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Artigo coletivo | ||||||||
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(Título a ser pensado) | ||||||||
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< < | Para compreender a sociedade atual é importante tratar das relações entre as tecnologias digitais e a cultura contemporânea, que vem sendo chamada de cibercultura. Conforme pressupostos de André Lemos (2005 on-line), a cibercultura configura-se como uma forma sócio–cultural que surge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as tecnologias digitais de bases micro-eletrônica que emergem da conjugação da informática com a comunicação. | |||||||
> > | Para compreender a sociedade atual é importante tratar das relações entre as tecnologias digitais e a cultura contemporânea, que vem sendo chamada de cibercultura. Conforme pressupostos de André Lemos (2005 on-line), a cibercultura configura-se como uma forma sócio–cultural que surge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as tecnologias digitais de bases micro-eletrônica que emergem da conjugação da informática com a comunicação. | |||||||
Ainda em consonância com as teses de Lemos (2005) | ||||||||
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< < | [...] não podemos compreender a cibercultura sem uma perspectiva histórica, sem compreendermos os diversos desdobramentos sociais, históricos, econômicos, culturais, cognitivos e ecológicos da relação do homem com a técnica. A cibercultura nasce no desdobramento da relação da tecnologia com a modernidade que se caracterizou pela dominação, através do projeto racionalista-iluminista, da natureza e do outro. Se para Heidegger (Heidegger, 1954) a essência da técnica moderna estava na requisição energético-material da natureza para a livre utilização científica do mundo, a cibercultura seria uma atualização dessa requisição, centrada agora na transformação do mundo em dados binários para futura manipulação humana (simulação, interatividade, genoma humano, engenharia genética, etc.) | |||||||
> > | [...] não podemos compreender a cibercultura sem uma perspectiva histórica, sem entender os diversos desdobramentos sociais, históricos, econômicos, culturais, cognitivos e ecológicos da relação do homem com a técnica. A cibercultura nasce no desdobramento da relação da tecnologia com a modernidade que se caracterizou pela dominação, através do projeto racionalista-iluminista, da natureza e do outro. Se para Heidegger (Heidegger, 1954) a essência da técnica moderna estava na requisição energético-material da natureza para a livre utilização científica do mundo, a cibercultura seria uma atualização dessa requisição, centrada agora na transformação do mundo em dados binários para futura manipulação humana (simulação, interatividade, genoma humano, engenharia genética, etc.) | |||||||
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< < | No entanto, essa manipulação não implica necessariamente em dominação e monitoramento, embora estas formas de controle estejam postas e sejam efetivamente usadas. As potencialidades das tecnologias contemporâneas estão desencadeando também movimentos horizontalizados e auto-organizativos, a exemplo das comunidades virtuais de aprendizagem, que se constituem em ambientes de partilha, aprendizagem e produção colaborativa. Nessas comunidades as pessoas “refletem sobre a própria construção das aprendizagens e das representações, sobre o que elas são, sobre seus universos, suas realidades, seus cotidianos” (Dias, 2002), através dos canais de comunicação e dos espaços coletivos para produção e publicação, retirando-se assim o privilégio da posse e controle do conhecimento, seja de quem for, uma vez que o conhecimento foi gerado dentro da comunidade. | |||||||
> > | No entanto, essa manipulação não implica necessariamente em dominação e monitoramento, embora estas formas de controle estejam postas e sejam efetivamente usadas. As potencialidades das tecnologias contemporâneas estão desencadeando também movimentos horizontalizados e auto-organizativos, a exemplo das comunidades virtuais de aprendizagem, que se constituem em ambientes de partilha, aprendizagem e produção colaborativa. Nessas comunidades as pessoas “refletem sobre a própria construção das aprendizagens e das representações, sobre o que elas são, sobre seus universos, suas realidades, seus cotidianos” (Dias, 2002), através dos canais de comunicação e dos espaços coletivos para produção e publicação, retirando-se assim o privilégio da posse e controle do conhecimento, seja de quem for, uma vez que o conhecimento foi gerado dentro da comunidade. | |||||||
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< < | É no cruzamento dessas diversas possibilidades de articulação em rede que emerge um conjunto de técnicas – materiais e intelectuais -, práticas, atitudes, modos de pensamento e valores específicos a esse contexto, denominado de cibercultura (Lévy, 1999:17) | |||||||
> > | É no cruzamento dessas diversas possibilidades de articulação em rede que emerge um conjunto de técnicas – materiais e intelectuais -, práticas, atitudes, modos de pensamento e valores específicos a esse contexto, denominado de cibercultura (Lévy, 1999:17) | |||||||
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< < | A cibercultura possibilita encontrem os sujeitos singularizados suas próprias vozes e falem por si próprios de uma forma pública, expandindo o envolvimento político direto e automediado, ultrapassando as barreiras dos controles externos e facultando formas alternativas de comunicação, oportunidades de renegociação das regras da vida social no sentido de uma mais plena democracia, onde cobram importância fundamental as comunidades virtuais construídas de forma rápida em torno de interesses partilhados. (Marques, 1999:144) | |||||||
> > | A cibercultura possibilita encontrem os sujeitos singularizados suas próprias vozes e falem por si próprios de uma forma pública, expandindo o envolvimento político direto e automediado, ultrapassando as barreiras dos controles externos e facultando formas alternativas de comunicação, oportunidades de renegociação das regras da vida social no sentido de uma mais plena democracia, onde cobram importância fundamental as comunidades virtuais construídas de forma rápida em torno de interesses partilhados. (Marques, 1999:144) obs quem tem essa citação? corrigir a frase inicial. | |||||||
Abrem-se assim possibilidades para fazer, pensar e conviver que não poderiam ser pensadas sem a presença dessas tecnologias, da mesma forma que a escrita abriu possibilidades que não poderiam ser pensadas num contexto oral. Entretanto, isso não quer dizer que todas essas possibilidades serão aproveitadas. Algumas serão fortificadas, outras não serão utilizadas e cairão no esquecimento. De qualquer forma, cada uma dessas tecnologias intelectuais não pode ser vista apenas pelo seu viés instrumental. Elas introduzem um novo sistema simbólico para ser processado, (re)organizam a visão de mundo de seus usuários, impondo outros modos de viver, pensar e agir, modificam hábitos cotidianos, valores e crenças. Dessa forma, constituem-se em elementos estruturantes das relações sociais. | ||||||||
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perdem o caráter distinto, ora porque se imbricam, se sobrepõem ou se mesclam umas às outras, ora porque se ofuscam mutuamente, se auto-anulam e se desfiguram, com a agravante de que esse processo implosivo deixa de comprometer tão somente a natureza dos elementos básicos para deixar ainda em risco o próprio edifício esquemático sob o qual se finca a teoria. Comparecem aqui todas as características de uma era de confusão, expressão correspondente à fase atual da sociedade tecnológica (Trivinho, 1999:182-183) | ||||||||
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< < | O ciberespaço oportuniza a emergência da comunicação interativa que se processa de forma flexível, de acordo com a vontade e o estilo dos indivíduos comunicadores, sem o controle de centros emissores. Deixam os indivíduos de ser meros consumidores de informações para assumirem o papel de participantes, interventores, provedores, co-autores de processos e produtos. | |||||||
> > | O ciberespaço oportuniza a emergência da comunicação interativa que se processa de forma flexível, de acordo com a vontade e o estilo dos indivíduos comunicadores, sem o controle de centros emissores. Deixam os indivíduos de ser meros consumidores de informações para assumirem o papel de participantes, interventores, provedores, co-autores de processos e produtos. Nesse sentido as práticas mais convencionais de aquisição seqüenciada da informação vão perdendo espaço para uma dinâmica não linear, permitindo que os sujeitos construa uma rede de saberes a partir das múltiplas interações que ele vai estabelecendo com essas informações, que não mais são estabelecidas a partir de um único pólo irradiador. | |||||||
Desse modo, a expansão tecnológica não direciona de forma determinística os caminhos cotidianos das pessoas, porém interfere efetivamente no desempenho de papéis dentro de um determinado tipo de sociedade, no qual o aporte tecnológico é importante para determinados objetivos tanto individuais, quanto coletivos, e ainda para a consecução de diversos objetivos profissionais ou produção de novos objetivos. Por outro lado, esses objetivos que vão se constituindo, bem como as relações e as articulações que se processam no interior dessa nova cultura leva ao desenvolvimento de novas tecnologias. Temos então presente um processo complexo onde a organização acontece a partir de efeitos e produtos que são necessários a sua própria causação e a sua própria produção (Morin, 1998:182). Aprofundar essas relações de influências (Adriane) Assim, a sociedade contemporânea é demarcada por alterações que proliferam rapidamente no mundo globalizado. As diversas descobertas nos campos científicos e tecnológicos produzem novas convicções que reconfiguram certezas já estabelecidas e edificam outras. Nesse panorama acrescente-se a velocidade de propagação dessas alterações alicerçadas na emergência das tecnologias de informação e comunicação. As tecnologias de informação e comunicação têm propiciado alterações significativas nas relações intelectuais e sociais que provocam mudanças de difícil compreensão no contexto social. | ||||||||
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> > | Tomando aqui o digital como uma construção cultural do coletivo que interage com essas tecnologias, criando novos ambientes de aprendizagem e produzindo conhecimento, cabe a nos questionarmos como elementos dessa cultura digital podem tencionar, ressignificar novas práticas no campo do currículo, da educação, e da sala de aula. Pensar “outras educações” com as TICs, implica superar a visão fragmentada do conhecimento, e as práticas educacionais homogeinizadoras que tradicionalmente configuram nossas escolas. Segundo Bonilla e Picanço (2004) a provocação posta nessa expressão [...] representa uma crítica ao alardeado processo de modernização do sistema educacional pautado no simples uso das ditas "novas” tecnologias, que buscam elevar o mesmo tipo de educação a um maior grau de eficácia e eficiência. Ao mesmo tempo, essa expressão aponta para um problema fundamental: diante do contexto atual de mudanças, marcado pela presença das TIC, as formas de educação, normalmente concentradas no modelo da “escola única”, precisam ser repensadas, reinventadas, pluralizadas. Significa, inclusive, superar o modelo de “aula” como única possibilidade de espaço-tempo de relações entre os sujeitos envolvidos no processo educativo. Significa transformar o espaço-tempo educativo num campo do qual emergem as atividades curriculares e no qual se articulam os conteúdos às ações, o saber ao viver. Isso implica superar a fragmentação do currículo escolar, organizado em disciplinas. (p. ) Portanto uma educação que redefina os papeis de autor e leitor, de leitura e escrita, de ensino e aprendizagem, de professor e aluno no âmbito da escola superando o modelo verticalizante das pedagogias centradas no falar/ditar do mestre. Pois sem essa mudança de paradigma essas tecnologias apenas reforçarão a relação impositiva de uma dada pedagogia caracterizada por “[...] um modelo de comunicação vertical e autoritário na relação professor – aluno e linearmente organizado no tocante à aprendizagem”. (Martín-Barbero 2000, p.52). Uma escola que não transforme esse modelo centrado na seqüência linear, que propõe pacotes de conhecimento para uma pluralidade de sujeitos, não poderá responder as novas demandas de aprendizagem na contemporaneidade e que exigem novas formas de integrar saberes numa perspectiva interdisciplinar e multirrefencial. | |||||||
Complementar com "o fim das certezas" (Adriane) | ||||||||
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< < | A importância das tecnologias digitais reside na possibilidade que as pessoas têm de empreender com essas tecnologias novos elementos de formular e de reconstruir conexões antes não possíveis pois, o acoplamento em rede implica estar em vários lugares, em uma conexão generalizada, que se consubstancia no exponencial máximo a rede mundial de computadores – a Internet | |||||||
> > | A importância das tecnologias digitais reside na possibilidade que as pessoas têm de empreender com essas tecnologias novos elementos de formular e de reconstruir conexões antes não possíveis pois, o acoplamento em rede implica estar em vários lugares, em uma conexão generalizada, que se consubstancia no exponencial máximo a rede mundial de computadores – a Internet | |||||||
