POR UMA UNIVERSIDADE SEM MACHISMO

A organização feminista abre caminho em espaços antes reservados apenas para os homens na sociedade machista. Desde 1910, quando uma militante socialista alemã chamada Clara Zetkin propôs a criação do dia Internacional da Mulher, até os dias contemporâneos, quando as mulheres conseguiram através de muita luta a criação a Lei Maria da Penha (que criminaliza o agressor de mulheres).

Contudo, a luta das mulheres tem muito que avançar. Somos maioria entre os desempregados, compomos maior número de pessoas pobres entre os mais pobres. Temos os salários mais baixos, muitas vezes sem garantia de direitos trabalhistas, além de estarmos sujeitas a cumprir jornada tripla de trabalho – casa, filhos, emprego. Somos vítimas de violência sexista, física e psicológica e a sociedade nos impõe padrões de beleza inatingíveis. O capitalismo se apropria de maneira pejorativa da nossa imagem para estimular a venda de produtos.

Nos espaços políticos esta lógica se reproduz. Uma prova disto é o baixo número de mulheres ocupando cargos. No Movimento Estudantil isto se expressa na composição de DA’s e CA’s, onde as mulheres são destinadas na maioria das vezes somente a organização interna destes espaços.

Para modificar esta realidade é preciso que as mulheres se organizem em espaços de disputa política, buscando entrar nas entidades representativas e sempre construindo em conjunto com o movimento de mulheres, sabendo que não basta apenas criar secretarias de mulheres dentro das entidades, elas precisam ter uma política traçada e ser realmente atuante.

A formação política feminina não pode se fechar apenas no debate de opressão das mulheres. É necessário que participemos das discussões de conjuntura, política econômica, reforma universitária, assistência estudantil, etc, para que nossa luta não fique restrita e limitada.

Gestão Quilombo Kizomba: Ousar Ser Diferente
2007-2008

-- FabricioSantana - 18 Jul 2007

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