Congresso mundial discute o uso terapêutico de alucinógenos

Maconha, LSD, cogumelos psicodélicos, ayahuasca, ecstasy e ibogaína, podem ser os medicamentos de uma nova medicina. Na última quinta-feira, cientistas do mundo todo se reuniram na Califórnia pensando em tratamentos alternativos para diversas doenças. O evento “MAPS 2010: Ciência Psicodélica no Século XXI” sediado na cidade de San José, teve duração do dia 15 a 18 de abril. O objetivo do congresso visa discutir as possibilidades terapêuticas de alucinógenos no tratamento de problemas como depressão, transtorno obssessivo-compulsivo, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático.

A conferência é a maior dos últimos 40 anos, nos Estados Unidos, e relembra o assunto que virou tabu entre os cientistas, após iniciativas de entusiastas como Timothy Leary, professor de Harvard que propôs efeitos terapêuticos aos alucinógenos, na década de 60. Na época, os estudos foram proibidos devido ao uso abusivo das drogas psicodélicas. Agora, através de protocolos rigorosos, os cientistas obtiveram permissão para realizarem pesquisas na área e alguns centros de excelência, reconhecidamente sérios, como Johns Hopkins, Harvard, New York University e Universidade da Califórnia, já desenvolvem seus estudos.

O assunto se tornou tão popular que no último dia 19 de abril, o Fantástico, programa semanal da Globo, exibiu uma reportagem sobre a utilização de alucinógenos no tratamento de doenças psíquicas.

Pesquisadores procuram ainda usar os alucinógenos para tratar vícios e pacientes terminais. O doutor Charles S. Grob, pesquisador da Universidade da Califórnia, descreve as drogas alucinógenas – em particular os cogumelos – como remédios existenciais que ajudam as pessoas a combater o medo, o pânico e a depressão.

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