Em pesquisa, 28% dos brasileiros consomem refrigerante regularmente
O Ministério da Saúde constatou em pesquisa que 28% da população consome refrigerante pelo menos 5 vezes por semana. O consumo regular é encontrado em todos os níveis de escolaridade. Os dados são da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Brasil 2010).
O sobrepeso (IMC acima de 25) foi encontrado em 48% das pessoas, sendo que 15% são obesas (IMC acima de 30). Em 5 anos, este índice subiu 4 pontos percentuais. Os mais gordos concentram-se em Rio Branco e Rio de Janeiro.
Os homens apresentam mais excesso de peso do que as mulheres. Elas tendem a ter uma prática alimentar melhor, com maior consumo de frutas e hortaliças, além de retirarem o excesso de gordura da carne e beberem menos leite integral. A população com menos escolaridade (de 0 a 8 anos) apresenta práticas de alimentação menos saudáveis.
Os refrigerantes, e as demais bebidas adoçadas, são indicados como um dos principais vilões da obesidade, já que seu consumo subiu muito nos últimos anos. A obesidade está ligada a problemas cardíacos e diabetes.
A pesquisa visa medir a prevalência de fatores de risco para Infarto, diabetes, doenças respiratórias, responsáveis por mais de 64% das mortes no país.
O levantamento, realizado anualmente desde 2006, apresenta dados sobre a saúde do brasileiro, a partir de indicadores como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, sobrepeso e obesidade, alimentação e sedentarismo. É ouvida a população adulta com mais de 18 anos, nas 26 capitais e no Distrito Federal.
Fonte: Uol
Qual o nosso papel enquanto profissionais, educadores em potencial frente a estes dados? Os quais, para os nutricionistas não se apresentem como algo novo, mas algo que trabalhamos nas salas de aula, nos ambulatórios, nos hospitais, nas fábricas, nos restaurantes, nas escolas, em todos os locais que exercemos nossas tarefas. Então, porque os resultados são pontuais e os dados referidos não refletem nosso permanente trabalho em educação nutricional? Não é difícil encontrar a resposta, temos uma ação midiática em todos os meios de comunicação da indústria de alimentos que trabalha na direção oposta. Nada contra a indústria de alimentos ética, que evolui sobremaneira, mercado que nos absorve e supre a demanda por alimentos . Mas, se faz necessário o estabelecimento de um marco regulatório de propaganda , assim com está sendo feito com o consumo de cigarro alertando aos consumidores do risco à saúde de um consumo exagerado em detrimento dos “ alimentos saudáveis”. Comprar um refrigerante é mais fácil , o qual contém calorias vazias ( não nutrem, é como se o indivíduo estivesse jogando dinheiro no lixo ) e beber, do que comprar a fruta, higienizar, liquidificar e refrigerar e beber; demanda tempo e o tempo urge!
Estaremos todos fadados ao fracasso? Seremos reféns de uma alimentação que ao invés de nos nutrir adoece? Sejamos cada um de nós consumidor uma andorinha que anuncia a primavera, optemos cada uma por uma escolha saudável, sejamos um consumidor responsável, depois, juntos anunciaremos um verão saudável! Profª Ms Linda Susan de Almeida Araújo/Escola de Nutrição da UFBA)
Fornecedores de transgênicos responderão processo administrativo
Dez fornecedores de produtos alimentícios responderão a processo administrativo, instaurado pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, em virtude do descumprimento das regras de rotulagem de produtos que contem ingredientes transgênicos, os chamados Organismos Geneticamente Modificados - OGM. As fiscalizações que culminaram na instauração do processo foram realizadas com apoio do PROCON-BA, órgão da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, e dos Procons de São Paulo e Mato Grosso.
Os produtos identificados pelos órgãos com irregularidades foram: biscoito recheado Tortinha de chocolate com cereja (Adria Alimentos do Brasil), farinha de milho Fubá Mimoso (Alimentos Zaeli), biscoito de morango Tortini (Bangley do Brasil Alimentos), bolinho Ana Maria Tradicional sabor chocolate (Bimbo do Brasil), mistura para bolo sabor côco Dona Benta (J. Macedo), biscoito recheado Trakinas (Kraft Foods), biscoito Bono de morango (Nestlé), barras de cereais Nutry (Nutrimental), mistura para panquecas Salgatta (Oetker) e Baconzitos (Elma Chips).
Os testes foram realizados por laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura e os resultados apontaram substâncias transgênicas no milho e na soja usados como ingredientes. Os processos foram instaurados com base no descumprimento do Código de Defesa do Consumidor e do Decreto no 4.680/2003, que estabelece a obrigatoriedade de informar no rótulo do produto a presença de OGMs em quantidade superior a 1%.
Fonte: Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos