CETAD UFBA

"As drogas, mesmo o crack, são produtos químicos sem alma: não falam, não pensam e não simbolizam. Isto é coisa de humanos. Drogas, isto não me interessa. Meu interesse é pelos humanos e suas vicissitudes."
Antonio Nery Filho

Uso medicinal da maconha será discutido no Brasil

Segundo documentos oficiais a maconha teria sido introduzida no Brasil em 1549 pelos negros africanos. Na metade do século XIX, o uso que antes era restrito aos negros e depois aos índios, passou a disseminar-se entre a classe médica, influenciada pelo conhecimento medicamentoso da substância. Na década de 30 a maconha era citada nos compêndios médicos e listas farmacêuticas e nesta mesma época a repressão à droga teve forte movimento no Brasil. O Prof. Elisaldo Carline (Diretor do CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas) trabalha no sentido de desmistificar o conceito de que a maconha é uma droga maldita, que não tem utilidade. Já publicou mais de 40 trabalhos em revistas científicas internacionais e em suas publicações sobre o tema afirma que o THC (princípio ativo da maconha) possui propriedades medicinais comprovadas, principalmente para pacientes em quimioterapia já que a maconha possui efeito antiemético contra o vômito. O professor Carlini afirma que o problema das drogas em nosso país tem sofrido um julgamento apaixonado e permeado por atitudes moralistas. Com proposta de debater cientificamente o tema, acontecerá nos dias 17 e 18 de Maio, em São Paulo, um simpósio internacional para discutir a importância de criarmos uma agência Brasileira da cannabis medicinal, evento realizado pela CEBRID. O encontro conta com a participação de médicos e especialistas de diversas partes do mundo, incluindo Brasil, além de sociedades brasileiras como associação de psicologia e medicina. Também agências nacionais como ANVISA (agência nacional de vigilância sanitária) participam desse simpósio. O simpósio propõe que a maconha seja aceita para uso médico no Brasil. A ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece que a maconha pode ser medicamento desde que os países oficializem uma agência nacional para cannabis derivados nos seus ministérios da saúde. Já existem no mundo 10 países fazendo uso médico da maconha: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Itália, França, Alemanha, Espanha, Suíça, entre outros.

Entrevista com Dr. Carlini


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