Na Internet são possíveis diversos acoplamentos e conexões que possibilitam estabelecer diferenciadas relações em vários campos de atuação, neste trabalho interessa-nos compreender a relação com o saber. |
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Artigo coletivo | ||||||||
Line: 47 to 47 | ||||||||
Relação com capitulo X do Cibercultura do Levy (Daisy) | ||||||||
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< < | Essa relação com o saber como afirma Charlot (2000:78-79),é uma relação com o mundo de significados, mas também como espaço de atividades e que se inscreve no tempo. Nessa relação do sujeito com o saber e com o mundo, com ele mesmo e com os outros; implica uma relação como um conjunto de significados, como sistemas simbólicos, notadamente a linguagem; o espaço de atividades se situa em uma atividade do sujeito, a questão da relação é estabelecida com o sujeito ao se relacionar com algo que lhe é externo; a relação com o saber é uma relação como tempo, esse tempo se engendra com o da espécie humana na transmissão das gerações de momentos significativos,por ocasiões significativas que podem ser de rupturas ou de aventuras humanas, esse tempo se desenvolve em três dimensões: o passado, o presente e o futuro. Assim, essa analise se desenvolve com relação ao o sujeito singular se inscreve num espaço social. | |||||||
> > | Na compreensão de Pierre Lévy (2000:161-162) o saber na contemporaneidade significa a capacidade de enfrentar ondas, redemoinhos, as corrente e os ventos contrários em uma extensão plana, sem fronteiras e em constante mudança. Segundo o autor não existe mais espaços para a hierarquização do conhecimento. | |||||||
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< < | Nesse sentido a Internet se circunscreve como espaço social amplo no qual os sujeitos podem se estabelecer em diversas relações sociais no mundo no qual as relações podem ser estruturadas a partir de um campo de disponibilidade e caminhos que se abrem com esse aporte tecnológico. | |||||||
> > | Assim, o autor propõe uma reflexão sobre o futuro dos sistemas de educação e da formação na cibercultura fundada em uma análise das mutações contemporânea da relação com o saber. Três aspectos devem ser analisados: o primeiro a velocidade de surgimento e de renovação dos saberes e savoir-fair; o segundo relacionado diretamente com o trabalho - o trabalho na contemporaneidade significa cada vez mais aprender, transmitir saberes e produzir conhecimentos; o terceiro - no ciberespaço comporta tecnologias intelectuais que amplificam, exteriorizam determinadas funções cognitivas humanas: memória, imaginação, percepções, raciocínio. Essas tecnologias intelectuais favorecem: a uma nova forma de acesso à informação - via navegação por hipertextos, pesquisa em sites de buscas e novos estilos de raciocínio e de conhecimentos como a simulação. | |||||||
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< < | Assim, a relação com a rede mundial de computadores avança significativamente como reflexo cultural do momento em que vivemos, a qual influencia e expande os saberes, os relacionamentos, as identidades e as comunicações o que proporciona mudanças nos padrões, papéis e funções existentes na sociedade. | |||||||
> > | Como palco para essas simulações encontra-se o ciberespaço como um fenômeno gerado por demandas sociais e também pela crise dos paradigmas, ocorrida na passagem do século XX para o XXI. No bojo desse fenômeno, e frente às possibilidades advindas do ciberespaço, os saberes se reconstroem e cresceram na rede de modo expressivo. No estabelecimento de interconexões e as redes colaborativas são fenômenos dinâmicos de uma sociedade que propiciam [...] esse novo suporte de informação e de comunicação emergem gêneros de conhecimento inusitados, critérios de avaliação inéditos para orientar o saber, novos atores na produção e tratamento dos conhecimentos. (LEVY, 2000:167). Nesse sentido a rede a rede web se circunscreve como reflexo cultural do momento em que vivemos, a qual influencia e expande os saberes, os conhecimentos os relacionamentos, as identidades e as comunicações o que proporciona mudanças nos padrões sociais e educacionais. | |||||||
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> > | OBS: PESNSO QUE ESTA PARTE SOBRE A CULTURA PODE SER SUPRIMIDA DO TEXTO. | |||||||
Para evidenciar alguns aspectos sobre a cultura, optou-se inicialmente pontuar alguns aspectos teóricos referentes à cultura, em seguida busca-se estabelecer nexos da questão cultural via o uso da Internet enquanto a rede mundial de computadores. | ||||||||
Line: 110 to 113 | ||||||||
Portanto, as discussões aqui iniciadas não foram finalizadas e várias e diversos elementos devem ser acrescidos ao texto, ele é um estudo preliminar sobre o tema para ser reconstruído. | ||||||||
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< < | Restos | |||||||
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< < | O entrelace de características e funções dessas categorias elementares da comunicação refletem diretamente no campo educativo, uma vez que os sistemas educativo e comunicativo estão imbricados, ou seja, em nossa vida cotidiana utilizamos lógicas e linguagens variadas – sistema comunicativo – para interagir com os outros e com o mundo, o que culmina num processo de ressignificação desse mundo – processo educativo. Teríamos então, em decorrência da implosão da Teoria da Comunicação, também uma implosão da “Teoria Pedagógica” tradicional? Por um lado, na prática pedagógica dos professores da escola básica, no geral, ainda não temos presenciado essa implosão. O que temos presenciado é um sentimento de que os métodos tradicionais não são mais suficientes para fundamentar os movimentos, desejos, relações e práticas contemporâneos. Por outro lado, temos presenciado a proposição de várias experiências, ainda pontuais, que procuram incorporar as características do ciberespaço e apontam para “novas educações” [eh olhando o que o Sartre-COC estao fazendo, me pergunto: como estah se dando esta "incorporacao"? essas "novas educacoes" podem ir de extremos como aponta Boni (mesmo q isto ainda me pareca nao muito bem compreendido) ate a outros extremos que me parecem bem apocalipticos...](-- Main. Adriane Halmann - 14 Feb 2005) Nessas experiências, o modelo comunicacional da transmissão de informações é substituído por dinâmicas interativas; as tradicionais funções do professor (emissor), aluno (receptor) e conteúdo (mensagem) tendem a imbricar-se; passa-se a utilizar uma multiplicidade de fontes e canais online, de forma que temos uma excessiva produção de signos-mensagem e produtos em circulação em rede, sendo que todos os sujeitos envolvidos passam a ser co-autores dos processos de aprendizagem. Ou seja, “na sala de aula interativa a aprendizagem se faz com a dialógica que associa emissão e recepção como pólos antagônicos e complementares na co-criação da comunicação e da aprendizagem” (Silva, 2000). O desafio é alargar essas experiências de forma a que efetivamente provoquem a implosão dos modelos tradicionais? A cibercultura traz novos desafios à educação. A cibercultura para Lemos (2003) é um tipo de cultura que emerge das tecnologias digitais e que está presente na sociedade contemporânea sendo vivenciada a todo o instante por meio de tvs a cabo e satélite, internet, palm, celular, caixas eletrônicos... Contudo apesar de já estarmos na cibercultura pouco tem se discutido sobre seus limites e possibilidades. Em geral encontramos dois grupos de pessoas a classifica dentro de uma lógica pessimista ou otimista ou como sugere McLuhan? “apocalípticos e integrados”. Na contemporaneidade, os computadores em rede são objetos que, culturalmente, influenciam a vida das pessoas que estabelecem relações através dessas máquinas. Entre os elementos tecnológicos, a Internet, especialmente, produz significativas alterações nas formas de conhecimento, de identidade, de relacionamento e comunicação. | |||||||
(Acho q qdo fala de conhecimento, dah pano p manga. Temos a necessidade de novos conhecimentos, e, consequentemente, novas formas de armazena-lo - vejam so o que sao os museus virtuais, eh uma doideira! - , novas formas de se relacionar com o conhecimento - a ciencia vai se relacionando com as humanidades e comeca-se a dar importancia para outras coisas, fazer ciencia ganhou novos significados -, novos modos de produzir conhecimento - a algum tempo atras, quem imaginaria construir um texto em uma plataforma de construcao coletiva?)... -- Main. Adriane Halmann - 14 Feb 2005 | ||||||||
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REFERÊNCIAS
BONILLA, Maria Helena; PICANÇO, Alessandra Assis. Tecnologia e Novas Educações. In: II Colóquio Luso-brasileiro sobre questões curriculares, 2004, Rio de Janeiro: UERJ. p. 3473-3488. CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. | ||||||||
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< < | CHARLOT, Bernad. Da relação como saber; elementos para uma teoria, Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
CHAUÍ, Marilena. Cultura e racismo. Princípios, São Paulo: Ática, n.29 maio/jul.1993. FORQUIN, Jean-Claude. Escola e Cultura: bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. | |||||||
LEMOS, André. Cibercultura. Alguns pontos para compreender a nossa época. In: LEMOS, André e CUNHA, Paulo (orgs.). Olhares sobre a cibercultura. Porto Algre: Solunas, 2003. LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999. 264 p. MARQUES, Mario Osorio. A escola no computador: linguagens rearticuladas, educação outra. Coleção fronteiras da educação Ijuí: Ed. Unijuí, 1999. 216 p. |
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Artigo coletivoMaria Helena Bonilla, Simone de Lucena Ferreira, Daisy Fonseca, Telma Brito Rocha, Alessandra de Assis Picanço, Adriane Halmann | ||||||||
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< < | Segundo Trivinho (1999), com a emergência do ciberespaço ocorre a implosão da Teoria da Comunicação. Nessa teoria, as categorias – emissor, receptor, mensagem, canal, ruído, feedback, contexto, codificação – estão bem demarcadas, com características e funções definidas e demonstráveis empiricamente, de forma a satisfazer os critérios de cientificidade do discurso acadêmico. No entanto, no ciberespaço, essas categorias perdem o caráter distinto, ora porque se imbricam, se sobrepõem ou se mesclam umas às outras, ora porque se ofuscam mutuamente, se auto-anulam e se desfiguram, com a agravante de que esse processo implosivo deixa de comprometer tão somente a natureza dos elementos básicos para deixar ainda em risco o próprio edifício esquemático sob o qual se finca a teoria. Comparecem aqui todas as características de uma era de confusão, expressão correspondente à fase atual da sociedade tecnológica (Trivinho, 1999:182-183) O entrelace de características e funções dessas categorias elementares da comunicação refletem diretamente no campo educativo, uma vez que os sistemas educativo e comunicativo estão imbricados, ou seja, em nossa vida cotidiana utilizamos lógicas e linguagens variadas – sistema comunicativo – para interagir com os outros e com o mundo, o que culmina num processo de ressignificação desse mundo – processo educativo. Teríamos então, em decorrência da implosão da Teoria da Comunicação, também uma implosão da “Teoria Pedagógica” tradicional? Por um lado, na prática pedagógica dos professores da escola básica, no geral, ainda não temos presenciado essa implosão. O que temos presenciado é um sentimento de que os métodos tradicionais não são mais suficientes para fundamentar os movimentos, desejos, relações e práticas contemporâneos. Por outro lado, temos presenciado a proposição de várias experiências, ainda pontuais, que procuram incorporar as características do ciberespaço e apontam para “novas educações” [eh olhando o que o Sartre-COC estao fazendo, me pergunto: como estah se dando esta "incorporacao"? essas "novas educacoes" podem ir de extremos como aponta Boni (mesmo q isto ainda me pareca nao muito bem compreendido) ate a outros extremos que me parecem bem apocalipticos...](-- Main. Adriane Halmann - 14 Feb 2005) Nessas experiências, o modelo comunicacional da transmissão de informações é substituído por dinâmicas interativas; as tradicionais funções do professor (emissor), aluno (receptor) e conteúdo (mensagem) tendem a imbricar-se; passa-se a utilizar uma multiplicidade de fontes e canais online, de forma que temos uma excessiva produção de signos-mensagem e produtos em circulação em rede, sendo que todos os sujeitos envolvidos passam a ser co-autores dos processos de aprendizagem. Ou seja, “na sala de aula interativa a aprendizagem se faz com a dialógica que associa emissão e recepção como pólos antagônicos e complementares na co-criação da comunicação e da aprendizagem” (Silva, 2000). O desafio é alargar essas experiências de forma a que efetivamente provoquem a implosão dos modelos tradicionais? A cibercultura traz novos desafios à educação. A cibercultura para Lemos (2003) é um tipo de cultura que emerge das tecnologias digitais e que está presente na sociedade contemporânea sendo vivenciada a todo o instante por meio de tvs a cabo e satélite, internet, palm, celular, caixas eletrônicos... Contudo apesar de já estarmos na cibercultura pouco tem se discutido sobre seus limites e possibilidades. Em geral encontramos dois grupos de pessoas a classifica dentro de uma lógica pessimista ou otimista ou como sugere McLuhan? “apocalípticos e integrados”. Lemos defini a cibercultura como a: | |||||||
A questão da cultura na sociedade contemporânea..(Título a ser pensado) | ||||||||
