Pluralismo Cultural em Políticas de Currículo Nacional- Tópico 4 de Alice Ribeiro Casimiro Lopes.
Para viver democraticamente em uma sociedade plural é preciso respeitar e valorizar a diversidade étnica e cultural que a constitui. Por sua formação histórica, a sociedade brasileira é marcada pela presença de diferentes etnias, grupos culturais,descendentes de imigrantes de diversas nacionalidades, religiões e linguas. No que se refere à composição populacional as regiões brasileiras apresentam diferenças entre si: cada região é marcada por características culturais próprias, assim como p[ela concivência interna de grupos diferenciados.( PCN - Introdução de 5ª a 8ª série).
Os PCN apresentam o pluralismo cultural como um tema transversal, ou seja, que deve ser abordado em todas as disciplinas, como forma de reconhecimento e respeito às diversas culturas. Sem no entanto abrir mão da responsabilidade de constituir cidadania para um mundo globalizante e ao mesmo tempo universalizar os conteúdos da aprendizagem.
Na verdade a implentação de medidas promotoras da pluralidade cultural na educação em diversos países é reflexo das ações da ONU, que pretende amenizar conflitos no momentos da globalização. A escola no entanto,deve achar uma forma de promover a singularidade ( somos todos cidadãos do mesmo mundo),partindo-se da concepção do respeito ao pluralismo de culturas. Apesar de toda intolerância notável nos conflitos causados por divergências religiosas e étnica.
Conforme se observa que por um lado o reconhecimento da pluralidade de culturas significa a aceitação do diferente como base para relações sociais, por outro, há o perigo da assimilação das culturas minoritárias pela cultura majoritária de uma determinada localidade. A existência do pluralismo cultural implica no entanto, a observação da pluralidade de racionalidades: toda razão não ocidental é tida como não cietífica. ssa é uma forma de dimínio cultural. Desta forma é preciso reconhecer outras formas de racionalidades como legítimas. Cada uma dentro de um orocesso de formação própria. Uma história própria. Essa nova forma de aceitar o racíocínio devergente proporciona a compreensão do discurso do outro.
Os PCN tratam o pluralismo cultural de duas maneiras. A primeira com uma postura transcultural, quando apregoa a necessidade da aprendizagem de conhecimentos construídos por determinado grupo cvultural ( majoritária) e a segunda postura é a assimilacionista, quando defende a assimilação de dotas as culturas à cultura hegemônica.
A pluralidade cultural é integrada no currículo através da transversalidade e não como diasciplina, mas um tema que perpassa todas as disciplinas do currículo do ensino fundamental.
Pensa-se que a escolha desse tema a ser incorporado no curriculo na sua transversalidade se deu pela urgência social e ao mesmo tempo pela sua abragência sicial. Que possibilita ao ensino-aprendizagem a capacidade de compreensão da realidade e assim a participação social.
Contudo, em momento algum os PCN consideram, o confito existente entre culturas deferentes como inoportuno e que precisa ser tratado e sanado.
Além disso, o enfoque fica sempre na pluralidade étnica, ficando relegado as questões de gênero, classe social e crenças. Pensa-se também que esse tema é negligenciado quando não há uma trnsversalidade na área de cinências.
Conclui-se que o documento trata apenas do conhecimento da multiplicidade de culturas, sem no entanto, tomá-las como base para a escolha dos conteúdos, ou seja, pretende-se que através do entendimento da exist6encia desas culturas seus participantes possam aprender os conhecimentos necessários da cultura hegemônica, considerando sua validade socialmente.
Equipe- Lindinei, Neilton e Rizodalva. Irecê 31.10.05.
AVISO
Ola querida pró, deve ter havido algum mal entendido, no dia em que fizemos a divisão dos cpítulos da apostila, que a senhora trouxe para estudo. Lidia, Iara e Jelvaci, ficaram com Pluralismo Cultural em Políticas Publicas. Só que as colegas Lindinei, Neilton e Rizodalva,
também ficaram com o mesmo tema. Os textos das duas equipes já foram publicados. Beijos, até dia 03, quinta -feira se DEUS quiser.
MARIA LIDIA BARRETO - 01/11/05
PLURALISMO CULTURAL EM POLÍTICA SOCIAL
Capítulo 04 de ALICE RIBEIRO CASIMIRO LOPES
Entende-se que o pluralismo cultural em políticas de currículo nacional,embora sendo assunto questionado diariamente em currículo político de diferentes paises, as idéias obtidas, vem sendo contraditória com a expectativa política escolar.Além do mais, está existindo contradições na realidade educativa devido uma política ser direcionada ao poder e a outra ao saber. Ao mesmo tempo em que apresentam o respeito a diversidade e a educação igual para todos, aparecem a falta de oportunidade para se chegar a tal principio.A falta de compromisso de grupos sociais do pais, não se disponibiliza de cumprir com os deveres de construir uma cidadania ativa para um mundo verdadeiro tecnológico.
A educação , sendo obrigada a aceitar idéias contrárias a suas para atender proposta de organização das Nações Unidas, levando a UNESCO, a apresentar uma abordagem de novos conhecimentos em relação a língua que traz clareza para a adaptação aos conhecimentos transversai, adquirindo maior crescimento em aprender a aprender sobre as entidades internacionais que defende os direitos humanos, qualificando o ensino de história e de literatura, sendo os mais amplos em termos de transversalidade pois os mesmos abrange todas as áreas , clareando a análise sobre a multiplicidade e a diversidade étinico, sócio-econômico e cultural.
Na concepção de MARTUCELLI [1996 ] o multiculturalismo constroe um conceito sem grande alcance devido ele está centralizado em sociedade modernas, obedecendo grupos culturais e étinicos. Já PERELMAN, pensa que é preciso abrir espaço para novas formas de racionalidade, igualmente legítima, não restrita à evidência e ao calculo contrario a tradição citada anterior.
A inclusão do pluralismo cultural em políticas de currículo Nacional, para dar certo, precisa de uma Educação que ofereçam qualidade para todos, sem destinção de classe social, cor, raças ou religião.
EQUIPE - IARA CASIA, JELVACI FRANCISCO DOS SANTOS E MARAIA LIDIA BARRETO -31/10/05
Reflexões acerca da atuação dos Parâmentros Curriculares na prática pedagógica
O Currículo o qual seguimos foi elaborado pela Secretaria de Educação, professores, coordenadores, dirigentes e outros participantes, no qual foi construído pensando em fundamentar o trabalho pedagógico, nortendo situações de ensino desenvolvidas em sala de aula.
O currículo baseia-se nos Parâmentros Curriculares Nacionais seguindo os temas transversais neles propostos, aos quais saõ englobados os projetos desenvolvidos nas escolas. O que percebemos é que esses projetos são realizados com a intenção de interdisciplinalizar os temasos temas transversais, partindo da necessidade de resolver problemas do dia-a-dia, porém esses projetos são muito estendidos, trabalhando restritamente alguns conteúdos e deixando de lado outros conteúdos de fundamental importância para a compreensão de mundo.
Às vezes prioriza-se o trabalho apenas no saber local para resolver desafios relacionados ao cotidiano dos alunos, no entanto deixa-se de expandir o conhecimento científico, não possibilitando ao educando uma compreensão global, sendo necessário fazer essa relação, pois o sujeito poderá compreender melhor o objeto estudado, tendo uma parendizagem mais significativa e não limitada.
Em contrapartida ainda é comum na prática docente o isolamento das disciplinas, pois há a dificuldade da interdisciplinaridade, tornando o ensino fragmentado levado para o âmbito da ciência específica sem fazer as devidas relações com a vivência dos alunos. Essa problemática acentua-se mais no tocante ao terceiro e quarto ciclos, principalmente pela falta de momentos em que os professores possam planejar coletivamente. Essa ausência dialógica entre as disciplinas no momento do planejamento de maneira que os conteúdos não são integrados aos diferentes campos de saberes é crucial para os alunos, pois os mesmos não daõ conta de fazer as deviodas relações entre um saber e outro ficando no campo do conteúdo pelo conteúdo.
Outros problemas graves considerados por nós são também a super valorização a determinadas disciplinas , o professor de português e matemática já privilegiados com uma carga horária superior a de outras áreas de conhecimento e conta ainda com maior prestígio de opinar no conselho de classe. Essa falta de coerência curricular é prejudicial ao objetivo maior da escola que é promover uma aprendizagem significativa ao aluno, pois naõ se pode democratizar a educação, sendo que as disciplinas que poderiam abranger melhor os temas emergentes da sociedade conforme o próprio PCN afirma são limitadas a uma carga horária de apenas duas ou três aulas semanais.
Ao
passo que é muito pertinente que Elizabete trazcomo a ausência de critérios que os PCNS defende a existência do conteudo escolar divido por disciplinas como também não priorizar os temas transversais como estudo central do educando, ao qual o próprio PCN afirma ser importante para a integração das disciplinas e consequetemente ligando às emergências sociais. Dessa amneira os temas transversais entra no contexto escolar como um adicional, ficando como suporte e às vezes nem sempre é trabalhado, principalmente nas áreas de português e matemática.
Diante do exposto há de se questionar a que se deve de fato os problemas de desinteresse e a reprodução de alunos analfabetos funcionais no atual cenário da escola pública brasileira? Seria apenas a falta de formação do professor ou também a falta de estrutura curricular capaz de atender a essas exigências da educação?
Reflexões feitas por Elcione, Gildete e Maria das Graças Magalhães, 20/10/05
PARÂMETRO CURRICULARES NACIONAIS [PCN]
Segundo ELIZABETE FERNANDES de MACEDO, os {PCN} Parametros criado pelo MEC, como trajetória curricular para o ensino fundamental,traz idéias de trabalhar temas que englobam todas as matérias, conhaecido como temas tranversais, com o objetivo de criar ciadão para a cidade ativa. Todo o trabalho feito através dos temas transversais, requer conhecimento interdissíplinar, buscando um sujeito, com todas as características legais de obediência a pátria.
