Relatório Parcial (PIBIC) -

Universidade Federal da Bahia Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica

PIBIC

RELATÓRIO PARCIAL DE ATIVIDADES

1. IDENTIFICAÇÃO

1.1. NOME DO BOLSISTA: Quecia Silva Damascena

1.2. NOME DO ORIENTADOR: Maria Helena Silveira Bonilla

1.3. PERÍODO TRABALHADO:Agosto de 2011 a Fevereiro de 2012

1.4. TÍTULO DO PROJETO: A Inserção das tecnologias digitais nos processos de formação de professores do campo

2. EXECUÇÃO:

2.1 Descrição da Atividade Período:

Levantamento e coleta de documentos relacionados ao programa Escola Ativa Agosto de 2011 a Fevereiro de 2012:

Alimentação do banco de dados do GEC Agosto de 2011 a Fevereiro de 2012:

Leituras e estudos dos documentos coletados e de bibliografia sobre os temas em foco Agosto de 2011 a Fevereiro de 2012:

2.2. RESULTADOS PARCIAIS ALCANÇADOS E DISCUSSÃO (Max. 05 páginas com gráficos, figuras, esquemas, etc.):

O Programa Escola Ativa (PEA) é um programa do governo federal e tem como objetivo trazer melhoria para as escolas que se estruturam com classes multisseriadas. Por isso busca implantar recursos pedagógicos para estimular a construção de conhecimento e também a capacitação do professor. O PEA foi adotado no Brasil a partir de 1997, inicialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sendo fruto de convênio entre o MEC e o Banco Mundial, com o objetivo de ampliar o acesso da educação básica e a melhoria do ensino escolar. Foi oficialmente aderido em 2008 pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (SECAD-MEC) – Coordenação-Geral da Educação do Campo, sendo o único programa do governo federal voltado especificamente para as classes multisseriadas. A proposta metodológica do PEA está estruturada com estratégias de organização escolar que auxiliam o trabalho do (a) educador (a) em sala de aula, como por exemplo, Cadernos de Ensino e Aprendizagem, Cantinhos de Aprendizagem: Espaço Interdisciplinar de Pesquisa, Colegiado Estudantil e Escola e Comunidade.

No que tange ao direito à educação, conforme definido pela LDB, percebemos que a ampliação de políticas públicas educacionais para os moradores do campo não tem sido abrangente, conforme a necessidade real do campo, tais como o investimento na formação dos professores e a busca de ampliação e qualificação dos espaços, o que aumenta as deficiências que perpassam todo o contexto escolar do campo brasileiro. O Ministério da Educação, responsável pela criação e formulação de políticas públicas, conforme a nossa diversidade social, desenvolveu projetos que objetivam a diminuição das marcas do êxodo rural, sendo o Projeto Escola Ativa um dos projetos que, ligado ao fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, adotou o projeto como uma medida estratégica para garantir o acesso à educação e permanência dos estudantes na escola. Essa metodologia combina vários elementos sociais, pedagógicos e administrativos, a fim de atender alunos de classes multisseriadas de 1º a 4º serie.

A Estrutura do projeto baseia-se em uma formação voltada para o aperfeiçoamento profissional dos educadores envolvidos, com estratégia e planejamento realizando a promoção de encontros, cursos ou micro-centros. Essa estrutura tem como objetivo promover a aprendizagem através da compreensão e não da memorização, valorizando assim a diversidade cultural, a integração com a comunidade e a autonomia, qualificando o professor para a facilitação e orientação da aprendizagem. Incluem-se, no programa, metodologias inovadoras que facilitam a aprendizagem nas classes multisseriadas das áreas do campo como por exemplo o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, domínio de leitura, escrita e cálculo, reconhecimento de seu meio social enfatizando seus valores e sua cultura social. Isso é fruto de um grande e importante movimento cultural do século XX, utilizando-se de paradigmas pedagógicos fundamentados na ruptura de práticas tradicionais, transmissivas, memorísticas e passivas.

O desenvolvimento de projetos como o PEA possibilita ao aluno do campo construir uma formação ampla, contemplando suas necessidades, o que também traz aos educadores a continuidade de sua formação. Os cidadãos do campo possuem saberes, frutos de suas experiências; por isso, para desenvolver políticas públicas para o campo se torna necessário elencar as características desses saberes, os quais precisam ser direcionados ao desenvolvimento do campo.

