Iniciada a leitura do artigo "Copyleft e licenças criativas de uso de informação na sociedade da informação." De Clóvis Montenegro e Rose Santini.

Observações finais sobre a leitura:

Este artigo é alta relevância tendo em vista que aborda um assunto recorrente dentro do nosso Grupo de Pesquisa. As licenças criativas, dizem respeito à maneira como vemos nossas produções - tais como única e exclusivamente produtos para o mercado ou fruto de nosso pensar e viver acadêmico, de nosso ir e vir em diversos espaços de aprendizagem. Trazendo estes argumentos para pauta os autores analisam a questão com base nas concepções de Software livre de Barbrook, Silveira e Stallman. Eles pontuam a importância de que o livre compartilhamento de informações, produtos culturais e outros constituintes da construção do conhecimento, se dê para possibilitar que o próprio saber se propague e se desenvolva. Ao serem discutidos os tipos de licenças fica claro que a proposta das mesmas não é de uma generalização para todas as situações de produção nem mesmo uma anarquia geral em que nenhum criador tem direito sobre suas obras. Não; não é a isso que as licenças criativas "inovadoras" se propõem.

Todo criador deve ter o direito de escolher se deseja compartilhar seu saber com seus pares, tendo como perspectiva que este saber seja cada vez mais incrementado, ou se prefere deter esta propagação mantendo somente para si as informações essênciais de sua obra. Existe ai um fator que precisa ser considerado: o econômico. De que viveriam os criadores, autores, pesquisadores em geral? Não haveria retorno financeiro para eles já que suas produções são livres, abertas... Isso também não é verdade! Para respondermos este questionamento é preciso voltar a primeira colacação desta abordagem. Como entedemos/vemos nossas produções? Elas foram idealizadas apenas como produtos para a indústria cultural? Elas não deveriam assumir um caráter mais compromissado com o desenvolvimento científico, cultural e até mesmo social...?

Se partirmos para a inversão da lógica que está posta, produzir para vender, perceberemos que existem outras maneiras de lucrar com a produção de bens culturais e outros submetidos aos tipos mais inovadores de licenças criativas (sim, lucrar, pois estamos dentro de uma lógica ainda maior - a capitalista. Note que não há uma contrariedade ao capitalismo, ao menos não percebi isso durante a leitura deste artigo).

Podemos obter um retorno significativo através, por exemplo, de palestras sobre a relativa produção de tal artefato ou bem cultural. Além disso, não se pode desprezar o fato de que, caso interesse ao autor, ele também pode usar sua obra da forma comercial tradicional.

Este artigo foi bastante esclarecedor com relação a expecificação dos tipos de licenças criativas que se colocam à disposição na atualidade tais como as do tipo Creative Commmons e as instituídas por relação contratual a partir da legislação do Copyright : Copyleft, que podem ser diversas.

Observações? a respeito do livro "Cultura Livre, de Lawrence Lissing".

Observações? a cerca da nova Lei de Direitos Autorais - Brasil.


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ultima revisão: r3 - 16 Mar 2010 - 14:51:04 - DanielPinheiro?     |     Copyleft Faced-UFBA