A visão que os Parametros traz é bastante complexo e isso surge o choque, quando os parametros saem do papel para aprática, pois criar projetos é simpes; dificil é fazer valer as aspectativas, surgindo então a avaliação dos PCN. Por ser um plano do governo afim de formar sujeitos que obedeção os direitos e deveres do estado. A escola fica na responsabilidade de ssumir alguns princípios básicos, exigido pelos PCN, os quais formará um ser digno, com direitos e deveres iguais, com participação e co-responsabilidades no meio social. O papel da escola segundo o documento, é resgatar valores e conhecimentos destinados a desenvolver capacidades obrigatórias para o convivio social.
Percebe-se que a organização dos Parâmetros Curriculares, foram elaborados fora da realidade do público alvo, e essa questão está sendo a grande decadência, do não entender, do não sucesso. O uso do mesmo está sendo contraditório ao seu verdadeiro objetivo,havendo um entendimento de cidadania em si, sendo que os Parametros pretende a ciadania para o estado. Os paremetros curriculares, é importante para a nossa prática pedagogica, porém um pouco distante da realidade das nossas escolas.
Elaborado por: IARA CÁCIA, JELVACI FRANCICO DOS SANTOS E MARIA LIDIA BARRETO- 31/10/05
REFLEXÕES SOBRE O CURRÍCULO
O termo currículo aparece pela primeira vez com o significado de planificação do ensino na obra de Bobbit "The cirruculum " em 1918.
A princípio, didática e currículo se desenvolveram de forma paralela sem que interferência de uma no campo da outra, referindo-se cada uma a conteúdos, sujeitos e finalidades diferentes.
Somente a partir dos anos 60 o currículo começa a formar parte co campo da didática, alternando-se sua incumbência segundo perdomine uma forma ou outra de entender a educação e a didática.
O enfoque curricular há de ampliar o "que", o "porquê", o "para que" e em que condições há que levar-se a cabo o ensino, mas, sempre colocando no centro de suas considerações o aluno.Para que estes conteúdos curriculares cumprar seu objetivo é necessária uma adequada selação dasmelhores estratégias didáticas, que não poderão ser independentes do conteúdo, dos objetivos e nem do contexto. Penso que para alcançar as metas pretendidas uma estreita colaboração entre elaboração do currículo e a escolha de estratégias didáticas é muito importante.
Como se vem discutindo sobre currículo, penso ser oportuno fazer a seguinte indagação para que possamos refletir.
Agora que já sabemos conceituar currículo como o professor pode contribuir para a construção de uma aula multirreferencial?
Contribuição Rizodalva em 19.10.05.
Parâmetros Curriculares Nacionais: A falácia se seus temas transversais
Texto reflexivo-
Conhecer os Parâmentros Curriculares Nascionais é mais uma oportunidade de construção de conhecimento. Ter um parâmetro norteador, penso ser algo muito positivo. Talvez não seja necessário segui-lo a risca, porém, conhecer as diversas variantes, os diversos falares, as diversas formas de pensar,ajudarão muito na visão de mundo, de sujeito e na forma como o professor poderá desenvolver suas percepções do ensinar e do aprender.
Penso ainda que a qualidade de um sistema educativo não depende somente da existência de Parâmetros ou mesmo de currículos. Existem muitas variantes. Uma avaliação séria levará em conta a origem social, econômica e cultural doa educandos.
Ainda assim afirmo que os temas transversais não são disciplinas e sim temas que envolvem o social e que as disciplinas não dão conta de trabalhar. Desta forma penso que os Parâmentros Curriculares propõem a manutenção da lógica das disciplinas e os temas transversais introduzem a relevância social desde que a disciplina assim o permirta.
Acredito ainda que a dívida social que o país tem para com os menos prestigiados, foi também razão da reforma curricular e a implemantação dos temas transversais. Querendo com isso, possibilitar a esses, o acesso ao saber socilamente integrado que na verdade, a escola com a sua estrutira curricular hoje ainda não permite e nem proporciona esse tipo de conhecimento. Também não serão os temas transversais que darão conta de tornar a escola de ensino fundam,ental menos seeletiva.
Portanto,ainda vejo o desenho curricular das ecolas públicas muito sem vida.O que vem garantir uma divisão social do conhecimento. Mudar o foco para o desenvolvimento de competências e habilidades implica, além da mudabça de postura da escola, um trabalho integrado em que se definem as responsailidades de cada professor nessa tarefa.Um grande obstáculo, aqui, é que nós professores, podemos ter dúvidas sobre em que consiste, realmente, uma determinada habilidade, e mais ainda sobre como auxiliar o seu desenvolvimento. Afinal, possivelmente isso nunca foi feito conosco... Mas as dificuldades não nos devem desalentar. Pelo contrário, representamm o desafio de contribuir para uma mudança significativa na prática pedagógica dos professores. Assim como entender e procurar introduzir os temas transversais nas ações pedagógicas da disciplina que trabalha,visando desenvolver algumas competências e habilidades necessárias para o contexto identificado.
Contribuição de Rizodalva C. D. do Nascimento em 19.10.05.
GE - Currículo:
um estudo com enfoque em educação do/no campo
Olá Professora, Já escrevi sobre currículo e sobre a concepção do mesmo. Uma pena que não assinei. Então ficou sem identificação. Logo abaixo a colega Lídia Barreto pronunciou...
Hoje dia 27. 09.05, vejo o que a professora falou sobre rever o texto do encontro anterior...
e observar os textos Currículo, Políticas e Práticas, tendo o currículo como foco central das discussões. E pede para estabelecer uma relação de diálogo entre os mesmos.
Penso que Currículo como já discutimos na aula no encontro anterior é o global de uma instituição, isto é de uma forma organizada, estruturante que venha garantir a viabilidade do desenvolvimento dos processos que envolvem o ensino e a aprendizagem.
A posição do docente neste processo é de fundamental importância, uma vez que é ele que faz acontecer o ensino de maneira satiafatória ou não.
Ainda bem que estamos tendo esta atividade tão boa e oportuna.
Conhecer o curriculo, atuar junto a ele e trabalhar coerentemente, fará a educação acontecer.
Rizodalva.
GEAC - 418
CONCEITO DE CURRÍCULO
Ola,querida pró! lendo o que a colega Risodalva escreveu sobre currículo,achei muito itressante e penso que o currículo pedagogico é um processo de ensino aprendizagem, que deveria ser elaborado considerando as diferenças do currículo,levando em conta as características socias e culturais de cada região, de acordo com a realidade de cada escola, pensando no corpo docente e dicente que ali atuam
GEAC-418 - LIDIA BARRETO
Lidia Barreto -
GEAC - 418
Como vai? E o nosso grupo de estudos, como estamos?
As orientações para o próximo encontro:
1º - Rever o texto do encontro anterior. Saber o que já foi feito.
2º - Para os textos do livro: Currículo: Políticas e Práticas
2.1. – Tendo o currículo como foco central das discussões, estabeleça um diálogo entre:
a-Políticas e práticas de Currículo.
OBS.: Pense junto ao grupo qual seria a melhor forma de construir o texto coletivamente.
3º -Conceito de currículo na perspectiva de cada estudioso. Ex.: Vera Candau, Antonio Flavio Moreira ...
Em relação ao conceito de currículo, eu gostaria que vocês fizessem um quadro assim:
Conceito
Conceito
CONCEITO
Vera Candau
Flavio Moreia
Conceito de Currículo É o próprio conhecimento sistematizado dentro e fora do espaço escolar. É o relacionar do currículo oculto com os currículos disponibilizados em todos os espaços de aprendizagem da vida humana. É o entrelaçar da cultura da humanidade. É a possibilidade de ofertar ao que aprende o acesso 'a memória da humanidade como subsídio da inserção no mundo do conhecimento sistematizado.
Concepção de currículo- É um projeto cultural onde se define ações no ambiente escolar,caracterizando uma comunidade de aprendizagem,que a qualidade da educação se realiza através de três níveis:
a) Metodologia qualitativa e conteúdos curriculares escolares com dimensões que se interagem. Dimensões como a física que pode representar o conjunto arquiutetônico da escola, o material que são aspectos materiais, tecnológicos e sistemas simbólicos, a interpessoal que é representada pelo docente e pelo o dicente, a psicossocial que são as relações sociais. Estas dimensões interagem buscando evidenciar o curriculo oculto e dismistificar o currículo explícito, com a finalidade de permitir transformar o ambiente escolar, favorável para os processos de assimilação escolar e a construção do sujeito.
Acho que este quadro poderia ficar no twiki e cada um se responsabilizaria pelo conceito de cada estudioso do currículo e jogaria no quadro.
Isso é uma sugestão. Olhe entre vocês como seria melhor.
Bom trabalho!!!
Beijos,
Rita Chagas
REFLEXÃO
Ola querida, beijos! Lendo alguns textos sobre currículo, achei muito interessante, ao que se refere ao currículo MULTICULTURALISTA.Porque é flexivel as diferenças,socias e culturais de uma sociedade.Implica que os educadores devem ser críticos que assumam um papel transformador,dialogizando o outro, em vez de tentar representá-lo. Sendo necessário o reconhecimento de seus própios pertencimentos, estabelecendo uma política de diferença, ao invés da superioridade de uma cultura,levado-se en conta a igualdade natural de uma condição humana comum.Está sendo muito proveitoso esta atividade, o conceito que eu tinha sobre currículo, não é mais o mesmo,estou desenvolvendo o meu conhecimento e espero ampliá-lo mais. Beijos querida pró, até o nosso próximo encontro. Lidia Barreto.22/09/05
PARECER DO CURRÍCULO, NA CONCEPÇÃO DE VERA CANDU
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Ao ler o texto de Vera Candau percebe-se a preocupação de se implantar com urgência reformas na educação em toda América Latina, o discurso é hegemônico. Porém há contradição nesse consenso aparente, pois a necessidade de construir uma educação de qualidade deverá ser discutida com os professores, alunos, especialistas, governantes e outros autores. Nesse sentido conformre Vera mostra, não ocorre. Geralmente as mudanças são universais, não atendendo a singularidade e adversidade de cada contexto escolar. Esses "pacotes prontos vindos de cima"atendem aos interesses econômicos e não sociaiscomo são assim mencionados.