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< < | Na contemporaneidade, os computadores em rede são objetos que, culturalmente, influenciam a vida das pessoas que estabelecem relações através dessas máquinas. Entre os elementos tecnológicos, a Internet, especialmente, produz significativas alterações nas formas de conhecimento, de identidade, de relacionamento e comunicação. (Acho q qdo fala de conhecimento, dah pano p manga. Temos a necessidade de novos conhecimentos, e, consequentemente, novas formas de armazena-lo - vejam so o que sao os museus virtuais, eh uma doideira! - , novas formas de se relacionar com o conhecimento - a ciencia vai se relacionando com as humanidades e comeca-se a dar importancia para outras coisas, fazer ciencia ganhou novos significados -, novos modos de produzir conhecimento - a algum tempo atras, quem imaginaria construir um texto em uma plataforma de construcao coletiva?)... -- Main. Adriane Halmann - 14 Feb 2005 Não sei se os computadores apenas influenciam a vida das pessoas. É preciso discutir melhor isso – eles surgem numa determinada cultura e possuem características que articulam outras formas de pensar, se relacionar, produzir... Ver o princípio da complexidade Ver - http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/andrelemos/cibercultura.pdf A questão da cultura na sociedade contemporânea. Para compreender a sociedade atual é importante tratar das relações entre as tecnologias digitais e a cultura contemporânea, que vem sendo chamada de cibercultura. Conforme pressupostos de André Lemos (2005 on-line), a cibercultura configura-se como uma forma sócio–cultural que surge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as neotecnologias digitais de bases micro-eletrônica que emergem da conjugação da informática com a comunicação. | |||||||
> > | Para compreender a sociedade atual é importante tratar das relações entre as tecnologias digitais e a cultura contemporânea, que vem sendo chamada de cibercultura. Conforme pressupostos de André Lemos (2005 on-line), a cibercultura configura-se como uma forma sócio–cultural que surge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as tecnologias digitais de bases micro-eletrônica que emergem da conjugação da informática com a comunicação. | |||||||
Ainda em consonância com as teses de Lemos (2005) | ||||||||
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Rever as leis e aprofundar, caso seja necessário, segundo Lemos (Simone) | ||||||||
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< < | colocar Trivinho - está no início do texto (Bonilla) | |||||||
> > | Essas características do ciberespaço, segundo Trivinho (1999), provocam a implosão da Teoria da Comunicação. Nessa teoria, as categorias – emissor, receptor, mensagem, canal, ruído, feedback, contexto, codificação – estão bem demarcadas, com características e funções definidas e demonstráveis empiricamente, de forma a satisfazer os critérios de cientificidade do discurso acadêmico. No entanto, no ciberespaço, essas categorias | |||||||
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> > | perdem o caráter distinto, ora porque se imbricam, se sobrepõem ou se mesclam umas às outras, ora porque se ofuscam mutuamente, se auto-anulam e se desfiguram, com a agravante de que esse processo implosivo deixa de comprometer tão somente a natureza dos elementos básicos para deixar ainda em risco o próprio edifício esquemático sob o qual se finca a teoria. Comparecem aqui todas as características de uma era de confusão, expressão correspondente à fase atual da sociedade tecnológica (Trivinho, 1999:182-183) | |||||||
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< < | Desse modo a expansão tecnológica não direciona de forma determinística os caminhos cotidianos das pessoas, porém interfere efetivamente no desempenho de papéis dentro de um determinado tipo de sociedade, no qual o aporte tecnológico é importante para determinados objetivos tanto individuais, quanto coletivos, e ainda para a consecução de diversos objetivos profissionais ou produção de novos objetivos. Por outro lado, esses objetivos que vão se constituindo, bem como as relações e as articulações que se processam no interior dessa nova cultura leva ao desenvolvimento de novas tecnologias. Temos então presente um processo complexo onde a organização acontece a partir de efeitos e produtos que são necessários a sua própria causação e a sua própria produção (Morin, 1998:182). | |||||||
> > | O ciberespaço oportuniza a emergência da comunicação interativa que se processa de forma flexível, de acordo com a vontade e o estilo dos indivíduos comunicadores, sem o controle de centros emissores. Deixam os indivíduos de ser meros consumidores de informações para assumirem o papel de participantes, interventores, provedores, co-autores de processos e produtos. Desse modo, a expansão tecnológica não direciona de forma determinística os caminhos cotidianos das pessoas, porém interfere efetivamente no desempenho de papéis dentro de um determinado tipo de sociedade, no qual o aporte tecnológico é importante para determinados objetivos tanto individuais, quanto coletivos, e ainda para a consecução de diversos objetivos profissionais ou produção de novos objetivos. Por outro lado, esses objetivos que vão se constituindo, bem como as relações e as articulações que se processam no interior dessa nova cultura leva ao desenvolvimento de novas tecnologias. Temos então presente um processo complexo onde a organização acontece a partir de efeitos e produtos que são necessários a sua própria causação e a sua própria produção (Morin, 1998:182). | |||||||
Aprofundar essas relações de influências (Adriane) | ||||||||
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Complementar com "o fim das certezas" (Adriane) | ||||||||
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< < | A importância das tecnologias digitais reside na possibilidade que as pessoas têm de empreender com essas tecnologias novos elementos de formular e de reconstruir conexões antes não possíveis pois, o acoplamento em rede implica estar em vários lugares, em uma conexão generalizada, que se consubstancia no exponencial máximo a rede mundial de computadores – a Internet | |||||||
> > | A importância das tecnologias digitais reside na possibilidade que as pessoas têm de empreender com essas tecnologias novos elementos de formular e de reconstruir conexões antes não possíveis pois, o acoplamento em rede implica estar em vários lugares, em uma conexão generalizada, que se consubstancia no exponencial máximo a rede mundial de computadores – a Internet | |||||||
Na Internet são possíveis diversos acoplamentos e conexões que possibilitam estabelecer diferenciadas relações em vários campos de atuação, neste trabalho interessa-nos compreender a relação com o saber. | ||||||||
Line: 142 to 110 | ||||||||
Portanto, as discussões aqui iniciadas não foram finalizadas e várias e diversos elementos devem ser acrescidos ao texto, ele é um estudo preliminar sobre o tema para ser reconstruído. | ||||||||
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> > | Restos O entrelace de características e funções dessas categorias elementares da comunicação refletem diretamente no campo educativo, uma vez que os sistemas educativo e comunicativo estão imbricados, ou seja, em nossa vida cotidiana utilizamos lógicas e linguagens variadas – sistema comunicativo – para interagir com os outros e com o mundo, o que culmina num processo de ressignificação desse mundo – processo educativo. Teríamos então, em decorrência da implosão da Teoria da Comunicação, também uma implosão da “Teoria Pedagógica” tradicional? Por um lado, na prática pedagógica dos professores da escola básica, no geral, ainda não temos presenciado essa implosão. O que temos presenciado é um sentimento de que os métodos tradicionais não são mais suficientes para fundamentar os movimentos, desejos, relações e práticas contemporâneos. Por outro lado, temos presenciado a proposição de várias experiências, ainda pontuais, que procuram incorporar as características do ciberespaço e apontam para “novas educações” [eh olhando o que o Sartre-COC estao fazendo, me pergunto: como estah se dando esta "incorporacao"? essas "novas educacoes" podem ir de extremos como aponta Boni (mesmo q isto ainda me pareca nao muito bem compreendido) ate a outros extremos que me parecem bem apocalipticos...](-- Main. Adriane Halmann - 14 Feb 2005) Nessas experiências, o modelo comunicacional da transmissão de informações é substituído por dinâmicas interativas; as tradicionais funções do professor (emissor), aluno (receptor) e conteúdo (mensagem) tendem a imbricar-se; passa-se a utilizar uma multiplicidade de fontes e canais online, de forma que temos uma excessiva produção de signos-mensagem e produtos em circulação em rede, sendo que todos os sujeitos envolvidos passam a ser co-autores dos processos de aprendizagem. Ou seja, “na sala de aula interativa a aprendizagem se faz com a dialógica que associa emissão e recepção como pólos antagônicos e complementares na co-criação da comunicação e da aprendizagem” (Silva, 2000). O desafio é alargar essas experiências de forma a que efetivamente provoquem a implosão dos modelos tradicionais? A cibercultura traz novos desafios à educação. A cibercultura para Lemos (2003) é um tipo de cultura que emerge das tecnologias digitais e que está presente na sociedade contemporânea sendo vivenciada a todo o instante por meio de tvs a cabo e satélite, internet, palm, celular, caixas eletrônicos... Contudo apesar de já estarmos na cibercultura pouco tem se discutido sobre seus limites e possibilidades. Em geral encontramos dois grupos de pessoas a classifica dentro de uma lógica pessimista ou otimista ou como sugere McLuhan? “apocalípticos e integrados”. Na contemporaneidade, os computadores em rede são objetos que, culturalmente, influenciam a vida das pessoas que estabelecem relações através dessas máquinas. Entre os elementos tecnológicos, a Internet, especialmente, produz significativas alterações nas formas de conhecimento, de identidade, de relacionamento e comunicação. (Acho q qdo fala de conhecimento, dah pano p manga. Temos a necessidade de novos conhecimentos, e, consequentemente, novas formas de armazena-lo - vejam so o que sao os museus virtuais, eh uma doideira! - , novas formas de se relacionar com o conhecimento - a ciencia vai se relacionando com as humanidades e comeca-se a dar importancia para outras coisas, fazer ciencia ganhou novos significados -, novos modos de produzir conhecimento - a algum tempo atras, quem imaginaria construir um texto em uma plataforma de construcao coletiva?)... -- Main. Adriane Halmann - 14 Feb 2005 Ver - http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/andrelemos/cibercultura.pdf | |||||||
REFERÊNCIAS
BONILLA, Maria Helena; PICANÇO, Alessandra Assis. Tecnologia e Novas Educações. In: II Colóquio Luso-brasileiro sobre questões curriculares, 2004, Rio de Janeiro: UERJ. p. 3473-3488. CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. |
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Artigo coletivo | ||||||||
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< < | Maria Helena Bonilla, Simone de Lucena Ferreira, Daisy Fonseca, Telma Brito Rocha, Alessandra de Assis Picanço | |||||||
> > | Maria Helena Bonilla, Simone de Lucena Ferreira, Daisy Fonseca, Telma Brito Rocha, Alessandra de Assis Picanço, Adriane Halmann | |||||||
Segundo Trivinho (1999), com a emergência do ciberespaço ocorre a implosão da Teoria da Comunicação. Nessa teoria, as categorias – emissor, receptor, mensagem, canal, ruído, feedback, contexto, codificação – estão bem demarcadas, com características e funções definidas e demonstráveis empiricamente, de forma a satisfazer os critérios de cientificidade do discurso acadêmico. No entanto, no ciberespaço, essas categorias | ||||||||
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Lemos defini a cibercultura como a: | ||||||||
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< < | "forma sócio-cultural que emerge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônica que surgiram com a convergência das telecomunicações com a informática na década de 70" (p. 12). | |||||||
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< < | Leis da cibercultura: 1ª Lei da reconfiguração – evitar a lógica da substituição ou do aniquilamento 2ª Lei da liberação do pólo emissor – liberação das vozes e discursos reprimidos pelas mídias de massa. Esta liberação hoje ocorre na rede por meio dos e-mail, listas, chats, weblogs, comunidades virtuais, fóruns... 3ª Lei da Conectividade generalizada – transformação do PC em CC (computador conectado) e deste em CC móvel utilizando tecnologias wireless, GSM, Wi-fi ... | |||||||
A questão da cultura na sociedade contemporânea.. | ||||||||
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A questão da cultura na sociedade contemporânea. | ||||||||
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< < | Para compreender a sociedade atual é importante tratar das relações entre as neotecnologias digitais e a cultura contemporânea, que vem sendo chamada de cibercultura. Conforme pressupostos de André Lemos (2005 on-line), a cibercultura configura-se como uma forma sócio–cultural que surge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as neotecnologias digitais de bases micro-eletrônica que emergem da conjugação da informática com a comunicação. | |||||||
