Prevalência do consumo de drogas psicotrópicas entre adolescentes do Ensino Fundamental e Médio do município de Dourados-MS, 2009
por MURAKI, Silvia Mara Pagliuzo em
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Droga pode ser definida como qualquer substância capaz de modificar o funcionamento dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento. As drogas capazes de alterar o funcionamento mental ou psíquico de um indivíduo são denominadas drogas psicotrópicas, por atuar sobre o cérebro alterando a maneira de sentir, de pensar e muitas vezes de agir do indivíduo. O problema do uso de drogas entre adolescentes compreende um dos mais sérios problemas de saúde pública do mundo e, considerando a quantidade e a freqüência de uso, podem provocar danos irreparáveis à saúde. Esta dissertação estimou a prevalência do uso de diferentes drogas psicotrópicas entre adolescentes de escolas públicas do ensino fundamental e médio, do município de Dourados, estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, no ano de 2009. Delineou-se um estudo descritivo de corte transversal. Aplicou-se um questionário fechado de autopreenchimento, adaptado no Brasil por Carlini-Cotrin et al. (1993), e utilizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID), em levantamentos epidemiológicos nacionais. A amostra foi tomada entre abril a agosto de 2009, e composta por 1021 estudantes, sendo 43,3% do sexo masculino e 56,7% do sexo feminino; 57,4% são do ensino fundamental e 42,6% do ensino médio, e estão compreendidos na faixa etária de 12 a 18 anos. As prevalências de consumo na vida foram: álcool (75,2%), energéticos (30%), tabaco (26,2%), solventes (21,2%), seguido das anfetaminas (9,1%), dos tranqüilizantes (7,3%), maconha (6,7%), crack, anticolinérgicos (1,9%), alucinógenos (1,6%) entre outros. Considerando o uso na vida, verificou-se uma proporção estatisticamente significativa de uso entre os participantes do sexo masculino para o tabaco, solventes, maconha, crack e barbitúricos. Quanto ao sexo feminino, as proporções de freqüência foram maiores para o uso de álcool, anfetaminas e tranqüilizantes, sem significância estatística. No presente estudo, verificou-se uma caracterização da prevalência de consumo acima das médias nacionais.