Um Computador por Aluno (UCA) Computador Portátil para professores
Conceito de Inclusão Digital

Ao analisarmos os materiais sobre o UCA percebemos que o conceito de inclusão digital que permeia o projeto é o de permitir a cada aluno de escolas públicas o acesso ao uso das tecnologias através de laptops, possibilitando o uso pela família de cada aluno e também o acesso a serviços do governo eletrônico disponíveis on line. Porém, sabemos que o conceito de inclusão digital não se limita apenas a isso. Estar incluído significa a pessoa ser capaz de questionar, participar, produzir, decidir, transformar, no meio social em que vive, o que acaba levando o sujeito a produzir informações, conhecimentos, a participar ativamente na dinâmica contemporânea, fazendo uso das redes e conhecendo várias culturas (BONILLA, 2002, p. 46). Dessa forma, pensamos que não basta apenas o acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Além dos alunos saberem usar e manejar o laptop, é necessário que eles também aprendam a buscar serviços, criar e produzir informações e conhecimentos, pois isso poderá potencializar muito mais o Programa Um Computador por Aluno.

AMBIENTES DE APRENDIZAGEM . O Programa Um Computador por Aluno começará em 2008 em 300 municípios . 2007. Disponível em: http://www.peabirus.com.br/redes/form/post?pub_id=8926 . Acesso em 14 de agosto de 2008.

BONILLA , Maria Helena. Inclusão Digital e Formação de Professores. Revista de Educação (Departamento de Educação da FACUL - Lisboa), vol XI, nº1, 2002.

LACERDA , José. O Projeto Um Computador por Aluno (UCA) . 2007. Disponível em: http://www.certi.org.br/~jcl/UCA/Apresentacao_UCA_RepresCERTI.pdf . Acesso em 22 de setembro de 2008.

Promover a inclusão digital de professores que estão atuando nas escolas da rede pública e privada de educação básica, profissional e superior, através do acesso ao computador portátil.
Interesses Políticos   O Computador Portátil para Professores visa a articulação do setor privado (indústrias de computadores e bancos) e o setor público (Ministério da Educação - MEC, da Ciência e Tecnologia – MCT, e dos Correios.
Interesses Econômicos

Em torno do UCA, articula-se o interesse na área econômica, pois ele pretende conglomerar a cadeia produtiva do país, uma vez que as indústrias brasileiras terão espaço no projeto, tanto nas áreas de fabricação, distribuição, manutenção e suporte.

LACERDA , José. O Projeto Um Computador por Aluno (UCA) . 2007. Disponível em: http://www.certi.org.br/~jcl/UCA/Apresentacao_UCA_RepresCERTI.pdf . Acesso em 22 de setembro de 2008.

Percebemos que as indústrias de computadores parceiras do governo possuem um grande interesse econômico nas vendas das máquinas. Elas sabem que podem vender uma quantidade expressiva de notebooks, pois ainda é muito grande o número de professores que não possuem acesso a esse dispositivo móvel.
Interesses Sociais

Em relação ao interesse social que envolve o projeto, o governo pretende proporcionar o acesso universal e participativo à informação e ao conhecimento por pessoas que estavam parcialmente ou totalmente excluídas deste processo, promovendo a formação e o desenvolvimento comunitário, assim como a inclusão social e digital.

BARANAUSKAS , M. Cecília C , LIESENBERG, Hans Kurt Edmund, HORNUNG, Heiko Horst, MIRANDA, Leonardo Cunha de, ROMANI, Roberto. Estendendo a Idéia do Projeto UCA ao Desenvolvimento Comunitário. Reflexão e Estratégias. 2008. Disponível em: * www.prodepa.gov.br/sbc2008/anais/pdf/arq0026.pdf. Acesso em 19 de novembro de 2008.

