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"As drogas, mesmo o crack, são produtos químicos sem alma: não falam, não pensam e não simbolizam. Isto é coisa de humanos. Drogas, isto não me interessa. Meu interesse é pelos humanos e suas vicissitudes."
Antonio Nery Filho

UNODC aponta mudanças nos mercados consumidores de substâncias psicoativas

por Yuri Rosat em

O Relatório Mundial sobre Drogas 2010, lançado dia 23 de junho, produzido pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), aponta um deslocamento do consumo de drogas em direção a uma tendência de novas drogas e novos mercados. Enquanto relata-se uma diminuição da produção de ópio e coca no Afeganistão e em países andinos, respectivamente, nota-se um aumento do consumo de substâncias psicoativas em países em desenvolvimento.

O documento aponta uma redução da área global de cultivo de ópio de 23% em dois anos, o que resulta numa diminuição drástica da produção de opiáceos no ano de 2010. O responsável por essa diminuição é uma praga que pode destruir até um quarto da papoula do Afeganistão até o final do ano.

Além dos opiáceos, outro psicotrópico que aponta uma mudança no seu futuro é a cocaína. De acordo com a UNODC o mercado consumidor da substância no Estados Unidos vem diminuindo nos últimos anos. O valor da cocaína caiu cerca de dois terços na década de 90 e quase um quarto na última. Esse é um dos motivos para a crescente violência associada às drogas no México, devido à truculência dos cartéis que lutam por um mercado em queda.

A maconha, também abordada pelo relatório, é reconhecida como a substância ilícita mais popular do mundo. Cultivada em quase todos os países e consumida por algo entre 130 a 190 milhões de pessoas, a maconha, assim como a cocaína, vem encontrando cada vez menos mercado, principalmente na América do Norte e na Europa. Apesar da redução, a UNODC encontrou evidências do aumento da produção indoor da substância para fins comerciais em 29 países.

Os dados obtidos para o relatório foram compilados pela UNODC a partir de questionários enviados aos países-membros e compõem um documento de referência para nortear políticas globais sobre drogas.

Leia o relatório (em inglês) Leia o release


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