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Filmes que fazem a gente pensar...

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...na educação e escola

O Clube do imperador

William Hundert (Kevin Kline) é um conceituado professor de história da Antiguidade Clássica (Grécia e Roma) verdadeiramente apaixonado por seu trabalho. Além disso, Hundert é um dos baluartes da tradicional escola onde dá suas aulas. Respeitado pelo diretor e pelos alunos, todos os anos esse professor organiza uma competição cultural que se tornou clássica no colégio, o “Clube do Imperador”.

Em sua nova turma de estudantes o professor Hundert começa desde o princípio a estimular o gosto pelo estudo dos grandes acontecimentos relacionados aos generais e imperadores romanos e aos filósofos e artistas gregos. É capaz de gastar uma aula inteira se dedicando a explicitar pensamentos e campanhas militares para os jovens estudantes.

Seus novos estudantes são muito promissores o que o anima ainda mais a realizar um trabalho de qualidade. Entre eles há, inclusive, o filho de um dos vencedores de uma das edições passadas do “Clube do Imperador”. Depois de alguns dias de aula transcorridos, sua aula é interrompida para a chegada de um novo estudante, Sedgewick Bell (Emile Hirsch), arrogante e prepotente filho de um senador.

Confrontado algumas vezes pelo garoto, Hundert resolve contar com o apoio do pai do garoto para conseguir fazer com que ele se aplique mais nos estudos e valorize a educação a que está tendo acesso. De seu empenho surge a primeira grande oportunidade de valorizar Sedgewick e dar-lhe o necessário estímulo para um maior interesse na escola ao ter em suas mãos a chance de classificá-lo para as finais do “Clube do Imperador”.

Será possível aos professores através de suas atitudes modificar o futuro de seus alunos? Até que ponto o convívio diário com os professores pode influenciar o caráter e as atitudes dos estudantes? O individualismo e a busca da vitória a qualquer preço são ensinamentos que devem continuar fazendo parte das lições trabalhadas na escola? Até que ponto os professores devem continuar acreditando e investindo na recuperação de seus alunos (seja na formação ética ou na acadêmica)? Será que o idealismo muitas vezes não chega a cegar os professores em seus julgamentos e procedimentos em relação a seus estudantes?

Todas essas questões estão, de certa forma, presentes no filme “Clube do Imperador”, isso já o qualifica a ser visto por educadores e seus pupilos, pelos pais e por todas as pessoas interessadas em melhorar a educação. Assistam!

Disponivel em: http://www.planetaeducacao.com.br/new/colunas2.asp?id=226

Sociedade dos poetas mortos

O professor John Keating entra na sala de aula assobiando, é o primeiro dia do ano letivo, passa pelos alunos e desperta olhares curiosos, encaminha-se para uma outra porta, de saída para o corredor, todos seus pupilos ainda estão de sobreaviso, curiosos e sem saber o que fazer. Keating olha para eles e faz um sinal, pedindo que os estudantes o acompanhem. Todos chegam a uma sala de troféus da escola, onde ao fundo podem ser vistas fotos de alunos, remontando ao início do século, fazendo-nos voltar ao começo das atividades da escola. Pede-se silêncio e, que a atenção de todos volte-se para os rostos de todos aqueles garotos que freqüentaram aquela tradicional instituição de ensino em outros tempos.

O que aconteceu com eles? Para onde foram? O que fizeram de suas vidas? Suas vidas valeram a pena? Perguntas como essas são lançadas aos alunos. Muitos ainda sem saber o que estariam fazendo ali, afinal, não era para estarmos estudando literatura inglesa e norte-americana?

Desconforto e desconserto. O personagem do professor Keating, vivido pelo eclético e versátil (além de extremamente talentoso) Robin Williams, conseguiu o que queria. Deixou seus alunos em dúvida. Iniciou seu relacionamento com eles tentando demovê-los de sua passividade, provocando-os a uma reflexão sobre a vida. Afinal, será que estamos fazendo valer nossa existência? "Carpe Diem", ou seja, aproveitem suas vidas, passou a ser como uma regra de ouro a partir de então para alguns de seus alunos, afinal, vejam o exemplo daqueles que já estiveram por aqui (retratados nessas fotografias esmaecidas, amareladas) e pensem se vocês querem que o tempo passe e vocês venham a se tornar "comida de vermes" em seus caixões sem que nada do que tenham feito por aqui tenha repercutido (como, acreditem, muitos desses jovens das fotografias o fizeram, deixando passar a vida sem perceber a riqueza contida na mesma).