> > | Para compreender a sociedade atual é importante tratar das relações entre as tecnologias digitais e a cultura contemporânea, que vem sendo chamada de cibercultura. Conforme pressupostos de André Lemos (2005 on-line), a cibercultura configura-se como uma forma sócio–cultural que surge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as neotecnologias digitais de bases micro-eletrônica que emergem da conjugação da informática com a comunicação. | |||||||
Ainda em consonância com as teses de Lemos (2005) | ||||||||
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< < | [...] não podemos compreender a cibercultura sem uma perspectiva histórica, sem compreendermos os diversos desdobramentos sociais, históricos, econômicos, culturais, cognitivos e ecológicos da relação do homem com a técnica. A cibercultura nasce no desdobramento da relação da tecnologia com a modernidade que se caracterizou pela dominação, através do projeto racionalista-iluminista, da natureza e do outro. Se para Heidegger (Heidegger, 1954) a essência da técnica moderna estava na requisição energético-material da natureza para a livre utilização científica do mundo, a cibercultura seria uma atualização dessa requisição, centrada agora na transformação do mundo em dados binários para futura manipulação humana (simulação, interatividade, genoma humano, engenharia genética, etc.). | |||||||
> > | [...] não podemos compreender a cibercultura sem uma perspectiva histórica, sem compreendermos os diversos desdobramentos sociais, históricos, econômicos, culturais, cognitivos e ecológicos da relação do homem com a técnica. A cibercultura nasce no desdobramento da relação da tecnologia com a modernidade que se caracterizou pela dominação, através do projeto racionalista-iluminista, da natureza e do outro. Se para Heidegger (Heidegger, 1954) a essência da técnica moderna estava na requisição energético-material da natureza para a livre utilização científica do mundo, a cibercultura seria uma atualização dessa requisição, centrada agora na transformação do mundo em dados binários para futura manipulação humana (simulação, interatividade, genoma humano, engenharia genética, etc.) | |||||||
No entanto, essa manipulação não implica necessariamente em dominação e monitoramento, embora estas formas de controle estejam postas e sejam efetivamente usadas. As potencialidades das tecnologias contemporâneas estão desencadeando também movimentos horizontalizados e auto-organizativos, a exemplo das comunidades virtuais de aprendizagem, que se constituem em ambientes de partilha, aprendizagem e produção colaborativa. Nessas comunidades as pessoas “refletem sobre a própria construção das aprendizagens e das representações, sobre o que elas são, sobre seus universos, suas realidades, seus cotidianos” (Dias, 2002), através dos canais de comunicação e dos espaços coletivos para produção e publicação, retirando-se assim o privilégio da posse econtrole do conhecimento, seja de quem for, uma vez que o conhecimento foi gerado dentro da comunidade. | ||||||||
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Abrem-se assim possibilidades para fazer, pensar e conviver que não poderiam ser pensadas sem a presença dessas tecnologias, da mesma forma que a escrita abriu possibilidades que não poderiam ser pensadas num contexto oral. Entretanto, isso não quer dizer que todas essas possibilidades serão aproveitadas. Algumas serão fortificadas, outras não serão utilizadas e cairão no esquecimento. De qualquer forma, cada uma dessas tecnologias intelectuais não pode ser vista apenas pelo seu viés instrumental. Elas introduzem um novo sistema simbólico para ser processado, (re)organizam a visão de mundo de seus usuários, impondo outros modos de viver, pensar e agir, modificam hábitos cotidianos, valores e crenças. Dessa forma, constituem-se em elementos estruturantes das relações sociais. | ||||||||
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< < | Para uma melhor compreensão da cibercultura podemos tomar como parâmetros algumas leis que, segundo Lemos (.....) parecem nos indicar pistas para a analise da sociedade contemporânea: 1) lei da Reconfiguração - trata-se de reconfigurar espaços e praticas das modalidades mediáticas, sem a substituição de seus respectivos antecedentes; 2) lei da Liberação do pólo da emissão - o que vivemos atualmente é uma proliferação dos meios de informação e a explosão e dispersão das informações anteriormente reprimidas pela existência do controle dos mass media; 3)lei da Conectividade generalizada - a conectividade coloca em contato direto, homens e homens, homens e máquinas mas também máquinas e máquinas que passam a trocar informação de forma autônoma e independente. Com esse tipo de conexão existe a redução do tempo real e o espaço se reconfiguram na perspectiva de suas renovações. | |||||||
> > | Para uma melhor compreensão da cibercultura podemos tomar como parâmetros algumas leis que, segundo Lemos (.....) parecem nos indicar pistas para a analise da sociedade contemporânea: 1) lei da Reconfiguração - trata-se de reconfigurar espaços e práticas das modalidades mediáticas, sem a substituição de seus respectivos antecedentes; 2) lei da Liberação do pólo da emissão - o que vivemos atualmente é uma proliferação dos meios de informação e a explosão e dispersão das informações anteriormente reprimidas pela existência do controle dos mass media; 3)lei da Conectividade generalizada - a conectividade coloca em contato direto, homens e homens, homens e máquinas mas também máquinas e máquinas que passam a trocar informação de forma autônoma e independente. Com esse tipo de conexão existe a redução do tempo real e o espaço se reconfigura na perspectiva de suas renovações. Rever as leis e aprofundar, caso seja necessário, segundo Lemos (Simone) colocar Trivinho - está no início do texto (Bonilla) | |||||||
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< < | ATENÇÃO FALTA FAZER UMA RELAÇÃO COM O TEXTO DO LEVY, SOBRE CIBERCULTURA NÃO PUDE FAZER ,POIS O MEU TEXTO ESTÁ EM SALVADOR E AGORA TERRITORIALMENTE ESTOU EM ALAGOINHAS | |||||||
Desse modo a expansão tecnológica não direciona de forma determinística os caminhos cotidianos das pessoas, porém interfere efetivamente no desempenho de papéis dentro de um determinado tipo de sociedade, no qual o aporte tecnológico é importante para determinados objetivos tanto individuais, quanto coletivos, e ainda para a consecução de diversos objetivos profissionais ou produção de novos objetivos. Por outro lado, esses objetivos que vão se constituindo, bem como as relações e as articulações que se processam no interior dessa nova cultura leva ao desenvolvimento de novas tecnologias. Temos então presente um processo complexo onde a organização acontece a partir de efeitos e produtos que são necessários a sua própria causação e a sua própria produção (Morin, 1998:182). | ||||||||
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< < | Assim, a sociedade contemporânea é demarcada por alterações que proliferam rapidamente no mundo globalizado. As diversas descobertas nos campos científicos e tecnológicos produzem novas convicções que reconfiguram certezas já estabelecidas e edificam outras, nesse panorama acrescente-se a velocidade de propagação dessas alterações alicerçadas na emergência das tecnologias de informação e comunicação. As tecnologias de informação e comunicação têm propiciado alterações significativas nas relações intelectuais e sociais que provocam mudanças de difícil compreensão no contexto social. | |||||||
> > | Aprofundar essas relações de influências (Adriane) Assim, a sociedade contemporânea é demarcada por alterações que proliferam rapidamente no mundo globalizado. As diversas descobertas nos campos científicos e tecnológicos produzem novas convicções que reconfiguram certezas já estabelecidas e edificam outras. Nesse panorama acrescente-se a velocidade de propagação dessas alterações alicerçadas na emergência das tecnologias de informação e comunicação. As tecnologias de informação e comunicação têm propiciado alterações significativas nas relações intelectuais e sociais que provocam mudanças de difícil compreensão no contexto social. | |||||||
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< < | A importância das neotecnologias digitais reside na possibilidade que as pessoas têm de empreender com essas tecnologias novos elementos de formular e de reconstruir conexões antes não possíveis pois, o acoplamento em rede implica estar em vários lugares, em uma conexão generalizada, | |||||||
> > | Complementar com "o fim das certezas" (Adriane) A importância das tecnologias digitais reside na possibilidade que as pessoas têm de empreender com essas tecnologias novos elementos de formular e de reconstruir conexões antes não possíveis pois, o acoplamento em rede implica estar em vários lugares, em uma conexão generalizada, | |||||||
que se consubstancia no exponencial máximo a rede mundial de computadores – a Internet Na Internet são possíveis diversos acoplamentos e conexões que possibilitam estabelecer diferenciadas relações em vários campos de atuação, neste trabalho interessa-nos compreender a relação com o saber. | ||||||||
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> > | Relação com capitulo X do Cibercultura do Levy (Daisy) | |||||||
Essa relação com o saber como afirma Charlot (2000:78-79),é uma relação com o mundo de significados, mas também como espaço de atividades e que se inscreve no tempo. Nessa relação do sujeito com o saber e com o mundo, com ele mesmo e com os outros; implica uma relação como um conjunto de significados, como sistemas simbólicos, notadamente a linguagem; o espaço de atividades se situa em uma atividade do sujeito, a questão da relação é estabelecida com o sujeito ao se relacionar com algo que lhe é externo; a relação com o saber é uma relação como tempo, esse tempo se engendra com o da espécie humana na transmissão das gerações de momentos significativos,por ocasiões significativas que podem ser de rupturas ou de aventuras humanas, esse tempo se desenvolve em três dimensões: o passado, o presente e o futuro. Assim, essa analise se desenvolve com relação ao o sujeito singular se inscreve num espaço social. Nesse sentido a Internet se circunscreve como espaço social amplo no qual os sujeitos podem se estabelecer em diversas relações sociais no mundo no qual as relações podem ser estruturadas a partir de um campo de disponibilidade e caminhos que se abrem com esse aporte tecnológico. |
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Artigo coletivo | ||||||||
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No entanto, essa manipulação não implica necessariamente em dominação e monitoramento, embora estas formas de controle estejam postas e sejam efetivamente usadas. As potencialidades das tecnologias contemporâneas estão desencadeando também movimentos horizontalizados e auto-organizativos, a exemplo das comunidades virtuais de aprendizagem, que se constituem em ambientes de partilha, aprendizagem e produção colaborativa. Nessas comunidades as pessoas “refletem sobre a própria construção das aprendizagens e das representações, sobre o que elas são, sobre seus universos, suas realidades, seus cotidianos” (Dias, 2002), através dos canais de comunicação e dos espaços coletivos para produção e publicação, retirando-se assim o privilégio da posse econtrole do conhecimento, seja de quem for, uma vez que o conhecimento foi gerado dentro da comunidade. | ||||||||
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< < | É no cruzamento dessas diversas possibilidades de articulação em rede que novas formas culturais emergem | |||||||
> > | É no cruzamento dessas diversas possibilidades de articulação em rede que emerge um conjunto de técnicas – materiais e intelectuais -, práticas, atitudes, modos de pensamento e valores específicos a esse contexto, denominado de cibercultura (Lévy, 1999:17) | |||||||
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< < | Para a compreensão da cibercultura existem leis que parecem indicar pistas para a analise da sociedade contemporânea:a primeira – a lei da Reconfiguração trata-se de reconfigurar praticas das modalidades mediáticas, espaços, sem a substituição de seus respectivos antecedentes; a segunda lei a da Liberação do pólo da emissão, o que vivemos atualmente é uma proliferação dos meios de informação e a explosão e dispersão das informações anteriormente reprimidas pela existência do controle dos mass media;a terceira é a lei da Conectividade generalizada- que coloca em contato direto, homens e homens, homens e máquinas mas também máquinas e máquinas que passam a trocar informação de forma autônoma e independente com esse tipo de conexão existe a redução do tempo real e o espaço se reconfiguram na perspectiva de suas renovações. | |||||||
> > | A cibercultura possibilita encontrem os sujeitos singularizados suas próprias vozes e falem por si próprios de uma forma pública, expandindo o envolvimento político direto e automediado, ultrapassando as barreiras dos controles externos e facultando formas alternativas de comunicação, oportunidades de renegociação das regras da vida social no sentido de uma mais plena democracia, onde cobram importância fundamental as comunidades virtuais construídas de forma rápida em torno de interesses partilhados. (Marques, 1999:144) Abrem-se assim possibilidades para fazer, pensar e conviver que não poderiam ser pensadas sem a presença dessas tecnologias, da mesma forma que a escrita abriu possibilidades que não poderiam ser pensadas num contexto oral. Entretanto, isso não quer dizer que todas essas possibilidades serão aproveitadas. Algumas serão fortificadas, outras não serão utilizadas e cairão no esquecimento. De qualquer forma, cada uma dessas tecnologias intelectuais não pode ser vista apenas pelo seu viés instrumental. Elas introduzem um novo sistema simbólico para ser processado, (re)organizam a visão de mundo de seus usuários, impondo outros modos de viver, pensar e agir, modificam hábitos cotidianos, valores e crenças. Dessa forma, constituem-se em elementos estruturantes das relações sociais. Para uma melhor compreensão da cibercultura podemos tomar como parâmetros algumas leis que, segundo Lemos (.....) parecem nos indicar pistas para a analise da sociedade contemporânea: 1) lei da Reconfiguração - trata-se de reconfigurar espaços e praticas das modalidades mediáticas, sem a substituição de seus respectivos antecedentes; 2) lei da Liberação do pólo da emissão - o que vivemos atualmente é uma proliferação dos meios de informação e a explosão e dispersão das informações anteriormente reprimidas pela existência do controle dos mass media; 3)lei da Conectividade generalizada - a conectividade coloca em contato direto, homens e homens, homens e máquinas mas também máquinas e máquinas que passam a trocar informação de forma autônoma e independente. Com esse tipo de conexão existe a redução do tempo real e o espaço se reconfiguram na perspectiva de suas renovações. | |||||||
ATENÇÃO FALTA FAZER UMA RELAÇÃO COM O TEXTO DO LEVY, SOBRE CIBERCULTURA NÃO PUDE FAZER ,POIS O MEU TEXTO ESTÁ EM SALVADOR E AGORA TERRITORIALMENTE ESTOU EM ALAGOINHAS | ||||||||
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< < | Desse modo a expansão tecnológica não direciona de forma irreversível os caminhos cotidianos das pessoas, porém interfere efetivamente no desempenho de papéis dentro de um determinado tipo de sociedade, no qual o aporte tecnológico é importante para determinados objetivos tanto individuais, quanto para a consecução de diversos objetivos profissionais ou produção de novos objetivos. | |||||||
> > | Desse modo a expansão tecnológica não direciona de forma determinística os caminhos cotidianos das pessoas, porém interfere efetivamente no desempenho de papéis dentro de um determinado tipo de sociedade, no qual o aporte tecnológico é importante para determinados objetivos tanto individuais, quanto coletivos, e ainda para a consecução de diversos objetivos profissionais ou produção de novos objetivos. Por outro lado, esses objetivos que vão se constituindo, bem como as relações e as articulações que se processam no interior dessa nova cultura leva ao desenvolvimento de novas tecnologias. Temos então presente um processo complexo onde a organização acontece a partir de efeitos e produtos que são necessários a sua própria causação e a sua própria produção (Morin, 1998:182). | |||||||
Assim, a sociedade contemporânea é demarcada por alterações que proliferam rapidamente no mundo globalizado. As diversas descobertas nos campos científicos e tecnológicos produzem novas convicções que reconfiguram certezas já estabelecidas e edificam outras, nesse panorama acrescente-se a velocidade de propagação dessas alterações alicerçadas na emergência das tecnologias de informação e comunicação. As tecnologias de informação e comunicação têm propiciado alterações significativas nas relações intelectuais e sociais que provocam mudanças de difícil compreensão no contexto social. | ||||||||
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CHAUÍ, Marilena. Cultura e racismo. Princípios, São Paulo: Ática, n.29 maio/jul.1993. FORQUIN, Jean-Claude. Escola e Cultura: bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. LEMOS, André. Cibercultura. Alguns pontos para compreender a nossa época. In: LEMOS, André e CUNHA, Paulo (orgs.). Olhares sobre a cibercultura. Porto Algre: Solunas, 2003. | ||||||||
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> > | LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999. 264 p. MARQUES, Mario Osorio. A escola no computador: linguagens rearticuladas, educação outra. Coleção fronteiras da educação Ijuí: Ed. Unijuí, 1999. 216 p. MORIN, Edgar. Ciência com consciência. 2ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998. 350 p. | |||||||
REALI, Noeli Gemelli. Ouvidos dominantes vozes silenciadas: a presença:ausência dos migrantes rurais no currículo escolar urbano. Chapecó: Argos, 2001 SILVA, Marco. Sala de aula interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2000. TRIVINHO, Eugênio. Epistemologia em ruínas: a implosão da Teoria da Comunicação na experiência do ciberespaço. In: F. M. MARTINS, J. M. d. SILVA (org.). Para navegar no século XXI. Porto Alegre: Sulina; Edipucrs, 1999. p. 179-192. |
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Artigo coletivo | ||||||||
Line: 56 to 56 | ||||||||
[...] não podemos compreender a cibercultura sem uma perspectiva histórica, sem compreendermos os diversos desdobramentos sociais, históricos, econômicos, culturais, cognitivos e ecológicos da relação do homem com a técnica. A cibercultura nasce no desdobramento da relação da tecnologia com a modernidade que se caracterizou pela dominação, através do projeto racionalista-iluminista, da natureza e do outro. Se para Heidegger (Heidegger, 1954) a essência da técnica moderna estava na requisição energético-material da natureza para a livre utilização científica do mundo, a cibercultura seria uma atualização dessa requisição, centrada agora na transformação do mundo em dados binários para futura manipulação humana (simulação, interatividade, genoma humano, engenharia genética, etc.). | ||||||||
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> > | No entanto, essa manipulação não implica necessariamente em dominação e monitoramento, embora estas formas de controle estejam postas e sejam efetivamente usadas. As potencialidades das tecnologias contemporâneas estão desencadeando também movimentos horizontalizados e auto-organizativos, a exemplo das comunidades virtuais de aprendizagem, que se constituem em ambientes de partilha, aprendizagem e produção colaborativa. Nessas comunidades as pessoas “refletem sobre a própria construção das aprendizagens e das representações, sobre o que elas são, sobre seus universos, suas realidades, seus cotidianos” (Dias, 2002), através dos canais de comunicação e dos espaços coletivos para produção e publicação, retirando-se assim o privilégio da posse econtrole do conhecimento, seja de quem for, uma vez que o conhecimento foi gerado dentro da comunidade. É no cruzamento dessas diversas possibilidades de articulação em rede que novas formas culturais emergem | |||||||
Para a compreensão da cibercultura existem leis que parecem indicar pistas para a analise da sociedade contemporânea:a primeira – a lei da Reconfiguração trata-se de reconfigurar praticas das modalidades mediáticas, espaços, sem a substituição de seus respectivos antecedentes; a segunda lei a da Liberação do pólo da emissão, o que vivemos atualmente é uma proliferação dos meios de informação e a explosão e dispersão das informações anteriormente reprimidas pela existência do controle dos mass media;a terceira é a lei da Conectividade generalizada- que coloca em contato direto, homens e homens, homens e máquinas mas também máquinas e máquinas que passam a trocar informação de forma autônoma e independente com esse tipo de conexão existe a redução do tempo real e o espaço se reconfiguram na perspectiva de suas renovações. ATENÇÃO FALTA FAZER UMA RELAÇÃO COM O TEXTO DO LEVY, SOBRE CIBERCULTURA NÃO PUDE FAZER ,POIS O MEU TEXTO ESTÁ EM SALVADOR E AGORA TERRITORIALMENTE ESTOU EM ALAGOINHAS |
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Artigo coletivo | ||||||||
Line: 48 to 48 | ||||||||
Ver o princípio da complexidade Ver - http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/andrelemos/cibercultura.pdf | ||||||||
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> > | A questão da cultura na sociedade contemporânea. Para compreender a sociedade atual é importante tratar das relações entre as neotecnologias digitais e a cultura contemporânea, que vem sendo chamada de cibercultura. Conforme pressupostos de André Lemos (2005 on-line), a cibercultura configura-se como uma forma sócio–cultural que surge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as neotecnologias digitais de bases micro-eletrônica que emergem da conjugação da informática com a comunicação. Ainda em consonância com as teses de Lemos (2005) [...] não podemos compreender a cibercultura sem uma perspectiva histórica, sem compreendermos os diversos desdobramentos sociais, históricos, econômicos, culturais, cognitivos e ecológicos da relação do homem com a técnica. A cibercultura nasce no desdobramento da relação da tecnologia com a modernidade que se caracterizou pela dominação, através do projeto racionalista-iluminista, da natureza e do outro. Se para Heidegger (Heidegger, 1954) a essência da técnica moderna estava na requisição energético-material da natureza para a livre utilização científica do mundo, a cibercultura seria uma atualização dessa requisição, centrada agora na transformação do mundo em dados binários para futura manipulação humana (simulação, interatividade, genoma humano, engenharia genética, etc.). Para a compreensão da cibercultura existem leis que parecem indicar pistas para a analise da sociedade contemporânea:a primeira – a lei da Reconfiguração trata-se de reconfigurar praticas das modalidades mediáticas, espaços, sem a substituição de seus respectivos antecedentes; a segunda lei a da Liberação do pólo da emissão, o que vivemos atualmente é uma proliferação dos meios de informação e a explosão e dispersão das informações anteriormente reprimidas pela existência do controle dos mass media;a terceira é a lei da Conectividade generalizada- que coloca em contato direto, homens e homens, homens e máquinas mas também máquinas e máquinas que passam a trocar informação de forma autônoma e independente com esse tipo de conexão existe a redução do tempo real e o espaço se reconfiguram na perspectiva de suas renovações. ATENÇÃO FALTA FAZER UMA RELAÇÃO COM O TEXTO DO LEVY, SOBRE CIBERCULTURA NÃO PUDE FAZER ,POIS O MEU TEXTO ESTÁ EM SALVADOR E AGORA TERRITORIALMENTE ESTOU EM ALAGOINHAS Desse modo a expansão tecnológica não direciona de forma irreversível os caminhos cotidianos das pessoas, porém interfere efetivamente no desempenho de papéis dentro de um determinado tipo de sociedade, no qual o aporte tecnológico é importante para determinados objetivos tanto individuais, quanto para a consecução de diversos objetivos profissionais ou produção de novos objetivos. Assim, a sociedade contemporânea é demarcada por alterações que proliferam rapidamente no mundo globalizado. As diversas descobertas nos campos científicos e tecnológicos produzem novas convicções que reconfiguram certezas já estabelecidas e edificam outras, nesse panorama acrescente-se a velocidade de propagação dessas alterações alicerçadas na emergência das tecnologias de informação e comunicação. As tecnologias de informação e comunicação têm propiciado alterações significativas nas relações intelectuais e sociais que provocam mudanças de difícil compreensão no contexto social. A importância das neotecnologias digitais reside na possibilidade que as pessoas têm de empreender com essas tecnologias novos elementos de formular e de reconstruir conexões antes não possíveis pois, o acoplamento em rede implica estar em vários lugares, em uma conexão generalizada, que se consubstancia no exponencial máximo a rede mundial de computadores – a Internet Na Internet são possíveis diversos acoplamentos e conexões que possibilitam estabelecer diferenciadas relações em vários campos de atuação, neste trabalho interessa-nos compreender a relação com o saber. Essa relação com o saber como afirma Charlot (2000:78-79),é uma relação com o mundo de significados, mas também como espaço de atividades e que se inscreve no tempo. Nessa relação do sujeito com o saber e com o mundo, com ele mesmo e com os outros; implica uma relação como um conjunto de significados, como sistemas simbólicos, notadamente a linguagem; o espaço de atividades se situa em uma atividade do sujeito, a questão da relação é estabelecida com o sujeito ao se relacionar com algo que lhe é externo; a relação com o saber é uma relação como tempo, esse tempo se engendra com o da espécie humana na transmissão das gerações de momentos significativos,por ocasiões significativas que podem ser de rupturas ou de aventuras humanas, esse tempo se desenvolve em três dimensões: o passado, o presente e o futuro. Assim, essa analise se desenvolve com relação ao o sujeito singular se inscreve num espaço social. Nesse sentido a Internet se circunscreve como espaço social amplo no qual os sujeitos podem se estabelecer em diversas relações sociais no mundo no qual as relações podem ser estruturadas a partir de um campo de disponibilidade e caminhos que se abrem com esse aporte tecnológico. Assim, a relação com a rede mundial de computadores avança significativamente como reflexo cultural do momento em que vivemos, a qual influencia e expande os saberes, os relacionamentos, as identidades e as comunicações o que proporciona mudanças nos padrões, papéis e funções existentes na sociedade. | |||||||
Para evidenciar alguns aspectos sobre a cultura, optou-se inicialmente pontuar alguns aspectos teóricos referentes à cultura, em seguida busca-se estabelecer nexos da questão cultural via o uso da Internet enquanto a rede mundial de computadores. Dada a dificuldade de se estabelecer um conceito de cultura em face da sua complexidade, adotou-se algumas referência sobre o mesmo .Inicia-se com a referência do conceito de cultura nas proposições de Raymond Williams (1969), que considera o termo cultura excepcionalmente complexo. Em seu trabalho Cultura & sociedade ele vincula a questão da cultura não apenas a questões exteriores, às grandes transformações, mas também num âmbito de experiência pessoal e privada, ele analisa a complexidade e as transformações do termo cultura | ||||||||