A tecnologia tem sido um grande impulsionador de crescimento em geral, pois ela está presente em tudo e na educação não é diferente. As TIC aparecem na formação dos professores no módulo VI do programa Escola Ativa, com o objetivo de orientar os educadores para a utilização desses recursos na organização pedagógica e didática. A SEMED (Secretaria Municipal de Educação de Salvador), em sua proposta formativa, desenvolve cursos, através do PEA, que têm como objetivo formar professores e técnicos das escolas onde há o Programa Escola Ativa, com uma abordagem pedagógica de uso das TIC. Ainda que para alguns docentes a dificuldade de utilização seja constante, a implantação das tecnologias tem sido feita, porém as maiores dificuldades encontradas têm sido a estrutura física, que dificulta o acesso à rede e às máquinas.

Hoje a sociedade requer esse conhecimento em todas as áreas, afinal a tecnologia está presente na formação dos professores e no processo de ensino aprendizagem como um todo. Por isso a necessidade de estruturação na educação do campo para a incorporação das tecnologias na prática pedagógica e na formação dos sujeitos do campo.

No projeto Escola Ativa algumas escolas apresentam dificuldades na criação de ambientes digitais, ambientes que possibilitem o contato, a prática, a descoberta e o uso na construção de novos saberes. A estratégia metodológica do PEA está pautada na autonomia do aluno, na construção e valorização do saberes culturais, que possam assim contribuir na preservação e na transformação dos processos culturais, no trabalho, na mediação de uma relação construtiva com a cidade, não hierarquizando costumes, mas estimulando a partilha e diversificação, e assim ampliando novos saberes.

Na leitura sobre educação e o uso das tecnologias concluo a necessidade da tecnologia para a transformação do contexto educacional do campo. O uso das tecnologias possibilita ao campo o avanço em todas as suas instâncias, contudo a melhora da educação, o rendimento escolar e o aproveitamento das tecnologias na educação dependem de um conjunto de fatores que condicionam aos cidadãos do campo seu desenvolvimento. É preciso reformular a formação docente para o uso da tecnologia não só no campo, pois temos na formação dos professores uma tendência política que desencontra com a realidade escolar e social. As tecnologias trouxeram à escola e à sociedade novas formas de aprender e de se relacionar e, portanto, nossos educadores que mediam essas relações precisam dominar o uso dessas novas formas de aprendizagem e de seus recursos.

O Programa Escola Ativa foi substituído pelo Programa Escola da Terra em 31 de janeiro de 2012 com o objetivo de alcance de mais escolas seriadas e com reestruturação da concepção pedagógica presente no PEA, porém o funcionamento das atividades propostas pelo PEA serão realizadas até a implantação do novo programa.

2.3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS EFETIVAMENTE UTILIZADAS (Max. 10):

Projeto escola ativa do MEC. Disponível no site http://portal.mec.gov.br

MOLINA, Monica Castagna, JESUS, Sonia Meire S. A. Por uma educação do Campo: Contribuições para Construção de um Projeto de Educação do Campo, Brasília, agosto de 2004

SANTOS, Ezicleia Tavares. A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES PARA O USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NOS GTS FORMAÇÃO DE PROFESSORES E EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO DA ANPED - 2000 A 2008

CASTRO, Wanessa. Formação de educadores do campo para uso das tecnologias digitais na educação na LEDOC-UNB http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hipertexto-2010/Wanessa-de-Castro.pdf

SANTOS, Franciele Soares dos, LUCINI, Marizete. Formação de professores do campo: diferentes aspectos de sua formação disponível no site http://www.webartigos.com/artigos/formacao-de-professores-do-campo acessado em 28/08/2011

FERNADES, Bernardo Mançano, MOLINA, Monica Castagna. O campo da educação do campo

BONILLA, Maria Helena Silveira, HALMANN, Adriane Lizbehd. Formação de professores do campo e tecnologias digitais: articulações que apontam para outras dinâmicas pedagógicas e potencializam transformações da realidade. Inter-Ação, Goiânia, v. 36, n.1, p. 285-308, jan/jun. 2011.

ARAUJO, Lilian Barboza de Sena. GUIA PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA ESCOLA ATIVA. Disponível em <http://www.fnde.gov.br/index.php/arq-fundescola/publicacoesmaterialdidatico/3559-guiaprofessores/download>

TEXEIRA, Elenaldo Celso. O Papel das Políticas Públicas no Desenvolvimento Local e na Transformação da Realidade. Disponível em <www.fit.br/home/link/texto/politicas_publicas.pdf>

2.4 DIFICULDADES ENCONTRADAS / CAUSAS E PROCEDIMENTOS PARA SUPERÁ-LAS:

Seleção materiais e relatórios referentes ao PEA que abordassem de forma clara as reais dificuldades do programa. Elaboração do relatório com base nas regras da ABNT.

Considerando que não consegui superar as dificuldades, estou deixando o Programa PIBIC e sendo substituída por outra bolsista.

2.5 LISTE OS PRODUTOS GERADOS COM O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO:

Alimentação do banco de dados do GEC.

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