Fórum sobre comunidades terapeuticas
por Daniela Lima em
Aconteceu nesta quinta-feira, 17 de junho, o Fórum Sobre Comunidades Terapêuticas no auditório do Hospital Roberto Santos. O Fórum foi uma iniciativa da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB) juntamente com a Secretaria de Justiça, cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) e da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate a Pobreza (SEDES). A manhã de abertura contou com a participação dos representantes das secretarias e representantes das comunidades terapêuticas.
Durante a manhã foi apresentado um painel sobre as comunidades terapêuticas e sobre as políticas públicas de álcool e outras drogas, discutindo-se os desafios da intersetorialidade. O representante da federação baiana das comunidades terapêuticas apresentou um relato parcial das mesmas revelando a dificuldade nesse trabalho e a grande oferta de leitos para os pacientes, são mais de 1500 entre os dados coletados pela federação. A Sra. Ana Pitta, representante da Coordenação Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde expressou preocupação pelo grande número de leitos disponíveis e lembrou a experiência de institucionalização onde o paciente tem dificuldade de retorno para a comunidade. Ressaltou a necessidade de trabalhos através dos moldes da reforma psiquiátrica brasileira.
Também presente o Dr. Antonio Nery Filho, coordenador geral do Cetad e coordenador de Álcool e Outras Drogas da Secretaria Municipal de Saúde. Ele lembrou que até 1985 quem cuidava dos usuários de substâncias psicoativas era o Hospital Juliano Moreira, até o surgimento do Cetad. Para o professor Nery a diferença entre o Cetad e as comunidade terapêuticas é a forma de ver o usuário. Para ele o programa terapêutico deve ser individualizado, considerando que os usuários não são iguais.
Foi apresentado também uma proposta integrada de atenção aos usuários de substâncias psicoativas na cidade de Salvador. A proposta apresentada pelo Dr. Nery inclui o diálogo com as comunidades terapêuticas, a capacitação de agentes comunitários de saúde, o consultório de rua, sensibilização para consumo de álcool, ampliação de rede de Caps Ad - que já esta em implantação na cidade - e a informação e discussão sobre drogas através de veículos e mídias de massa como o rádio.
fonte: Cetad Observa