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"As drogas, mesmo o crack, são produtos químicos sem alma: não falam, não pensam e não simbolizam. Isto é coisa de humanos. Drogas, isto não me interessa. Meu interesse é pelos humanos e suas vicissitudes."
Antonio Nery Filho

Estudo sobre as características de usuários de drogas injetáveis que buscam atendimento em Porto Alegre, RS.

por PECHANSKY, Flavio et al. em

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Autor Ano Local de PublicaçãoSorted descending Local Tema
PECHANSKY, Flavio et al. 2000 Rio Grande do Sul Porto Alegre - RS

Instituição de Origem Estado Instituição Instituição Responsável
Revista Brasileira de Psiquiatria   Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP

Formato da Obra Formato Disponível Número de Páginas Idioma
Artigo em Magazine Texto integral 8 Português

Resumo

Introdução: O estudo descreve uma amostra de usuários de droga injetável (UDI) que buscam atendimento na cidade de Porto Alegre, a fim de conhecer melhor os métodos de exposição ao vírus HIV, gerando hipóteses para estudos futuros e diretrizes para programas preventivos. Métodos: Foram entrevistados 142 UDI, utilizando uma entrevista estruturada para levantamento de fatores de risco. Foram analisadas características demográficas e das relações sexuais, utilizando-se como desfechos de interesse o status sorológico e as características do uso de drogas, tais como freqüência e tipo de droga utilizada. Resultados: 97% dos indivíduos havia injetado cocaína (8,6 dias do mês, 9,3 vezes por dia) e usado álcool e maconha no mês prévio à entrevista; apenas 44 apresentavam testes HIV (54,5% soropositivos). Quase 90% haviam recebido aconselhamento para HIV, porém a mudança de condutas aconteceu somente numa parcela dos casos, sem informação adequada sobre limpeza de seringas; 53% dos indivíduos relataram compartilhamento de equipamento prévio à coleta de dados, utilizando 16,2 vezes a mesma seringa. Os entrevistados eram sexualmente ativos e predominantemente heterossexuais, com uma média de sete relações por mês; 44% não usou camisinha nas relações sexuais e 48% afirmou ter utilizado pelo menos álcool antes ou durante as relações. Conclusões: Os achados sugerem que o aconselhamento é importante para modificar hábitos dos UDI mas não contempla necessidades de usuários recreacionais. A limpeza de seringas é infreqüente, talvez produto da pouca informação sobre práticas de risco. Os UDI são sexualmente ativos, heterossexuais e na maioria têm poucos parceiros, o que pode justificar o baixo uso de preservativos nessa amostra. É possível que o uso freqüente de drogas antes ou durante as relações contribua para tal fato.

Palavras Chave Aids. HIV. Abuso de drogas.
Link Artigo
Referência para Citação PECHANSKY, Flavio et al. Estudo sobre as características de usuários de drogas injetáveis que buscam atendimento em Porto Alegre, RS. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2000, vol.22, n.4, pp. 164-171. ISSN 1516-4446. 
Observação Material linkado com o banco de dados do Scielo.


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