COMO SURGIU O TERMO ROBÓTICA LIVRE

O termo robótica refere-se ao estudo e à utilização de robots também chamados de robôs. Essa terminologia foi enunciada pela primeira vez pelo cientista e escritor Isaac Asimov em 1942, todavia esse conceito remonta a periodos imemoriais, quando os mitos faziam referência a mecanismos que ganhavam vida. Os primeiros modelos de robot eram figuras com aparência humana e/ou animal, que usavam sistemas de pesos e bombas pneumáticas, pois as civilizações daquele tempo, como a Grécia, não tinham nenhuma necessidade prática ou económica, nem nenhum sistema complexo de produtividade que exigisse a existência deste tipo de aparelhos. Isso começa a mudar a partir de pretensões árabes, que deram um importante e novo conceito à ideia tradicional de robots, concentrando as suas pesquisas no objectivo de atribuir funções aos robots que fossem ao encontro das necessidades humanas. A fusão da ideia de robots e a sua possível utilização prática marcou o início de uma nova era. O desenvolvimento inicial dos robots baseou-se no esforço de automatizar as operações industriais. Este esforço começou no século XVIII, na indústria têxtil, com o aparecimento dos primeiros teares mecânicos. Com o contínuo progresso da revolução industrial, as fábricas procuraram equipar-se com máquinas capazes de realizar e reproduzir, automaticamente, determinadas tarefas. No entanto, a criação de verdadeiros robots não foi possível até à invenção do computador em 1940, e dos sucessivos aperfeiçoamentos das partes que o constituem, nomeadamente, em relação à dimensão. A ROBÓTICA LIVRE é uma proposta de prática diferenciada dessa chamada Robótica. Enquanto a maioria dos projetos de robótica são desenvolvidos utilizando "kits" padronizados, essa parte para Soluções Livres em substituição a esses produtos comerciais. Assim, propõe o uso de softwares livres - GNU/LINUX e seus aplicativos - como base para programação e a utilização de sucata de equipamentos eletro-eletrônicos como material para construção de robôs. Além disso, o uso dos kits comerciais, normalmente, impõe, para o educando, transparência nos processos envolvidos, limitando-o ao produto (software e hardware) adquirido.