O projeto em questão visa aumentar a inclusão digital, transformar os professores em sujeitos ativos na sociedade e fomentar o desenvolvimento sustentável brasileiro. Ele também busca contribuir com outros programas do governo federal, como o Programa Um Computador por aluno (UCA), o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (PROINFO) e o Programa Banda Larga nas Escolas.
Interesses Educacionais

O UCA possui o objetivo de aumentar o uso das tecnologias da informação e da comunicação e analisar a funcionalidade pedagógica dos laptops com o uso individual e intensivo da máquina, tanto dentro como fora da sala de aula. Ele também pretende levar para a família e a comunidade uma ferramenta para aprender a pensar, a refletir, a ser criativo ao trabalhar de forma compartilhada com a música, matemática, história, geografia e etc.

AMBIENTES DE APRENDIZAGEM . O Programa Um Computador por Aluno começará em 2008 em 300 municípios . 2007. Disponível em: http://www.peabirus.com.br/redes/form/post?pub_id=8926 . Acesso em 14 de agosto de 2008.

LACERDA , José. O Projeto Um Computador por Aluno (UCA) . 2007. Disponível em: http://www.certi.org.br/~jcl/UCA/Apresentacao_UCA_RepresCERTI.pdf . Acesso em 22 de setembro de 2008.

O Programa Computador Portátil para os Professores pretende contribuir através da interação com a tecnologia da informação e comunicação (TIC) com a formação social, intelectual e pedagógica dos docentes, propiciando um ambiente favorável para mudanças e inovações na área educacional. É importante ressaltar que o professor também irá vivenciar novas experiências na esfera da cultura digital o que poderá possibilitar novas formas de pensar, agir e refletir sobre a sua prática tanto na sala de aula quanto fora dela.
Estratégias Políticos    
Estratégias Econômicas

O UCA busca financiamentos do Fundo de Universalização das Telecomunicações (FUST). Além dessa estratégia, o programa também realizou licitações para a aquisição dos laptops. Na primeira licitação, no final de 2007, o governo realizou um leilão para a compra de 150 mil laptops para a segunda fase do projeto, mas o leilão foi cancelado, pois o MEC na época considerou o preço pedido pela empresa vencedora caro demais. Na verdade o que encareceu os laptops foram as exigências do edital. Em dezembro de 2008, através do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), o governo realizou outra licitação para a compra dos 150 mil laptops. Dessa vez o leilão atingiu o seu objetivo. O MEC conseguiu fechar a compra de cada máquina por R$ 553,00 (quinhentos e cinquenta e três reais). O modelo escolhido foi o Mobilis, da indiana Encore, oferecido pela Comsat (empresa de São Paulo). Porém, logo após essa licitação, o Tribunal de Contas da União (TCU) mandou paralisar o andamento do pregão. O TCU atendeu ao pedido do advogado Deumas Oliveira que questionou a legalidade de alguns itens do edital. De acordo com algumas informações do TCU, o processo encontra-se em andamento e pode ter um parecer no mês de março.

CONVERGÊNCIA DIGITAL. TCU paralisa pregão eletrônico dos 150 mil laptops escolares. 2009. Disponível em: http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=17322&sid=14. Acesso em 07 de janeiro de 2009.

G1. Globo.com . MEC fecha pregão de laptops para escolas por R$ 553 cada . 2008. Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL926879-6174,00.html. Acesso em 18 de dezembro de 2008.

MISUTA, Edmar Yassuo, BLASIO, Mônica Di , ROCHA, Thiago. Informática Comunitária e Políticas. 2008. Disponível em: www.unicamp.br/~hans/mo827/trabalhosFinais/Artigo_GrupoE.pdf -. Acesso em 16 de dezembro de 2008.

 
Estratégias Sociais    
Estratégias Educacionais

O projeto UCA será inserido nas escolas com o uso individual do laptop. O trabaho será realizado com níveis diferentes de ensino e utilizando metodologias distintas para avaliar o potencial pedagógico de cada máquina.

LACERDA , José. O Projeto Um Computador por Aluno (UCA) . 2007. Disponível em: http://www.certi.org.br/~jcl/UCA/Apresentacao_UCA_RepresCERTI.pdf . Acesso em 22 de setembro de 2008.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO . Portal Mundo Acadêmico. Projeto-piloto vai iniciar programa Um Computador por Aluno. 2007. Disponível em: http://mundoacademico.unb.br/conteudos/?cod=111111644. Acesso em 01 de setembro de 2008.

