Já estamos no século XXI e ainda uma grande parte da sociedade se sente marginalizada no acesso às tecnologias. Percebemos um sem-número de esforços para democratizar o acesso aos avanços tecnológicos, mas ainda engatinhamos no que diz respeito ao entendimento que a sociedade faz dos meios tecnológicos e o quanto podem influenciar suas vidas positivamente. O estado, por exemplo, se esforça em implantar salas de informática nas escolas para que seus alunos conheçam o mito computador, sem , no entanto, proporcionarem o verdadeiro conhecimento de toda a problemática que o envolve. Ter acesso às novas tecnologias significa entender que as transformações sofridas pela sociedade nos últimos anos modificam de forma significativa as nossas relações com o trabalho, a educação, a economia e as relações pessoais. Significa estar inserido em um novo mundo onde a informação e a capacidade de transformá-la é o centro de todo este processo.
Aliada à esta problemática, existe uma guerra mercadológica referente ao desenvolvimento e uso de softwares, que são criados para facilitar o uso do computador, e sem os quais ficaríamos presos à difícil linguagem de programação. Esta discussão é basicamente sobre o monopólio muito lucrativo destas facilidades. Para contrapor com este monopólio e, desta forma, democratizar o acesso barateando os custos, profissionais de informática desenvolveram os chamados Softwares Livres, que são programas de computador também de qualidade cujo custo de aquisição é ZERO e funcionam tanto quanto os mais caros e, ditos, melhores.
Contemporaneamente a criação e utilização do softwere livre é uma revolução que possibilita rapidez na inclusão digital com interatividade. Permite que as pessoas interajam com as informações de acordo com suas necessidades ou necessidades do espaço onde vivem, utilizando-os como ferramenta de trabalho, pesquisa e meio de intervenção social.
A FACED, como centro de produção e difusão do conhecimento, criou uma proposta de inclusão digital que ainda é pouco conhecida dos alunos, professores e funcionários. É o chamado Tabuleiro Digital, projeto desenvolvido no início de 2004, com o objetivo de ser acessível a toda comunidade. O Tabuleiro desempenha um importante papel social, além de divulgar e desmistificar a visão preconceituosa que a sociedade criou em torno da utilização dos softwares livres, já que a instituição utiliza esses tipos de softwares. Porém, ao implantarem o Tabuleiro Digital, seus idealizadodes pecaram em não promover à comunidade em geral (tanto para os alunos da faculdade, como da população externa) palestras, mesas redondas, afim de fazer uma divulgação do que seria implantado. Essa falta de informação têm levado à nossa comunidade a adquirir e externar posturas preconceituosas sobre os softwares livres utilizados e sobre o próprio Tabuleiro Digital, como afirmamos, é o produto do projeto de inclusão digital da faculdade.
Diante de tais problemas que aos poucos foram surgindo, foi proposto que os alunos da Disciplina Educação e Tecnologias Contemporâneas (EDC287), criacem, com o apoio da professora, um projeto, no intuito de esclarecer tais dúvidas e acabar com os equívocos. Através de palestras, mesas redondas, debateremos sobre temas atuais como: o processo de inclusão digital, utilização de softwares livres, qual a repercussão que o acesso desempenha na vida dos seres humanos, e também o Tabuleiro. Assim esperamos alcançar os objetivos na esperança de construir uma ponte entre o desconhecido e o esclarecedor. Ou seja, na tentativa de divulgar e debater com a comunidade FACED estas posturas, propomos um projeto que visa informar e sensibilizar a comunidade sobre este novo paradigma e capacitar nossos usuários para a utilização das tecnologias sobre software livre utilizadas nesta faculdade e refletir suas contribuições para o desenvolvimento da sociedade em todas as suas instâncias.
Objetivos
Oportunizar a reflexão sobre software livre e inclusão digital e as maneiras como estes conceitos podem e vão contribuir para a sociedade.
Capacitar usuários para utilizarem o software livre;
Conscientizar a comunidade da FACED que software livre é tecnologicamente e financeiramente viável e de suma importância para o desenvolvimento da sociedade;
Migrar os softwares das máquinas da FACED do sistema proprietário para o sistema livre;
Metodologia
Ações
Planfletagens: panfletos ilustrados e explicativos sobre o tema em questão
Entrevistas com membros da comunidade (alunos, professores e funcionários) para fazer uma mapeamento das concepções e informações que circulam no contexto a respeito das temáticas: Tabuleiro Digital, software livre, inclusão digital, a inserção da Faced no movimento pelo uso do software livre e da inclusão digital.