(MAL)DITA LIBERDADE E CIDADANIA: A redução de danos em questão
por VALÉRIO, Andréa Leite Ribeiro em
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As questões relacionadas ao uso e abuso de Substâncias Psicoativas (
SPAs) ao
longo das transformações da sociedade, vêm sofrendo alterações no que tange ao
tratamento do usuário. Em 2003, o Ministério da Saúde publicou portarias que deram
início a um modelo de tratamento aos dependentes e cria os Centros de Atenção
Psicossocial de Álcool e outras Drogas (CAPSad), sendo estes norteados pela
Política de Atenção Integral ao usuário de álcool e outras Drogas do Ministério da
Saúde. Essa Política tem sua lógica pautada na Redução de Danos (RD), e o seu
objetivo principal é a proposição de intervenções que produzam melhorias sociais e
na saúde dos usuários. Nesse sentido, o presente trabalho pretende apreender de
que maneira os profissionais de um CAPSad da Bahia utilizam e refletem a
Estratégia Redutora de Danos no seu cotidiano de trabalho, comparando-a com o
modelo Redutor de Danos à saúde e social. Os dados foram coletados durante o
ano de 2009, sendo estes: entrevistas com coordenadores de dois serviços que
foram diretamente responsáveis pela implantação da RD na Bahia, com o
coordenador do CAPSad de um município baiano e com o coordenador de saúde
mental deste, além de entrevista com um redutor de danos que participou do
processo de implantação da RD na Bahia e com pacientes do serviço pesquisado.
Aos técnicos foram aplicados questionários semi-estruturados e realizado grupo
focal. Os dados demonstraram que, apesar de reconhecer a importância da RD no
CAPSad, a adoção desta ainda está distante de ser utilizada. Dessa forma, apesar
de encontrar campo fértil nos CAPSad, a efetivação da Redução de Danos ainda
está em processo de implantação.