RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES – PIBIC

Nome do Bolsista Tânia Renilda Santos Torres
Titulo do Plano As potencialidades do Proinfo e do Banda larga nas escolas
para a promoção da inclusão digital nas escolas públicas
Título do Projeto Inclusão digital nas escolas: as políticas do MEC
Nome do Orientador Maria Helena Silveira Bonilla
Grupo de Pesquisa
(opcional)
Grupo de Pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias
(GEC
Palavras Chave
(até 3)
Inclusão digital, políticas públicas, tecnologia educacional
Período de Execução AGOSTO DE 2008


1. Resumo
(Objetivos e justificativa do projeto em termos de relevância para a pesquisa cientifica e do estado
da arte.)


Nos últimos anos, presenciamos as ações do governo para inserção das TIC no
espaço escolar, através das políticas públicas de inclusão digital, no entanto estas
são realizadas sem articulação umas com as outras e com ações incipientes.
Nesse contexto, esta pesquisa Inclusão Digital nas Escolas: as políticas do MEC,
buscou compreender os interesses, as articulações e os desdobramentos dos
programas realizado pelo MEC para promoção da inclusão digital dentro do
espaço escolar, sendo este relatório responsável pelas análises do Proinfo e do
Banda Largas nas Escolas. Utilizamos como metodologia, levantamento e coleta
da documentação produzida no âmbito dos programas, via internet, em sites do
governo, das instituições envolvidas entre outros. As análises e cruzamento
dessas informações permitiram a compreensão das dinâmicas que envolvem os
mesmos, assim como material para produção de um artigo e Monografia de final
de curso envolvendo a temática, além da alimentação do banco de dados do
Grupo de Pesquisa Educação Comunicação e Tecnologias -GEC. Percebemos o
quanto essas políticas ainda persistem em realizar suas ações desarticuladas uma
das outras e o quanto poderia ser lucrativo e proveitoso se essas trabalhassem
integradas entre si, assim como as potencialidades dessas ações quando
desenvolvidas de maneira coerente, respeitando os profissionais que irão utilizálas,
através de formações mais amplas, repasse das verbas em tempo hábil, o que
impediria a inércia dessas, bem como ampliaria sua abrangência para inclusão
digital dos nossos cidadãos

2. Introdução e objetivos do projeto
(Descrição da maneira como serão desenvolvidas as atividades para se chegar aos objetivos
propostos. Indicar os materiais e métodos que serão usados.)


A pesquisa Inclusão digital nas escolas: as políticas do MEC, buscou aprofundar
as investigações sobre as potencialidades e limites das políticas desenvolvidas
pelo Governo como forma de inserção dos indivíduos na denominada “Sociedade
da Informação”, através de programas realizados dentro do espaço escolar. São
eles, o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), o Banda Larga
nas Escolas, Um computador por aluno (UCA) e Computador Portátil para o
Professor, todos vinculados ao MEC, com o intuito de promover o acesso da
população à internet e aos recursos tecnológicos. A pesquisa foi dividida em dois
programas por bolsista, cabendo a este relatório as pesquisas relacionadas ao
ProInfo e o Banda Larga nas Escolas, buscando compreender os interesses, as
articulações e os desdobramentos que estão atrelados a estes programas,
conforme o plano de trabalho intitulado As potencialidades do Proinfo e do Banda
larga nas escolas para a promoção da inclusão digital nas escolas públicas.
Tendo em vista a rapidez com que as tecnologias passaram a estar presentes no
cotidiano da nossa sociedade, tornou-se indispensável a presença dessas nas
escolas, instituições que exercem o papel de formadoras dos futuros cidadãos.
Para tanto, o governo Brasileiro desde a década de 80 e 90, vem realizando
movimentações para informatização das escolas com o intuito de formar uma
força de trabalho qualificada em eletrônica atendendo as necessidades da
sociedade informatizada. Essas ações estão, na maioria, destinadas a população
de baixo poder aquisitivo, com cursos em informática direcionados à
profissionalização, tendo em vista que o conhecimento adquirido através desses
cursos habilita o individuo apenas à instrumentalização para vagas de emprego.
Conforme traz Pretto e Bonilla:
“É uma política para as populações carentes, com programas de
baixo custo, a nível de ensino fundamental, que respondam às
necessidades de instrução elementar e ofereçam ao aluno o
preparo profissional necessário a transformar o produto de seu
trabalho em renda; para uma minoria, localizada em centros
urbanos, ensino médio e superior, devendo-se levar em
consideração a capacidade de absorção de mão-de-obra do setor
moderno da economia e as demandas de técnicos para os setores
privados. (PRETTO E BONILLA, 2000)”
A educação estava responsável pela capacitação em informática da mão de obra
destinada ao mercado de trabalho, seus objetivos estavam destinados ao
desenvolvimento econômico do país como espaço estratégico para a realização
essas ações. O governo investia em aparelhagem tecnológica e técnicos, sem
levar em conta a necessidade de formação da comunidade escolar que iria
trabalhar com essas tecnologias, além das mudanças necessárias ao currículo
escolar.
Após longos anos de realização dessas ações pelo governo, uma grande parcela
da população ainda permanecia à margem do acesso as tecnologias. Essas ações
chegavam a um número pequeno de indivíduos devido à precariedade dos seus
serviços, que eram realizados de maneira desorganizada, sem contemplar a
formação que se desejava, sem infra-estrutura e muitas vezes com aparelhagem
tecnológica defasada. Nesse contexto, em 2000, é lançado no Brasil o Programa
Sociedade da Informação, que já era realizado em diversos países com o intuito
de elaborar políticas públicas para inserção da sociedade no mundo das
tecnologias. Coordenado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, o Brasil lançou
o Livro Verde1, em 2000, contendo as metas e objetivos da sociedade da
Informação. Com isso inicia-se uma busca para incluir a parcela da população
considerada excluída das tecnologias. Adotam-se medidas para diminuir esses
índices e com elas o movimento de inclusão digital. Para o programa, inclusão no
mundo digital está associada às habilidades básicas para os indivíduos poderem
usar as tecnologias numa perspectiva de usuário consumidor (Bonilla, 2005, p.42).
O Programa Sociedade da Informação, no Brasil, tem suas concepções voltadas
para o mercado. Segundo os ideais do programa, a universalização das
tecnologias vai oferecer infra-estrutura para o desenvolvimento da economia e
posteriormente ao desenvolvimento da sociedade, através da preparação dos
indivíduos para fazerem uso das TIC.