Para fazer com que suas existências tenham valor vocês devem viver com intensidade cada dia que lhes é dado, cada momento que lhes é concedido, cada experiência a qual tem acesso, diz com sabedoria inconteste o ilustre mestre Keating. Por isso, repete, "Carpe Diem".

"Sociedade dos Poetas Mortos" foi, em seu ano de lançamento (1989), candidato ao Oscar em várias categorias, levou para casa o prêmio de melhor roteiro (com enorme justiça dado a Tom Schulman) e, para a decepção de muitos (entre os quais me incluo), não foi agraciado como a melhor produção daquela temporada. Uma injustiça irreparável tendo em vista a qualidade do roteiro, a mão sensível do diretor Peter Weir, a atuação de Robin Williams e do jovem elenco que depois ganharia notoriedade em outras produções pelas suas grandes habilidades dramáticas (principalmente Robert Sean Leonard e Ethan Hawke) e a fotografia excepcional com locações lindíssimas.

Como já se viu, trata-se da história de um grupo de jovens alunos que tem o privilégio de trabalhar com um professor visionário, de atitudes inesperadas, que os instigou a pensar por conta própria (o que lhe rende críticas dos colegas e da instituição) e que arrebatou-lhes os corações. Por ter sido aluno dessa escola, Keating teve sua vida acadêmica retratada nos famosos "Year books" das "high schools" norte-americanas e, entre as informações sobre esse nobre aluno, consta uma a respeito de ter participado de uma tal "sociedade dos poetas mortos". Essa informação desperta a curiosidade dos alunos, que lhe pedem informações acerca das atividades desse grupo. Informados de que se tratava de uma turma de alunos que se reunia para ler poesias e aproveitar tudo aquilo que aqueles grandes escritores tinham produzido para seu próprio prazer e engrandecimento, resolvem fazer com que a "Sociedade" ressurja.

Não é só a sociedade que retoma suas atividades, todos os alunos envolvidos se vêem as voltas com uma verdadeira renovação em suas existências, todos encontram novos interesses e vocações, todos parecem ter despertado de um sono profundo, de uma letargia tão envolvente que parecia tragar-lhes a juventude sem possibilidade de volta.

O professor Keating deu a eles uma oportunidade sem igual e, ao mesmo tempo, fez com que os estudantes fossem se encantando com a literatura (que nos fala daquilo que é essencial, verdadeiramente fundamental em nossas vidas, o amor, a amizade, a paz, a dor e as desilusões; segundo Keating, estudar para que nos tornemos advogados, engenheiros ou médicos é importante, mas o que torna nossas existências válidas tem a ver com o espírito, com o prazer e, a poesia, a literatura, são fontes riquíssimas nesses quesitos).

Ao lidarmos com adolescentes muitas vezes, por conta do excesso de atividades, dos programas extensos que temos que cumprir, das avaliações ou do nosso próprio descaso, deixamos de vê-los como pessoas em formação, que alimentam sonhos e fantasias (que muitos de nós parecemos ter esquecido lá atrás, no tempo de nossas próprias juventudes), que planejam verdadeiras revoluções (dizem que quando temos 16 anos queremos incendiar o mundo e que, ao chegarmos a idade adulta, nos tornamos bombeiros; a maturidade é saudável, no entanto, devo dizer que preservar alguns focos de incêndio acesos em nossos corações e mentes também é fundamental. Sonhar é preciso!) e que, necessitam desesperadamente de nosso apoio e orientação, de nosso carinho e atenção.

Keating incorpora nosso idealismo, nossa pureza de princípios. Os alunos simbolizam a força e a vitalidade do novo, dos elementos de transformação que esperamos venham a transformar esse mundo num espaço muito mais justo, mais equilibrado. Há no entanto, os choques com as forças conservadoras, com a opressão da ordem que não aceita desequilíbrios (mesmo sabendo-se que eles trarão recompensas e melhorias). Nesses confrontos nem sempre o que está por vir é o que gostaríamos que acontecesse.