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REFERÊNCIAS
BONILLA, Maria Helena; PICANÇO, Alessandra Assis. Tecnologia e Novas Educações. In: II Colóquio Luso-brasileiro sobre questões curriculares, 2004, Rio de Janeiro: UERJ. p. 3473-3488. CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. | ||||||||
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> > | CHARLOT, Bernad. Da relação como saber; elementos para uma teoria, Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. | |||||||
CHAUÍ, Marilena. Cultura e racismo. Princípios, São Paulo: Ática, n.29 maio/jul.1993. FORQUIN, Jean-Claude. Escola e Cultura: bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. LEMOS, André. Cibercultura. Alguns pontos para compreender a nossa época. In: LEMOS, André e CUNHA, Paulo (orgs.). Olhares sobre a cibercultura. Porto Algre: Solunas, 2003. |
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Artigo coletivoMaria Helena Bonilla, Simone de Lucena Ferreira, Daisy Fonseca, Telma Brito Rocha, Alessandra de Assis Picanço | ||||||||
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< < | Segundo Trivinho (1999), com a emergência do ciberespaço ocorre a implosão da Teoria da Comunicação. Nessa teoria, as categorias – emissor, receptor, mensagem, canal, ruído, feedback, contexto, codificação – estão bem demarcadas, com características e funções definidas e demonstráveis empiricamente, de forma a satisfazer os critérios de cientificidade do discurso acadêmico. No entanto, no ciberespaço, essas categorias | |||||||
> > | Segundo Trivinho (1999), com a emergência do ciberespaço ocorre a implosão da Teoria da Comunicação. Nessa teoria, as categorias – emissor, receptor, mensagem, canal, ruído, feedback, contexto, codificação – estão bem demarcadas, com características e funções definidas e demonstráveis empiricamente, de forma a satisfazer os critérios de cientificidade do discurso acadêmico. No entanto, no ciberespaço, essas categorias | |||||||
perdem o caráter distinto, ora porque se imbricam, se sobrepõem ou se mesclam umas às outras, ora porque se ofuscam mutuamente, se auto-anulam e se desfiguram, com a agravante de que esse processo implosivo deixa de comprometer tão somente a natureza dos elementos básicos para deixar ainda em risco o próprio edifício esquemático sob o qual se finca a teoria. Comparecem aqui todas as características de uma era de confusão, expressão correspondente à fase atual da sociedade tecnológica (Trivinho, 1999:182-183) | ||||||||
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< < | O entrelace de características e funções dessas categorias elementares da comunicação refletem diretamente no campo educativo, uma vez que os sistemas educativo e comunicativo estão imbricados, ou seja, em nossa vida cotidiana utilizamos lógicas e linguagens variadas – sistema comunicativo – para interagir com os outros e com o mundo, o que culmina num processo de ressignificação desse mundo – processo educativo. Teríamos então, em decorrência da implosão da Teoria da Comunicação, também uma implosão da “Teoria Pedagógica” tradicional? | |||||||
> > | O entrelace de características e funções dessas categorias elementares da comunicação refletem diretamente no campo educativo, uma vez que os sistemas educativo e comunicativo estão imbricados, ou seja, em nossa vida cotidiana utilizamos lógicas e linguagens variadas – sistema comunicativo – para interagir com os outros e com o mundo, o que culmina num processo de ressignificação desse mundo – processo educativo. Teríamos então, em decorrência da implosão da Teoria da Comunicação, também uma implosão da “Teoria Pedagógica” tradicional? | |||||||
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< < | Por um lado, na prática pedagógica dos professores da escola básica, no geral, ainda não temos presenciado essa implosão. O que temos presenciado é um sentimento de que os métodos tradicionais não são mais suficientes para fundamentar os movimentos, desejos, relações e práticas contemporâneos. Por outro lado, temos presenciado a proposição de várias experiências, ainda pontuais, que procuram incorporar as características do ciberespaço e apontam para “novas educações” | |||||||
> > | Por um lado, na prática pedagógica dos professores da escola básica, no geral, ainda não temos presenciado essa implosão. O que temos presenciado é um sentimento de que os métodos tradicionais não são mais suficientes para fundamentar os movimentos, desejos, relações e práticas contemporâneos. Por outro lado, temos presenciado a proposição de várias experiências, ainda pontuais, que procuram incorporar as características do ciberespaço e apontam para “novas educações” [eh olhando o que o Sartre-COC estao fazendo, me pergunto: como estah se dando esta "incorporacao"? essas "novas educacoes" podem ir de extremos como aponta Boni (mesmo q isto ainda me pareca nao muito bem compreendido) ate a outros extremos que me parecem bem apocalipticos...](-- Main. Adriane Halmann - 14 Feb 2005) | |||||||
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< < | Nessas experiências, o modelo comunicacional da transmissão de informações é substituído por dinâmicas interativas; as tradicionais funções do professor (emissor), aluno (receptor) e conteúdo (mensagem) tendem a imbricar-se; passa-se a utilizar uma multiplicidade de fontes e canais online, de forma que temos uma excessiva produção de signos-mensagem e produtos em circulação em rede, sendo que todos os sujeitos envolvidos passam a ser co-autores dos processos de aprendizagem. Ou seja, “na sala de aula interativa a aprendizagem se faz com a dialógica que associa emissão e recepção como pólos antagônicos e complementares na co-criação da comunicação e da aprendizagem” (Silva, 2000). | |||||||
> > | Nessas experiências, o modelo comunicacional da transmissão de informações é substituído por dinâmicas interativas; as tradicionais funções do professor (emissor), aluno (receptor) e conteúdo (mensagem) tendem a imbricar-se; passa-se a utilizar uma multiplicidade de fontes e canais online, de forma que temos uma excessiva produção de signos-mensagem e produtos em circulação em rede, sendo que todos os sujeitos envolvidos passam a ser co-autores dos processos de aprendizagem. Ou seja, “na sala de aula interativa a aprendizagem se faz com a dialógica que associa emissão e recepção como pólos antagônicos e complementares na co-criação da comunicação e da aprendizagem” (Silva, 2000). | |||||||
O desafio é alargar essas experiências de forma a que efetivamente provoquem a implosão dos modelos tradicionais? | ||||||||
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< < | A cibercultura traz novos defavios à educação. A cibercultura para Lemos (2003) é um tipo de cultura que emerge das tecnologias digitais e que está presente na sociedade contemporânea sendo vivenciada a todo o instante por meio de tvs a cabo e satélite, internet, palm, celular, caixas eletrônicos... | |||||||
> > | A cibercultura traz novos desafios à educação. A cibercultura para Lemos (2003) é um tipo de cultura que emerge das tecnologias digitais e que está presente na sociedade contemporânea sendo vivenciada a todo o instante por meio de tvs a cabo e satélite, internet, palm, celular, caixas eletrônicos... | |||||||
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< < | Contudo apesar de já estarmos na cibercultura pouco tem se discutido sobre seus limites e possibilidades. Em geral encontramos dois grupos de pessoas a classifica dentro de uma lógica pessimista ou otimista ou como sugere McLuhan? “apocalípticos e integrados”. | |||||||
> > | Contudo apesar de já estarmos na cibercultura pouco tem se discutido sobre seus limites e possibilidades. Em geral encontramos dois grupos de pessoas a classifica dentro de uma lógica pessimista ou otimista ou como sugere McLuhan? “apocalípticos e integrados”. | |||||||
Lemos defini a cibercultura como a: | ||||||||
Line: 28 to 28 | ||||||||
Leis da cibercultura: | ||||||||
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< < | 1ª Lei da reconfiguração – evitar a lógica da substituição ou do aniquilamento | |||||||
> > | 1ª Lei da reconfiguração – evitar a lógica da substituição ou do aniquilamento | |||||||
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< < | 2ª Lei da liberação do pólo emissor – liberação das vozes e discursos reprimidos pelas mídias de massa. Esta liberação hoje ocorre na rede por meio dos e-mail, listas, chats, weblogs, comunidades virtuais, fóruns... | |||||||
> > | 2ª Lei da liberação do pólo emissor – liberação das vozes e discursos reprimidos pelas mídias de massa. Esta liberação hoje ocorre na rede por meio dos e-mail, listas, chats, weblogs, comunidades virtuais, fóruns... | |||||||
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< < | 3ª Lei da Conectividade generalizada – transformação do PC em CC (computador conectado) e deste em CC móvel utilizando tecnologias wireless, GSM, Wi-fi ... | |||||||
> > | 3ª Lei da Conectividade generalizada – transformação do PC em CC (computador conectado) e deste em CC móvel utilizando tecnologias wireless, GSM, Wi-fi ... | |||||||
A questão da cultura na sociedade contemporânea.. | ||||||||
Line: 41 to 41 | ||||||||
Na contemporaneidade, os computadores em rede são objetos que, culturalmente, influenciam a vida das pessoas que estabelecem relações através dessas máquinas. Entre os elementos tecnológicos, a Internet, especialmente, produz significativas alterações nas formas de conhecimento, de identidade, de relacionamento e comunicação. | ||||||||
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< < | Não sei se os computadores apenas influenciam a vida das pessoas. É preciso discutir melhor isso – eles surgem numa determinada cultura e possuem características que articulam outras formas de pensar, se relacionar, produzir... | |||||||
> > | (Acho q qdo fala de conhecimento, dah pano p manga. Temos a necessidade de novos conhecimentos, e, consequentemente, novas formas de armazena-lo - vejam so o que sao os museus virtuais, eh uma doideira! - , novas formas de se relacionar com o conhecimento - a ciencia vai se relacionando com as humanidades e comeca-se a dar importancia para outras coisas, fazer ciencia ganhou novos significados -, novos modos de produzir conhecimento - a algum tempo atras, quem imaginaria construir um texto em uma plataforma de construcao coletiva?)... -- Main. Adriane Halmann - 14 Feb 2005 Não sei se os computadores apenas influenciam a vida das pessoas. É preciso discutir melhor isso – eles surgem numa determinada cultura e possuem características que articulam outras formas de pensar, se relacionar, produzir... | |||||||
Ver o princípio da complexidade Ver - http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/andrelemos/cibercultura.pdf Para evidenciar alguns aspectos sobre a cultura, optou-se inicialmente pontuar alguns aspectos teóricos referentes à cultura, em seguida busca-se estabelecer nexos da questão cultural via o uso da Internet enquanto a rede mundial de computadores. Dada a dificuldade de se estabelecer um conceito de cultura em face da sua complexidade, adotou-se algumas referência sobre o mesmo .Inicia-se com a referência do conceito de cultura nas proposições de Raymond Williams (1969), que considera o termo cultura excepcionalmente complexo. Em seu trabalho Cultura & sociedade ele vincula a questão da cultura não apenas a questões exteriores, às grandes transformações, mas também num âmbito de experiência pessoal e privada, ele analisa a complexidade e as transformações do termo cultura | ||||||||
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< < | [...] tendência de crescimento natural [cultivo de vegetais e criação de animais] e depois, por analogia, um processo de treinamento humano. Mas este último emprego, que implicava habitualmente cultura de alguma coisa, alterou-se no século dezenove, no sentido de cultura, como tal, bastante por si mesma. Veio a significar, no começo, ‘ um estado geral ou disposição do espírito cultivado”, em relação estreita com a idéia de perfeição humana. Depois passou a corresponder a estado geral de desenvolvimento intelectual no conjunto da sociedade. Mais tarde ainda no final do século, veio a indicar todo um sistema de vida no seu aspecto material, intelectual e espiritual. Veio a ser [...] palavra que freqüentemente [...] provoca hostilidade ou embaraço.(WILLIAMS, apud REALI 2001,52). | |||||||
> > | [...] tendência de crescimento natural [cultivo de vegetais e criação de animais] e depois, por analogia, um processo de treinamento humano. Mas este último emprego, que implicava habitualmente cultura de alguma coisa, alterou-se no século dezenove, no sentido de cultura, como tal, bastante por si mesma. Veio a significar, no começo, ‘ um estado geral ou disposição do espírito cultivado”, em relação estreita com a idéia de perfeição humana. Depois passou a corresponder a estado geral de desenvolvimento intelectual no conjunto da sociedade. Mais tarde ainda no final do século, veio a indicar todo um sistema de vida no seu aspecto material, intelectual e espiritual. Veio a ser [...] palavra que freqüentemente [...] provoca hostilidade ou embaraço.(WILLIAMS, apud REALI 2001,52). | |||||||