Com base nessas reflexões Vera defende uma concepção que nasça das bases da sociedadee articuladas com as organozações da sociedade civil, tendo como protagonista os educadores. Acredita que a educação não deve ser apenas vinculada ao processo econômico. Desse modo propoem que o curriçulo possibile a formação histórica crítica, ativa,do sujeito, sendo capaz de não apenas adaptar-se a sociedade, mas tmabém transformá-la. Defende uma educação intelectual , social,ética e política, não sendo reduzidas apenas aos aspecto científico e técnica do processo pedagógico.Maria das Graças Gonçalves,04/10/05
Nem tudo que reluz é ouro
Os Parâmetros Curriculares Nacionais emergiram num momento, o qual a educação municipal de Irecê estava num processo de metamorfose, então caiu como “um prato cheio”, pois se via como uma varinha de condão dos contos de fadas. As aparências enganam porque foi um parâmetro pensado para os sulistas, sendo assim como seguir o modelo? Foi um equívoco pensar que os PCNs resolveriam as nossas dúvidas e angústias pois estavam muito distante da nossa realidade.
Apesar do PCN ser um documento bem elaborado ainda deixa a desejar no que se refere à fragmentação dos conteúdos, pois defende um trabalho pautado na interdisciplinaridade, multidisciplinaridade e, no entanto, aparecem as disciplinas em módulos separados, isso sem falar nos temas transversais. Daí a necessidade de trabalhar como os saberes acumulados para resolver os problemas reais, assim seria visível a utilidade dos conteúdos trabalhados na escola. Hoje dar cinta da realidade através das disciplinas é um grande desafio.
O mundo está globalizado, entretanto, o conhecimento cientifico ainda não chegou a tal ponto, apesar de ser poder, continua restrito ao “estrangeiro”, isso porque ainda não houve a dissolução entre saber científico e o senso comum. Diante disso faz-se necessário que o professor faça a transposição didática dos conteúdos, a fim de que os alunos consigam estabelecer relação entre o saber cientifico e o conhecimento escolar, por isso a importância dos temas transversais estarem imbricados diretamente nos conteúdos escolares de todas as áreas porque não temos como mudar a realidade trabalhando isoladamente. Os projetos facilitam o trabalho com os temas transversais, porém há o perigo do professor não conseguir fazer a sistematização adequada do conhecimento e deixar enormes lacunas nos educandos.
Os PCNs não atendem às nossas especificidades, então não podemos viver mais de reprodução, é preciso inovar. “Inovar é fazer com que todos entendam que o saber escolar não é neutro, não obedece a lógica cientifica, é, sim selecionado e organizado intencionalmente.
É compreender que há conhecimentos considerados válidos e outros não válidos, tanto na sociedade como na escola. “Inovar a escola e o currículo é desvelar os critérios de seleção e organização do conhecimento escolar” (ARROYO, 2005, p. 142), “portanto, nem tudo que reluz é ouro”.
Jucileide Pereira Nunes Lima 18/10/05
EU DEFINO, TU ELABORARÁS E ELES EXECUTARÃO
As inovações pedagógicas acontecem de uma maneira que não está sendo possível fazer uma avaliação do que vem sendo desenvolvido. Primeiro começaram com a LDB, os Parâmetros em Ação, PCN, Temas Transversais, além do que estava sendo exigido pela nova LDB. Primeiro em um governo, depois em outro, não se termina o que foi começado e nem se começa de onde parou, cada um quer mostrar mais “inovações”; lembrando aqui das grades campanhas de todas as crianças na escola, alfabetização para adultos sem mudar sequer a infra-estrutura das escolas para darem conta de tantas mudanças. Livros oferecidos a todo instante, para o professor, para o aluno, enquanto que nas escolas, na sua maioria, não tem biblioteca e muito menos alguém capacitado para trabalhar com essa modernização. O problema não está em oferece livros, mas em qualificar o profissional da educação para trabalhar com os diferentes gêneros textuais.
Pensar na organização da escola como um todo, pois o todo não pode ser visto por parte e a parte não pode ser vista sem o todo; é preciso saber lhe dar com o que é tecido junto. (complexus) (MORIN, 2002, p. 38) Toda essas mudanças perpassam principalmente pela formação dos profissionais em educação, eles são os principais responsáveis pelas mudanças ocorridas dentro e fora da escola. É preciso pensar na qualificação desse profissional como algo imprescindível para que as mudanças possam dar certo. Quando se fala em qualificação deve se pensar, em primeiro momento em um incentivador para que o professor possa sentir-se motivado e querer aceitar em mudar, pois a mudança é uma atitude, ela só começa no interior do educador, se este tiver vontade de mudar. Mudar para que? Para continuar recebendo o que sempre recebeu? É preciso que se defenda políticas salariais para que o próprio educador tenha condição de ser e sentir responsável pelo seu próprio crescimento profissional, então é de fundamental importância “desenvolver políticas coerentes de carreira e de salários, garantindo estabilidade dos professores. Criar espaços de trabalho e reservar tempo de estudo e pesquisa para os professores de modo, que lhes seja possível inventar novas práticas”. (ARROYO, 2005, p. 140)
Os ciclos, não são mais uma moda pedagógica como pensam alguns educadores. Os tempos educativos da escola se propõem a respeitar os tempos de vida, tempos sociais, mentais e culturais dos educandos. O Brasil é um dos países em que a organização seriada é a uma das mais rígidas. A lógica da organização seriada é tão forte que contagia os agrupamentos educativos até na diversidade de práticas de educação não formal. O respeito aos sujeitos, educandos/as e aos seus tempos humanos, mentais, culturais, sociais e identitários são princípios norteadores de toda ação educativa. Pensa-se que na rede municipal de educação muitos professores precisam adquirir a concepção do que seja trabalhar com ciclos de formação. Para se trabalhar com ciclos de formação é preciso que o educador esteja preparado para poder fazer um trabalho de qualidade, a formação profissional é nesse instante algo necessário para que o tripé de profissionalização de Guiomar Namo de Mello se faça presente na vida profissional desses professores, esse tripé é formado pela formação inicial, pela formação continuada e carreira.
Acredita-se que ainda são amontoados de séries, ciclos de séries e não ciclos de vida, tempos de vida que exige uma outra performance do educador e que respeite a vida dos educandos. Assim, pode ser uma verdade que a escola e os educadores giram em torno dos educandos e percebe-se que giram mais em tornos dos conteúdos que dos educandos isso acontece devido as escolas ainda não tem uma posição de verdadeira autonomia para com as políticas públicas nacionais que são pensadas e implantadas de cima para baixo. Daí o porquê do nome deste texto. Isto está explicito quando seguimos os PCN/Temas Transversais e outros projetos e /ou programas e ações no sistema educacional que são elaborados do “alto” para serem implantados e implementados nas instituições escolares.
É essencial que se coloque como foco central da educação os educandos e que os professores não sejam meros transmissores de conteúdos. E que a função da escola e toda instituição educativa é de dar conta do desenvolvimento pleno dos educandos, a formação total em todas as dimensões. A escola e todo projeto educativo têm que ter um projeto de formação, de desenvolvimento dos educandos. Tentar entender com alunos/as aprendem, como se socializam, como se dá o desenvolvimento e como se formam. O processo de formação do ser humano passa por tempos diferentes: tempo de infância, da adolescência, da juventude, da vida adulta.
A escola, como toda instituição educativa, deve organizar o tempo, os espaços, as práticas educativas, os conteúdos, os horários, os trabalhos dos professores e professoras de tal forma que dê conta do desenvolvimento e formação plena dos educandos, respeitando cada tempo.
Algo preocupante é como agrupar alunos/as do 3º e 4º ciclos que não sabem ler e nem escrever, ensinando-lhes a ler como adolescentes respeitando o tempo de aprendizagem, já que não se tem um “critério” ou uma estratégia para ser usada em caso como esse e muitos dos educadores/as não têm experiência em trabalhar como atividades diversificadas ou não sabem trabalhar por agrupamentos definindo critérios.
O professor já definiu a sua linha de pensamento quando demonstra através de suas práticas educativas maturidade para desempenhar um papel que não foi ele o autor e sim alguém que se quer nem o conhecia e também não conhecia a sua maneira de pensar. Vê, então os professores como sendo executores de políticas e quase sempre quando dão certo o sucesso é de todos, mas quando algo sai errado, na maioria das vezes a culpa é do professor, principalmente por o já descriminarem desde o começo da implementação e implantação de qualquer política educativa. O que pesquisa é aquele que tem “autoridade” de fazer para o professor desenvolver, então se o professor não tem habilidade para definir decidir e desenvolver então como terá também para executar? Certamente quem executa também poderá definir e desenvolver, o professor é um “cientista” com laboratório particular. Assim, “temos de rever nossa tradição politico-pedagogica, que divide o sistema escolar em três campos - os que decidem, os que pensam e os que fazem a educação (...), espera que a inovação educativa ocorra a partir dos que decidem e pensam” (ARROYO, 2005, p.145)
Texto produzido por Geovan, Dora Lúcia, Lindete e Ieda.
O campo do currículo no Brasil
Suas origens e desenvolvimento inicial
O campo do currículo no Brasil
Currículo e a organização dos diversos saberes que se leva em conta às diversas habilidades, assim não se torna uma receita, mas um parâmetro que pode ser reorganizado de acordo com a realidade social. Não é produto pronto, acabado, imóvel, existem as lacunas para estender as demandas e necessidades da sociedade defini que homem , mundo e sociedade formar.
O currículo originou-se nos anos vinte e trinta das raízes do pensamento curricular brasileiro nas idéias progressistas derivados de corresponderam inicialmente e nas idéias de autores europeus Claparade, Decroly e Montes. Neste período importantes transformações econômicas, sociais, culturais, políticas e ideológicas processaram-se em nosso país.
Segundo Macedo o currículo precisa ser organiza de por uma opção político-formativo que na sua pratica, movimenta-se na dialética instruída instituíste (Macedo 1988, o que na verdade não acontece na escola).
A literatura pedagógica da época refletia as idéias propostas por autores americanos associados ao pragmatismo e as teorias elaboradas por diversos autores europeus. Com base em tais idéias, as pioneiras da Escola Nova buscaram superar as limitações da antiga tradição pedagógica jesuíta e da enciclopédia, que teria origem com a influência francesa na educação Brasileira, e esforçaram-se por tornar a quase inexistência sistema educacional consistente com o novo contexto.
