza através da realidade e se fosse sempre assim, não existia analfabetismo. Quando a gente faz de um setor como o da Educação e trabalha com crianças, começa a se preocupar muito mais com a vida delas, Porém, não é fácil trabalhar com o coletivo: as pessoas pensam muito diferente uma das outros e têm experiências distintas. Um tem costume de um jeito e outro tem o costume de outro modo. A gente vai misturando e fazendo a discussão. Quando o grupo de discussão iniciou sua formação, existiam dezesseis pessoas, aproximadamente, depois ficaram apenas dez. Com isto, percebi que o processo de discussão e organização, às vezes, não é bom e igual para todos. Principalmente para aqueles que não está acostumado a construir o próprio raciocínio; alguns fizeram à opção de sair, e isso deve ser respeitado. Afinal de contas, cada um tem o direito de escolher o jeito como quer viver e trabalhar. Este foi um momento novo em minha vida, por que depois de um ano de debate, eu já tinha condições de fazer uma avaliação. Antes não se tinha nem tempo para fazer isto, pois quando chegava ao centro de estudos, só se pensava nas tarefas e planejamento coletivos, respeitando as particularidades. Eu confesso que a aprendi a viver junto com o outro. A coordenadora tinha uma organização mais completa, até porque nós fazíamos parte da comunicação e precisávamos estar sintonizadas com os fatos. Hoje a vida em valor material ou afetivo é diferente por nossa causa e pela chegada da UFBA, que nos deu uma estimulada quanto à participação, à exigência dos direitos que temos. Isso nós só aprendemos quando começamos a participar e nos sentirmos com direito a ter direito. Isso é ser sujeito atuante. EU ALUNO – ESPAÇO DAS RELAÇÕES PESSOAIS IMEDIATAS Preciso retroceder a recordação que estão para sempre inscritas no meu imaginário: a infância que foi festiva, feliz e de muito trabalho. Os finais de semana e as férias escolares eram vividos no campo, no convívio barulhento e alegre com uma irmã, três irmãos, primos e outros companheiros de algazarra que moravam em Aguada Nova, município de Lapão-Ba. As brincadeiras na água barrenta da lagoa, o cheiro doce e gostoso do mato, o milho verde assado nas brasas do fogo aceso no barranco da lagoa, os passeios a cavalo pelas roças e o esconde-esconde nos “pés de mamona” são imagens guardadas e cultivadas. Lembro todos os odores e os diferencio com exatidão, do cheiro forte do cavalo ao suave perfume do mato. Uma vida que foi aspirada, tocada, cheirada e respirada. Essa foi a grande escola dos meus sentidos de infância e adolescência. As tardes eu passava na escola dependurado numa cadeira que me obrigava os incômodos exercícios de alongamentos na tentativa de evitar algum tipo de distorção. Tocado o sinal do fim das aulas, eu saia correndo em direção a cacimba para poder ajudar a minha mãe encher os banheiros e latas com água. Desses recipientes, a água era transportada para a casinha de banhos onde, suspensos por uma corda, prendia um antigo chuveiro de lata, alimentado manualmente com água fria no verão e água quente no inverno. Não posso deixar de ressaltar que com meus pais aprendi desde cedo a assumir a responsabilidade por meus atos e a ser mais coerente. O gosto pela independência e a determinação herdei de minha mãe, autoritária e fortemente determinada em tudo que faz. O amor pela profissão nunca foi herança familiar: três tias paternas, todas as estudantes, mas desistiram no “meio do caminho”. Sem dúvida, isso nunca foi um espelho pra mim. É a paixão pelos alunos que faz o educador. Esse amor aprendi com os meus ex-professores que tiveram um grande respeito pela condição humana. Porém, minha mãe foi uma pessoa especial na minha vida. Contrariando os preconceitos machistas, ainda mais rígidos aquela época, mostrou aos filhos que chorar faz parte da condição humana, de homens e mulheres. O amor que nutria por seus semelhantes era cultivado no dia-a-dia com a família, com os amigos e com os mais distantes forasteiros que aparecesse. Isso só reforça que a família é o primeiro espaço de aprendizagem da competência comunicativa. Na família os pais se desejam um ao outro e na gratuidade do amor em se realizam ambos no ser dos filhos, aliando as exigências do afeto com as da responsabilidade que lhes atribui à cultura em que vivem. | |||||||