"Sociedade dos Poetas Mortos" é um filme imperdível para quem ama a educação, para quem alimenta ideais de reformular, para quem tem um profundo respeito e preocupação com essa juventude com que trabalhamos. Discutir esses temas todos, reformular as nossas práticas, alimentar nossos sonhos, rever posturas e condutas e, principalmente, olhar para nós mesmos e para nossos alunos em busca daquilo que nos faça sentir orgulho do que fizemos em nossas vidas, vale o ingresso. Boa diversão e "Carpe Diem"!

Disponivel em: http://www.planetaeducacao.com.br/cinema/sociedade_poetas_mortos.asp

... Relação entre educação, disciplina, diálogo,etc...

O Preço do Desafio

“O Preço do Desafio” nos conta a história de um grupo de estudantes de origem hispânica que, confinados a uma escola sucateada nos subúrbios de Los Angeles, superou as mazelas impostas pelo sistema para demonstrar que a etnia não é fator decisivo para o sucesso ou para o fracasso. Essa história provavelmente já foi vivida em outros locais dos Estados Unidos e, acredito, no Brasil. Ela poderia muito bem ser transposta para nossas terras e contada por professores e estudantes brasileiros que também já conseguiram superar tantas e tantas dificuldades.

Esse é o grande mote desse notável filme, a capacidade de superação, a gana (como dizem os personagens ao longo da projeção), a constatação de que a superioridade de uns sobre os outros não existe se as condições de vida e de trabalho são similares. E a razão de toda essa superação foi a disposição e a força de um professor de matemática, também hispânico...

É por essas e outras que fico sempre a pensar porque muitas vezes reclamamos tanto se temos essa força toda dentro de nós!

Jaime Escalante (Edward James Olmos, em atuação inspirada) é o novo professor de matemática da Garfield High School (Ensino Médio), uma escola situada nos subúrbios de Los Angeles que tem uma reputação nada agradável quanto à disciplina e resultados de seus alunos. Escalante trocou um emprego rentável e muito mais tranqüilo numa indústria pelo desafio de lecionar. Estava destinado a introduzir seus alunos ao recém lançado mundo da informática...

Ao chegar a escola foi surpreendido pela informação da não existência de computadores naquela instituição. Por esse motivo ficou encarregado de dar aulas de matemática. Ao entrar na sala de aula pela primeira vez, outra surpresa, os alunos circulavam de um lado para outro, não se importando com a presença do novo professor e, menos ainda como o estudo que deveriam então realizar.

Escalante teve que, literalmente, se desdobrar para conseguir fazer com que os alunos participassem de suas aulas. Para isso, tentou cativá-los com a utilização de técnicas diferenciadas em relação ao que eles conheciam, mostrou interesse real pelo aperfeiçoamento de cada um dos estudantes que freqüentavam sua disciplina e, acima de tudo, mostrou a todos que eles eram capazes de superar as dificuldades que se colocavam ao longo de seus caminhos a despeito das dúvidas que pairavam sobre sua capacidade pelo fato de serem hispânicos.

Não foi tão fácil quanto se possa imaginar. A rebeldia de alguns fez com que o professor passasse por situações difíceis, sendo inclusive ameaçado quanto a sua integridade física. Porém, respaldado pelo apoio daqueles estudantes que entenderam sua proposta e seu trabalho árduo, resolveu propor ao grupo um desafio ainda maior, aprender cálculo e conseguir passar nos exames de admissão para as melhores universidades a partir dos resultados obtidos numa prova nacional de matemática (fato inédito para aquela escola até esse momento de sua história).

“O Preço do Desafio” (baseado em fatos reais) do diretor Ramón Menéndez nos apresenta uma história arrebatadora, onde as possibilidades de um grupo de estudantes são colocadas a prova diante de um grandioso desafio que poderá lhes fazer entrar não apenas no seleto mundo universitário, mas também, demonstrar que as discriminações as quais eram submetidos escondiam toda sua força e capacidade...

Disponivel em: http://www.planetaeducacao.com.br/new/colunas2.asp?id=342

...na relação entre educação e tecnologias

Mensagem para vc

Matrix

A rede

Digimon, o filme

O passageiro do futuro

-- AlessandraPicanco - 15 Apr 2006

Topic revision: r4 - 27 Jun 2006 - 11:06:13 - JoseildaSampaioDeSouza?
 
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