"As drogas, mesmo o crack, são produtos químicos sem alma: não falam, não pensam e não simbolizam. Isto é coisa de humanos. Drogas, isto não me interessa. Meu interesse é pelos humanos e suas vicissitudes."
Antonio Nery Filho
Autor | Ano | Local de Publicação | Local Tema![]() |
---|---|---|---|
RABELLO, Patrícia Moreira and CALDAS JUNIOR, Arnaldo de França. | 2007 | Paraíba | João Pessoa - Paraíba |
Instituição de Origem | Estado Instituição | Instituição Responsável |
---|---|---|
Revista de Saúde Pública | São Paulo | Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. |
Formato da Obra | Formato Disponível | Número de Páginas | Idioma |
---|---|---|---|
Artigo em Magazine | Texto integral | 9 | Português |
Resumo |
---|
OBJETIVO: Avaliar a associação entre coesão, adaptabilidade e risco mental familiar com violência física contra a mulher e uso de drogas. MÉTODOS: Estudo tipo caso-controle pareado realizado entre 2004 e 2005 na cidade de João Pessoa, Paraíba. A amostra foi constituída por 260 mulheres, divididas em 130 agredidas e 130 não agredidas. O grupo caso foi constituído de mulheres que prestaram queixa por agressão física doméstica na Delegacia Especializada da Mulher. O grupo controle foi pareado com mulheres vizinhas de bairro das vítimas queixosas na Delegacia. A coesão, a adaptabilidade e o risco mental foram avaliados pela escala Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scales. Na análise estatística, foram utilizados os testes qui-quadrado e Exato de Fisher, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Os dois grupos se comportaram de forma diferente em relação ao risco mental e coesão, mas semelhantes quanto à adaptabilidade familiar (p=0,0917). As mulheres agredidas apresentaram risco mental alto (43,1%) e médio (39,2%), diferentemente das não agredidas (p=0,0016), que apresentaram médio risco (55,4%). Houve diferença significativa entre os dois grupos para o uso de drogas, com consumo maior nas famílias das mulheres agredidas (90,8%) do que das não agredidas (56,9%). A droga mais utilizada foi o álcool, sendo o mais alto fator de risco para a agressão, quando consumido diariamente (OR=37,33) ou associado a outra droga (OR=29,56). CONCLUSÕES: O desequilíbrio pela falta de união entre a família e o uso de drogas altera decisivamente no funcionamento familiar, podendo gerar conflitos e agressões domésticas.
Palavras Chave | Violência contra a mulher; transtornos relacionados ao uso de substâncias; saúde mental; estudos de casos e controles |
---|---|
Link | Artigo |
Referência para Citação | RABELLO, Patrícia Moreira and CALDAS JUNIOR, Arnaldo de França. Violência contra a mulher, coesão familiar e drogas. Rev. Saúde Pública [online]. 2007, vol.41, n.6, pp. 970-978. ISSN 0034-8910. |
Observação | Material linkado com o banco de dados do Scielo. |