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ANÁLISE DAS PRODUÇÕES LIVRES

As produções livres realizadas por mim, revelaram que, na educação brasileira, a leitura ainda é um problema a ser resolvido. Embora se conheça o teor de tais avaliações, os resultados apresentados são preocupantes e recomendo que, no mínimo, reflita-se sobre o caso.

Por outro lado, sabe-se que as dificuldades de produções apresentadas pelos alunos têm sua origem em fatores de diferentes ordens, tais como: social, econômico, político e educacional; e que o caminho para solucionar o problema consiste em desenvolver ações e pesquisas sobre esses fatores. Em algumas produções realizadas, percebi que alguns estudantes procuraram centrar a atenção em questões educacionais, mais especificamente sobre a formação de conceitos de leitura de acadêmicos em formação profissional. Nestes trabalhos, desenvolveram-se uma experiência pedagógica com o objetivo de investigar e descrever os processos de aprendizagem e eventuais evoluções na organização de conceitos de leitura de acadêmicos-estagiários do Curso de Pedagogia da UFBA/IRECÊ a partir de registros retrospectivos e prospectivos revelados em diários.

No primeiro ciclo, eu relatei os principais aspectos de resolução de problemas que surgiam, naturalmente, dentro do espaço UFBA. pretendi descrever as ações realizadas no estudo e os resultados obtidos. Inicialmente, relacionei as questões problematizadoras que nortearam as ações dos cursistas e os objetivos específicos decorrentes destes problemas; em seguida, descrevi as etapas vivenciadas no estudo e, logo depois, as considerações e conclusões a que eu cheguei diante dos resultados obtidos. No segundo ciclo, fiz um acróstico, destacando os passos marcantes com a chegada da UFBA. Confesso que foi uma produção que não me trouxe reflexões profundas a cerca das questões políticas, e até mesmo de outras contextualizações.

Nestes dois ciclos iniciais, surgiram algumas dúvidas que iam me tirando do sério, do tipo: a) Como organizar uma proposta de trabalho em que todos os envolvidos no contexto de aprendizagem se sintam engajados e livres para manifestar seus conceitos, suas crenças?; b) Como identificar e interpretar os processos de avanços desenvolvidos por um professor/aluno na formação de conceitos de leitura e suas eventuais maturações políticas? c) Quais os modelos teóricos que sustentam as concepções de minhas produções livres?

Estas dúvidas, por sua vez, deram origem a três objetivos específicos. Com relação à primeira, tive como meta, implementar, experimentalmente, uma postura no curso que favoreceu a reflexão de concepções e crenças; a construção de novas possibilidades de aulas a partir de problemas reais experimentados no contato com alunos do ensino fundamental. Em decorrência das outras duas dúvidas, tive como finalidade, analisar, descrever e interpretar os processos de produção textual.

Para atingir os objetivos e tentar encontrar respostas para as dúvidas que me surgiam, desenvolvi, em um primeiro momento, estudos bibliográficos, em seguida, implementei uma experiência pedagógica e por último realizei um estudo de caso. Nesta etapa do trabalho, busquei estudos e referências teóricas, metodologias adotadas nos cursos de formação de professores e modelos usados para analisar e interpretar os conceitos de leitura apresentados pelos acadêmicos.

Esta experiência foi desenvolvida de Fevereiro a Dezembro de 2004, tendo como sujeito ativo das produções o curista Antônio Cecílio. Nesse período, foram organizados dois textos, e em cada um foi desenvolvido um projeto de pesquisa-ação. Assim, produção por produção sistematizou um relatório por etapa concluída.

Já no terceiro ciclo, optei por abençoar os acadêmicos participantes do projeto,tendo em vista que alguns não tinham nenhuma experiência quanto purificação dos seus devidos trabalhos de faculdade ou de sala de aula, como professores. Neste mesmo instante, canonizei a irmã Rúbia Margareth como Santa Margô que abençoava nossos trabalhos, envolvendo os responsáveis da prática em todos os momentos e em cada uma das atividades, ampliando gradualmente a participação no projeto para incluir os outros afetados pela prática, e mantendo um controle colaborativo do processo.

Burns, contrapondo-se, em alguns aspectos, às idéias de Carr & Kemmis, afirma que a pesquisa-ação não se processa em um ciclo, ou em uma seqüência de ciclos, mas em uma série de experiências inter-relacionadas que auxiliam os envolvidos a refletir, retrospectiva e prospectivamente, sobre suas ações em face de problemas vivenciados em contexto real.

Desse modo, percebo que as produções passam a ser concebidas como abordagem de trabalho, ou seja, como um conjunto de procedimentos usados para gerar as satisfações ou insatisfações de cada ciclo, desenvolvendo ações e reflexões sobre as dinâmicas do curso e de planejamento de fatos possíveis de serem desenvolvidos em uma nova prática pedagógica.

Não posso esquecer que a orientadora Margareth Dourado desenvolveu um conjunto de procedimentos que possibilitassem, de um lado, o levantamento de hipóteses e especulações sobre o tema de estudo visando produzir atividades didáticas a partir de reflexões levadas a efeito sobre os contextos educativos, musicais, religiosos e amorosos.

Posso, até, destacar algumas estratégias: Projeto de estudo - em grupo; relato individual e oral; formação de grupos de ação por tema de interesse ou por sorteio; levantamento de questionamentos e certezas sobre o tema; busca cooperativa de informações; produção autônoma ; ações colaborativas; produção em grupo.

No quarto ciclo, participei de duas produções livres. Na primeira, congelei-me aos toques da música de Chico Buarque de Hollanda - A Banda. Ali, eu não estava apenas como coadjuvantes, fui um dos protagonistas, e diga-se de passagem, foi a primeira vez que fui ator principal dentro de um processo elitista teatral. Com relação à segunda, fui em busca da auto-avaliação do desenvolvimento cognitivo, considerando os diferentes percursos trilhados, avanços conceituais obtidos. Quis também conversar com Deus, pedindo-lhe uma ''força''para superação dos obstáculos.

A parte final desa conversa, composta por dois sujeitos, denominados Antônio Cecílio e Jardel Andrade, envolveu a entrevista com Deus. A análise de diários de ciclo, relatórios, memorial, serviu como critérios para a seleção do corpus desse estudo. Porém, identificou-se: quais as pessoas santificadas do projeto; quais as produções dotadas de singularidades, surpreendentes quanto as crenças e conceitos de leitura.

Durante a apresentação da entrevista com Deus, não tive como intenção criar modelos genéricos de professores, nem tampouco rotular a dupla de aprendizes observada, mas sim, descobrir como reconstruir modelos mentais e interpretá-los para iluminar outros contextos de estudos e para melhor compreender os processos de raciocínio, investigação, formação de conceitos, dentre outros.

BIBLIOGRAFIA

D’ANDRADE, R.(1987) A folk model of mind. In: HOLLAND, D. & QUINN, N. Cultural Models in

Language & Thought. Cambridge: Cambridge University Press, 1995. p.112-148.

ECO, U. & SEBEOK, T. A. (orgs.) O signo de três. São Paulo: Perspectiva, 1991.

GINZBURG, C. Sinais: raízes de um paradigma indiciário. In: Mitos, emblemas, sinais: morfologia e historia. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

CARR, Wilfred & KEMMIS, Stephen. Becoming critical: education, knowledge and action research. Deakin University Press, 1986.

Antonio Cecilio - ceciliomora@yahoo.com.br

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