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< < | Assim , a cultura não deve ser pensada como uma abstração ou apenas um conceito mas ela só tem sentido se for explicitado a partir da interconexão entre contextos amplos e restritos. Outro aspecto existente na citação é a questão do espírito cultivado, que ainda se expressa na contemporaneidade, segundo o autor o termo cultivado é amplamente empregado como cultura que pode designar a perfeição máxima que alguém pode a. alcançar, explicita um com forte vinculo religioso. Depreende-se dessas proposições do autor um elo com a educação no sentido do desenvolvimento harmonioso das qualidades e faculdades que caracterizam o homem, carregada da noção se superioridade ou de melhor. | |||||||
> > | (e qdo surge uma cultura de tornar publico o que antes era privado, criando "nichos" de mais ou menso publico, como nos blogs...) ( rss.: em uma epoca em q as pessoas estao provando que EH possivel viver em espacos cada vez menores - estive procurando apartamento...- , serah q eh possivel se esconder na multidao, nesta tsunami chamada internet?) (-- Main. Adriane Halmann - 14 Feb 2005) Assim , a cultura não deve ser pensada como uma abstração ou apenas um conceito mas ela só tem sentido se for explicitado a partir da interconexão entre contextos amplos e restritos. Outro aspecto existente na citação é a questão do espírito cultivado, que ainda se expressa na contemporaneidade, segundo o autor o termo cultivado é amplamente empregado como cultura que pode designar a perfeição máxima que alguém pode a. alcançar, explicita um com forte vinculo religioso. Depreende-se dessas proposições do autor um elo com a educação no sentido do desenvolvimento harmonioso das qualidades e faculdades que caracterizam o homem, carregada da noção de superioridade ou de melhor. | |||||||
Outro autor que se debruçou sobre a cultura foi Jean-Claude Forquin (1993). Ele compreende a cultura | ||||||||
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< < | como um conjunto de traços característicos do modo de vida de uma sociedade, de uma comunidade ou de um grupo, aí compreendidos os aspectos que podem ser considerados como cotidianos, os mais triviais, ou os mais inconfessáveis, (1993, p. 62) . | |||||||
> > | como um conjunto de traços característicos do modo de vida de uma sociedade, de uma comunidade ou de um grupo, aí compreendidos os aspectos que podem ser considerados como cotidianos, os mais triviais, ou os mais inconfessáveis, (1993, p. 62) | |||||||
A questão cultural pressupõe uma relação entre sujeitos. Nessa relação, ensina-se e se aprende a transmitir determinados conteúdos, que podem ser fixos ou mutáveis, através de valores, crenças e conhecimentos. Tais aspectos viabilizam a existência da diversidade cultural. Desse modo, pode-se inferir que cultura e comunicação são íntimas e reciprocamente relacionadas. No conceito de cultura elaborado por Forquin (1993, pp. 68-70), um dos traços característicos da cultura reside no modo de vida de uma determinada sociedade e/ou comunidade. Isso reforça a idéia de que, face às demandas da contemporaneidade, a intensificação dos meios telemáticos propicia algo que, historicamente, sempre foi estruturante na vida dos homens como animal gregário. | ||||||||
Line: 72 to 77 | ||||||||
Nessa compreensão antropológica da cultura emerge elementos e situações que valorizam o fazer cotidiano das pessoas, situando-as como sujeito, que produzem valores, hábitos, crenças, atitudes e expressam opiniões elaboradas ou não, que se misturam a outras formas culturais e expressam o modo de vida dessas pessoas. No movimento de manter e mudar as práticas cotidianas. Com essa compreensão de cultura cabe indagar como situar as transformações ocorridas no final do século passado frente a expansão tecnológica? | ||||||||
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< < | De acordo com as proposições de Castells (1999), esse é um evento histórico da mesma importância da revolução industrial do século XVIII induzindo um padrão de descontinuidade nas bases materiais da economia, sociedade e cultura. Diferentemente de qualquer outra revolução, o cerne da transformação que estamos vivendo na revolução atual, refere-se às tecnologias da informação, processamento e comunicação. O que caracteriza a atual revolução tecnológica não é a centralidade de conhecimentos e informação, mas a aplicação desses conhecimentos e dessa informação para geração de conhecimentos e de dispositivos e de processamento/comunicação da informação, em um ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação e seu uso. | |||||||
> > | De acordo com as proposições de Castells (1999), esse é um evento histórico da mesma importância da revolução industrial do século XVIII, induzindo um padrão de descontinuidade nas bases materiais da economia, sociedade e cultura. Diferentemente de qualquer outra revolução, o cerne da transformação que estamos vivendo na revolução atual, refere-se às tecnologias da informação, processamento e comunicação. O que caracteriza a atual revolução tecnológica não é a centralidade de conhecimentos e informação, mas a aplicação desses conhecimentos e dessa informação para geração de conhecimentos e de dispositivos e de processamento/comunicação da informação, em um ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação e seu uso. | |||||||
No cenário contemporâneo, o avanço tecnológico permite a emergência da união das telecomunicações à informática, vindo a propiciar a disseminação da World Wide Web. A WWW pode também ser compreendida como uma inovadora experiência econômica, social e cultural, através da qual é possível construir infinitas possibilidades. Essas possibilidades segundo Castells (1999) se viabiliza na Internet, esta se constitui a coluna vertebral da comunicação mediada por computadores, Assim. A história do desenvolvimento da Internet e da convergência de outras redes de comunicação para a grande rede fornece material essencial para o entendimento das características técnicas organizacionais e culturais dessa rede, assim abrindo o caminho para a avaliação de seus impactos sociais. | ||||||||
Line: 98 to 103 | ||||||||
Em consonância com as proposições de Castells (1999), esse sistema de comunicação altera a noção e concepção de espaço e o tempo, as dimensões fundamentais da vida humana. Propicia que localidades não fiquem sem o seu sentido cultural, histórico e geográfico pois, estas se reiteram em redes funcionais que possibilitam a inclusão das suas imagens que ocasiona um espaço de fluxos que substitui o espaço de lugares O tempo é ressignificado em razão do novo sistema de comunicação no qual passado, presente e futuro podem ser programados para interagir entre si, na mesma mensagem,. Portanto, as discussões aqui iniciadas não foram finalizadas e várias e diversos elementos devem ser acrescidos ao texto, ele é um estudo preliminar sobre o tema para ser reconstruído. | ||||||||
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< < | REFERÊNCIAS CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. CHAUÍ, Marilena. Cultura e racismo. Princípios, São Paulo: Ática, n.29 maio/jul.1993. FORQUIN, Jean-Claude. Escola e Cultura: bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. REALI, Noeli Gemelli. Ouvidos dominantes vozes silenciadas: a presença:ausência dos migrantes rurais no currículo escolar urbano. Chapecó: Argos, 2001 WILLIAMS, Raymond. Cultura e sociedade: 1780-1950. São Paulo: Companhia Editora nacional, 1696. (coloquei esta fonte, porém no texto ela não foi usada diretamente do autor.) | |||||||
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> > | REFERÊNCIAS
BONILLA, Maria Helena; PICANÇO, Alessandra Assis. Tecnologia e Novas Educações. In: II Colóquio Luso-brasileiro sobre questões curriculares, 2004, Rio de Janeiro: UERJ. p. 3473-3488. CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. CHAUÍ, Marilena. Cultura e racismo. Princípios, São Paulo: Ática, n.29 maio/jul.1993. FORQUIN, Jean-Claude. Escola e Cultura: bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. LEMOS, André. Cibercultura. Alguns pontos para compreender a nossa época. In: LEMOS, André e CUNHA, Paulo (orgs.). Olhares sobre a cibercultura. Porto Algre: Solunas, 2003. REALI, Noeli Gemelli. Ouvidos dominantes vozes silenciadas: a presença:ausência dos migrantes rurais no currículo escolar urbano. Chapecó: Argos, 2001 SILVA, Marco. Sala de aula interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2000. TRIVINHO, Eugênio. Epistemologia em ruínas: a implosão da Teoria da Comunicação na experiência do ciberespaço. In: F. M. MARTINS, J. M. d. SILVA (org.). Para navegar no século XXI. Porto Alegre: Sulina; Edipucrs, 1999. p. 179-192. WILLIAMS, Raymond. Cultura e sociedade: 1780-1950. São Paulo: Companhia Editora nacional, 1696. (coloquei esta fonte, porém no texto ela não foi usada diretamente do autor.) | |||||||
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< < | Referências: BONILLA, Maria Helena; PICANÇO, Alessandra Assis. Tecnologia e Novas Educações. In: II Colóquio Luso-brasileiro sobre questões curriculares, 2004, Rio de Janeiro: UERJ. p. 3473-3488. LEMOS, André. Cibercultura. Alguns pontos para compreender a nossa época. In: LEMOS, André e CUNHA, Paulo (orgs.). Olhares sobre a cibercultura. Porto Algre: Solunas, 2003. SILVA, Marco. Sala de aula interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2000. TRIVINHO, Eugênio. Epistemologia em ruínas: a implosão da Teoria da Comunicação na experiência do ciberespaço. In: F. M. MARTINS, J. M. d. SILVA (org.). Para navegar no século XXI. Porto Alegre: Sulina; Edipucrs, 1999. p. 179-192. | |||||||
-- MariaHelenaBonilla - 14 Jan 2005 | ||||||||
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> > | -- AdrianeHalmann - 14 Feb 2005 | |||||||
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Artigo coletivo | ||||||||
Line: 35 to 35 | ||||||||
3ª Lei da Conectividade generalizada – transformação do PC em CC (computador conectado) e deste em CC móvel utilizando tecnologias wireless, GSM, Wi-fi ... | ||||||||
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> > | A questão da cultura na sociedade contemporânea..(Título a ser pensado) Na contemporaneidade, os computadores em rede são objetos que, culturalmente, influenciam a vida das pessoas que estabelecem relações através dessas máquinas. Entre os elementos tecnológicos, a Internet, especialmente, produz significativas alterações nas formas de conhecimento, de identidade, de relacionamento e comunicação. Não sei se os computadores apenas influenciam a vida das pessoas. É preciso discutir melhor isso – eles surgem numa determinada cultura e possuem características que articulam outras formas de pensar, se relacionar, produzir... Ver o princípio da complexidade Ver - http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/andrelemos/cibercultura.pdf Para evidenciar alguns aspectos sobre a cultura, optou-se inicialmente pontuar alguns aspectos teóricos referentes à cultura, em seguida busca-se estabelecer nexos da questão cultural via o uso da Internet enquanto a rede mundial de computadores. Dada a dificuldade de se estabelecer um conceito de cultura em face da sua complexidade, adotou-se algumas referência sobre o mesmo .Inicia-se com a referência do conceito de cultura nas proposições de Raymond Williams (1969), que considera o termo cultura excepcionalmente complexo. Em seu trabalho Cultura & sociedade ele vincula a questão da cultura não apenas a questões exteriores, às grandes transformações, mas também num âmbito de experiência pessoal e privada, ele analisa a complexidade e as transformações do termo cultura [...] tendência de crescimento natural [cultivo de vegetais e criação de animais] e depois, por analogia, um processo de treinamento humano. Mas este último emprego, que implicava habitualmente cultura de alguma coisa, alterou-se no século dezenove, no sentido de cultura, como tal, bastante por si mesma. Veio a significar, no começo, ‘ um estado geral ou disposição do espírito cultivado”, em relação estreita com a idéia de perfeição humana. Depois passou a corresponder a estado geral de desenvolvimento intelectual no conjunto da sociedade. Mais tarde ainda no final do século, veio a indicar todo um sistema de vida no seu aspecto material, intelectual e espiritual. Veio a ser [...] palavra que freqüentemente [...] provoca hostilidade ou embaraço.