Procuramos mostrar que as primeiras infra-estruturas do campo currículo corresponderam inicialmente ás reformas educacionais promovidas pelos pioneiros nos estados e a, seguir, á base institucional do atual instituto nacional de estudos e pesquisas educacionais (INEP) e do programa de assistência Brasileira-Americano á Educação Elementar (PABAEE). A tradição epistemológica que Fundamentou tanto as reformas como o enforque curricular desenvolvido no INEP foi basicamente composta pelas idéias progressistas derivadas do pensamento de Dewey e Kileatrick. Tais idéias foram bastante influentes no cenário educacional brasileiro ate o inicio da década sessenta. (Saviani, 1983). No PABAEE, porém, adotou-se uma postura mais Mercadante tecnicista no trato de temas curriculares.
Os pioneiros, embora acentuadamente preocupados com os aspectos técnicos da construção “cientifica” de ambientes instrucionais, voltaram-se, ao mesmo tempo, para questões sociais, (Naglc 1978, Cury 1978, Paiva 1973, Wande 1982). Os pioneiros não formaram um grupo homogêneo: Suas tendências variaram desde uma postura liberal conservadora a uma posição mais radical. Tanto as orientações criticas do inicio dos anos sessenta, que utilizaram alguns dos elementos e princípios da metodologia da Escola Nova, mas, propostas de instrução das massas, como do tecnicismo dos anos sessenta, estavam esplicitas no corpo teórico adotado e desenvolvido pelos primeiros.
Com o golpe militar de 1968 todo programa político, econômico, ideológico e educacional do país sofreu substanciais transformações. Acordos foram assinados com os Estados Unidos, visando á modernização do país. As condições sobre currículos e programas foram instruídas em nossos cursos superiores. A base institucional do campo aumentou consideravelmente. A tendência tecnicista passou a prevalecer em sintonia com o discurso de eficiência e modernização adotada pelos militares, e diluiu não ênfase ás necessidades individuais da tendência progressivista, mas também as atenções emancipatórias das orientações criticas, incompatíveis ela doutrina da segurança nacional que passou a orientar as decisões governamentais. A preocupação principal passou a ser a exigência dos processos pedagógicos, indispensáveis ao treinamento adequado do capital humano do país.
Os programas, introduzidos nas universidades brasileiras nos anos sessenta, também constituiu, basicamente, de idéias progressivista e tecnicista combinadas segundo as novas circunstâncias do país.
Só através da Primeira Guerra que se começa a achar necessários alfabetizados trabalhadores, então mais especializados que gradualmente, começaram também a exigir expansão do sistema educacional. Alem disso, como os analfabetos não podiam votar, a burguesia industrial emergente viu a alfabetização das massas um instrumento para mudar o poder político e derrotar as oligarquias rurais. Ainda, as elites intelectuais horrorizavam-se ao saber que 85% da população brasileira era composta por analfabetos. Isso explicava a enorme pobreza do país.
Quanto ao contexto internacional, logo após a guerra a Grã-Bretanha teve sua posição no mercado internacional ameaçada pelos Estados Unidos. A sua influência sobre a América latina aumentou muito, tanto na esfera econômica na cultural. As teorias pedagógicas progressivista formuladas por pensadores americanos e europeus começaram a exercer considerável fascínio nos educadores e teóricos brasileiros.
Segundo NAGLE, o começo da influencia dessas novas idéias pedagógicas pode ser associado á emergência de idéias liberais no Brasil.
Portanto novas perspectivas em relação ao currículo eram evidentes por Anísio Teixeira. Pela primeira vez, disciplinas escolares foram consideradas instrumentos para o alcance de determinados fins, ao invés de fins em si mesmos, sendo-lhes atribuídos o objetivo de capitalistas os indivíduos a viver em sociedade. Tal concepção implicou a ênfase não só no crescimento intelectual do aluno, mas também em seu desenvolvimento social, moral emocional e físico.
Teixeira ainda afirmou, que o currículo, no entanto, foi ainda centrado em disciplinais, mas de acordo com as realidades e possibilidades do estado, carente de professores bem preparados e capazes de implantar um currículo foi mesmo entendido com o de (Teixeira, citado por Moreira 1955), o que evidencia a intenção de se fazer com que os currículos escolares se adaptassem ao ambiente social e o refletissem. Mas como, por outro lado, a criança também era considerada; o currículo se constituía, em interesses individuais como de necessidades sociais Teixeira.
Foi através da reforma organizada por Francisco Campos e Mário Cassasanta, em Minas Gerais, que o pensamento da obra escolar aparece sistematizado com clareza. Essa reforma, que procurou reorganizar os ensinos elementar e normal, é considerado por Nayle (1978) como primeiro momento de uma abordagem técnica de questões educacionais no Brasil.
E nela também que recebemos, pela primeira vez a utilização de princípios definidos de elaboração de currículo e programas.
A reforma de Minas Gerais redefiniu o papel da escola elementar, que embora vista como devendo refletir a sociedade, foi também considerada como instrumento social. Como conseqüência, cada escola foi solicitada a transforma-se em uma mini sociedade.
Ao mesmo tempo, a reforma enfatizou que crianças não eram adultas em miniatura; pelo contrario tinha seus próprios interesses e necessidades, que procuravam ser respeitados e desenvolvidos. Os princípios do progressivismo evidenciavam-se ainda no realce atalhos de grupo nas salas de aula, ambientais instrucionais democráticas, processo ativo de ensino e aprendizagem, cooperação entre professores e aluno, conexão entre o conteúdo do currículo e a vida real etc...
Dewey, Teixeira define currículo como o conjunto de atividades nas quais as crianças se engajaram em sua vida escolar; ainda é visto como parte de um processo educativo que dura por toda vida. Nesse processo, as experiências passadas afetam o presente, são transformadas e afetam o futuro. O homem e sociedade modificam-se e assim também a vida.
O currículo deve centrar-se em atividades, projetos e problemas e, antes de tudo, ser “extraído das atividades naturais da humanidade. É preciso cuidar, porem, para que somente experiências positivas sejam selecionadas,o critério central há de ser o de transformar a escola em um lugar onde a criança cresça em, inteligência, em visão e em comando sobre a vida” (abid., p 67)
Grupo de monitoria de Aroldo e Márcio.
Conceito de curriculo
Vejo o currículo como um conhecimento histórico escolar, que envolve toda uma sociedade como; alunos, pais, educadores e demais autoridades.
Currículo é um referencial que favorece a reflexão e um processo decisório compartilhado , que pressupõe trabalho de equipe articulado em torno de decisões que perpassam o ensino e a aprendizagem
A escola retrata um movimento da sociedade. Ela vem se transformando profundamente, num movimento de romper com valores autritários que se constituíam a base da organizaçaõ social.
O desafio lançado a todos que afazem aparte da comunidade escolar é o de compreender a intencionalidade de cada ato educativo e as repercussões ana foramação do indivíduo, busacando fazer uma análice ada sua condiçao de cidadão. Para que a escola seja um esapaço de relações democratas, cada um de seus integrantes precisa situar-se como cidadão, como tais , participantes do processo de construção da cidadania, e de reconhecimento de seus diereitos e deveres.
Elizete Moitinho Dourado Valois Rios
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Quem quer faz, quem não quer manda!
O título deste ensaio procura demonstrar de forma clara e irônica a realidade nas escolas públicas municipais de Irecê, ao serem analisadas hoje no quase final de um curso de Pedagogia, já que a formação é uma das palavras chave no mundo da pesquisa nos currículos contemporâneos.Essa evidência poderá ser aqui representada pelas palavras de Creso Franco e Paola Sztajn "(...)deve deslocar a formação continuada de professores da universidade para o interior das escolas". (FRANCO & SZTAJN, 2005, p. 106)
Quem quer faz quem ñão quer..., ao se portar como discípulo a grande maioria dos professores tem a tendência de reproduzir para não levar a culpa se algo der errado e assim não ressignificam a sua prática. A posição de discípulo não permite que ele trabalhe numa concepção de horizontalidade, como diz um velho adágio popular - "o costume do cachimbo é que deixa a boca torta", trocando em miúdos, uma vez habituado com a verticalidade, verticalização será sempre. O travestimento discursivo (pregar uma coisa e fazer outra) de Marc Augé e as fabulações de Milton Santos se traduziriam como os poderosos conteúdos dos currículos mais formais.
A separação entre teoria e prática é o resultado da pesquisa feita por cientistas no campo do doutorado evidenciada nos currículos e quase praticada pelos professores em sala de aula ou seja, aquele que pesquisa não é quem ensina e nem quem aprende é o que pesquisa. "Prova visível da dicotomia artificial está no conceito de extensão, inventado precisamente porque a universidade tende a fugir da realidade concreta circundante(...)professor é quem, tendo conquistado espaço acadêmico próprio através da produção, tem condições e bagagem para transmitir via ensino. Não se atribui a função de professor a alguém que não é basicamente pesquisador. (DEMO, 2002, p. 15)
A pesquisa enquanto suporte para embasar a prática pedagógica necessita que os seus resultados não sejam só divulgados, mas que sejam questionados e modificados não pelo os epecialistas, mas pelos interpretadores e fazedores de currículo: professsores em sala de aula. Então, fa-se necessário um convite à avaliação longitudinal - avaliação que vai e volta mapeando o conhecimento ao aluno.
Um currículo que possa orientar o ensino da Ciência e da Matemática utilizando além, dos seus conteúdos específicos como também as suas contribuições no campo da transversalidade, observando o relacionamento entre si e/ou com outras disciplinas. O não isolamento dessas ciências no campo da educação é um outro aspecto que precisa ser levado em conta. A separação do que é do campo da Ciência e da Matemática e do que é do campo da educação quando se é observado alguns critérios facilitam o trabalho do professor em sala de aula e transposição didática de conteúdos. A fragmentação do currículo tanto poderá ser benéfica quando maléfica, dependendo do olhar dos dois lados:do professor e do especialista. O especialista olha como especialista e não como educador de sala de aula. Para atender a essa especificidade é preciso "que o currículo seja organizado não só em torno de disciplinas, como costuma ser feito, mass de núcleos que ultrapassam os limites das disciplinas, centrados em temas, problemas, tópicos, instituições, períodos históricos, espaços geográficos, grupos humanos, idéias etc" (SANTOMÈ, 1998, p. 94)
O professor precisa ser comparado a um antropólogo que tem o seu laboratório de pesquisa no próprio local de trabalho (locus). A sala de aula é um centro de pesquisa para que o educador possa enxergar a sua verdadeira práxis e assim envolver tudo isso numa formção que acontecerá na escola com todos os personagens contemplados.