O Computador Portátil para Professores inicialmente será testado em 64 municípios que tiveram o maior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB em 2007. Em seguida será realizado em todas as cidades brasileiras.
Diretrizes http://www2.samurai.com.br/laptop_100_dolares/uca_requisitos_minimos

O Programa Computador Portátil para professores facilita a compra de notebooks para docentes da rede pública e privada da educação básica, profissional e superior, que estão credenciados ao Ministério da Educação - MEC, com valores mais baixos e condições diferenciadas de empréstimo. O professor pode adquirir o computador no valor de até R$ 1.000,00 (mil reais), à vista, com frete incluso e configuração básica de acordo com o programa Cidadão Conectado- Computador para Todos. O programa pretende auxiliar na formação intelectual e pedagógica dos professores, a partir da interação com as novas tecnologias da informação e comunicação e do acesso ao computador portátil. Dessa forma o projeto estará contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino no Brasil. Ele também busca contribuir com o Programa Um Computador por Aluno (UCA), o Programa Nacional de Tecnologia Educacional- PROINFO e o Programa Banda Larga nas Escola.

Para participar do programa, o professor deve estar em atividade (não necessariamente na sala de aula) nas redes públicas e privada da educação básica, profissional e superior. As instituições devem estar credenciadas ao MEC

Com o Programa Computador Portátil para Professores, os docentes possuem a garantia de configuração mínima de hardware e software em acordo com a portaria do programa. Eles podem escolher a marca e o modelo do notebook. Os professores possuem várias opções de bancos para fazerem o empréstimo e parcelamento do pagamento com juros bem baixos, e ainda podem comprar o notebook por consignação em folha de pagamento ou débito em conta corrente. Cada professor só poderá adquirir 1 (um) notebook.

Formas de organização

e dinâmicas de operacionalização

O Programa Um Computador por Aluno é uma iniciativa do Governo Federal cuja a execução está a cargo dos Ministérios da Educação, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Ciência e Tecnologia. O UCA também conta com a participação da Casa Civil, onde contribui na realização do processo licitatório juntamente com o MEC e com o Serviço Federal de processamento de Dados (SERPRO), que disponibiliza ao programa o seu capital intelectual. O MEC está em parceria com a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) e as universidades, Universidade Federal Fluminense, Universidade de Brasília, Universidade Federal de Paraíba, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal da Amazônia e a Universidade Estado de São Paulo para avaliarem o conceito das experiências piloto realizada nas escolas e os recursos disponíveis para a formação de redes de conectividade a partir da escola. O MEC busca saber quais os problemas enfrentados para a utilização dos laptos nas residências dos alunos.

BOTELHO, Milena , CAVALCANTE, João Lino. Secretaria da Educação e Cultura. Governo do Tocantins. Projeto de Inclusão digital será implantado no Colégio Dom Alano. 2007. Disponível em: http://www.seduc.to.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=861&Itemid=10. Acesso em 22 de dezembro de 2008.

FUNDAÇÃO CERTI. País tem cinco escolas públicas na era digital. 2007. Disponível em: http://www.certi.org.br/mod_Imprensa/impr_18_clipping_vis2.php4?b_id_noticia=283. Acesso em 17 de setembro de 2008.

Na avaliação das especificações técnicas dos laptops, o UCA conta com o apoio de três centros de pesquisa: Centro de Pesquisa Renato Archer da Universidade de Campinas (CENPRA/UNICAMP), Fundação Centro de Referência em tecnologias Inovadoras (CERTI), vinculada à Universidade Federal de Santa Catarina e Laboratórios de Sistemas Integráveis da Escopla Politécnica da Universidade de São Paulo(LSI/ USP).

