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"As drogas, mesmo o crack, são produtos químicos sem alma: não falam, não pensam e não simbolizam. Isto é coisa de humanos. Drogas, isto não me interessa. Meu interesse é pelos humanos e suas vicissitudes."
Antonio Nery Filho

OEA realizará Conferência sobre Guerra às Drogas em junho

Da Redação

Imagem: OEA

Após intensa campanha liderada pelo presidente guatemalteco Perez Molina, as estratégias de combate às drogas nos estados americanos não só foram discutidas na Cúpula das Américas, como também será tema de uma Conferência Internacional, a ser promovida pela Organização dos Estados Americanos (OEA), em Lima (Peru), entre os dias 25 e 26 de junho, data em quem se comemora o Dia Internacional de Combate às Drogas.

Os chefes de Estado que participaram da Cúpula decidiram unanimemente pelo apoio à realização do evento em junho, após manifestações de preocupação "com o problema mundial das drogas, que representa uma grave ameaça à saúde pública, à segurança, ao bem-estar e à estabilidade política e econômica de nossos povos e nações", conforme comunicado divulgado pela organização da Cúpula.

Discussão de novas estratégias

Em seu pronunciamento de abertura, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, alerta que, apesar de todos os esforços empregados na política proibicionista no último século, "o negócio ilícito de drogas está prosperando, a dependência de drogas, na grande maioria dos países, é um problema sério de saúde pública e o tráfico de drogas continua a ser o principal financiador da violência e do terrorismo".

Para Santos, este é um momento mais que oportuno para uma avaliação tanto das estratégias adotadas nas últimas décadas como da viabilidade de novos rumos. "Deve ser uma discussão aberta, sem viés ideológico, sem viés político, rigorosa e baseada em evidências sobre os custos e benefícios de cada alternativa", defende.

No mesmo sentido, o secretário-geral da OEA, o chileno José Miguel Insulza, também concorda com a revisão das estratégias de combate aos problemas relacionados às drogas, classificando o tráfico de drogas e o crime organizado como obstáculos que dificultam o progresso da região.

Também aberto ao diálogo, o presidente dos EUA, Barack Obama, admite a co-responsabilidade de seu país para o aumento da violência gerada pelo narcotráfico. No entanto, acredita que a legalização das drogas não seja a solução. "Temos dedicado dezenas de bilhões de drogas nos Estados Unidos para reduzir a demanda por drogas", anunciou Obama, que também divulgou o combate ao tráfico de armas em seu país.


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