A pesquisa quando considerada uma política pública social precisa estar referendada num currículo inovador e aberto, para que possa ser deliberado por todos seus fazedores, seja ele professor ou cientista, mas que esteja em sala de aula, a intenção desse ensaio não é "mudar de mãos as decisões educacionais - do especialista para o professor - mas, a negação de qualquer política ditada de cima para baixo, independente de quem ocupe as posições superiores." (CARVALHO, 1996, p. 15)
Grupo de Mário Ferreira Filho, Jucileide Pereira Nuenes, Ieda Marques Rocha
Currículo: conceito e concepção
O currículo constitui um dos fatores que, sem dúvida, influe na qualidade do ensino, mas sua eficácia depende de um número complexo de variáveis que interagem entre si.
1º concepção que se tem do currículo e das funções que lhes são atribuídas na educação;
2º estreita relação com conceito de currículo que se tinha como referência, o papel que se confere aos diversos agentes educativos no projeto e no desenvolvimento do currículo e as repercussões disso na adequação do currículo às peculiaridades da escola e no desenvolvimento profissional do docente;
3º as medidas que precisam ser implementadas de maneira simultânea e coerente com uma mudança curricular para que esta produza uma transformação real nos processos educativos das escolas e não se limite a uma modificação das intenções por parte das administrações educativas que não se traduza na atividade cotidiana dos docentes e nas experiências de aprendizagem dos alunos.
O currículo deve ser abordado em três aspectos:
*Centrando-se a análise nas potencialidades do currículo como fator de mudança eductiva.
*Uma delimitação de um tema complexo que deixa de fora tudo que se refira ao currículo na sala de aula.
*A análise do planejamento, do desenvolvimento e da avaliação do currículo como tarefa de cada docente com seu grupo de alunos.
O currículo tem como principal função concretizar tornar explícitos suas intenções, a fim de que possam ser debatidos e conhecidos pela sociedade, servindo de guia para os responsáveis pelo planejamento e pela implementação do processo de ensino e de aprendizagem (COLL, 1987). Essa função evidencia um dos principais aspectos do currículo que é sua natureza social. O projeto social a que se refere o currículo é explicado em uma concepção ideológica e sociopolítica. O currículo supõem uma relação de determinados saberes culturais e essa relação é feita sob determinadas conclusões históricas, políticas e administrativas em um determinado sistema.
Gimeno sintetiza em oito itens, os diversos contextos sociais que influem no significado pedagógico do projeto que o currículo define:
- o âmbito da atividade político-administrativo;
- o âmbito de participação social e controle;
- o sistema de produção de meios didáticos;
- os âmbitos de criação culturais e cientifícos;
- o subsistema técnico-pedagógic;
- o subsistema prático-pedagógico das escolas.
O currículo não é unicamente a definição das intençoes educativas de um sistema como relação aos seus alunos mas é antes de tudo a experiência real que os docentes e os alunos acabam tendo delas. Não é apenas planejamento, mas também prática na qual se estabelece um diálogo entre agentes sociais, técnicos, famílias, docentes e alunos. Prática que contextualiza o próprio currículo do mesmo modo que influiu a sua definição. Prática que reconstrói em sucessivos níveis e contextos. Além de todos esses níveis os alunos realizam determinadas aprendizagens nas escolas que respondem ao currículo oculto da instituição, aquelas normas e valores que são transmitidas, sem que façam parte do planejamento, mas que os alunos aprendem de fato,podendo e devendo ser objeto de análise não apenas como valores da escola, mas também como reflexo da cultura e da sociedade (TORRES, 1990).
A concepção do currículo como intenção dialética entre teoria e prática, entre planejamento e práxis, enfatiza em particular a necessidade de assegurar um grau de autonomia para os vários níveis em que se concretiza o currículo e para os professores. O currículo tem a função de orientar a prática dos professores. Precisam estar aberto à discussão crítica e possa ser trasposto para a prática.
Em um currículo fechado os objetivos, os conteúdos e as estratégias instrucionais são estabelecidas de forma definitiva. Todos os alunos realizam as mesmas atividades de ensino e aprendizagem, e o fazer da mesma maneira e na mesma ordem. As variações me função do contexto, das características concretas dos alunos e das opções e propostas pedagógicas e didáticas dos professores são mínimas. Os objetivos são definidos em termos de comportamentos observáveis e os conteúdos são organizados segundo as disciplinas formais, com pouca interação entre eles. A avaliação é feita através dos resultados obtidos ediante a comparação entre os comportamentos observáveis definidos nos objetivos e os observados ao final do ensino.
Um modelo aberto atribui grande importância às diferenças entre os contextos educativos, às características dos alunos e às opções pedagógicas dos professores, considerando-os fatores essenciais para definir o currículo. Por isso postula-se uma inter-relação permanente entre a fase de projeto e a desenvolvimento do currículo; além disso, as propostas elaboradas estão permanentemente abertas a adaptações, revisões e modificações em função das variáveis e dos fatores que modulam sua implementação. A ênfase não recai sobre os resultados de aprendizagens dos alunos, mas sim sobre o desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem os objetivos são definidos em termos mais gerais para possibilitar adaptações; a avaliação centra-se no próprio processo de aprendizagem e orienta-se a determinar o nível de compreensão e de funcionalidade das aprendizagens admitindo erro como elemento necessário do processo.
Lindete F. D. Machado
CURRÍCULO...
Discursos acerca do currículo no Brasil, tiveram início na década de 20 e até hoje em pleno século XXI as dificuldades continuam quase que as mesmas.
Conceitos e mais conceitos de currículos, inovações, mas até o momento parece que toda procura por algo que satisfaça alguns questionamentos tornam-se até quase impossível.O que é currículo? Currículo não é tudo da escola, mas também poderá ser o tudo. Epistemologicamente poderá ser traduzido como o conjunto de disciplinas conforme o conceito dado pela maioria dos dicionários. Mas se analisarmos o currículo por essa concepção iremos nos deparar com uma outra dificuldade: a disciplinarização. Um conceito mais "moderno" define o curriculo como sendo o conjunto de ações que contribuem para uma educação significativa, que tambem não é só isso para o muito que se esperam de uma educação de qualidade.
Inovações foram muitas, mas até o momento ainda continuamos com aula de 50 minutos, tedo que cumprir 200 dias leitvos representando 800 horas. Cada disciplina educativa com seu conteudo próprio, além da demarcação de terítórios pelos educadores. Se em cada prática deve existir uma concepção que a respalde, certamente os currículos deverão ser norteados por mais de uma abordagem além do conhecimento e concepções que os "fazedores" de currículo deverão ter.
Nesses 85 anos, aproximadamente de história do currículo, mesmo em meio aos conflitos de 1922 a 1926, inovações começaram a ocorrer entre tantas novas perspectivas, reformas educacionais tudo isso sob a influencia das idéias progressivistas, tendo por base as teorias da Escola Nova.
Ieda Marques Rocha
PCN...
Nesse mundo contemporâneo vive-se um cenário novo, inovador, eminentemente marcado pela complexidade e que está permeado por uma nova sociabilidade caracterizada pela disseminação de novas identidades e por um difuso movimento de novos grupos e associações de pessoas de número cada vez menor caracterizando os novos movimentos sociais. (WOODEWARD, 2000) Nesse processo, proliferam novas técnicas e metodologias políticas, diferentes formas de luta por aquisição de antigas e novas identidades, nos mais diversos espaços sociais e culturais. A questão da diversidade e da diferença torna-se desse modo, tema central numa epistemologia social contemporânea e traduz as marcas de uma época histórica e cultural.
Tal concepção tem possibilitado novas perspectivas de análise e associadas às investigações de teoria crítica vêm atribuindo centralidade dos processos e movimentos da esfera da cultura – fato que tem possibilitado ênfase nos estudos que enfatizam a relação entre cultura, escola, currículo e emancipação humana. A partir dos anos 90, emergem no Brasil, vinda da Inglaterra e dos Estados Unidos, a concepção dos estudos culturais que têm preocupando os estudiosos da educação e do currículo possibilitando formas inovadoras de pensar sobre esse tema, suas relações com a cultura e as diferentes formas de denominação cultural que são instituídas e/ou reforçadas no espaço escolar.
Considerando que o currículo não é simplesmente um conjunto de conteúdos, disciplinas, métodos, experiências, objetivos e que seus componentes constituem um conjunto articulados de saberes e normas regidos por uma ordem muitas vezes imposta verticalmente, que se deseja vincular ao cotidiano da escola para dirigir as experiências e a visão de mundo das pessoas produzindo, elegendo e transmitindo representações e significados sobre as coisas, a vida social e as relações das pessoas umas com as outras e com o mundo. (COSTA, 1999)
Entende-se que as relações que ocorrem no espaço escolar são relações de poder, produzidas e produtoras (JONHSON, 2000, p. 41). Essas relações são profundas marcas pela economia social e cultural de costumes, práticas e significados tendo sua especificidade expressa nas narrativas escolares, nos ritos cotidianos da escola, nos discursos interditos, nos gestos livres e consentidos, nos enfrentamentos e nos recursos, nos desmontes e nas descontruções específicas, das estratégias e mecanismos de resistência, da cultura dos dominados e subjugados culturalmente no cotidiano escolar. O currículo está no centro da atividade educacional possibilitando que a escola organize as experiências cognitivas e efetivas de crianças e jovens com intuito de produzir determinadas identidades individuais e sociais corporificadas nas experiências curriculares.
Segundo Berticelli (1999), a questão central do currículo está vinculada a problemática do que a escola produz e para quem produz ou deixa de produzir. A questão principal para qualquer teoria do currículo é saber qual conhecimento deve ser privilegiado, qual recorte da realidade e da cultura deve ser ensinado enfatizando-se, desse modo, a questão da natureza do currículo. A escola pública brasileira e o seu currículo têm sido caracterizados como conservadora, anacrônica e avessa às mudanças. Os esforços atuais de reestruturação da escola e determinadas políticas de organismos internacionais vão à direção de reforçar os valores, os conteúdos e as formas de produção e reprodução de identidades sociais que reafirmam as características regressivas da presente ordem social.