O UCA possui um grupo de trabalho composto por representantes do Ministério da Educação ( Espartaco Madureira Coelho- SEED/MEC, Francesca Lóes -SEED/MEC, Carmem Prata -SEED/MEC, Maria de Fátima Simas Malheiros - SEB/MEC, Marlúcia Delfino Amaral - SEB/MEC) e assessores pedagógicos (José Armando Valente - Universidade Estadual de Campinas; Julíbio David Ardigo - Universidade do Estado de Santa Catarina; Léa da Cruz Fagundes - Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Maria Helena Cautiero Horta Jardim - Universidade Federal do Rio de Janeiro; Mauro Cavalcante Pequeno - Universidade Federal do Ceará; Paulo Gileno Cysneiros - Universidade Federal de Pernambuco; Roseli de Deus Lopes - Universidade Estadual de São Paulo; Simão Pedro Pinto Marinho - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; Stela Conceição Bertholo Piconez - Universidade Estadual de São Paulo) responsável por dar suporte pedagógico a elaboração do documento do UCA, assim como avaliar e acompanharas experiências iniicais.

PILOTOS DO PROJETO UCA. Portaria do GT - Assessores pedagógicos. 2007. Disponível em: http://pilotosdoprojetouca.blogspot.com/2007/03/portaria-do-gt-assessores-pedaggicos.html. Acesso em 14 de setembro de 2008.

O programa UCA está na fase piloto, atuando em cinco estados brasileiros. No Rio de Janeiro ele está na cidade de Piraí ( interior do estado), na escola CIEP Rosa da Conceição Guedes, em Palmas (TO) está no Colégio Estadual Dom Alano Marie Du Noday, em Porto Alegre (RS) está com a experiência na Escola Estadual Luciana de Abreu, em São Paulo (SP) está atuando na escola Ernani Silva Bruno e em Brasilía(DF) está com o projeto na escola CEF 01 Planalto.

O Programa Computador Portátil para Professores é a continuação do projeto Cidadão Conectado- Computador para Todos. Ele está articulado com bancos (que disponibilizem linhas de créditos especiais ao professor e efetuem contrato com os Correios) , indústria de computadores, através da Presidência da República, Ministério da Educação - MEC, da Ciência e Tecnologia - MCT (que estabelece as características técnicas mínimas e soluções de informática) e da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT ( que trabalhem com o banco postal, informando sobre o andamento do pedido e oferecendo solução de logística com custo menor).O Governo Federal está em parceria com o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Bradesco.

Inicialmente o programa será testado em em 64 municípios. que participam da Rede de Aprendizagem e que tiveram maior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB em 2007. Em seguida será implantado em todas as capitais e municípios do país.

Atualmente o Programa está em fase de credenciamento nas definições contratuais por parte das empresas parceiras . Para adquirir o notebook, o professor deverá ir a uma Agência dos Correios que trabalhe com o Banco Postal ou a uma agência dos bancos credenciados ao projeto, em seguida ele deverá optar pela forma de pagamento que poderá ser à vista ( somente nas agências dos correios que trabalhem com o banco postal) ou financiado ( nas agências dos correios que trabalham com o Banco Postal ou nas agências dos bancos participantes) através de empréstimo ou desconto em folha. Os documentos necessários para o professor adquirir o notebook, são o comprovante de rendimento emitido pela instituição de ensino à qual o professor faz parte, declaração da instituição de ensino informando que o professor trabalha na instituição exercendo tal cargo ou função com a devida carga horária, RG e CPF e comprovante de residência quando o professor optar por empréstimo. O professor que solicitar o computador portátil irá recebê-lo através dos correios no endereço informado quando fez a solicitação, podendo consultar a entrega do notebook no endereço www.correios.com.br/shopping/computadorparaprofessores . Nos correios que não fazem entrega à domicílio, o professor deverá retirar o computador na agência mais próxima do endereço fornecido.

Vale lembrar que o suporte técnico aos professores é de responsabilidade dos fabricantes e será realizado através do manual de cada empresa que participa do programa.

Perspectivas formativas

dos professores

Os professores que participam do programa UCA receberam capacitação no sistema Linux educacional para dominarem as práticas necessárias ao desenvolvimento de seus trabalhos. A capacitação contou com a participação de tutores que realizaram seminários orientativos e avaliativos. Os docentes também receberam capacitação pelas empresas Intel, Encore/Telavo e Cisco e também pelas universidades. As capacitações foram sobre o uso pedagógico do laptop, aprendizagem por projetos e situações problema, portais e objetos virtuais de aprendizagem.