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Não posso deixar de ressaltar que com meus pais aprendi desde cedo a assumir a responsabilidade por meus atos e a ser mais coerente. O gosto pela independência e a determinação herdei de minha mãe, autoritária e fortemente determinada em tudo que faz. O amor pela profissão nunca foi herança familiar: três tias paternas, todas as estudantes, mas desistiram no “meio do caminho”. Sem dúvida, isso nunca foi um espelho pra mim. É a paixão pelos alunos que faz o educador. Esse amor aprendi com os meus ex-professores que tiveram um grande respeito pela condição humana. Porém, minha mãe foi uma pessoa especial na minha vida. Contrariando os preconceitos machistas, ainda mais rígidos aquela época, mostrou aos filhos que chorar faz parte da condição humana, de homens e mulheres. O amor que nutria por seus semelhantes era cultivado no dia-a-dia com a família, com os amigos e com os mais distantes forasteiros que aparecesse. | ||||||||
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< < | Isso só reforça que a família é o primeiro espaço de aprendizagem da competência comunicativa. Na família os pais se desejam um ao outro e na gratuidade do amor em se realizam ambos no ser dos filhos, aliando as exigências do afeto com as da responsabilidade que lhes atribui à cultura em que vivem. | |||||||
> > | Isso só reforça que a família é o primeiro espaço de aprendizagem da competência comunicativa. Na família os pais se desejam um ao outro e na gratuidade do amor em se realizam ambos no ser dos filhos, aliando as exigências do afeto com as da responsabilidade que lhes atribui à cultura em que vivem. | |||||||
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> > | EU ALUNO – RELAÇÕES TUMULTUADAS O Centro Educacional Cenecista Antônio Matos Filho foi o nome de um colégio de Aguada Nova, município de Lapão-Ba, onde estudei durante oito anos. Muitos anos depois, já adulto, resolvi por no papel algumas lembranças desse período. Os fatos ocorreram num ambiente aberto do colégio, no qual convivem crianças, adolescentes, professores e empregados. As recordações e impressões que marcam minha vida neste local não são reproduções exatas de certa realidade, mas o resultado de uma experiência em termos de fatos gerais. Desse modo, a instituição, os colegas, professores foram representados em função do meu relacionamento tumultuado, mas bem simpático por natureza. Os companheiros de classe eram cerca de vinte e cinco, uma variedade de pessoas que me divertiam. O Edivan, pequeno, magrinho, cabelos baixos, cheio de histórias absurdas, como dizia o professor Claudiney, era o mais palhaço; o Dilton, galego, cabelos meio ruivo; o Derlean, playboizinho da turma, namorava quase todas as meninas; o Alberlan Pires, o niquinho, bancava toda despesa dos colegas, para se amostrar diante das meninas. Ah! Não posso esquecer de citar o mais irreverente, eu, Antônio Cecílio, rosto cinzento por falta de creme, o mais leve por carregar a responsabilidade dos estudos, fortíssimo em tabuada, cinco vezes três, vezes dois, noves fora, lá estava eu nervoso, trêmulo, mas sacudindo no ar o dedinho esperto. Na verdade, esta era a “turma do fundão”. O resto, uma cambadinha indistintas de “patricinhas” e “mauricinhos”, adormentados nos primeiros lugares, sempre fazia abaixo-assinado para tirar a gente daquela sala. Durante o primeiro mês de colégio, um pensamento de um feriado causava em mim uma ansiedade de um ideal fabuloso. Quando tornei a vida de à-toa, entrei em casa desfeito em vaidade, em exuberância de um dia ou uma semana de folga. De volta às aulas, houve o grêmio estudantil, o verdadeiro teatro dos soberbos alcances na vida de alguns alunos. Duas vezes por semana, organizavam-se os amigos do esporte, numa das salas ao canto. Às suas reuniões aparecia