Concordar com Moreira (1999) é a opção de aceitar que os estudos críticos de currículo no Brasil estão consolidados e são também hegemônicos, mas também se entende que de acordo com Souza que os mesmos, vivem em crise de legitimidade em face do distanciamento entre a produção teórica e a realidade vivida nas escolas (apud MOREIRA, 1999, p. 19) As teorias críticas, assim, não foram suficientemente úteis para alavancar um processo de construção de escola democrática e de qualidade no país. Daí a necessidade de um currículo comprometido com a inclusão social e com uma escola verdadeiramente democrática. Diante do que foi pensado sabe-se que vários fatores interferem no espaço escolar, um deles é o currículo. Neste texto procura-se analisar os Parâmetros Curriculares Nacionais como proposta curricular para a educação brasileira que atende as exigências assumidas pelas constituições internacionais. Para atender a visão da educação para cidadania são introduzidos nos PCN os temas transversais entendidos como capazes de fazer a mediação para uma educação para cidadania. Pode-se afirmar que o currículo é um interlocutor de construção escolar, e é o meio utilizado para prover a educação e formar um determinado tipo de homem em uma determinada sociedade. Pensa-se num currículo para e na escola, numa perspectiva mais abrangente, pensando num conjunto de atividades da escola que afetam direta e indiretamente o processo de ensino e produção do conhecimento. Compreende-se que ele deve ser o centro da relação educativa e um dos elementos centrais às mudanças.
Sabe-se que os PCN foram criados devido uma série de compromissos assumidos perante vários organismos internacionais como Banco Mundial, Comissão Econômica para América Latina e Caribe, Organização das Nações Unidas para Educação – UNESCO, Fundação das Nações Unidas para Infância – UNICEF e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, bem como o compromisso assumido na Conferência Mundial de Educação para Todos. A partir desses compromissos assumidos e diante da conjuntura educacional o MEC elaborou os PCN e o Plano Decenal de Educação para Todos – 1993 à 2003. Os PCN foram propostos com o objetivo de unificar práticas pedagógicas, no que diz respeito aos conteúdos, sendo um elemento norteador da escola para construção de sua proposta curricular. Neste caso busca-se delinear o foco de atenção nos temas transversais e no currículo organizado por disciplinas. Segundo Araújo (2001, p. 11), a idéia de tema transversal e transversalidade surgiram na Espanha (1992 – 1993) e um dos principais articuladores da reforma curricular na Espanha foi César Coll e o MEC traz a proposta dos PCN para o currículo para a escola brasileira tendo como consultor o próprio César Coll. Os PCN indicam que os temas transversais não se constituem em disciplinas, mas devem ser trabalhados com os demais conteúdos nas disciplinas já existentes com o objetivo de formar o cidadão.
Deve-se ressaltar que a escola sozinha não é capaz de produzir o cidadão. Ela não é a única instituição transformadora da sociedade na qual está inserida a organização escolar. Eles trazem à tona questões antigas com relação a questão da educação escolar, argumenta que as disciplinas não dão conta de toda a realidade na qual o aluno está envolvido. No entanto, eles pouco elucidam como trabalhar com os temas transversais, apenas colocam que: “(...) não significa que foram criadas novas áreas ou disciplinas (...) os objetivos e conteúdos dos temas transversais devem ser incorporados nas áreas e no trabalho educativo da escola. É essa forma de organizar o trabalho didático que recebeu o nome de transversalidade” (PCN, v. 08, p. 15)
Observa-se que em qualquer escola do ensino Fundamental ouve-se pelos corredores e mesmo nas salas de aula alunos questionando a utilidade e funcionalidade dos conhecimentos que aprendem na escola. A fragmentação do conhecimento não possibilita uma aprendizagem capaz de dar conta da realidade. A organização curricular não prevê um elo de ligação entre uma disciplina e outra e não leva em consideração o aluno que tem que sair da aula de Matemática para uma de Geografia e, depois da Língua Portuguesa para uma outra, como se o saber estivesse guardado em caixinhas compartimentadas que quando a professora sai da sala a “portinha se fecha” e outra “portinha” de outra caixinha se abre para o conhecimento do novo professor.
Os PCN não rompem com a organização do currículo por disciplinas, eles sugerem o que deve ser tra
UFBA= Universidade federal da Bahia
FACED= Faculdade de educação
CURSO=Licenciatura em Pedagogia
CICLO= quatro
ATIVIDADE= Currículo: Um estudo com enfoque na educação do/no campo
PROFESSORES CURSISTAS: Maria Alves da Cruz e Jussara Sena da Silva Bezera
PROFESSOR DA ATIVIDADE: Rita Chagas
GRUPO DE OIENTAÇÂO: (03)
Parâmetros Curriculares Nacionais: A falácia e seus temas transversais.
Ao estudar os temas transversais (PCNS) , tentamos traçar um pararelo, relacionando o texto de Elizabethe Ferrare de Macedo com nossos saberes e a prática pedagógica.
A partir de 1999 iniciamos na rede municipal de Irecê o estudo dos PCNS(Parâmetros Curriculares Nacionais). Naquele período eram formados grupos de estudo, entre professores e coordenadores. Por estarmos começando nosso processo de formação continuada, ainda como docentes iniciantes, havia uma grande necessidade de ampliação e aquisição de novos conhecimentos, assim sendo, tudo o que nos era oferecido, recebiamos considerando ser quase fundamental a nossa prática. Analisando o texto da autora, alguns questionamentos que nos são feitos,ficam meio sem respostas e nos leva a fazer novas reflexões, como por exemplo:
_Qual é a diferença entre os temas transversais, interdisciplinaridade e o trabalho por projetos?
_As disciplinas clássicas por se só garantem a formação do cidadão ativo e participativo?
_ Por que os PCNS deixam tantas lacunas quando trata dos temas transversais?
_ Por que os conteúdos trabalhados na escola não ajudam o aluno no seu cotidiano?...
Trabalhamos dentro de uma proposta pedagogica interacionista- sócio- construtivista, com base na teoria piagetiana que acredita no aluno como um sujeito capaz de produzir seu próprio conhecimento, porém é necessario haver uma interação com o meio. O professor é um mediador, potencializador dessa produção do conhecimento. Com base nessa proposta, passamos a estudar metodologias voltadas para a aquisição desse conhecimento:Pedagogia por projetos, interdisciplinaridade e os própios temas transversais, dentro dos PCNS e da proposta curricular da rede municipal de Irecê.
Agora voltamos a refletir: _ Sabemos realmente como diferenciar e utilizar essas metodologias ou estamos tentando fazer sem ao menos ter um modelo,
(No caso dos temas transversais)?
Afinal, o documento do MEC deixa claro a necessidade de trabalha-los, concordamos , porém, ele não nos da suporte para isso, e assim, vamos tentando, fazendo aquilo que acreditamos ser positivo.No entanto já conseguimos detectar algumas falhas nessa nossa forma: Hoje percebemos que nos apegamos demais aos PCNS, ao trabalho interdisciplinar e os própios temas transversais, dando pouca ênfase seguimentação de conteúdos por disciplinas dentro das competências que os alunos precisam ter em seus respectivos grupos. Ainda fazendo um paralelo, conseguimos reconhecer que a escola precisa garantir o conhecimento de forma geral, pensando nos conteúdos, visando uma preparação do aluno na aquisição de conhecimentos para a vida,uma formação também humanitária, assim sendo os temas transversais não podem ser um mero complemento das disciplinas clássicas e/ou dos projetos, é preciso estar interligado , andando juntos, só assim haverá a interdisciplinaridade que tanto falamos...
Uma outra questão a se pensar é a seguinte:
_ As disciplinas clássicas por se só não garantem as caracidades para a formação do cidadão ativo e participativo, nem todos os conteúdos trabalhados na escola são úteis para o aluno no seu cotidiano. Para Santos(1989) mais do que problematizar a validade do conhecimento, a ciência hoje precisa questionar o sentido do conhecimento no mundo contemporâneo.
Assim sendo, a escola precisa assegurar ao aluno o conhecimento coerente com suas necessidades locais (cotidianas) para compreender o global, de modo que ele possa utiliza-lo nas diversas situações no decorrer de sua vida.
CURRÍCULO
Currículo representa os conhecimentos e valores que caracterizam um processo social, seguido de trabalhos pedagógicos desenvolvidos nas escolas, é o percurso a ser seguido com conteúdos e atividades apresentadas através de estudos. Segundo Anísio Teixeira o currículo é um conjunto de atividades nas quais as crianças se engajarão em sua vida escolar. É visto como parte de um processo educativo que dura por toda a vida. Nesse processo, as experiências passadas afetam o presente, são transformadas e afetam o futuro.
Teixeira mostra que o currículo deve ser organizado em harmonia com os interesses, as necessidades e os estágios de desenvolvimentos das crianças. Deve ser priorizado as atividades , projetos e problemas, levando em conta às atividades desenvolvidas naturalmente pela humanidade.
CURRÍCULO NA UNIVERSIDADE BRASILEIRA
Nos anos vinte e trinta, ocorreram várias reformas curriculares no Brasil, no qual tentaram implantar o diário escolanovista, o que associa à tendência progressivista e, em certa medida, a um interesse em compreensão. Nessa época aconteceu a base teórica dos primeiros cursos em currículo desenvolvidos pelo INEP e pelo PABAEE. Essas instituições foram responsáveis pelo treinamento dos primeiros especialistas em currículo no Brasil, cuja importância e necessidade era intensamente enfatizada na literatura especializada dos anos cinqüenta e sessenta.
Desejava-se um currículo que contribuísse para a coesão social, que formasse o cidadão de um mundo em mudança, e que atendesse às necessidades da origem industrial emergente. Para isso era preciso novos especialistas, também incentivada pela leitura que tinha relevância no processo de melhoria do ensino. Dessa forma o campo de currículo tinha que se estender, e ocorreu muito em breve a implantação de currículo e programas na universidade brasileira .