Houveram situações em que as temáticas tratadas foram diferenciadas, em Brasília e Palmas, por exemplo, o Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) foi quem mais realizou capacitações, já a escola do Rio de janeiro foi beneficiada pela estrutura do programa Piraí Digital. As escolas Luciana de Abreu em Porto Alegre e Ernani Silva Bruno em São Paulo receberam suporte da UFRGS e da USP.

 

Perspectivas formativas

dos alunos

Uso individual livre e intensivo(os alunos usam o laptop para tirar fotos, fazer vídeos, armazenar imagens, ouvir música, fazer pesquisas sobre diversos assuntos e áreas, dentre outras coisas) dos laptops na sala de aula e fora dela. O professor poderá levar o seu computador portátil para sala de aula e utilizá-lo com os seus alunos, o que vai possibilitar aos educandos vivenciar novas experiências em relação a inclusão digital.

Potencialidade da perspectiva formativa

dos professores

Estímulo para a experimentação de novas experiências. Na escola de Porto Alegre, os professores expõem o andamento dos projetos, trocam experiências entre eles e planejam as próximas atividades. Ao utilizar o computador portátill, o professor tem a possibilidade de constituir múltiplas comunidades de aprendizagens, que interligadas em rede, favorecem a interculturalidade, a inteligência coletiva, o trabalho colaborativo e cooperativo na construção do conhecimento. E esse tipo de trabalho pode ser feito entre professores/professores e professores/alunos.

Limite da perspectiva formativa

dos professores

   

Potencialidade da perspectiva formativa

dos alunos

Com o uso intensivo do laptop os alunos estão tendo oportunidades de fazerem novas descobertas, trocas de informações e experiências entre eles, o que está abrindo espaço para o trabalho coletivo, respeito mútuo e maior interação entre suas experiências pessoais e educativas. Vale destacar que há também a possibilidade de os estudantes acessarem a rede mundial através da escola ou de sua residência, o que vai permitir a disseminação da inclusão digital, do acesso maior do aluno a outras culturas. O aluno tendo acesso ao notebook do professor poderá fazer novas descobertas, trocar informações com o docente e os próprios colegas, abrindo espaço para o trabalho coletivo. Essa interação com o professor através da máquina também faz com que haja um respeito mútuo entre aluno e professor.

Limite da perspectiva formativa

dos alunos

   
Expectativas do Professor    

Explicações, interpretações

e representações dos professores

Escola Luciana de Abreu (RS) - A coordenadora pedagógica da escola, kattar Fadel Misoczky, é a responsável por adaptar o currículo escolar às novas tecnologias. Ela explica que o projeto pedagógico da escola está sendo reformulado por causa da chegada dos laptops do UCA. Para o diretor Iron Rodrigues Otaña, as mudanças mais significativas foram três: maior interesse dos alunos pela escola (os alunos que tinham pro-
blemas de comportamento estão chegando mais cedo à aula), as salas ganharam uma nova configuração( no lugar de cadeiras enfileiradas, agora têm-se grupos de quatro a cinco alunos) e as atividades tiveram um planejamento mais dinâmico (os professores estão aprendendo a mexer na máquina juntamente com os alunos e aos poucos estão mudando o jeito de ensinar e o de aprender). A professora Tânia de Castro Oliveira, da 4ª série, nos informa que o máximo uso do computador que ela tinha feito até a chegada dos laptops era a de digitar provas. Para a professora Janina Antonioli Pires, da 6ª série, a possibilidade de trabalhar com diferentes gêneros textuais (científicos, jornalísticos, literários, e até os informais dos blogs) na sala de aula é o sonho de todo professor de Língua Portuguesa.

Escola CIEP 77 em Piraí (RJ)- o professor de matemática, Lúcio Heleno Israel, afirma que os laptops melhoraram as atividades dos alunos na sala de aula. "No dia que as crianças receberam os laptops, houve uma mudança absurda. Eles ficaram tão concentrados a ponto do diretor andar pela escola e achar que as salas estavam vazias".

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO . Alunos recebem 400 laptops em Piraí (RJ). 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=9001. Acesso em 01 de setembro de 2008.