eu, timidamente, para nada mais que simplesmente abusar, por excesso consome de um direito do estatuto. Assistente infalível, saia cheio com uma linguagem elevada, pensando no dicionário, conserva de espírito, relíquia inapreciável do Belo. DISPUTAS CIVICAS A dificuldade que um estudante encontrava para ter o privilégio de participar de um grêmio fazia-me mais a fundo vulnerável. O colega do terceiro ano, não teve o menor embaraço; entrou para o estabelecimento muito adiantado. Foi mediatamente proposto, aceito e empossado. Na primeira sessão, depois dos discursos elevados, tive ocasião de apreciá-los com a beleza dos verbos. Debatíamos alguns problemas, dos inesgotáveis da agremiação. E ai ficou a pergunta: Quem foi o maior, Cecílio ou o colega do 3. º ano? Indagação histórica, difícil e evidente de levar a público. O Vinicius falou durante hora e meia com uma influência que lhe angariava para sempre um palavra de qualidade. Eu, que nada tinha de artista, só falava causos que as pessoas não entendiam. Com certeza, eu não podia contar com vetos do bom povo, pois estive a fazer bobagens. Diante disso, o colega foi proclamado o magno dos magnos. Por esse memorável dia, todos que foram matriculados naquele colégio, não podiam esquecer que o presidente do grêmio não podia dar um passo a não ser que fosse com seriedade firmada e jurada diante de todos. Por não destoar da percorrida fama, ele ficou envolvido com direitos e deveres dos alunos, e com muito orgulho, diga-se de passagem. No grupo, tinha poetas, jornalistas, polemistas, romancistas, críticos, etc. Os alunos já tinham seu órgão. No movimento geral da existência do grêmio, eu observava caprichosamente os fatos, sem saber de nada de modo encantador e fraternal. O presidente conservava com os mais jovens, falava da família, falava dele, dos tempos passados. O estatuto do nosso órgão representante me marcava em duas ocasiões de sobriedades: festas anuais de abertura e de encerramento dos trabalhos. Além destas, as sessões comemorativas do colégio. Para as festas culturais, nós levávamos o pátio, colocava-mos alguns meses para a diretoria, sob um rico pano de cor vinho, de ramagens negras que davam um tom de agouro. O aborrecimento é a grande doença na /da escola. Uma aborrecimento que gerava monotonia no trabalho dos professores. Mas quando se aproximava a época da férias do meio do ano, a nossa turma já ia logo inventar algumas brincadeiras: a peteca subia como foguete, palmeada em nossas mãos; inventávamos as bolas de gudes; vinham os jogos de salto sobre um tecido de linho; a amarelinha entrava em sena; vinha depois o jogo de corrida entre aqueles que gostavam do “chicotinho queimado”. Vivíamos os aspectos de narração; o pátio se animava com o revoar de penas, com o estalar das bolas passando como pedras e atingindo a vidraça das janelas. Já na semana anterior às férias, eu mesmo combinava com a galera toda, um lugar de encontro para todas essas brincadeiras. Havia também os jogos de parada, em que circulavam como preço os selos postais, as carteiras de cigarro. Com a proximidade das férias de fim de ano, tudo desaparecia. Os colegas saiam para as roças e o aborrecimento imperava. A impaciência da expectativa de livramento daquela monotonia fazia maior a prisão dos últimos dias. Eu solitário, ia e vinha do colégio, percorrendo o pátio, reclamando o prazo da impaciência, vendo pairar pelo pátio, o momento de recreio que tanto, nós aproveitávamos. Ali, eu lembrava dos minutos demorados dos recreios, nos quais eu e meus amigos organizávamos a exposição dos trabalhos de sala de aula. Por falar em recreio, as provocações nesse momento eram freqüentes provimentos de brigas. Os inspetores precisavam interferir nos conflitos, a galera andava em busca de sucessos, e por isso, procurava a sarna das importunações. Essas provocações eram além de tudo, inverdades. MOMENTOS DE IRREVERÊNCIAS Havia na CNEC (Campanha Nacional das Escolas da Comunidade), fora desta regra, alunos dóceis, criaturas escolhidas a dedo para o papel de complemento objetivo de caridade, tímidos como