Em 1962, currículos e programas(CP) foram introduzidos no curso de pedagogia, embora como disciplina eletiva. Em 1969, passou a ser estudado compulsoriamente pelos futuros supervisores escolares, também no curso de pedagogia, tendo neste momento, garantido de fato, seu lugar em nossas faculdades de educação.
Elcione
Anàlise da origem do currículo no Brasil
As Primeiras sugesatões de sistematização do processo curricular ocorreu na década de vinte, na Bahia Minas Gerais e Distrito Federal.
Essas preimeiras reformas foram consideradas como sementes do campo específico do conhecimento pedagógico. Além da preocupação dos pioneiros em adaptar suas idéias ao contexto brasileiro. Entre eles Anísio Teixeira, referência dos princípios teóricos na Bahia traz uma concepção que o currículo deve ser o intermediário entre a Escola e a sociedade, capacitando o indivíduo para tal. A INEP e a PABAEE foram portanto as primeiras instituições a formar a base instituicional do campo no Brasil. Estas desenvolveram cursos, pesquisas e patrocínio de livros sobre currículo.
Toda história do currículo no Brasil foi marcada pela forte presença norte americana, e até a primeira Guerra Mundial o ensino era eleitista voltado para as classes dominantes. Somente a partir do processo de industrialização e urbanização é que se viu a necessidade de alfabetizar os trabalhadores para a mão-de-obrae consequetemente para o voto.
sendo assim a introdução de currículos e programas nas universidades brasileiras não foi diferente, a presença norte americana fica ainda mais forte após o golpe militar, onde o governo dos Estados Unidos aproveita para financiar entre outras coisas diversos programas de assistncia educacional planejados em nosso país. Era desejo que a Educação se ajustasse ao desenvolvimento dependente impulsionado pelas multinacionais.
Enquanto era detectado que o ensino universitàrio acabou sendo pautado mais nos padrões da racionalidade tecnológico que na racionalidade como os membros pretendiam.
Portanto a Faculdade da educação que substituía em 1968 a faculdade de ciências , filosofia e letras, deveria seguir os métodos científicos na solução de problemas experimentados na faculdade norte-americana. a disciplina currículo era obrigatória, tanto aos futuros pedagogos como era oferecidas nos cursos de pós-graduação. Porém observa-se que o curso de pedagogia havia uma super-valorização da técnica, do "como fazer", separando nitidamente a teoria da prática, sendo a prática mais enfatizada. outra questão
a ser observada era o excesso de disciplinas específicas dando ao curso um caráter tecnicista e promovendo dessa forma a fragmetação
do trabalho pedagógico.
Nos setenta , detectava umamaior preocupação nos cursos, programans e currículos relacionados aos contéudos e objetivos, ficando a metodologia e a avaliação de forma vaga. Do mesmo modo que não era priorizado a reflexão teoria eprática , a maior ênfase nos programas continuava o "como fazer".
Outro ponto considerado negativo era não colocar como ponto central o conhecimento, pois era apresentado como acriticamente como mero instrumento para o alcance de fins pré-estabelecidos.
Após a nálise de como o currículo se efetuou nas universidades brasileiras, vale ressaltar que vários autores como Bobbitte e Charters substituídos por futuramente por Tyle, Taba, Alexande Saylor, Raigan e Flaming, trouxeram uma grande influência no campo do currículo no Brasil, o que nos permite afirmar que o discurso curricular em nosso país nunca foi puramente tecnicista, nem derivado somente de um interesse em controle próprio, nem permeandoapenas por umateoria de controle social direto.
Maria das Graças Gonçalves Sousa Magalhães, 01/11/05
Conceito de currículo
Acredito que o currículo deverá ser um parâmetro no ensino aprendizagem capaz de oportunizar conhecimentos significativos de maneira que traga para o âmbito escolar discussões das emergências da sociedade, problematizando e fazendo as devidas relações do real com o global. Lembrando que cada escola e comunidade deve ter as suas especificidades e portando fazer as devidas adaptações conforme cada realidade.Maria das Graças g. S. magalhães, 01/ 11/05
Reflexão das Reformas Educacionais no Brasil
A atual situação em que se encontra a escola pública brasileira é conseqüência de falsos discursos em reformas que não são concretizadas na sua plenitude, entre outros fatores que resultam esse aparente fracasso destaca-se como principal a falta de participação direta dos sujeitos envolvidos na educação.
Durante o processo histórico essas reformas estão voltadas para os interesses econômicos e uma educação mercadológica, visando uma escola competitiva, puramente científica e técnica. Sobretudo, a definição das competências ao mundo de trabalho é evidente aos que tem mais sucesso na concorrência de mercado, são os da classe média e alta, dessa forma, desenha-se um currículo escolar adequado, priorizando os alunos de escolas privadas por serem mais “eficazes” no que diz respeito a esta necessidade.
Por outro lado, os principais investidores das reformas educacionais no Brasil, a exemplo do Banco Mundial, tem se preocupado apenas com os resultados quantitativos. As estatísticas é quem comanda a competência da instituição educacional e não a qualificação do ensino voltados para as necessidades sociais. É evidente a contradição com relação a avaliação pois percebe-se a pouca preocupação dos mesmos sobre esses aspectos.
A evidência dos “pacotes prontos” a serem executados pelos professores sem a participação dos mesmos na elaboração dos programas, ao mesmo tempo que não promove uma valorização desse profissional nos aspectos socioeconômicos é como se estivesse apostando no insucesso dessas reformas.
Para ilustrar essas afirmativas, trago como o exemplo o cenário da escola pública do Brasil, em particular a do município de Irecê. Pois a intenção de implantar uma nova concepção de ensino voltada para o construtivismo levado pelo o impulso de mudanças baseando-se nas experiências internacionais, tem sido mais um exemplo de homogenização e universalização do ensino.
Esse exemplo de mudança radical, sem a preparação adequada aos profissionais da área tanto na capacitação como na valorização salarial, a falta de estrutura das instituições de ensino e de toda comunidade escolar, tem promovido um grande investimento na educação, porém sem resultados satisfatórios. É perceptível em nosso meio um elevado índice de matrículas no ensino fundamental, principalmente no início desse processo de transformação, como também a redução da evasão escolar, a construção de mais escolas, incentivos do governo em manter o aluno estudando como cursos e programas com a intenção de capacitar professores. No entanto, não nos consideramos ainda em uma situação confortável, pois a exigência de se promover alunos sem as habilidades necessárias resultando dessa forma uma reprodução de analfabetos funcionais é mais um demonstrativo da preocupação do governo com os resultados quantitativos.
Diante disso, observa-se a necessidade em poder criar políticas públicas capazes de atender as emergências da sociedade no tocante a defasagem do ensino público. É evidente que não se trata apenas copiar modelos prontos e introduzir numa realidade que tem suas próprias especificidades, e portanto requer uma valorização e adequação de cada povo, de cada comunidade, levando em consideração às suas adversidades. Para tanto, é relevante a priorização da voz popular na elaboração das reformas educacionais.
Equipe -Maria das Graças, Elcione e Gildete – 02/11/05
CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO%Formata Fim%
Atualmente o curriculo em muitas escolas e universidades versam o que realmente os educadores desejam ,nosso pais respiramos
uma condição política favorável à construção de idéias que foram interrompidas e amadurecidas por nossos teoricos ,destacaria o prof. Paulo Freire ,Anisio Teixeira e Lauro de Oliveira Lima.
A organização curricular depende em ùltima analise da comunidade escolar portanto dos docentes e discentes devem conscientizar-se desta tarefa envolvendo-os diretamente nesta decisâo .
A proposta curricular deve pactuar com o projeto pedagógico educativo que satisfaça os anseios daquela localidade que possui história,conflitos e tradições em comum e estas devem confrontar-se com os conhecimentos sistematizados pela humanidade.
Logo o planejamento curricular deve comtemplar e discutir os “problemas “ a partir disso definimos os Objetivos,Os Conteúdos,As Metodologias e sua Bibliografia após realizadosos devidos estudos curriculares
O curriculo não deve ser “importado”,como já aconteceu,deve se espelhar na realidade local nâo deve cometer o equivoco do passado(da regiao sul do país ) onde recebiam grande influência de autores europeus e americanos,distantes da nossa realidade. No Nordeste,face a realidade bem diferente do sul do país,o curriculo era contruido atraves das pesquisas educacionais que tentaram analizar as consequências da pratica curricular equivocada.
A possibilidade de se construir um curriculo”brasileiro”aplicado a realidade brasileira partir de autores genuinamente progressistas que se basearam nas idéias de Dewey e Kilpatrick.
A influencia destes autores desde a época da introduçâo do campo do currículo no Brasil,no inicio dos anos sessenta(1962) onde foi introduzida no curso de Pedagogia embora como disciplina eletiva.Portanto em 1969 passou a ser estudado definitivamente no curso de Pedagogia. Já na década de setenta surgem os primeiros mestrados em currículo pelas Universidades de varios estados . No final de 1978 na Universidade de Brasília ,quero ressaltar que apesar do domínio da tendência tecnicista durante todo este período estavam presentes idéias progressivistas.
Mario Filho
UFBA – Universidade Federal da Bahia
FACED – Faculdade de Educação
CURSO – Licenciatura em pedagogia
CICLO- Quatro
ATIVIDADE - 418 Curriculo – Um estudo com Enfoque em Educação do/ no Campo
PROFESSORA – Rita Chagas
PROFESSORES CURSISTAS – Jussara Sena da Silva Bezerra e Maria Alves da Cruz
ORIENTADORA – Soraya Pinto
GRUPO – Três
Multiculturalismo, Curriculo e Formação de Professores
(Antônio Flavio Barbosa Moreira)
As grandes divisões da humanidade e a fonte fundamental de conflito são no momento presente de ordem predominante multicultural ( Hutington citado por Candau 1997). De fato, não há quem hoje sbstime os confrontos e os problemas decorrentes da presença maciça, principalmente nos países do chamado primeiro mundo, de grupos sociais cuja as produções culturais, etnias, crenças e condutas diferem das associações aos grupos dominantes. As formas de vida e as culturas desses últimos grupos são tidas como únicos padrões aceitáveis, ao passo que as dos outros, as dos marginais são vistas como uma ameaça á homogenização cultural perseguida, o que faz com que sejam desvalorizadas, desrespeitadas e reprimidas.
