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RESUMO

Este trabalho investiga o constante diálogo que o artista plástico e cineasta Peter Greenaway estabelece entre os diversos campos da arte, analisando quatro de seus filmes, a partir de sua força poética e natureza híbrida. Greenaway localiza o seu cinema num território ambíguo que se encontra na fronteira do próprio cinema, do teatro e das artes plásticas. Dessa forma, ele cria uma rede de significados que se deslocam em várias direções e níveis, provocando um forte trânsito de imagens. Seus desenhos e pinturas, vistos em exposições, assim como composições visuais concebidas para óperas contemporâneas e instalações artísticas, migram para os seus filmes. A maneira que ele define os planos cinematográficos é, muitas vezes, presidida pela simetria e perspectiva da pintura renascentista ou pelo excesso formal do Barroco. Greenaway volta a essas tradições, cruzando-as com a tecnologia e a arte contemporâneas. Ele fragmenta o plano cinematográfico em quadros simultâneos, referindo-se à pintura cubista. Transferindo a sua narrativa para um espaço antilusionista, Peter Grenaway insiste na artificialidade da linguagem cinematográfica.

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