(WILLIAMS, apud REALI 2001,52). Assim , a cultura não deve ser pensada como uma abstração ou apenas um conceito mas ela só tem sentido se for explicitado a partir da interconexão entre contextos amplos e restritos. Outro aspecto existente na citação é a questão do espírito cultivado, que ainda se expressa na contemporaneidade, segundo o autor o termo cultivado é amplamente empregado como cultura que pode designar a perfeição máxima que alguém pode a. alcançar, explicita um com forte vinculo religioso. Depreende-se dessas proposições do autor um elo com a educação no sentido do desenvolvimento harmonioso das qualidades e faculdades que caracterizam o homem, carregada da noção se superioridade ou de melhor. Outro autor que se debruçou sobre a cultura foi Jean-Claude Forquin (1993). Ele compreende a cultura como um conjunto de traços característicos do modo de vida de uma sociedade, de uma comunidade ou de um grupo, aí compreendidos os aspectos que podem ser considerados como cotidianos, os mais triviais, ou os mais inconfessáveis, (1993, p. 62) . A questão cultural pressupõe uma relação entre sujeitos. Nessa relação, ensina-se e se aprende a transmitir determinados conteúdos, que podem ser fixos ou mutáveis, através de valores, crenças e conhecimentos. Tais aspectos viabilizam a existência da diversidade cultural. Desse modo, pode-se inferir que cultura e comunicação são íntimas e reciprocamente relacionadas. No conceito de cultura elaborado por Forquin (1993, pp. 68-70), um dos traços característicos da cultura reside no modo de vida de uma determinada sociedade e/ou comunidade. Isso reforça a idéia de que, face às demandas da contemporaneidade, a intensificação dos meios telemáticos propicia algo que, historicamente, sempre foi estruturante na vida dos homens como animal gregário. Para Forquin (1993), na perspectiva antropológica há uma ampliação do conceito de [...] cultura que passa a ser entendida como um conjunto de traços característicos do modo de vida de uma sociedade, de uma comunidade ou de um grupo, aí compreendido os aspectos que podem ser considerados como cotidianos, os mais triviais, ou os mais inconfessáveis (FORQUIN1993,p.11´). Essa concepção representa uma cisão na concepção de cultura, trazendo, para esta, elementos até então não mencionados como o cotidiano das pessoas. Nessa perspectiva de ampliação e incorporação dos elementos de cotidiano ao conceito de cultura a autora Marilena Chauí (1993), propõe: [...] a criação coletiva de representação, valores, símbolos e prática que determinam para uma coletividade suas formas de relação como o espaço, o tempo, a natureza e os outros homens, definindo o sagrado e o profano, o necessário e o possível, o contraditório e o impossível, o justo e o injusto, o verdadeiro e o falso, o belo e o feio, o legítimo e o ilegítimo, o nós e o eles. Nessa compreensão antropológica da cultura emerge elementos e situações que valorizam o fazer cotidiano das pessoas, situando-as como sujeito, que produzem valores, hábitos, crenças, atitudes e expressam opiniões elaboradas ou não, que se misturam a outras formas culturais e expressam o modo de vida dessas pessoas. No movimento de manter e mudar as práticas cotidianas. Com essa compreensão de cultura cabe indagar como situar as transformações ocorridas no final do século passado frente a expansão tecnológica? De acordo com as proposições de Castells (1999), esse é um evento histórico da mesma importância da revolução industrial do século XVIII induzindo um padrão de descontinuidade nas bases materiais da economia, sociedade e cultura. Diferentemente de qualquer outra revolução, o cerne da transformação que estamos vivendo na revolução atual, refere-se às tecnologias da informação, processamento e comunicação. O que caracteriza a atual revolução tecnológica não é a centralidade de conhecimentos e informação, mas a aplicação desses conhecimentos e dessa informação para geração de conhecimentos e de dispositivos e de processamento/comunicação da informação, em um ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação e seu uso. No cenário contemporâneo, o avanço tecnológico permite a emergência da união das telecomunicações à informática, vindo a propiciar a disseminação da World Wide Web. A WWW pode também ser compreendida como uma inovadora experiência econômica, social e cultural, através da qual é possível construir infinitas possibilidades. Essas possibilidades segundo Castells (1999) se viabiliza na Internet, esta se constitui a coluna vertebral da comunicação mediada por computadores, Assim. A história do desenvolvimento da Internet e da convergência de outras redes de comunicação para a grande rede fornece material essencial para o entendimento das características técnicas organizacionais e culturais dessa rede, assim abrindo o caminho para a avaliação de seus impactos sociais. (CASTELLS:375.) [...] a tecnologia digital permitiu a compactação de todos os tipos de mensagens, inclusive som, imagens e dados, formou-se uma rede capaz de comunicar todas as espécies de símbolos sem uso de centros de controle (CASTELLS:375) [...] a Internet se expandirá como ágora eletrônica global, com sua inevitável dose de desvios psicológicos (CASTELLS:381). (OBS: como é um texto para estudo deixei as páginas na citação para facilitar a discussão). Desse modo a rede mundial de computadores diversifica e propicia uma grande fusão, ou seja , a multimídia amplia a comunicação eletrônica para todo o domínio da vida: de casa, do trabalho, de escolas de hospitais, de lazer e outros. Ainda apoiando-se nas teses de Castells (1999), ele analisa o sistema multimídia sobre as condições efetivas nos diferentes paises, do significado cultural que o sistema provoca profundamente modificações nas características e na trajetória como a tecnologia se inseriu naquela cultura. Pontua que a característica mais importante da multimídia é que ela capta em seu domínio a maioria das expressões culturais em toda a sua diversidade. Nesse advento da multimídia ele observa [...] seu advento é equivalente ao fim da separação e ate da distinção entre mídia audiovisual e mídia impressa, cultura popular e cultura erudita, entretenimento e informação, educação e persuasão. Todas as expressões culturais, da pior á melhor, da mais elitista a mais popular, vêm juntas nesse universo digital que liga, em um supertexto histórico gigantesco, as manifestações, passadas e futuras da mente comunicativa. Com isso, elas constroem um novo ambiente simbólico, (CASTELLS:394). Grifos nossos. Essas reflexões em torno das questões aqui tratadas nos remetem a discussão sobre o virtual e o real, que em conformidade com Manuel Castells mediante a utilização do dicionário, informa - o virtual consiste no que existe na prática, embora não estrita ou nominalmente, e o real - o que existe de fato. Com isso procura demonstrar que na verdade não existe muita diferença entre real e virtual e a influência de um sobre o outro. Acho complicada essa relação, precisamos avançar nisso [...] o que é um sistema de comunicação que, ao contrario da experiência histórica anterior, gera a virtualidade real? É um sistema em que a própria realidade (ou seja, a experiência simbólica/material das pessoas) é inteiramente captada, totalmente imersa em uma composição de imagens virtuais no mundo do faz-de-conta, no qual as aparências não apenas se encontram na tela comunicadora da experiência, mas se transformam na experiência, (CASTELLS :395). Destaca como característica - o novo sistema de comunicação, pautado na integração em rede digitalizada de múltiplos modos de comunicação, e sua capacidade de inclusão e abrangência de todas as expressões culturais. O espaço de fluxos e o tempo intemporal são as bases principais de uma nova cultura, que transcende e inclui a diversidade dos sistemas de representação historicamente transmitidos: a cultura da virtualidade real, aonde o faz-de-conta vai se tornando realidade,(CASTELLS:398). Em consonância com as proposições de Castells (1999), esse sistema de comunicação altera a noção e concepção de espaço e o tempo, as dimensões fundamentais da vida humana. Propicia que localidades não fiquem sem o seu sentido cultural, histórico e geográfico pois, estas se reiteram em redes funcionais que possibilitam a inclusão das suas imagens que ocasiona um espaço de fluxos que substitui o espaço de lugares O tempo é ressignificado em razão do novo sistema de comunicação no qual passado, presente e futuro podem ser programados para interagir entre si, na mesma mensagem,. Portanto, as discussões aqui iniciadas não foram finalizadas e várias e diversos elementos devem ser acrescidos ao texto, ele é um estudo preliminar sobre o tema para ser reconstruído. REFERÊNCIAS CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. CHAUÍ, Marilena. Cultura e racismo. Princípios, São Paulo: Ática, n.29 maio/jul.1993. FORQUIN, Jean-Claude. Escola e Cultura: bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. REALI, Noeli Gemelli. Ouvidos dominantes vozes silenciadas: a presença:ausência dos migrantes rurais no currículo escolar urbano. Chapecó: Argos, 2001 WILLIAMS, Raymond. Cultura e sociedade: 1780-1950. São Paulo: Companhia Editora nacional, 1696. (coloquei esta fonte, porém no texto ela não foi usada diretamente do autor.) | |||||||
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Artigo coletivo | ||||||||
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O desafio é alargar essas experiências de forma a que efetivamente provoquem a implosão dos modelos tradicionais? | ||||||||
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> > | A cibercultura traz novos defavios à educação. A cibercultura para Lemos (2003) é um tipo de cultura que emerge das tecnologias digitais e que está presente na sociedade contemporânea sendo vivenciada a todo o instante por meio de tvs a cabo e satélite, internet, palm, celular, caixas eletrônicos... Contudo apesar de já estarmos na cibercultura pouco tem se discutido sobre seus limites e possibilidades. Em geral encontramos dois grupos de pessoas a classifica dentro de uma lógica pessimista ou otimista ou como sugere McLuhan? “apocalípticos e integrados”. Lemos defini a cibercultura como a: "forma sócio-cultural que emerge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônica que surgiram com a convergência das telecomunicações com a informática na década de 70" (p. 12). Leis da cibercultura: 1ª Lei da reconfiguração – evitar a lógica da substituição ou do aniquilamento 2ª Lei da liberação do pólo emissor – liberação das vozes e discursos reprimidos pelas mídias de massa. Esta liberação hoje ocorre na rede por meio dos e-mail, listas, chats, weblogs, comunidades virtuais, fóruns... 3ª Lei da Conectividade generalizada – transformação do PC em CC (computador conectado) e deste em CC móvel utilizando tecnologias wireless, GSM, Wi-fi ... | |||||||
Referências: BONILLA, Maria Helena; PICANÇO, Alessandra Assis. Tecnologia e Novas Educações. In: II Colóquio Luso-brasileiro sobre questões curriculares, 2004, Rio de Janeiro: UERJ. p. 3473-3488. | ||||||||
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> > | LEMOS, André. Cibercultura. Alguns pontos para compreender a nossa época. In: LEMOS, André e CUNHA, Paulo (orgs.). Olhares sobre a cibercultura. Porto Algre: Solunas, 2003. | |||||||
SILVA, Marco. Sala de aula interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2000. TRIVINHO, Eugênio. Epistemologia em ruínas: a implosão da Teoria da Comunicação na experiência do ciberespaço. In: F. M. MARTINS, J. M. d. SILVA (org.). Para navegar no século XXI. Porto Alegre: Sulina; Edipucrs, 1999. p. 179-192. |
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Artigo coletivoMaria Helena Bonilla, Simone de Lucena Ferreira, Daisy Fonseca, Telma Brito Rocha, Alessandra de Assis Picanço Segundo Trivinho (1999), com a emergência do ciberespaço ocorre a implosão da Teoria da Comunicação. Nessa teoria, as categorias – emissor, receptor, mensagem, canal, ruído, feedback, contexto, codificação – estão bem demarcadas, com características e funções definidas e demonstráveis empiricamente, de forma a satisfazer os critérios de cientificidade do discurso acadêmico. No entanto, no ciberespaço, essas categorias perdem o caráter distinto, ora porque se imbricam, se sobrepõem ou se mesclam umas às outras, ora porque se ofuscam mutuamente, se auto-anulam e se desfiguram, com a agravante de que esse processo implosivo deixa de comprometer tão somente a natureza dos elementos básicos para deixar ainda em risco o próprio edifício esquemático sob o qual se finca a teoria. Comparecem aqui todas as características de uma era de confusão, expressão correspondente à fase atual da sociedade tecnológica (Trivinho, 1999:182-183) O entrelace de características e funções dessas categorias elementares da comunicação refletem diretamente no campo educativo, uma vez que os sistemas educativo e comunicativo estão imbricados, ou seja, em nossa vida cotidiana utilizamos lógicas e linguagens variadas – sistema comunicativo – para interagir com os outros e com o mundo, o que culmina num processo de ressignificação desse mundo – processo educativo. Teríamos então, em decorrência da implosão da Teoria da Comunicação, também uma implosão da “Teoria Pedagógica” tradicional? Por um lado, na prática pedagógica dos professores da escola básica, no geral, ainda não temos presenciado essa implosão. O que temos presenciado é um sentimento de que os métodos tradicionais não são mais suficientes para fundamentar os movimentos, desejos, relações e práticas contemporâneos. Por outro lado, temos presenciado a proposição de várias experiências, ainda pontuais, que procuram incorporar as características do ciberespaço e apontam para “novas educações” Nessas experiências, o modelo comunicacional da transmissão de informações é substituído por dinâmicas interativas; as tradicionais funções do professor (emissor), aluno (receptor) e conteúdo (mensagem) tendem a imbricar-se; passa-se a utilizar uma multiplicidade de fontes e canais online, de forma que temos uma excessiva produção de signos-mensagem e produtos em circulação em rede, sendo que todos os sujeitos envolvidos passam a ser co-autores dos processos de aprendizagem. Ou seja, “na sala de aula interativa a aprendizagem se faz com a dialógica que associa emissão e recepção como pólos antagônicos e complementares na co-criação da comunicação e da aprendizagem” (Silva, 2000). O desafio é alargar essas experiências de forma a que efetivamente provoquem a implosão dos modelos tradicionais? Referências: BONILLA, Maria Helena; PICANÇO, Alessandra Assis. Tecnologia e Novas Educações. In: II Colóquio Luso-brasileiro sobre questões curriculares, 2004, Rio de Janeiro: UERJ. p. 3473-3488. SILVA, Marco. Sala de aula interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2000. TRIVINHO, Eugênio. Epistemologia em ruínas: a implosão da Teoria da Comunicação na experiência do ciberespaço. In: F. M. MARTINS, J. M. d. SILVA (org.). Para navegar no século XXI. Porto Alegre: Sulina; Edipucrs, 1999. p. 179-192. -- MariaHelenaBonilla - 14 Jan 2005 |