A cultura é, portanto esfera de luras, de diferenças, de relações de poder desiguais. Essas diferenças são sempre diferenças em relação a algo, não diferenças absolutas. São diferenças politicas, não apenas textuais, linguisticas, formais. São diferenças construidas com base em relações estruturais e globais que não deve ser secundarizadas ( mclarem 1997).
Para Kincheloe e Steinberg(1997), a muticuturalidade não se reduz a algo que se acredite ou com o qual se concorde . Ela de fato existe, está entre nós e representa neste fim de século, uma condição de vida nas sociedades ocidêntais contemporâneas. Podemos ignorar ou abordar essa realidade de diferentes modos, mas não podemos apagá-las: Ela permanece, independentemente de nossas respostas e de nossas relações. Desse modo, mesmo que as reflexões sobre currículo e sobre a formação de professores desconsideram a multicuturalidade, ela estará presente nos sistemas escolares, nas escolas, nas salas de aula, nas experiências da comunidade escolar, afetando inevitavelmente as ações e as interações de seus diferentes sujeitos.
Nesse contexto percebemos a necessidade de um currículo multicuturalista que considere a individualidade de cada sujeito dentro da diversidade, que transforme a escola realmente em um lugar de inclusão que contribua na formação de uma sociedade mais justa e não para a manipulação das classes dominantes sobres as menos favorecidas. Assim, o professor precisa ter uma formação docente multicultural, antes de tudo, não carregar consigo preconceitos de forma geral, ele ou ela precisa aprender a lidar com a diversidade em sua sala de aula, sua comunidade, na sociedade e no mundo em geral. Utilizando metodologias críticas, quanto às relações de poder, além de ser um professor pesquisador, reflexivo de sua prática e transformador a partir do mio em que está inserido, assim contribuindo com a transformação dos esteriótipos e discriminações imbutidas na sociedade atual que exclui e se fecha para aqueles que são vítimas do preconceito com ou daqueles que não conseguem adquirir conhecimentos para avançar no âmbito pessoal e profissional d forma crítica, autônoma ... cidadã.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA – IRECÊ – BAHIA
ATIVIDADE -418 – UM ESTUDO COM ENFOQUE EM EDUCAÇÃO NO CAMPO
CICLO - IV
DISCENTE – GEOVAN SILVA QUEIROZ
PROFESSORA – RITA DE CÁSSIA DOS SANTOS CHAGAS
ORIENTADORA – SOLANGE MACIEL
(...) a função do pensamento, em relação ao mundo, não é de compreende-o ou explicá-lo num sistema coerente e racional de conceitos e teorias ideológicas; é sim, de controlar e de modificar na medida das possibilidades e das necessidades humanas (Ibid, P.18).
ATIVIDADE – CURRÍCULO
Irecê – Bahia, 21 de novembro de 2005.
A crise do sistema educacional não pode ser solucionada apenas pela inclusão de novas tecnologias da informação, mas por uma recondução do processo de ensino - aprendizagem.
Depois desta atividade, percebe-se que a Internet ocupa um papel extremamente relevante como fonte de pesquisa nas universidades de todo o mundo, suprindo particularmente as deficiências daquelas (a nossa) que não possuem uma boa estrutura de bibliotecas e outros acervos de pesquisas. Por isso, entendemos que o período da educação universitária como uma excelente – talvez, seja a única oportunidade para o indivíduo passar de uma postura mais passiva em relação à busca do saber a uma atitude de auto-educação permanente.
É através da oportunidade, que realmente percebemos que a internet está revolucionando a comunicação humana. Com ela abrem-se novas formas de intercâmbio de informações, de forma interativa, com infinita importância, mesmo sem aproximação física. Sendo assim, além do correio eletrônico, a Internet é um canal de diálogo que permite a conversa simultânea de dezenas de pessoas. Os serviços de BBS e Chat (como o IRC) verdadeiros portos de encontro on-line, têm contribuído para a formação de comunidades virtuais.
Diante das informações trazidas por Bonilla, comecei a observar e percebi que os alunos que vivem neste mundo informatizado, participando desse processo, experimentando uma nova forma de se relacionar com mais criatividade, têm a possibilidade de entrarem em contato com os melhores pesquisadores das diversas áreas do conhecimento, tornando-se usuário ativos das novas tecnologias. Por outro lado, fico a me perguntar: e aqueles que não têm nenhum acesso a esses meios, como ficarão? E quanto às escolas, que ainda não conseguiu assumir seu papel de integradora com essa sociedade globalizada, como ficarão? Neste sentido, observa-se que as escolas estão distantes de oferecerem as condições necessárias para que estes alunos não fiquem excluídos do mundo digital. Acredito que o computador pode trazer benefícios, como: o aceleramento do desenvolvimento cognitivo, da curiosidade, aumento da criatividade, auxílio no aprendizado, maior oportunidade, um contínuo treinamento tecnológico, e o contato com um imenso volume de informações. Por outro lado, o uso de computador na escola, pode ser prejudicado pelo despreparo dos próprios educadores. Por exemplo, educando pelas influências negativas, causadas pela utilização excessiva das máquinas, pelas interpretações prematuras, pelo raciocínio formado e reduzido, por exemplo, os problemas como as pesquisas escolares feitas via Internet.
Apesar de admitir que existem prejuízos, sou extremamente favorável, devido às necessidades e a importância que é para os alunos ter o acesso às novas tecnologias, para que não se torne mais uma parcela de excluídos da sociedade. No entanto, é fundamental que saibam fazer uso desses recursos de forma crítica, para que não venham a se tornar meros expectadores, passivos, receptáculos, manipuláveis, mas sim, que saibam fazer uso dos meios para produzir e construir conhecimento com o espírito crítico e criativo.
Quanto aos professores (especialmente da rede municipal) encontram-se diante de uma realidade difícil e inovadora. Foi o que Bonilla mostrou, que a era dos avanços tecnológicos, torna o processo educacional e de aprendizagem em constante movimento. O educador comprometido necessita procurar entender este momento, que é revestido de características especiais, de rápidas e volumosas informações, de mudanças constantes, onde o que hoje se aprende, amanhã pode não ser mais válido. Por isso, precisamos ser humildes e procurar mudar essa postura tradicional, e aprender e reaprender.
Sabe-se que as competências que os professores adquirem no decorrer da formação, podem já não serem suficientes, por isso, é preciso desenvolvê-las de maneira que o uso das novas tecnologias não apenas seja mais um recurso de mera ilustração das aulas, mas sim, que sirva como instrumento de mediação que possibilite o estabelecimento de novas relações para a construção do conhecimento e novas formas de atividade mental, cientes dos seus perigos e limites. Como diz o pedagogo (PERNENOVO), “que exerçam antes de mais nada uma vigília cultural, sociológica , pedagógica e didática, para compreenderem do que será feita a escola de amanhã, seu público e seus programas”.
Também é preciso que o professor compreenda a transformação da sociedade e qual perfil deve ter o aluno de hoje, para transformá-lo no profissional do futuro. Positivamente, se o educador tiver intimidade e sentir-se confortável com as novas tecnologias e suas aplicações educacionais, poderá passar naturalmente para seus alunos a aplicabilidade e as vantagens de sua utilização na construção do conhecimento. Entretanto, o que acontece é que professores e alunos em sua maioria não tem acesso a esse mundo informatizado. E de que maneira o professor vai poder ser um facilitador da aprendizagem se a realidade que a cerca é tão cheia de controvérsias? Se as escolas encontram-se defasadas nas mais primárias condições de infra-estrutura (luz, telefone, espaço físico adequado, material didático, computadores ligados na internet etc). Como vamos acompanhar os mais modernos avanços tecnológicos?
As condições precárias de muitas escolas acabam inviabilizando o uso de novas tecnologias em sala de aula.
Estamos em um tempo propício para repensar a educação. Entretanto, há concepções diversas sobre os processos educacionais. Há visões diferenciadas sobre a escola, os professores e o currículo. Segundo Miguel G. Arroyo, existem concepções epistemológicas e sociológicas diversas sobre a prática educativa, existem os procedimentos de socialização e formação sobre a dinâmica da cultura, da construção de saberes e identidades. Há proximidades e diferenças no que poderíamos chamar de atual movimento de renovação pedagógica, que vem acontecendo entre nós nas últimas décadas. Ele é fruto do embate entre concepção e estilos de renovação teórica, prática, curricular, organizacional e cultural de nosso sistema escolar. Trata-se de um movimento de inovação que tenta acompanhar a dinâmica social, política e cultural de nossa sociedade.
Então acredito que é necessário criar canais para que os professores dêem palpites no momento de planejar e elaboração das propostas da formação do currículo, para que os mesmos se sintam mais valorizados e que possam ficar mais comprometidos.
Portanto, por que é necessário termos um currículo? Qual é o seu papel? Na educação tem objetivos que são substanciados em conteúdos, hábitos e atitudes.
Segundo Ibid, em todos os currículos acha-se bem definido o conceito básico de vida do grupo. Cada currículo encerra o conceito de pessoa que se espera que a escola possa formar criando nos jovens o molde de vida preferido e dominante no grupo. Em nenhuma parte a criança se desenvolve à sua maneira. Ao contrário, a escola comunica-lhe os valores selecionados pela sociedade.
Os avanços tecnológicos (Internet, Web, Chat) se tornaram relevante no processo educacional e é de tal importância que esses avanços possam estar fazendo parte na discussão durante o período de formação do currículo (daqui de Irecê). Pois os professores e principalmente os alunos (crianças) não podem ficar excluídas desse avançado processo digital.
Diante de tal situação, o papel do professor passa a ser ainda mais importante do que o papel do transmissor, pois necessita trabalhar num contexto criativo, aberto, dinâmico e complexo, sendo impossível à adoção de programas fechado, estabelecido a priori, cujos atos devem funcionar um após o outro, sem variar.
Segundo Morin, passa a trabalhar com estratégias, ou seja, com cenários de ação que podem modificar-se em função das informações, dos acontecimentos, dos imprevistos que sobrevenham no curso de ação; trabalhar com estratégias implica trabalhar com incertezas, com complexidades.
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