se os abatesse o peso de benefício. E nós, a “turma do fundão”, com todos os deveres, nenhum direito, nem mesmo o de prestar atenção a nada, tínhamos que fazer alguma atividade para brilharmos diante dos mestres. Em retorno, os professores tinham a obrigação de nos fazer brilhar, por que caridade que não brilha é caridade em pura perda. E os professores já sabiam que se nós fossemos contrariados, a bagunça tava feita. Esse processo funcionava como uma espécie de chantagem. Vale salientar que em meio a tudo, isso já era o ensino fundamental. Na primeira semana do mês de setembro de 92, quando estávamos no pátio, ensaiando a entoação do Hino de Lapão, Nacional e da Pátria, houve certo desentendimento entre Edimário Novais e Gilderlan Rosendo, ambos da “turma do fundão”. Consta que houve mesmo agressão física. Os condenados negaram depois. Em todo caso era de efeito simples, engrandecido pela espalhação do boato. Concluída a chamada dos indiciados, a sala toda respirou tranquilamente. No recreio a rapaziada dispersou-se com os gritos festivos. Edimário, sobretudo, estava de um descontentamento nunca visto. Casualmente em liberdade, sem suspensão nenhuma, e também por não ter havido informações aos pais, o Gilderlan rosendo fazia da circunstância uma pura pirraça contra o Edimário. ”Eu é que sou mau”, repetia andando na sala, “eu é que sou o bandalho, a peste do colégio! O mal sou eu.” Edimário foi gradualmente perdendo a paciência. Atirou-se por fim ao Gilderlan, desesperado, lançou-o ao piso, meteu-lhe os pés. Mas nós separamos daquele conflito. No outro dia, em nome do diretor, foram convocados os responsáveis, e mais ou menos uma dez testemunhas, e eu no meio. Fomos alinhados no corredor que partia para a sala do diretor. Na qualidade de presos escolares, vítimas da desconfiança do diretor, não nos envergonhavam de pedir perdão. Uns conversavam gracejando, outros se sentaram no sofá. Junto de mim ficava um armário dos materiais escolares, revestido-se a vidraça de uma tela protetora de metal. Por trás do armário, havia uma porta. Os responsáveis conversavam do outro lado com o diretor. Eu ouvir algumas palavras perdidas... De boa família, um descrédito! Vão pensar... Expulsar não é corrigir... Isto é o menos... Não há gratuitas... Sim, sim. Quanto a mim... Beleza. Decididamente, foi um dia sinistro. Da sala, ouvimos enorme barulho no pátio. Recomeçavam as vaias. Era um tumulto espantoso, gritos dos jovens em revolta por causa da fila da merenda. Os inspetores chegaram aterrorizados, procurando o diretor e mostrando a cara dos alunos que estavam empurrando os outros na fila. Adivinha logo. Essa bagunça é por causa do corte da fila por parte dos filhos das merendeiras e também dos filhos dos outros empregados do colégio. Uma velha queixa. A comida do CNEC não era péssima. O razoável para algumas centenas de alunos. Mas o que aborrecia era a impertinência investida daqueles “furadores” de fila. Diante dessa revolução, o diretor indagou: Mas porque, meus amigos, não formularam uma representação? Alguns alunos responderam: - A representação é o motim reduzido à expressão desordeira. Logo o diretor refutou: - Qual a necessidade da representação por arruaças? Têm toda a razão... Perdão a todos. Porém sou tão enganado, igualmente a vocês. Mas voltando ao caso de Edimário e Gilderlan, o diretor torturava-os ainda em cima do ser ou não serem expulsos. A situação deles era complicada, pois já eram reincidentes. Moralidade, disciplina, tudo junto, era demais! Era demais! Esbravejava o diretor. Neste momento entrava-lhe a justiça pelos bolsos como um desastre. O melhor a fazer (pensamento do diretor) era suspender os principais responsáveis por três dias letivos. Eu que tinha um “pé atrás” com o diretor, percebi naquele instante que a justiça foi completa. No entanto, algumas palavras com ar de ternura e de todo ressentimento ficavam transparentes, e nós saudávamos o diretor. UMA PAQUERA SURGIU Nesse mesmo tempo, surgiu uma paquera. No momento dos exercícios físicos, à tarde, andávamos juntos, voltas sem fim, em palestra