Colégio Dom Alano (TO)- A diretora Lívia Júnia Moreira, afirma que o UCA vai proporcionar inclusão digital na escola e que os computadores servirão para ajudar no aprendizado dos alunos. "Sabemos do grande desafio que a escola terá, mas vamos aproveitar este recurso para aprimorar o ensino dos nossos alunos".

BOTELHO, Milena , CAVALCANTE, João Lino. Secretaria da Educação e Cultura. Governo do Tocantins. Projeto de Inclusão digital será implantado no Colégio Dom Alano. 2007. Disponível em: http://www.seduc.to.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=861&Itemid=10. Acesso em 22 de dezembro de 2008.

 
Expectativas do Pesquisador

O pesquisador José Lacerda( CERTI) espera com a implantação do UCA nas escolas, a melhoria do processo de ensino e aprendizagem, incluindo maior acesso à informação por estudantes e suas famílias, maior uso da informática por professores e mudanças na rotina escolar; Diminuição do índice de evasão escolar por meio da motivação do uso da tecnologia e maior integração entre a escola e a cominidade; Acesso dos estudantes a outras culturas.

LACERDA , José. O Projeto Um Computador por Aluno (UCA) . 2007. Disponível em: http://www.certi.org.br/~jcl/UCA/Apresentacao_UCA_RepresCERTI.pdf . Acesso em 22 de setembro de 2008.

 

Explicações, interpretações

e representações do pesquisador

Para Mauro Cavalcanti Pequeno (UFC) , consultor do projeto, “o UCA não é nada mais do que uma ferramenta, uma maneira de se trabalhar a informática na educação, certo que ele tem algumas particularidades mas isso não dissocia de outras ferramentas também que se pode fazer, o importante é a proposta que se pode explorar com ele”. Ele ainda acrescenta que há uma perfeita sintonia entre o UCA e outros projetos da SEED/MEC, tais como PROINFO e o Mídias na Educação. Segundo o educador, o PROINFO foi identificado pelo grupo de formação como um programa base para que iniciantes possam inciar o Projeto UCA. Ele explica que o PROINFO integrado tem a fase mais instrumental que dá introdução ao professor sobre as tecnologias, dirige o docente ao portal do professor e apresenta outras ferramentas que ele pode utilizar, seja os computadores dos laboratórios ou os computadores móveis. Já em relação ao Mídias na Educação, ele acredita que esse programa dá uma introdução ao uso pedagógico das mídias, o que é uma boa oportunidade para se trabalhar junto ao UCA, pois as máquinas são adaptadas para o uso das mídias (os laptops possuem câmera, gravador, acesso a internet, e tem várias facilidades que o programa Mídia explora). “O trabalho colaborativo é muito explorado no Proinfo integrado e também no Mídias e esse uso do Mídias com a mobilidade dos computadores e um maior número de acesso potencializará tudo isso. Acreditamos até que vai ter mais facilidade do que as escolas que tem apenas laboratórios para poder trabalhar nestes dois programas” . Já a coordenadora do Laboratório de Estudos Cognitivos (LEC), da (UFRS), Léa Fagundes, afirma que “o laptop não é apenas um computador pessoal em miniatura mas uma ferramenta para a Educação.Ela ainda acrescenta que "são 30 anos de pesquisa sobre a relação entre o pensamento do aprendiz e a máquina”. As perspectivas que Pedro Andrade- SEED/MEC vê com relação ao UCA no desenvolvimento de pesquisas, são que o projeto necessita da pesquisa para poder ter a inovação, e que a inovação deve se constituir diante do piloto, na medida em que há necessidade de construção de referenciais curriculares. Para a pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do UCA em São Paulo, Roseli Lopes, a maior dificuldade encontrada na Escola Municipal Ernani Silva Bruno foi com a distribuição dos laptops. A escola tem 1,2 mil alunos e tinha apenas 400 computadores. Por conta disso, a escola teve que fazer agendamento e rodízio dos computadores entre os alunos. Roseli também nos informa que com a chegada dos computadores na sala de aula será necessário refazer os projetos políticos-pedagógicos.

 

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