1 Livro Verde da Sociedade da Informação no Brasil aponta uma proposta inicial
de ações concretas, composta de planejamento, orçamento, execução e
acompanhamento específicos do Programa Sociedade da Informação. Está disponível
em http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/18878.html. Acesso
em 10/08/2009


Contudo, entendemos que as ações voltadas para inclusão digital da população
não se constituem apenas na aquisição de aparelhos tecnológicos, mas também
na formação e capacitação dos indivíduos para o uso das TIC, não apenas como
ferramentas no processo ensino aprendizagem, mais sim como potencializadoras
deste processo, de forma que os indivíduos sejam capazes de produzir,
transformar, criar uma consciência crítica e prover produtos dos seus
conhecimentos para as suas relações cotidianas, dentro da sociedade, conforme o
conceito de inclusão de André Lemos: “Entendo inclusão como habilidade
cognitiva para dominar, mudar, desconstruir discursos e alterar as rotas dos
produtos prêt-à-porter das fábricas de ilusões.” (LEMOS, 2003).
Tendo em vista a importância dessas ações, voltadas para o ensino público, esta
pesquisa procurou compreender os interesses e estratégias articuladas as
políticas do ProInfo e do Banda Larga, assim como as características,
potencialidades e limites das mesmas para a promoção da inclusão digital da
população, bem como as perspectivas que apresentam para constituírem-se como
ações significativas da área.
Para atender aos objetivos propostos, de início, foram feitos estudos relacionados
aos temas: inclusão digital, políticas públicas, tecnologia educacional e formação
de professores, além de grupo de estudo para discussões sobre esses temas.
Foram feitos levantamento e coleta de documentos relacionados aos programas
ProInfo e Banda Larga nas Escolas, via Internet, em sites do MEC, CAPES,
Domínio Público, escolas participantes dos projetos, pesquisadores e professores
envolvidos e/ou interessados nos Programas, entre outros, tendo em vista que
todo material documental encontra-se disponível em rede. Após coleta e seleção
dos documentos necessários à pesquisa, esses foram subdivididos em categorias,
facilitando as análises sobre as suas dinâmicas de operacionalização, as quais
foram realizadas com base nos aportes teóricos estudados anteriormente, sendo
esses documentos e categorias disponibilizados no banco de dados do GEC. Em
um terceiro momento foram mapeados coordenadores e professores que
participam dos projetos, para a realização de entrevistas semiestruturadas,
construídas pela bolsista, com auxílio da orientadora, afim de
entender as dinâmicas que perpassam o cotidiano dos programas. As entrevistas
foram on-line, devido a distância entre os envolvidos, e pela facilidade e
comodidade para se realizar uma comunicação em rede nos dias atuais. Estas
foram organizadas por categorias e realizadas análises que contribuíram para o
cruzamento de todas as informações coletadas, oferecendo subsídios para
compreensão dos interesses e estratégias de cada projeto. Os sujeitos foram
selecionados para as entrevistas relacionadas ao ProInfo, de acordo com o critério
da participação direta nos NTE, tendo em vista que nossas maiores dúvidas
estavam na organização e desenvolvimento das atividades nestes espaços.
Localizamos 10 professores multiplicadores e 10 professores que receberam
capacitação nos NTE, através dos blogs criados durante as formações. Tivemos
um pouco de dificuldade pois grande parte desses blogs, após os cursos ficam
desatualizados, por falta de apropriação dos professores destes espaços.
Tentamos contato com esse professores e multiplicadores por email, não tivemos
respostas de nenhum desses. Além dos professores, também foram selecionados
os coordenadores Estaduais e Municipais do ProInfo. Dos 27 coordenadores
Estaduais 5 responderam a entrevista e dos 27 coordenadores Municipais apenas
2 nos deram retorno. Para o Programa Banda Larga nas Escolas, selecionamos
28 escolas, de várias regiões, que segundo o site do Ministério das
Comunicações2 já tinham recebido o serviço ou estavam cadastradas à espera
das instalações. No entanto, não tivemos resposta dessas escolas.
É importante ressaltar que, durante as atividades mencionadas acima, outras
foram realizadas, tais como: participação em eventos que envolvem a temática,
produção de um artigo e projeto de monografia de final de curso sobre o tema,
alimentação do banco de dados do GEC, reuniões do grupo de pesquisa e
monitoria nas disciplinas EDC287 - Educação e Tecnologias Contemporâneas e
EDC 266 – Introdução à Informática na Educação.
2 Ministério das Comunicações. Sistema Unificado de Informações sobre
Telecomunicações – SUITE. Disponível em: http://suite.mc.gov.br/index.asp
Capturado em 05 de Agosto de 2009.





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