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"As drogas, mesmo o crack, são produtos químicos sem alma: não falam, não pensam e não simbolizam. Isto é coisa de humanos. Drogas, isto não me interessa. Meu interesse é pelos humanos e suas vicissitudes."
Antonio Nery Filho

CNM pesquisa rede AD em municípios

por Paula Boaventura em

O consumo de drogas é uma realidade em pelo menos 70% dos municípios brasileiros, é o que revela um levantamento divulgada no último mês pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). A partir de entrevistas feitas com secretários de saúde de 3.950 municípios brasileiros (71% do total nacional), o levantamento buscou avaliar como estão sendo aproveitados os recursos e ações programadas no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, lançado pelo governo federal em maio do ano passado.

De acordo com os dados dos questionários aplicados entre os dias 2 e 23 de novembro de 2010, 98% dos municípios que participaram da pesquisa enfrentam problemas decorrentes do comércio e consumo de drogas, sendo que cerca de metade destes (48,15%) realiza alguma campanha de prevenção ao uso de drogas, sobretudo ao uso de crack, na qual se destacam ações de orientação, mobilização e prevenção. A pesquisa buscou alcançar todos os 5.565 municípios brasileiros, mas 29% não colaboraram. Os resultados e números publicados estão baseados na análise dos dados fornecidos por todos os municípios, sem classificação dos entes federados por tamanho, população ou renda.

Quanto aos serviços de atenção aos usuários, os Centros de Atenção Psicossocial estão em 14,78% dos municípios pesquisados. Para a confederação, alguns requisitos para a participação dos municipíos no plano federal, como ter população acima de 20 mil habitantes, limitam as ações para 1.643 cidades, o que equivale a 29,5% do total nacional. O relatório também destaca a possibilidade de Núcleos de Apoio à Saúde da Família tipo 3 - que visa a atenção integral também à saúde mental dos usuários -, em cidades com até 20 mil habitantes.

O apoio financeiro por parte dos estados e da União também foi alvo de considerações no levantamento, que aponta um total de 62,4% dos municípios que declararam não ter apoio das instâncias estadual e federal. Quanto à participação no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, 3,39% afirmaram ter convênio ou recursos oriundos do plano. O período em que foi realizada a pesquisa, no entanto, é anterior aos resultados de seleção divulgados pela comissão gestora do plano quanto a processo seletivo para implantação de serviços como CAPS, Casas de Acolhimento Transitório e Comunidades Terapêuticas, lançados em setembro do último ano.

Na Bahia, 417 municípios responderam ao levantamento da confederação, o que representa 63,5% dos entes federados do estado. Os dados da pesquisa revela que 20% dos municípios pesquisados possuem centros de atenção psicossocial e 49,43% desenvolvem ações de prevenção ao uso de drogas.

fonte: CETAD Observa

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