sem assunto, por frases soltas, o frio sobre as doçuras de um bem estar mútuo. Falávamos baixo, bondosamente, como temendo espertar com a entonação mais alta, mais áspera, o favor de um cupido benigno que estendia sobre nós a paixão invisível. O amor era um só. Quando nos tornávamos a ver no outro dia, nenhum teve para o outro a mínima palavra, ficamos a um banco, lado a lado, em expansivo silêncio. E nunca, depois, nos referimos diretamente ao feito de namorar. Coincidência instintiva de um respeito recíproco, algo talvez comum de uma recordação amistosa. Em paralelo a isso, acontecia a semana da prova. Aliás, essa estréia nos exames sistemáticos foi de dar febre. Três dias antes me pulavam as palpitações; o apetite desapareceu, o sono depois do apetite; na manhã do ato, as noções mais elementares das matérias com o apetite e com o sono. Memória em branco. O professor Claudinez Ribeiro me animava, mais quando eu lembrava do perigo, assustava mais. Esmagava-me por antecipação o peso enorme das perguntas das avaliações. Ali na sala, estive não sei, que tempo, como um condenado, rodeado de professores, morrendo de palidez. De repente abriu-se uma porta, entrava mais um professor com a lista de alguns alunos que estavam “colando”. Um nome, outro, ainda não era o meu. Afinal, não houve nem tempo para um desmaio. Quando me acalmei um pouco, o meu vizinho de cadeira de trás pediu socorro: “Valha-me que estou perdido”, não lembro da ordem direta. O ruído desta frase prenunciada emitiu som forte a ponto de atrair a atenção dos professores. Atirei-lhe a oração principal, mas tive medo de socorrê-lo inteiramente. Além disso, eu precisava cuidar do próprio interesse. Deixe o pobre colega entregue ao desespero de uma folha deserta. De vez em quando, o infeliz me espetava as costas com a caneta. Para a prova oral fui mais animado, pois a nota da escrita foi tranqüilizadora. Daí em diante eu pensei o seguinte: ilustrar o espírito é pouco; temperar o caráter é tudo. É preciso que chegue um dia a desilusão do carinho doméstico ou escolar, para que toda a vantagem se realize o mais cedo possível. A educação não faz almas, exercita-as. E o exercício moral não vem das belas palavras de virtude, mas do atrito com as circunstâncias. A energia para afrontá-las é a herança de sangue dos capazes da moralidade, felizes na loteria do destino. EU NO PROGRAMA DE FORMAÇÃO DA UFBA – APRENDIZAGENS SISTEMÁTICAS Expresso sob a forma de reter impressões e conhecimentos adquiridos que tive o tempo todo como desafiante companhia. Eu estava sempre dialogando com um possível e oculto leitor que se escondia por trás das minhas angústias. Em presença tanto mais exigente isso me contemplava num diálogo de cidadania, diálogo politizado e ético á medida que se fazem explícitas minhas instituições. Foi muito gratificante pensar o tempo todo em fatos reflexivos no meu memorial, se bem que o leitor/orientador apresentou formas diversas, com as quais tenho dialogado em meus escritos anteriores dirigidos. A eles tenho afirmado que ser professor é a mais prazerosa, e no mesmo tempo a mais dolente das profissões. Isso porque nos coloca o tempo todo um contato com jovens revoltados, um contato que no leva a aprender sempre de novo, voltados para o futuro, mas também com as mazelas e desrespeito por parte daqueles a quem dedicamos nossas vidas. Meu estilo já marcado por um incorrigível otimismo e pela esperança de um mundo melhor que já estou ajudando a construir tem acentuado essas características. Pois, às vezes, me dirijo a jovens que não se sentem responsáveis pelo mundo que herdaram e pelos desvios deles, pelo mundo com que sonham e que certamente saberão construir. Em meio a tudo isso, percebi que democracia, política e ética se fazem cada vez mais palavras inscritas de maneira criativa no imaginário de nossos sonhos e perspectiva de vida solidária e sensível a tudo que é humano. Dentro desse contexto de universidade, tenho a sofrida demais cursistas. Ouvir e falar não depende somente de manejo de certo vocabulário comum. Dependem também das vivências