"As drogas, mesmo o crack, são produtos químicos sem alma: não falam, não pensam e não simbolizam. Isto é coisa de humanos. Drogas, isto não me interessa. Meu interesse é pelos humanos e suas vicissitudes."
Antonio Nery Filho
Autor | Ano | Local de Publicação | Local Tema |
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SANCHEZ, Zila van der Meer and NAPPO, Solange Aparecida. | 2002 | São Paulo |
Instituição de Origem | Estado Instituição | Instituição Responsável |
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Revista de Saúde Pública | São Paulo | Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo |
Formato da Obra | Formato Disponível | Número de Páginas | Idioma |
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Artigo em Magazine | Texto integral | 11 | Espanhol |
Resumo |
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OBJETIVO: Identificar, entre usuários de crack, uma progressão no uso de drogas e seus fatores interferentes. MÉTODOS: Utilizou-se metodologia qualitativa para uma investigação mais profunda, considerando o ponto de vista que o entrevistado tem do fenômeno. Foram aplicados entrevistas de longa duração e questionários semi-estruturados. Foi delineada uma amostra intencional, e uma amostragem com critérios foi conseguida. Para atingir a saturação teórica, foram entrevistados 31 usuários ou ex-usuários de crack. RESULTADOS: Foram detectadas duas fases distintas de uso de drogas. A primeira, com drogas lícitas, sendo o cigarro e o álcool as mais citadas pela amostra. Parentes e amigos dos entrevistados foram os incentivadores do consumo, e o motivo alegado para o uso dessas substâncias foi a necessidade de autoconfiança. A idade precoce do consumo e o uso pesado de uma ou ambas as drogas foram determinantes para o início de uma escalada de drogas ilícitas. A maconha foi a primeira droga dessa segunda fase. Uma postura mais ativa na busca da droga como fonte de prazer passou a ser o motivo do consumo. CONCLUSÕES: O estudo revela que a identificação de uma seqüência de drogas parece estar mais associada a fatores externos (pressões de grupo, influência do tráfico etc.) do que à preferência do usuário. Foram identificadas duas progressões diferentes: entre os mais jovens (=30 anos), cuja a escalada começou com o cigarro e/ou álcool e passou pela maconha e cocaína aspirada até o uso de crack; e os mais velhos (>30 anos), que iniciaram o uso de drogas pelo cigarro e/ou álcool, seguido de maconha, medicamentos endovenosos, cocaína aspirada, cocaína endovenosa e, por fim, crack.
Palavras Chave | Transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas, drogas ilícitas, tabagismo, cocaína, crack, progressão de drogas, estudo qualitativo, interferentes de uma escalada. |
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Link | Artigo |
Referência para Citação | SANCHEZ, Zila van der Meer and NAPPO, Solange Aparecida. Seqüência de drogas consumidas por usuários de crack e fatores interferentes. Rev. Saúde Pública [online]. 2002, vol.36, n.4, pp. 420-430. ISSN 0034-8910. |
Observação | Material linkado com o banco de dados do Scielo. |