Produções Coletivas do grupo três
- UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA%toc%
- FACED - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
- CICLO IV
- CURSO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
- ATIVIDADE TEMÁTICA - 416:TECNOLOGIA
- PROFESSORA: MARIA HELENA BONILLA
- DISCENTES DO GEAC III
- MONITORA SAMAI DE AZEVEDO PEREIRA
COMUNIDADES VIRTUAIS
Neste texto fazemos uma ampla reflexão acerca da complexa rede denomidada ciberespaço e das relações estabelecidadas entre a telecomunicação e a informática que denominam-se tecnologias digitais. No ciberespaço as pessoas se comunicam, realizando a comunicação conjunto entre dois ou mais componentes via computadores em rede, mergulhados numa nova realidade, para informar, transmitir,corresponder, estabelecer uma analogia entres as pessoas produzindo saberes, vindo a construir o chamado mundo vitual.
Analisamos as comunidades virtuais como ponto fundamental para a criação de uma nova cultura (a cultura digital), percebemos que é um novo saber que será construído coletivamente, que precisa ser analisado criterosamente percebendo as vantagens e desvantagens de particiapr de uma comunidade virtual, princpalmente com interesse de gerar conhecimento e aprendizagem. Segundo os professores Edvaldo Couto e Nelson Preto no Artigo- Comunidade Virtual: herança cultural ou tendência contemporânea, a questão das comunidades virtuais tem gerado controvérsias entre os pesquisadores, sobretudo entre aqueles que apostam que o surgimento dessas e outras alternativas de comunicação romperá os laços de aproximidade e as relações face a face,ainda presentes na sociedade contemporânea.
Estamos na era da cultura da interação. A tecnologia vem invadindo o mundo de maneira apressada, de forma que devemos nos atualizar para não ficarmos excluídos do mundo digital. Mediante as tantas demandas do mundo globalizado temos que estar atentos aos temas e nos policiarmos no que diz respeito às comunidades e sociedades virtuias, visto que segundo os professores, nas relações de comunidades virtuais não existe garantia de privacidade quando estamos on line e é vital que estejamos conscientes das divergências e conflitos que o consumo da internet pode proporcionar a quem se utiliza de seus serviços. Diante da instabilidade da segurança proporcionadas pelas comunidades e sociedades virtuias, surge a necessidade de pensarmos e analisarmos a questão ética da tecnologia.
O que é uma Comunidade Virtual? Qual a função dela? Que proveito podemos tirar desse tipo de comunidade? Comunidade Virtual é um grupo de pessoas que se relacionam, se sentem mais à vontade, mais estimuladas, mais motivadas para estarem interagindo coletivamente. Essa dinâmica é muito importante para o crescimento de cada participante desde que se planejem cada etapa a ser desenvolvida com responsabilidade para que o fluir destas pessoas possa acontecer sempre da melhor forma possível.
Existem três tipos de comunicação mediada por computador (CMC):e-mail, news e chat.News são listas de discussâo temáticas,onde os assinantes do serviço remetem mensagens a um banco de dados que se encarrega de remetê-las para os outros usuários cadastrados.No caso do e-mail e do news, o usuário escolhe quando quer ler e responder as mensagens, no caso do chat o serviço transmite diretamente as mensagens escritas a todos os participantes do grupo conectados naquele momento.
COMENTÁRIOS DO TEXTO DA ATIVIDADE 416 – TECNOLOGIA
Interatividade
A principal idéia transmitida por Maria Helena Bonilla, professora da Universidade Federal da Bahia acerca do termo interatividade é que esta se manifesta através das relações interativas conscientes. Algo que sem dúvidas se difere das relações na perspectiva da interação, que pode acontecer de diversas maneiras, tanto na forma unilateral quanto bilateral, isto é, através do diálogo e da reciprocidade, sem no entanto, deixarem de manter um ponto em comum: a separação no tempo entre a ação do emissor e do receptor, estabelecendo assim uma relação linear. Portanto, enquanto a interação envolve um tipo de reação ou resposta do indivíduo a algum estímulo do ambiente num determinado espaço de tempo, quer seja na sala de aula ou em outro local, a interatividade se sobressai, constituindo-se um tipo de relação interativa bem mais amplo, porque se fundamenta na reciprocidade mútua e nas relações não lineares. Portanto, na perspectiva da interatividade o sujeito é participante ativo, consciente e pode até mesmo interromper o processo.Segundo a professora Maria Helelena Bonilla, o conceito de interatividade proposto por Silva(2000), pode nos oferecer uma base de apoio e compreensão das novas relações estabelecidas no âmbito educacional.