co-participadas em determinadas contextos e das experiências do viver juntos. Apesar dos meus esforços por me expressar em linguagem acessível a um universitário, sei de minhas serias limitações a esse respeito. Peço por isso desculpas por solicitar a vocês o esforço adicional requerido pelas leituras de meus textos. É oportuno entendermos sobre a proposta do projeto Irecê inserida nos Parâmetros Curriculares Nacionais do MEC, com o objetivo de superar o isolamento das disciplinas do ensino e levar a reflexão sobre a realidade vivida, assim como há mais tempo buscar o fazer através de denominações diversas, tais as de “centro de interesse”, “temas geradores”, “aula integrada”. O que mais me importa em tais propostas é a constante atenção ética e desimpedida comunicação que se estabelece no diálogo interno à instituição, entre alunos, professores e funcionários, e no diálogo externo com os familiares e com a cultura ambiente das comunidades locais ampliadas nos níveis da região do estado e do país. Para além da necessária inteireza das ciências, vale dizer das várias articulações dos conteúdos curriculares, devem à educação escolar tematizar de maneira organizada as práticas culturais e a vida e inserindo o dia-a-dia da escola nas práticas culturais de seu tempo com suas dimensões éticas, exigentes das amplas discussões críticas. Em minha opção pelas propostas curriculares do projeto, além de considerá-las optas a articular áreas distintas de saber na ação conjugada de uma equipe de educadores, me sentir privilegiado no modelo ético, político e democrático dos valores que se fizeram presentes nas relações pedagógicas, nas atitudes e nos comportamentos, entre duas pessoas ou mais. No entanto, busco separar o moralismo das relações pedagógicas através de normas e regras, códigos de conduta, direitos e deveres pré-estabelecidos, que apenas sustentam as ações repressoras e legítimas a exclusão social. E busco, também, superar as distâncias das disciplinas escolares entre si e delas com o mundo da vida e com os processos que levam às aprendizagens das competências indispensáveis ao viver juntos numa sociedade de iguais na condição de sujeitos especialmente autônomos e socialmente capazes. EU PROFESSOR – PCN PORTUGUÊS Logo no início do meu trabalho nas escolas de Irecê, tive que do grupo de estudos do PCN de português. No início não entendia muito bem como funcionava e não sabia o porquê de tantas reuniões. Depois de três encontros comecei a entender: existia o coordenador e todas as pessoas deveriam se envolver de um jeito ou de outro nos trabalhos dessa equipe. Na primeira semana eu quase desisti, mas comecei a pensar que os outros grupos estavam também difíceis. Nesses primeiros encontros veio uma discussão para os professores escolherem uma pessoa para fazer o relatório do encontro. Levantaram o meu nome e eu aceitei. Isso até me ajudou um pouco na construção desse memorial. Naquele momento, me senti um sujeito capaz de transmitir o que a escola e a vida haviam já ensinado, além de aprender com os colegas presentes. Para que estivéssemos mais bem preparados para trabalhador com a educação, nos fomos participar de um curso na Igreja Paulo Freire com Vasco Moreto. Eu aprendi nesse curso uma coisa que ainda hoje está na minha mente: a gente alfabetiza através da realidade e se fosse sempre assim, não existia analfabetismo. Quando a gente faz de um setor como o da Educação e trabalha com crianças, começa a se preocupar muito mais com a vida delas, Porém, não é fácil trabalhar com o coletivo: as pessoas pensam muito diferente uma das outros e têm experiências distintas. Um tem costume de um jeito e outro tem o costume de outro modo. A gente vai misturando e fazendo a discussão. Quando o grupo de discussão iniciou sua formação, existiam dezesseis pessoas, aproximadamente, depois ficaram apenas dez. Com isto, percebi que o processo de discussão e organização, às vezes, não é bom e igual para todos. Principalmente para aqueles que não está acostumado a construir o próprio raciocínio; alguns fizeram à opção de sair, e