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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC IC |
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1.1. NOME DO BOLSISTA: Josélia Domingos dos Santos
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1.2. NOME DO ORIENTADOR: Maria Helena Silveira Bonilla
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1.3. PERÍODO TRABALHADO: Ago/2008 a jul/2009 |
1.4. TÍTULO DO PROJETO: Inclusão digital nas escolas: as políticas do MEC
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2. EXECUÇÃO |
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2.2 RESULTADOS PARCIAIS ALCANÇADOS: A pesquisa em andamento busca investigar a possibilidade de adoção de laptops com software livre para o uso de crianças e jovens do Ensino Fundamental e Médio, contemplando cada aluno com um computador através do Programa Um Computador por Aluno (UCA) e a aquisição de computadores portáteis (notebooks) de baixo custo para os professores dos níveis da educação básica e superior e profissionalizante, por intermédio do Programa Computador Portátil para Professores. Através de análises e coletas de dados pela internet sobre os programas em questão foi possível perceber como estas políticas públicas vinculadas ao Ministério da Educação (MEC) foram implementadas, organizadas e estão sendo executadas para a promoção da inclusão digital no país. No decorrer da pesquisa, pudemos perceber que o UCA é uma iniciativa do Governo Federal que conta com o apoio de sete Ministérios, três centros de pesquisa, universidades de várias partes do Brasil e com um grupo de trabalho que se divide entre os representantes do Ministério da Educação, responsáveis por assessorar pedagogicamente e elaborar um documento básico sobre o programa, e assessores pedagógicos que possuem o dever de acompanhar e avaliar as experiências dos pilotos implantadas nas escolas. Ao analisarmos os materiais sobre o UCA percebemos que o conceito de inclusão digital que permeia o projeto é o de permitir a cada aluno de escolas públicas o acesso ao uso das tecnologias através de laptops, possibilitando o uso pela família de cada aluno e também o acesso a serviços disponíveis do governo eletrônico. Os interesses educacionais do UCA é analisar a funcionalidade pedagógica da máquina com o uso intensivo do laptop na sala de aula e fora dela, levando para a família e a comunidade uma ferramenta para aprender a pensar, a refletir e a ser criativo. As escolas que implantaram o UCA estão trabalhando em níveis de ensino diferentes e com metodologia diferenciada para avaliar o potencial pedagógico da máquina. É importante destacar que os alunos utilizam o laptop intensivamente e de forma livre, tanto dentro quanto fora da escola, e isso permite que eles façam novas descobertas, realizem trocas de experiências entre eles abrindo espaço para o trabalho coletivo, o respeito mútuo e maior interação entre suas experiências pessoais e educativas. Atualmente o UCA está com projetos pilotos em cinco escolas dos estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Tocantins e Brasília. Em relação ao Programa Computador Portátil para Professores, percebemos que essa iniciativa pode facilitar a aquisição de notebooks por até R$ 1.000, 00 ( mil reais) para os docentes em atividade na rede pública e privada da educação básica, profissional e superior , com facilidade de pagamento e juros mais baixos. O professor pode adquirir o computador através dos correios que possuem Banco Postal e dos bancos credenciados ao programa. Ao fazer uso do laptop, o professor irá interagir com a tecnologia da informação e comunicação (TIC) o que poderá contribuir para a sua formação pedagógica. Inicialmente o programa será testado em 64 municípios que tiveram o maior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB em 2007. Em seguida será realizado em todas as cidades brasileiras. Essas informações foram disponibilizadas logo no início da pesquisa, entre setembro e outubro, porém ainda não há índicos de que essa proposta esteja se concretizando realmente. É importante ressaltar que as indústrias de computadores parceiras do governo possuem grande interesse econômico nas vendas das máquinas. Elas sabem que podem vender uma quantidade expressiva de notebooks, pois ainda é muito grande o número de professores que não possuem acesso a essa ferramenta. Ao nos debruçarmos em torno da pesquisa percebemos que as iniciativas do governo para a inclusão digital parecem estar articuladas. O Programa Computador Portátil para Professores, por exemplo, é a continuação do programa Cidadão Conectado- Computador para Todos. Ele também busca contribuir com o Programa Um Computador por Aluno (UCA), o Programa Nacional de Tecnologia Educacional- PROINFO e o Programa Banda Larga nas Escolas. Ao realizar as análises sobre os dois programas em questão, buscando sempre um suporte teórico nas leituras realizadas sobre inclusão digital, ficou evidente que o Computador Portátil para os Professores e o UCA possuem um objetivo em comum, que é dar acesso às TICs através de computadores portáteis. Mas por que utilizar o laptop ao invés do desktop? Observamos que o computador portátil, por ser um dispositivo móvel, pode possibilitar a aprendizagem em qualquer local, em qualquer horário, contribuindo para que não haja dependência de um lugar fixo e que sejam alcançadas as necessidades de seus usuários. (CARVALHO e MOURA, 2008. p. 58-59) Entendemos que o Governo Federal está realizando iniciativas para incluir digitalmente uma grande massa da população, porém sabemos que existem grandes desafios a serem superados. Se os professores e alunos, público alvo dos programas em questão, tiverem a oportunidade de se apropriarem das TICs de acordo com as suas necessidades através dos computadores portáteis, poderemos dizer que o Brasil está no caminho certo para a verdadeira Inclusão Digital. |
2.3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS EFETIVAMENTE UTILIZADAS (Max. 10):
BARRETO , Raquel Goulart. Tecnologias na formação de professores : o discurso do MEC. Educ. Pesqui, Dez 2003, vol.29, no.2, p.271-286 BONILLA , Maria Helena Silveira; PRETTO , Nelson de Lucca. Sociedade da Informação : democratizar o quê?. Jornal do Brasil, 2001. BONILLA , Maria Helena Silveira. Escola Aprendente : para além da sociedade da informação. Rio de Janeiro: Quartet, 2005. BUZATO , Marcelo. Entre a Fronteira e a Periferia : linguagem e letramento na inclusão digital. 2007. Tese (Doutorado em Lingüística Aplicada) - Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. CARVALHO , Ana Amélia, MOURA , Adelina . Das tecnologias com Fios ao Wireless : implicações no trabalho escolar inividual e colaborativo em pares. In. DIAS, Paulo, OSÓRIO, Antonio José. Ambientes Educativos Emergentes. Universidade do Minho. Centro de Competência, 2008, p. 57-78. CONSOLO , Adriane Treitero, SILVA , Maria da Graça Moreira da. Móbile Learning – uso de dispositivos móveis como auxiliar na mediação pedagógica de cursos à distância. In. DIAS, Paulo, OSÓRIO, Antonio José. Ambientes Educativos Emergentes. Universidade do Minho. Centro de Competência, 2008, p. 79- 118. LEMOS , André. Cibercultura e Mobilidade . A Era da Conexão. 2005. Disponível em http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2005/resumos/R1465-1.pdf. Acesso em 22 de dezembro de 2008. OLIVEIRA , Paulo Cezar. Resignificações da Inclusão Digital : Interfaces Políticas e Perspectivas Socioculturais nos Infocentros do Programa Identidade Digital. 2007. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador.PRETTO , Nelson De Luca; SILVEIRA , Sérgio Amadeu da. Além das redes de colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do poder.Salvador: Edufba, 2008. SILVEIRA , Sérgio Amadeu da. Exclusão Digital : a miséria na era da informação. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2001.
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2.4 DIFICULDADES ENCONTRADAS / CAUSAS E PROCEDIMENTOS PARA SUPERÁ-LAS: Apesar de ser a primeira vez que desenvolvo um trabalho de pesquisa, não encontrei grandes dificuldades. Antes mesmo de iniciá-lo eu já procurava informações com colegas que já trabalhavam nessa área. O meu interesse era saber como a pesquisa em geral funcionava. Daí quando comecei a desenvolver a pesquisa eu já tinha idéia de como proceder. Porém, no momento de análise dos materiais coletados sobre os programas foram surgindo algumas dificuldades. Em relação ao Programa Um Computador por Aluno não tive problemas com as análises, salvo alguns textos que estavam disponíveis em sites durante a coleta de materiais e que sumiram posteriormente. Já em relação ao Programa Computador Portátil para os Professores, o pouco material disponível na rede dificultou as análises necessárias. Para minimizar esses problemas resolvi salvar todo material encontrado de modo que eu pudesse recorrer a eles quando precisasse e me cadastrei num site que envia notícias sobre o Computador Portátil para os Professores toda vez que surge uma informação nova. |
2.5 LISTE OS PRODUTOS GERADOS COM O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO:
- Organização e análise dos dados coletados na primeira fase da pesquisa. - Construção de roteiro para entrevistas dos coordenadores e professores das escolas que estão com o piloto do projeto UCA e com o Grupo de Trabalho responsável pelo assessoramento ao programa. |