Nesse sentido, o papel do professor deixa de ser o de transmissor e facilitador para se transformar em conscientizador, pois precisa buscar novas estratégias para se fundamentar em incertezas e complexidades; pois um trabalho estruturado no acontecer ,ou seja, no inesperado, é vital para auxiliar o professor na conquista da reciprocidade mútua tão essencial em sala de aula.
A partir da análise dos conceitos de interação e interatividade percebemos que a interatividade é muito mais significativa que a interação, porque acontece através das relações humanas mediadas por sistemas ligados às modernas tecnologias. Isso significa que o indivíduo pode ser tanto emissor quanto receptor de uma realidade, podendo até mesmo transformá-la de maneira mais adequada às suas necessidades,costumes e formas de viver participando assim de uma maneira mais ativ. De um modo geral na interatividade o ser humano participa do processo de transformar de mudar a lógica. O processo de aprendizagem é socializado, e deve ser visto como fruto de um trabalho coletivo no qual o sujeito irá interagir com o meio ambiente, as pessoas e as ferramentas de trabalho.
Interação ação reação, o individuo está presente, mas não demonstra a vontade de produzir e compartilhar sua produção com os demais. Mas deve ser levado em conta a sua participação pelo fato da presença do indivíduo. Percebe-se que nesse caso não há a construção do conhecimento e simplesmente a transmissão.
Os dois termos são importantes para o desenvolvimento social. Segundo Lévy (1999:79), que o destinatário decodifique, interprete, participe, mobilize seu sistema nervoso distinto, re(apropriando e (re)combinando as mensagens veiculadas.
De acordo com a citação, pensamos que o acesso às novas tecnologias digitais são de fundamental importância tanto no campo profissional quanto pessoal, pois possibilita a apropriação, a participação e a interpretação de novos saberes na busca de novos conhecimentos proporcionados pela interatividade.
Assim sendo, podemos ressaltar que uma máquina pode permitir o funcionamento em conjunto para facilitar a comunicação entre seus usuários isso no que se refere ao computador, haja vista, que a televisão funciona apenas como um meio de transmição das informações, não permitindo a participação dos usuários em sua programação. Essa forma de comunicação já não satisfaz aos que primam pela ação modificadora de uma realidade até então estática e que almejam participar da programação como agente interativo. Isso significa que nós usuários não nos satisfazemos apenas em observar as imagens; nós queremos participar ativamente. No entanto, para que aconteça a interatividade, o usuário necessita observar que existe retorno ao esforço empreendido e que a sua participação efetuou modificações úteis no trabalho conjunto, isso implica que a interatividade é um canal de mão dupla na qual os envolvidos juntam conhecimentos e esforço em uma construção coletiva.
Dentro do nosso grupo de estudo, conversávamos e ao mesmo tempo mantínhamos contatos virtuais com outras pessoas, isso aconteceu por conta do processo de busca e da apropriação do querer aprender. Em alguns momentos, percebemos que houve apenas interação, ou seja, uma ação passiva. Mas na maioria das vezes, aconteceu uma reação diante dos fatos, tais como: bater papo, participar do Twiki, alterando e retirando algumas considerações dentro dos textos.
Em outras oportunidades, pensávamos que uma pessoa estava interagindo apenas pela presença física, como se alguém fosse participativo apenas pelo fato de estar vendo o programa, mas sem possibilidade de mudanças.
Notamos, por exemplo, que o grupo três passou ou está passando pela interatividade, pois alguns já demonstam atitudes mais significativas, enfrentam a máquina com mais autonomia, bem como apresentam participações ativas. Não restam dúvidas de que o nosso grupo vem priorizando a interatividade, se familiarizando mais com o computador, bem como o uso da internet. Portanto, diante da emergência das novas relações e comunicações que agora vivenciamos é que passamos a compreender a relevância da internet nas relações interativas e que precisamos lutar por políticas públicas que garantam uma democratização do acesso à internet para a maior parte possível da população.
Os educadores precisam entender que o mundo mudou. O papel que se espera de um docente não é mais o mesmo. Num mundo com abundância de informações cabe ao educador redescobrir novas funcões, bem como novas articulações do conhecimento e valorização da ética da informação. Neste sentido, é inquestionável a importância da internet nos espaços educacionais, especialmente pelas possibilidades de interatividade integrada nas diversos tipos de comunidades. Enfim, o
GEAC - Grupo de Estudo Acadêmico de Tecnologia nos proporcionou ver a internet, não como o futuro, mas como o princípio de uma profunda mudança na forma de como as pessoas interagem entre si e com o resto do mundo.
REFERÊNCIA
BONILLA, Maria Helena S. Escola aprendente: desafios e possibilidades postos no contexto da sociedade do conhecimento. 2002. Tese, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador – BA. (p. 188 – 193). Disponível no
http://poseducacaoestatistica.vilabol.uol.com.br/interatividade.htm