isso deve ser respeitado. Afinal de contas, cada um tem o direito de escolher o jeito como quer viver e trabalhar. Este foi um momento novo em minha vida, por que depois de um ano de debate, eu já tinha condições de fazer uma avaliação. Antes não se tinha nem tempo para fazer isto, pois quando chegava ao centro de estudos, só se pensava nas tarefas e planejamento coletivos, respeitando as particularidades. Eu confesso que a aprendi a viver junto com o outro. A coordenadora tinha uma organização mais completa, até porque nós fazíamos parte da comunicação e precisávamos estar sintonizadas com os fatos. Hoje a vida em valor material ou afetivo é diferente por nossa causa e pela chegada da UFBA, que nos deu uma estimulada quanto à participação, à exigência dos direitos que temos. Isso nós só aprendemos quando começamos a participar e nos sentirmos com direito a ter direito. Isso é ser sujeito atuante. EU ALUNO – ESPAÇO DAS RELAÇÕES PESSOAIS IMEDIATAS Preciso retroceder a recordação que estão para sempre inscritas no meu imaginário: a infância que foi festiva, feliz e de muito trabalho. Os finais de semana e as férias escolares eram vividos no campo, no convívio barulhento e alegre com uma irmã, três irmãos, primos e outros companheiros de algazarra que moravam em Aguada Nova, município de Lapão-Ba. As brincadeiras na água barrenta da lagoa, o cheiro doce e gostoso do mato, o milho verde assado nas brasas do fogo aceso no barranco da lagoa, os passeios a cavalo pelas roças e o esconde-esconde nos “pés de mamona” são imagens guardadas e cultivadas. Lembro todos os odores e os diferencio com exatidão, do cheiro forte do cavalo ao suave perfume do mato. Uma vida que foi aspirada, tocada, cheirada e respirada. Essa foi a grande escola dos meus sentidos de infância e adolescência. As tardes eu passava na escola dependurado numa cadeira que me obrigava os incômodos exercícios de alongamentos na tentativa de evitar algum tipo de distorção. Tocado o sinal do fim das aulas, eu saia correndo em direção a cacimba para poder ajudar a minha mãe encher os banheiros e latas com água. Desses recipientes, a água era transportada para a casinha de banhos onde, suspensos por uma corda, prendia um antigo chuveiro de lata, alimentado manualmente com água fria no verão e água quente no inverno. Não posso deixar de ressaltar que com meus pais aprendi desde cedo a assumir a responsabilidade por meus atos e a ser mais coerente. O gosto pela independência e a determinação herdei de minha mãe, autoritária e fortemente determinada em tudo que faz. O amor pela profissão nunca foi herança familiar: três tias paternas, todas as estudantes, mas desistiram no “meio do caminho”. Sem dúvida, isso nunca foi um espelho pra mim. É a paixão pelos alunos que faz o educador. Esse amor aprendi com os meus ex-professores que tiveram um grande respeito pela condição humana. Porém, minha mãe foi uma pessoa especial na minha vida. Contrariando os preconceitos machistas, ainda mais rígidos aquela época, mostrou aos filhos que chorar faz parte da condição humana, de homens e mulheres. O amor que nutria por seus semelhantes era cultivado no dia-a-dia com a família, com os amigos e com os mais distantes forasteiros que aparecesse. Isso só reforça que a família é o primeiro espaço de aprendizagem da competência comunicativa. Na família os pais se desejam um ao outro e na gratuidade do amor em se realizam ambos no ser dos filhos, aliando as exigências do afeto com as da responsabilidade que lhes atribui à cultura em que vivem. |
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> > | ATENÇÃO, MUITA ATENÇÃO!!! “DOM QUIXOTE NO PONTO DE CULTURA” Venha participar desse momento tão rico:Estudo Literário No Ensino Fundamental - "Dom Quixote Caiu Na Rede"- sob orientação dos cursistas Ariston Eduão e Antônio Cecílio, com adaptações da obra para crianças e adolescentes. INSCRIÇÕES ABERTAS ATÉ O DIA 30 DE SETEMBRO INTERESSADOS PROCURAR: ARISTON EDUÃO (NO PONTO DE CULTURA) ANTÔNIO CECÍLIO (NA UFBA) VAGAS LIMITADAS |
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